Economia

Lucro dos bancos cresceu 468%

Além de dobrarem suas receitas com tarifas entre 2000 e 2007, os bancos viram seus lucros crescerem 468% entre 1995 e 2007. Segundo o economista Adriano Benayon, da Universidade de Brasília (UnB), em 1994, as tarifas médias cobradas pelos 11 maiores bancos correspondia a 25,4% das despesas com pessoal. "Essas receitas cresceram a ponto de atingir 125,2%, em 2006. Ou seja, dá para cobrir a folha de pagamentos e ainda sobra", disse, acrescentando que em alguns bancos, como o Itaú, a receita com tarifas chega a 188,6% da despesa com salários. Benayon se referia à pesquisa do Banco Central (BC) - Relatório de Economia Bancária de Crédito de 2007 - que demonstrou que os brasileiros pagaram, em dezembro de 2000, o equivalente a R$ 14,8 bilhões em tarifas de prestação de serviços bancários, valor atualizado pela inflação do período. Em dezembro de 2007, o volume deu um salto de 94,4%, e as tarifas renderam mais de R$ 28 bilhões aos bancos.
Em dezembro de 2000, o valor com a prestação de serviços correspondia a 10,9% de toda a receita dos 50 maiores conglomerados financeiros. Ano passado, essa participação subiu para 14,5%, com aumento de 3,6 pontos percentuais. Benayon, no entanto, destaca que nada supera a lucratividade derivada das mais altas taxas de juros do planeta: "Como o volume de crédito atingiu R$ 1,06 trilhão, à taxa média para pessoa física 49,1% ao ano e pessoa jurídica de 26,6% ao ano, a receita de juros chega a R$ 350 bilhões", resume.
MONITOR MERCANTIL

Fust já acumula mais de R$ 15 bilhões, mas nada gasto até hoje

A disponibilidade do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), administrado pelo Ministério das Comunicações, já passa dos R$ 15 bilhões (veja tabela). No entanto, o valor vultoso e as promessas de encontrar uma solução para que as verbas do fundo passem a ser efetivamente utilizadas ainda não foram suficientes para que o governo descobrisse uma forma de aplicar os recursos. Este ano, por exemplo, quase R$ 1 bilhão do FUST está autorizado em orçamento para o programa de Universalização dos Serviços de Telecomunicações. No entanto, R$ 912,7 milhões dessa quantia estão bloqueados nos cofres públicos na chamada reserva de contingência, o que equivale a 99,22% dos recursos autorizados (veja tabela).
Fust já acumula mais de R$ 15 bilhões, mas nada gasto até hoje

Tarifas bancárias variam 669% de uma instituição para outra

A regra de pesquisar antes de contratar um serviço também serve para os bancos. Levantamento feito pelo Contas Abertas no site do Banco Central com os 10 maiores bancos do Brasil revela que tarifas bancárias podem variar 669% de uma instituição para outra, dependendo do serviço. Em alguns casos, itens oferecidos de graça por um banco têm tarifa de R$ 120,00 em outros. Clique aqui para ver a lista dos bancos com os serviços oferecidos.Em média, o cadastro de uma nova conta é o serviço mais caro. No Banco do Brasil e no Bradesco, o serviço é oferecido gratuitamente. Já no Unibanco, uma nova conta pode custar até R$ 120,00. Outros exemplos são o banco Nossa Caixa, que cobra R$ 20,00 por novas contas e o HSBC, onde o cadastro de uma nova conta sai por R$ 54,00. Como se pode ver, os preços variam bastante. Nesse caso, o valor máximo que o Banco Central autoriza a cobrar é de R$ 1,2 mil. O valor médio, entretanto, fica em R$ 51,29.
Tarifas bancárias variam 669% de uma instituição para outra

Petróleo fecha acima de US$ 120 após 3 dias de queda

Os contratos futuros de petróleo fecharam acima de US$ 120 ontem, interrompendo uma seqüência de três dias de queda, com os temores de problemas na oferta se sobrepondo temporariamente à preocupação de que a desaceleração da economia global pesará sobre a demanda do produto. Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o contrato do petróleo leve para setembro fechou em alta de US$ 1,44, ou 1,21%, em US$ 120,02 o barril. O petróleo do tipo Brent para setembro fechou em alta de US$ 0,86, ou 0,74%, a US$ 117,86 o barril. O petróleo chegou a subir mais de 2% para a US$ 121,78 na máxima do dia no mercado eletrônico, reagindo à decisão da BP de fechar seu oleoduto Baku-Tbilisi-Ceyhan (BTC) por até cinco semanas.
Petróleo fecha acima de US$ 120 após 3 dias de queda

Hidrelétrica de R$ 2,2 bi erguida em tempo recorde

Com investimentos de R$ 2,2 bilhões, a Hidrelétrica Foz de Chapecó, no rio Uruguai, entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul, será erguida em tempo recorde: em 3,5 anos, 2,5 anos menos que o tempo considerado normal para esse tipo de empreendimento. A promessa é do consórcio responsável pela obra, que tem como sócios principais a Camargo Corrêa, Furnas e CPFL Energia. Os investidores prometem ligar as primeiras turbinas da usina de 855 MW, o suficiente para atender a 5 milhões de casas, em agosto de 2010. Enquanto isso, mais de 3,6 mil trabalhadores ocupam o canteiro de obras, transformado em uma verdadeira cidade, com cinema, acesso à internet e sala de jogos e de televisão. C6(GAZETA MERCANTIL/1ª Página - Pág. 1) (Juliana Wilke)