Os preços mais elevados de energia e dos alimentos elevaram o índice de preços ao produtor (PPI), que mede a inflação no atacado nos Estados Unidos, para 1,8% em junho, superando a expansão de 1,4% registrada em maio. O núcleo do PPI, que exclui a oscilação dos preços de energia e alimentos, avançou para 0,2%, a mesma variação de maio. Em comparação a junho do ano passado, a inflação no atacado atingiu 9,2% e é a maior alta desde junho de 1981. Os preços de energia subiram 6% em junho em comparação a maio, depois de registrarem alta de 4,9% em maio. Os preços dos alimentos avançaram 1,5%. Já Albert Edwards, analista do Société Générale AS que previu a crise cambial na Ásia há uma década, afirmou que a deflação poderá se transformar no próximo fantasma da crise internacional, estimulada pela recessão mundial e pelo colapso da bolha das commodities. A mesma posição de Albert Edwards foi externada há duas semanas pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS). No entanto, o economista Lauro Vieira de Farias avalia que, desde a década de 1930 os bancos centrais dispõem de mecanismos (políticas monetária e fiscal) para combater a deflação com mais eficácia do que se têm verificado quando a questão é segurar a alta dos preços. No entanto, ele reconhece que uma queda abrupta nos preços dos produtos primários seria grave para as contas externas brasileiras. "O Japão enfrentou assim uma deflação nos anos 90: emitiu moeda e trouxe a taxa de juros para zero.", lembrou. Quanto a uma possível queda nos preços das commodities, Farias creditou a elas a expansão econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos. "O crescimento recente se deu por conta dos preços de bens primários. Uma hora eles irão cair e, quando isso ocorrer, nossa economia vai sofrer", alertou, acrescentando que uma forma do Brasil se preparar seria estimular o consumo interno, que, no entanto, está sendo inibido pela política de juros do Banco Central.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Entre inflação e deflação
Os preços mais elevados de energia e dos alimentos elevaram o índice de preços ao produtor (PPI), que mede a inflação no atacado nos Estados Unidos, para 1,8% em junho, superando a expansão de 1,4% registrada em maio. O núcleo do PPI, que exclui a oscilação dos preços de energia e alimentos, avançou para 0,2%, a mesma variação de maio. Em comparação a junho do ano passado, a inflação no atacado atingiu 9,2% e é a maior alta desde junho de 1981. Os preços de energia subiram 6% em junho em comparação a maio, depois de registrarem alta de 4,9% em maio. Os preços dos alimentos avançaram 1,5%. Já Albert Edwards, analista do Société Générale AS que previu a crise cambial na Ásia há uma década, afirmou que a deflação poderá se transformar no próximo fantasma da crise internacional, estimulada pela recessão mundial e pelo colapso da bolha das commodities. A mesma posição de Albert Edwards foi externada há duas semanas pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS). No entanto, o economista Lauro Vieira de Farias avalia que, desde a década de 1930 os bancos centrais dispõem de mecanismos (políticas monetária e fiscal) para combater a deflação com mais eficácia do que se têm verificado quando a questão é segurar a alta dos preços. No entanto, ele reconhece que uma queda abrupta nos preços dos produtos primários seria grave para as contas externas brasileiras. "O Japão enfrentou assim uma deflação nos anos 90: emitiu moeda e trouxe a taxa de juros para zero.", lembrou. Quanto a uma possível queda nos preços das commodities, Farias creditou a elas a expansão econômica vivida pelo Brasil nos últimos anos. "O crescimento recente se deu por conta dos preços de bens primários. Uma hora eles irão cair e, quando isso ocorrer, nossa economia vai sofrer", alertou, acrescentando que uma forma do Brasil se preparar seria estimular o consumo interno, que, no entanto, está sendo inibido pela política de juros do Banco Central.
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