Greenpeace: obscurantismo anticientífico na América do Sul
(Alerta em Rede) É com grande satisfação que este Blog informa sobre a próxima publicação, pelo Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa), do documento “Greenpeace: obscurantismo anticientífico na América do Sul”. Por relevante, transcrevemos abaixo a introdução do documento que será apresentado pelo site Alerta em Rede na íntegra assim que for publicado:
(Alerta em Rede) É com grande satisfação que este Blog informa sobre a próxima publicação, pelo Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa), do documento “Greenpeace: obscurantismo anticientífico na América do Sul”. Por relevante, transcrevemos abaixo a introdução do documento que será apresentado pelo site Alerta em Rede na íntegra assim que for publicado:
Imagine o leitor o Brasil em meados do século, desprovido de alguns dos mais promissores avanços científico-tecnológicos. Seria um País no qual a energia nuclear estaria restrita a nichos de pesquisas acadêmicas e poucas aplicações comerciais em usos médicos (que, devido à baixa economia de escala, seriam caras e acessíveis apenas aos abastados). Não haveria organismos geneticamente modificados e outros avanços da biotecnologia, florestas plantadas para exploração comercial, agricultura moderna em grande escala ou usinas hidrelétricas de grande porte na Amazônia – mantida como uma gigantesca coleção de reservas ambientais e indígenas, longe de uma economia moderna e de uma integração efetiva com o restante do País. Em suma, o Brasil seria um organismo político apenas formalmente dotado de soberania efetiva e incapaz de sustentar até mesmo uma população igual à atual, em níveis de vida inferiores aos já potencializados pelos avanços científico-tecnológicos e seus vastos recursos humanos e naturais. Estes últimos, de resto, seriam definidos por critérios “ambientais”, em vez de científico-tecnológicos e comerciais e, possivelmente, motivações para toda sorte de disputas e até conflitos internacionais, como já prognosticam alguns estudos de cenários futuros. Nesse cenário de pesadelo, a energia seria gerada em grande medida por fontes “alternativas”, como aerogeradores (cataventos), centrais solares ocupando centenas ou milhares de quilômetros quadrados com células fotovoltaicas de alto custo, biomassa e outros recursos de baixa densidade de fluxo energético. Desnecessário dizer que a geração de energia teria custos elevadíssimos, com impactos diretos na sua disponibilidade per capita, índice que constitui um dos melhores indicadores de bem-estar social de uma população. Pois esse é um quadro possível, se prevalecerem as propostas do aparato ambientalista internacional para direcionar o desenvolvimento global, explicitadas em uma pletora de relatórios pseudocientíficos e manifestos anticivilizatórios, por ONGs internacionais como o Greenpeace, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e outras, luminares como Al Gore e lorde Nicholas Stern e funcionários governamentais imbuídos dessa ideologia anti-humana, como, entre outros, os ex-ministros do Meio Ambiente José Goldemberg e Marina Silva. Em tal mundo de trevas, que se assemelharia a um campo de concentração mental, o malthusianismo-ambientalismo e o darwinismo social seriam as ideologias predominantes, em substituição à catastrófica ilusão coletivista sepultada nos escombros do Muro de Berlim e à não menos desastrosa “globalização” financeira, que vem sendo soterrada pela derrocada do “muro de dinheiro virtual” resultante da transformação do sistema financeiro internacional num cassino especulativo global. É no contexto dessa encruzilhada histórica decisiva para o futuro da Humanidade que precisam ser consideradas as propostas alegadamente “revolucionárias” de mudança drástica das matrizes energéticas brasileira e mundial nas próximas décadas, oriundas desse aparato obscurantista que se oculta por trás da causa da proteção ambiental, distorcendo a percepção de fenômenos naturais como o aquecimento global para justificar as suas agendas antiprogresso – cuja aceitação manteria os dois países como meros exportadores de matérias-primas. No Brasil, um dos alvos prioritários desse aparato intervencionista tem sido o programa nuclear, sobretudo depois que o Governo Federal tomou a decisão estratégica de retomar o desenvolvimento do mesmo, com a conclusão da usina nuclear Angra-3 (1300 MW) e a