Ficou complexa essa questão dos supostos abusos de autoridades policiais, a partir da Operação Satiagraha. Ontem o Estadão fez uma mesa redonda com Gilmar Mendes, do STF, Tarso Genro, Ministro da Justiça, Antonio Fernando de Souza, procurador-geral e Ceza Brito, da Ordem dos Advogados do Brasil (clique aqui).
Antes de ontem o delegado Protógenes deu uma entrevista à “Folha”- que está sendo malhada por jornalistas sérios, taxando-o de “populismo de direita”. Nela, o que vi foi um cidadão comum insurgindo-se contra os abusos e a impunidade nos crimes de colarinho branco.
Historicamente, sempre me posicionei contra abusos de procuradores e da PF. No meu livro “O Jornalismo dos anos 90” relato vários episódios em que procurei me colocar contra o chamado “clamor das ruas”. Em todos eles era o poder de Estado ou de polícia contra pessoas físicas.
O que ocorreu nos últimos anos, em nível mundial, no entanto, foi o aparecimento de um poder muito superior a tudo o que se conhecia até então: a aliança entre o crime organizado, setores do mercado e parte da mídia, uma mistura infernal cooptando (ou fuzilando) juízes, funcionários públicos e políticos.
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