O Brasil é realmente um país de paradoxos incompreensíveis. O exemplo maior é o que está acontecendo na Amazônia, coisa nunca vista em nenhuma parte do mundo, ou seja, um governo que é contra quem produz alimentos e matérias-primas numa região considerada a mais rica do mundo e a última grande fronteira agrícola mundial que pode produzir alimentos para o Brasil e grande parte de um mundo faminto.
O Art. 3º da Constituição brasileira enumera os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I – constituir uma sociedade livre, justa e solidária; II – garantir o desenvolvimento nacional; III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV – promover o bem de todos, seus preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de descriminação. Todos esses objetivos estão sendo negados à Amazônia e amazônidas, quando se impõe uma política ambiental para a região que restringe a liberdade, que trava o desenvolvimento econômico e por via de conseqüências impede de se erradicar a pobreza, aumentando a marginalização e as desigualdades sociais e regionais, tudo no mais perfeito processo de endocolonialismo, fruto de uma distorção de política, onde por mais de um século uma elite dominante centrada no sudeste e agora sul brasileiro vem impondo políticas equivocadas à Amazônia, passando por cima do seu povo e considerando a região como um grande território sem personalidade jurídica e disponível para realização de qualquer tipo de experiência insana e completamente fora da realidade, pondo em risco toda uma geração de 21 milhões de pessoas e futuras gerações.
* Economista e Diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará
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