segunda-feira, 28 de julho de 2008

Dicas do Dia

Colarinho branco de R$160 bilhões
Bruno Rosa
Valor é quanto Brasil perde, por ano, com corrupção e fraudes, diz estudo da KPMG

As empresas e o governo brasileiros estão entre os mais expostos no mundo a crimes de colarinho branco, revela levantamento feito pela KPMG. De acordo com estimativas da consultoria, o país perde anualmente cerca de R$160 bilhões - ou 6% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) - com corrupção e fraude, envolvendo principalmente crimes de colarinho branco, como lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. As operações suspeitas, detectadas por bancos e remetidas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), têm aumentado com força no Brasil. Este ano, são esperados pelo Coaf 300 mil registros de movimentações atípicas no sistema financeiro. O número é 112,77% maior em relação ao do ano passado, quando foram verificadas 141 mil operações com indícios de irregularidade. Os bloqueios feitos pela Justiça Federal em contas bancárias este ano mostram a força da corrupção no maior país da América Latina.

Coaf bloqueou este ano R$17 milhões

Segundo dados do Coaf, órgão ligado ao Ministério da Fazenda, cerca de R$17 milhões foram bloqueados pelo Poder Judiciário entre janeiro e junho deste ano. É o mesmo valor apreendido em todo o ano passado. Em 2008, a Polícia Federal (PF) já deflagrou 117 operações, entre elas a Satiagraha, cujo alvo é o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, e a Toque de Midas, que investiga a MMX, do empresário Eike Batista. (...)

Para ler a matéria de “O Globo”, clicando no link:
Brasil perde R$ 160 bilhões por ano com crimes do colarinho branco ...


A caça e o caçador

O cabo Anselmo estará no centro de um dos debates mais polêmicos já travados na Comissão de Anistia: por determinação de Paulo Abrão Pires Jr., presidente do comitê, o caso do ex-militar entrará em pauta nos próximos dias e será julgado em cerca de dois meses. De acordo com Abrão, os advogados de Anselmo já afirmaram que, caso sua segurança seja garantida, ele irá pessoalmente a Brasília defender o direito de receber indenização por ter sido "perseguido" pela ditadura militar.

GARGANTA

O cabo Anselmo, ou José Anselmo dos Santos, é um dos personagens mais controversos do período militar: após liderar, em 1964, a Revolta dos Marinheiros, um dos estopins do golpe, ele foi expulso da Marinha. Preso pelo Dops (Departamento de Ordem Política e Social), passou a colaborar com a linha dura da repressão, delatando antigos companheiros.
(...)

Veja a coluna completa, acessando:

Por dentro do mercado - Ata terá de elucidar 'conundrum' do BC
Luiz Sérgio Guimarães

Por que o Banco Central resolveu arrochar ainda mais a sua política monetária, já tida antes disso como a mais perversa do mundo, justamente quando os índices de preços começam a esmorecer e as commodities a devolver os ganhos recentes? Já que a decisão tomada na quarta-feira da semana passada só surtirá pleno efeito prático, na hipótese mais otimista, no início de 2009, estará ele profetizando uma brutal aceleração inflacionária daqui a seis meses quando os analistas internacionais mais atilados temem exatamente o oposto, o fenômeno da deflação? São estas questões enigmáticas que o mercado quer ver esclarecidas na ata do Copom realizado no dia 23 e que será publicada na próxima quinta-feira. (...)

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Governo mantém apoio na Câmara e perde no Senado

O apoio ao governo federal na Câmara dos Deputados, no primeiro semestre de 2008, manteve-se praticamente inalterado em relação ao mesmo período do ano passado, apesar das eleições municipais e das críticas ao grande número de medidas provisórias. A adesão oscilou de 52,58% para 52,88%, de acordo com levantamento da Arko Advice. Já no Senado o impacto foi maior no período em análise, derrubando a média de adesão de 54,27% para 50,78%. Na Câmara, o percentual atual eqüivale a 264 deputados, número bem inferior ao tamanho formal da base governista na Casa, que é de 367 parlamentares. Entre os senadores, representa a maioria absoluta da Casa, 41; porém, é inferior ao apoio formal da base aliada, que é de 53 votos. "De qualquer maneira, nota-se neste seis primeiros meses do ano uma queda acentuada no percentual de votos contrários ao governo na Câmara por conta de um aumento considerável de ausências e de abstenções", destaca Cristiano Noronha, cientista político da Arko Advice. O comportamento dos deputados, segundo ele, foi influenciado pelas eleições municipais. A estratégia da oposição de obstruir as votações também impactou os trabalhos na Casa e dificultou a realização de sessões deliberativas por falta de quórum. (...)

