A “MENTALIDADE MAGINOT”
Manoel Soriano Neto – Cel Ref, de Infantaria e Estado-Maior, Historiador Militar
A 1ª Guerra Mundial transcorreu sem qualquer brilho estratégico. Aquele conflito foi uma guerra de trincheiras, metralhadoras e arame farpado, eminentemente defensiva. A França, um dos países vencedores, construiu na fronteira com a Alemanha, a famosa “Linha Maginot”, para conter o ímpeto de um ataque inimigo, com a finalidade de assegurar os prazos necessários à mobilização. Lá se afirmava que em face da inexpugnabilidade da Maginot (por ela, não se passaria: “Ici on ne passera pas”), não haveria mais necessidade da criação de Divisões Blindadas ou de se prolongar o serviço militar: era a “mentalidade Maginot”, expressão cunhada, ao depois. Ou seja, a “Linha Maginot” tornou-se uma justificativa para que as FFAA francesas se privassem de inovações bélicas e de
formas modernas de combate. Porém, não era assim que pensavam o Japão, a Rússia e, principalmente, a Alemanha. E com a inexplicável ilusão francesa e aliada, o mundo viu-se surpreender com a invasão da Polônia e a queda inacreditavelmente rápida da Holanda, Bélgica e França...
Desafortunadamente, no Brasil, desde os anos de 1990, uma “mentalidade Maginot” impregnou-se nos governantes e nas elites dirigentes. Nas duas últimas décadas, ocorreu uma brutal fragilização da expressão militar do Poder Nacional. O País renunciou à aspiração de, pelo menos, ser uma potência regional, como provam os inúmeros acordos e tratados que avençamos com Organismos Internacionais, lesivos aos nossos interesses estratégico-militares. E o fato se agravou, sobremaneira, na atualidade, em vista do grande desafio que é a Amazônia, hoje alvo prioritário da cobiça internacional, como evidenciaremos.
Manoel Soriano Neto – Cel Ref, de Infantaria e Estado-Maior, Historiador Militar
A 1ª Guerra Mundial transcorreu sem qualquer brilho estratégico. Aquele conflito foi uma guerra de trincheiras, metralhadoras e arame farpado, eminentemente defensiva. A França, um dos países vencedores, construiu na fronteira com a Alemanha, a famosa “Linha Maginot”, para conter o ímpeto de um ataque inimigo, com a finalidade de assegurar os prazos necessários à mobilização. Lá se afirmava que em face da inexpugnabilidade da Maginot (por ela, não se passaria: “Ici on ne passera pas”), não haveria mais necessidade da criação de Divisões Blindadas ou de se prolongar o serviço militar: era a “mentalidade Maginot”, expressão cunhada, ao depois. Ou seja, a “Linha Maginot” tornou-se uma justificativa para que as FFAA francesas se privassem de inovações bélicas e de
formas modernas de combate. Porém, não era assim que pensavam o Japão, a Rússia e, principalmente, a Alemanha. E com a inexplicável ilusão francesa e aliada, o mundo viu-se surpreender com a invasão da Polônia e a queda inacreditavelmente rápida da Holanda, Bélgica e França...
Desafortunadamente, no Brasil, desde os anos de 1990, uma “mentalidade Maginot” impregnou-se nos governantes e nas elites dirigentes. Nas duas últimas décadas, ocorreu uma brutal fragilização da expressão militar do Poder Nacional. O País renunciou à aspiração de, pelo menos, ser uma potência regional, como provam os inúmeros acordos e tratados que avençamos com Organismos Internacionais, lesivos aos nossos interesses estratégico-militares. E o fato se agravou, sobremaneira, na atualidade, em vista do grande desafio que é a Amazônia, hoje alvo prioritário da cobiça internacional, como evidenciaremos.
O atual presidente homologou, em área contínua, a descomunal Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima, onde outra, a Ianomâmi, quase seis vezes maior, já existia, o que “reterritorializou” o mais novo estado brasileiro, inviabilizando-o como ente federativo autônomo. E mais: o Brasil aprovou a recente Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas, que confere um status de autonomia aos índios, a qual, se referendada, em duas votações, por 3/5 das Casas do Congresso, terá força de Constituição, “ex vi” da EC 45/2004, recepcionada pela Lei Magna, no § 3°, de seu art 5° (o § 4°, do mesmo artigo, reconhece o Tribunal Penal Internacional).
Com essa “espada de Dâmocles” sobre o Brasil, poderão ser criadas 226 (!) “Nações Indígenas”, correspondendo a 13% do território nacional, “balcanizando-se “, em especial a Amazônia, no dizer do eminente Professor Marcos Coimbra. O fato é gravíssimo e carece da firme reação dos patriotas brasileiros. Além do mais, o irrequieto ministro da Justiça tentou expulsar os arrozeiros de Roraima e, não o conseguindo, mercê de sensata Sentença de ministro do STF, agiu como “xerife” texano, entrando triunfal e arrogantemente no estado, para prender o prefeito de Pacaraima, truculentamente algemado por “rambos” da Polícia Federal, em mais uma espalhafatosa operação pirotécnica, como sempre, de nome estrambótico.
O presidente da República faz coro com os antropólogos da FUNAI, defensores da “caótica” política indigenista, afirmando, sem qualquer conhecimento de causa, como aliás é de seu costume, que os aborígines se encontram na fronteira amazônica, garantindo a sua posse para o Brasil, bem antes do descobrimento (eram terras, à época, da Espanha, Sr Presidente...). Por seu turno, o ministro da Defesa assevera, do alto de sua “torre de marfim”, com a “sapiência”, arrogância e presunção que o caracterizam, que as Reservas Indígenas (na área de fronteira!) não apresentam nenhum risco à segurança nacional, pois são terras da União, para usufruto dos silvícolas, a fim de que nelas habitem (é o que está escrito, mas lembremos-nos do “Pirara”, Sr Ministro...), e com a criação de novos Pelotões - em terras de dimensões colossais, habitadas somente por índios (!!) -, o problema da Soberania Nacional estará resolvido, o que é, evidentemente, uma ingênua justificativa.
Pura ilusão, pura “mentalidade Maginot”, quando se sabe (vejam o depoimento de Orlando Vilas Boas, amiúde transmitido pela TV Band) que somente com a vivificação das fronteiras e de toda a Amazônia, com índios e não-índios, por meio de vilas, cidades, etc, se assegurará ao País aquelas imensas áreas, as quais não devemos permitir que sejam internacionalizadas, como desejam entreguistas de todos os matizes. Que as lições da História sirvam de luzeiro, particularmente às nossas elites pensantes, pois o Brasil não pode continuar iludido, subserviente e acovardado.
Thanks. Im Inspired again.
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