sábado, 2 de agosto de 2008

Indústria do Bafômetro


Lei Seca dá resultado tímido
Luciana Barbo e Rafael Paixão

Depois de todo o estardalhaço com a Lei Seca, em vigor há um mês, dados divulgados pelo Detran-DF revelam que sua eficácia é, no mínimo, duvidosa. Por outro lado, os cofres públicos estão recheados graças à multa de R$ 957,50 em blitzes realizadas numa quantidade nunca antes vista em Brasília. Antes de nova legislação, a multa para quem era pego com mais de 6 decigramas de álcool por litro de sangue (0,6 g/l) pagava multa de R$ 191,54. Uma vítima do furor arrecadatório foi o empresário Ryan Bayard de Thuin, 44 anos, que teve sua carteira apreendida no último dia 11. Seu crime: comeu duas vezes uma inocente sobremesa: papaya com licor de cassis. Ao parar numa blitz depois do jantar, no Park Way, o policial pediu que ele assoprasse o bafômetro. «Perguntei se ele achava que eu estava alcoolizado, se eu apresentava algum sinal de embriaguez. Ele disse que não e que eu deveria usar o aparelho. Não aceitei», relata.Em vez de dirigir o motorista ao Instituto Médico Legal para a realização de um teste, a PM confiscou sua carteira e pediu que ele arranjasse alguém para levar o veículo até sua casa. No relatório apresentado, o agente informou que o empresário apresentava sonolência, olhos vermelhos, e odor de álcool no hálito, o que é contestado por Thuin. «Acredito que os agentes não estão tendo bom senso. Não há critério», diz Thuin, que dois dias depois, entrou com um pedido de liminar em mandado de segurança para que o processo seja suspenso.Multas somam R$ 167,6 mil
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