possível construção de cinco novos reatores de potência, a serem instalados em outros estados do Sudeste e do Nordeste. À frente da campanha antinuclear no País está a indefectível ONG transnacional Greenpeace, prestes a completar quatro décadas de atividades obscurantistas e antiprogresso em todo o mundo e, desde 1991, no Brasil, para onde veio tendo o programa nuclear como um dos alvos prioritários. O mesmo ocorreu na Argentina, onde o Governo Kirchner decidiu retomar a conclusão da usina Atucha II (750 MW) e a exploração de urânio no país, motivando uma virulenta campanha contrária encabeçada pela seção local do Greenpeace. A oposição externa aos esforços nucleares brasileiros não é novidade, pois remonta à sabotagem aberta do ambicioso projeto encabeçado pelo almirante Álvaro Alberto no pós-guerra imediato, por parte dos governos dos EUA e da Grã-Bretanha, auxiliados por eficientes cúmplices internos. Mais tarde, nas décadas de 1970-80, pressões similares foram desfechadas contra o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, as quais custaram caro aos dois países, tendo contribuído sobremaneira para que o virtual congelamento da opção energética nuclear na própria Alemanha. A imposição de tal regime de “apartheid tecnológico” contra países como o Brasil foi uma das motivações da criação e mobilização do aparato ambientalista pelo eixo anglo-americano, sendo o Greenpeace um exemplo típico desta classe de ONGs “geopolíticas” (que, como ocorreu com o movimento ambientalista em geral, acabou ganhando vida própria e, não raro, investe contra os interesses dos seus mentores originais). Não por acaso, entre esses círculos oligárquicos encontram-se os grupos que, no início do século XX, promoviam a pseudociência da eugenia – o pretenso “melhoramento racial” -, que justificou algumas das maiores atrocidades do regime nazista de Adolf Hitler. Portanto, pode-se esperar que as campanhas do Greenpeace no Brasil e na Argentina se intensifiquem de forma coordenada diante da perspectiva de uma integração dos respectivos programas nucleares, sugerida há anos por especialistas dos dois países e inserida na pauta da cúpula presidencial de Buenos Aires, em fevereiro último. Se for adiante, a proposta, que envolve a criação de uma empresa binacional para o enriquecimento de urânio e a possível construção conjunta de reatores de potência, representará um importantíssimo salto qualitativo no processo de integração sul-americana, que depende fundamentalmente do estreitamento da cooperação argentino-brasileira. Uma empresa do gênero terá condições de atuar em todo o subcontinente, levando aos países da região os benefícios da energia nuclear. Outro acordo assinado em Buenos Aires contempla o mapeamento geológico e de recursos minerais em áreas de fronteira, o qual poderá resultar num esforço de formação conjunta de um quadro de geólogos especializados na prospecção de urânio e tório, uma vez que, em ambos os países, a estagnação das últimas décadas provocou um grande esvaziamento no setor. A retomada e possível integração dos programas nucleares argentino e brasileiro ocorrem no âmbito de dois fatores de suma relevância:
1) um renascimento do interesse pela energia nuclear em todo o mundo; e
2) a mudança da ordem de poder global em curso, marcada por uma sucessão de crises sistêmicas que denotam a falência dos pilares da ordem hegemônica das últimas décadas, em especial no período pós-Guerra Fria, e pela ascensão de novos protagonistas ao primeiro plano do cenário econômico e político mundial – cenário no qual a integração sul-americana assume relevância crucial.
2) a mudança da ordem de poder global em curso, marcada por uma sucessão de crises sistêmicas que denotam a falência dos pilares da ordem hegemônica das últimas décadas, em especial no período pós-Guerra Fria, e pela ascensão de novos protagonistas ao primeiro plano do cenário econômico e político mundial – cenário no qual a integração sul-americana assume relevância crucial.
Nesse ambiente de rápidas mudanças, o papel do setor nuclear como um vetor de capacitação científico-tecnológica de ponta adquire uma importância que transcende a geração de eletricidade e atinge numerosas outras áreas do conhecimento e da vida da sociedade em geral. Por tudo isso, também é fundamental neutralizar o obscurantismo ambientalista e os seus agentes.
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