Por Michael Hudson [*]
A dívida do governo grego é apenas a primeira de uma série de bombas de dívidas europeias destinadas a explodir. As dívidas hipotecárias nas economias pós-soviéticas e na Islândia são mais explosivas. Embora estes países não estejam na Eurozona, a maior parte das suas dívidas é denominada em euros. Uns 87% das dívidas da Letónia são em euros ou em outras divisas estrangeiras e são devidas principalmente a bancos suecos, ao passo que a Hungria e Roménia têm dívidas em euro principalmente para com bancos austríacos. Assim a contração de empréstimos governamentais por membros não-euro foi para apoiar taxas de câmbio a fim de pagar dívidas do sector privado a bancos estrangeiros, não para financiar um déficit orçamental interno como na Grécia. Todas estas dívidas são impagavelmente altas porque quase todos estes países incorrem em aprofundamentos dos déficits comerciais e afundam-se na depressão. Agora que os preços do imobiliário estão em mergulho, os déficits comerciais já não são mais financiados por um influxo de empréstimos hipotecários em divisas estrangeiros e compras de propriedades. Não há meios visíveis de apoio para estabilizar divisas (tais como economias saudáveis). Durante o ano passado estes países suportaram as suas taxas de câmbio através da tomada de empréstimos da UE e do FMI. Os termos destas tomadas de empréstimos são politicamente instáveis: cortes drásticos nos orçamentos do sector público, taxas de impostos mais altas sobre o trabalho já super-tributado e planos de austeridade que contraem economias e levam a mais emigração de trabalho.
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EUA: em vias de subdesenvolvimento
Os Estados Unidos são um país em vias de subdesenvolvimento. Centenas de milhares de professores nos EUA estão ameaçados de despedimento. Já foram enviadas cartas de demissão a 22 mil na Califórnia, 17 mil no Illinois e 15 mil em Nova York. Estão ameaçados os empregos de 8 mil funcionários escolares no Michigan, 6 mil em Nova Jersey e 5 mil no Oklahoma. O secretário de Estado da Educação, Arne Duncan, declarou esta semana que 100 a 300 mil lugares na educação pública dos EUA estão em perigo. Estes despedimentos em massa fazem-se com a aprovação da administração Obama, o que prometia "mudanças". A tropa, em contrapartida, continua a recrutar.
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Uma Europa asquerosa
A óptica de classe dos governantes da União Europeia ficou bem caracterizada pelas últimas medidas adoptadas. Primeiro emprestaram a mão-cheias – à taxa de 1% – aos banqueiros que provocaram a crise. A seguir emprestam – à taxa de 5% – às vítimas gregas dessa mesma crise. Por outro lado, esta Europa pretende controlar os orçamentos dos Estados membros antes mesmo de estes serem aprovados pelos respectivos parlamentos. E ao mesmo tempo, recusa-se a aplicar um imposto aos bancos que provocaram a crise e que receberam centenas de milhares de milhões de euros de ajudas públicas para sanar os seus balanços apodrecidos — eles continuarão a obter lucros milionários. Estes desenvolvimentos mostram o que pode acontecer a Portugal se se submeter passivamente ao diktat da UE. A puxadela da orelha de Cavaco dada pelo presidente checo é só uma advertência suave.
Retirado do http://www.resistir.info/
A história bíbica continua... Ainda que Jesus seja o Deus dos perdidos!
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