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Dados sobre Farc são "irrelevantes", diz assessor de Lula
Denise Chrispim Marin

Marco Aurélio Garcia afirma que preocupação dos EUA sobre deslocamento da guerrilha para o País é infundada

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse ontem que, em algumas ocasiões, o governo colombiano passou ao Brasil dados sobre a guerrilha Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Mas, segundo ele, esses repasses foram entregues antes da visita do presidente Luis Inácio Lula da Silva à Colômbia, nos dias 19 e 20, e continham apenas “informações irrelevantes” sobre as Farc. Em entrevista ao Estado, o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, informou que Bogotá entregou ao País informações sobre as “conexões” das Farc no Brasil. Em especial, sobre narcotráfico. Há uma semana, em visita ao Brasil, o secretário de Segurança Interna dos EUA, Michael Chertoff, alertou para a possível infiltração das Farc na Amazônia.

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Dados sobre Farc são 'irrelevantes', diz assessor de Lula (O Estado de S. Paulo)

A classificação "AAA" dos EUA
Artigo - Mark Gilbert
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Pessoas sensatas e lúcidas começam a questionar se os EUA podem manter sua classificação risco de crédito "AAA". A perspectiva de US$ 5 trilhões adicionais gotejando nas contas a pagar pelo governo dos EUA, como decorrência da situação da Fannie Mae e Freddie Mac, assustou os investidores. Como já disse um político, 1 trilhão aqui, 1 trilhão acolá, e logo, logo, vamos estar falando de muito dinheiro. (...)

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A classificação "AAA" dos EUA (Valor Econômico)
Imbroglio no Madeira
editorial

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou o resultado do leilão de concessão da Hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira, vencido pelo Consórcio Energia Sustentável, formado pelos Grupos Suez e Camargo Corrêa e pelas estatais Chesf e Eletrosul. Foi rejeitado, assim, o recurso apresentado pelo consórcio derrotado, liderado pelo Grupo Odebrecht e a estatal Furnas, que alegava problemas de documentação do vencedor. Mas persistem as dúvidas sobre a entrada em operação da usina no prazo previsto - até janeiro de 2013 -, em razão da alteração do local para sua construção - que não foi avaliada pela Aneel. Se o atraso se confirmar, a responsabilidade será do governo federal. Jirau é a segunda usina do Rio Madeira a ser licitada nos últimos meses, depois de uma longa batalha com os órgãos ambientais. A licitação da primeira usina do Madeira, Santo Antônio, foi vencida pelo consórcio liderado pela Odebrecht e por Furnas, que vinham estudando desde 2001 o aproveitamento do rio. Juntas, Santo Antônio e Jirau têm capacidade de geração de 6,45 mil MW, cerca de 7% da capacidade instalada do País. (...)

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Imbroglio no Madeira (O Estado de S. Paulo)

A Embrapa e o capital aberto
ARTIGO - Alexandre de Castro

A proposta que transforma a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) numa empresa de economia mista, apresentada, na forma de projeto de lei (PLS 222/08), pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS), tem suscitado discussões no mercado acionário do agronegócio brasileiro. Pelo projeto, o governo federal continuaria sendo o acionista majoritário, detendo 51% do capital social da chamada Embrapa S.A., e o restante das ações seria negociado na Bolsa de Valores, por meio de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).
(...)
Diferentemente de outras empresas públicas constituídas na forma de sociedades anônimas, a Embrapa trabalha na perspectiva de auferir lucro social, e não propriamente objetivando receitas diretas com a comercialização de produtos e serviços. O último balanço social da empresa mostrou que, para cada real investido no desenvolvimento de tecnologias agropecuárias, a Embrapa retornou R$ 13,36 para a sociedade.
(...) a abertura de capital da Embrapa na forma proposta pelo senador Delcídio Amaral precisa ser cautelosamente avaliada, a fim de assegurar os interesses da empresa e a aceitação no mercado de capitais. No entanto, a criação de uma Embrapa Participações S. A. financeiramente lucrativa e controlada pela atual Embrapa, sem dúvida, poderá trazer condições de trabalho mais favoráveis aos pesquisadores e empregados da empresa, motivar o mercado de capitais e aumentar a capacidade/flexibilidade na captação de recursos para o desenvolvimento de novas tecnologias.

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A Embrapa e o capital aberto (O Estado de S. Paulo)

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