Vejam só: em entrevista ao Valor, a ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, adverte os consórcios Furnas-Odebrecht e Suez-Camargo Corrêa: "Se houver luta judicial em torno da usina de Jirau, o governo assume a obra através da Eletrobrás". Incrível.
A Eletrobrás, fosse qual fosse o resultado do leilão e da disputa, já está representada na obra: através de Furnas ou por intermédio da Chesf e Eletrosul, estas duas formando no consórcio Suez-Camargo Corrêa.
Isso de um lado. De outro, se a Eletrobrás pudesse tocar a obra sozinha, por que promoveu a concorrência? As contradições não acabam aí. Ela é chefe da Casa Civil. O "ministro" de Minas e Energia é Edison Lobão. Ele vai ficar calado? É lógico que vai, não tem voz nem voto. Na verdade, o "ministro" Lobão só ouve os dois filhos: "Edinho 30" e o Marcio da Brasilcap, com maioria do Banco do Brasil, e uma parte da Sul-América. Só que esta, envergonhada, diz que não tem nada.
Dizem que Dona Dilma é poderosa dentro do governo. Mas fora dele, entra quase sempre como perdedora. Ela determinou aos diversos consórcios (a advertência está logo aí em cima) que não podem "entrar na Justiça". Pois não fazem outra coisa a não ser preparar essas ações.
Apesar do consórcio Jirau Energia, liderado pela Odebrecht, a empreiteira diz que não recua e garante com todas as letras: "A briga pela construção da usina de Jirau, no Rio Madeira, terminará na Justiça". Se isso se confirmar (a Odebrecht diz que sua decisão de resolver na Justiça é IRREVOGÁVEL), o presidente da Aneel também garante: "Se a Justiça tiver que decidir o que é puramente administrativo, a Suez não entrará mais em nenhuma parceria". E explica: "Não podemos chamar de parceiros os que querem impedir que comecemos as obras de Jirau".
José Paranhos: "A Alston e a Voith afrontam a decisão do Cade". Fizeram acordo há 9 meses, e até agora não houve o menor resultado. Mas o presidente da Aneel, que em alguns casos é veemente, em outros é cauteloso. E prefere não fazer carga aberta contra a Alston e a Voith, embora elas fiquem a descoberto.
O Planalto-Alvorada joga contra as empreiteiras, apostando na fortaleza da Eletrobrás, holding do sistema elétrico. Acontece que o Planalto-Alvorada ameaça a todos, "se não fecharmos um acordo, faremos a obra sozinhos, com a Eletrobrás", ainda acreditando que a Eletrobrás de hoje é a mesma de antigamente.
Dona Dilma nem foi ouvida na nomeação de José Antonio Muniz para a presidência da Eletrobrás. Este é um incompetente completo (só incompetente?) nomeado por outro suspeitíssimo personagem que é o "ministro" Lobão. Dona Dilma devia ter examinado muito antes "essas nomeações de cabresto".
Dona Dilma, "candidatíssima" para a sucessão de Lula em 2010, diz que Jirau começará a funcionar em 2011. Ha! Ha! Ha! Em matéria de calendário gregoriano, Dona Dilma não acerta uma. Para ela não haverá 2010, para o Brasil não haverá Jirau em 2011.
PS - E para o Brasil de hoje e de sempre, existe um obstáculo intransponível: O PREÇO DA OBRA. É tanto dinheiro, que em vez de facilitar um acordo prejudica.
PS 2 - Ainda trataremos muito dessas obras, como já venho escrevendo há mais de 1 ano. O que acontece é que as empreiteiras (TODAS E SEM EXCEÇÃO) não têm credibilidade.
Amanhã
Civis de ternos, militares de fardas, irmanados, abraçados e empolgados, convencidos de que o Brasil POTÊNCIA nasce e se desenvolve na AMAZÔNIA.
A Eletrobrás, fosse qual fosse o resultado do leilão e da disputa, já está representada na obra: através de Furnas ou por intermédio da Chesf e Eletrosul, estas duas formando no consórcio Suez-Camargo Corrêa.
Isso de um lado. De outro, se a Eletrobrás pudesse tocar a obra sozinha, por que promoveu a concorrência? As contradições não acabam aí. Ela é chefe da Casa Civil. O "ministro" de Minas e Energia é Edison Lobão. Ele vai ficar calado? É lógico que vai, não tem voz nem voto. Na verdade, o "ministro" Lobão só ouve os dois filhos: "Edinho 30" e o Marcio da Brasilcap, com maioria do Banco do Brasil, e uma parte da Sul-América. Só que esta, envergonhada, diz que não tem nada.
Dizem que Dona Dilma é poderosa dentro do governo. Mas fora dele, entra quase sempre como perdedora. Ela determinou aos diversos consórcios (a advertência está logo aí em cima) que não podem "entrar na Justiça". Pois não fazem outra coisa a não ser preparar essas ações.
Apesar do consórcio Jirau Energia, liderado pela Odebrecht, a empreiteira diz que não recua e garante com todas as letras: "A briga pela construção da usina de Jirau, no Rio Madeira, terminará na Justiça". Se isso se confirmar (a Odebrecht diz que sua decisão de resolver na Justiça é IRREVOGÁVEL), o presidente da Aneel também garante: "Se a Justiça tiver que decidir o que é puramente administrativo, a Suez não entrará mais em nenhuma parceria". E explica: "Não podemos chamar de parceiros os que querem impedir que comecemos as obras de Jirau".
José Paranhos: "A Alston e a Voith afrontam a decisão do Cade". Fizeram acordo há 9 meses, e até agora não houve o menor resultado. Mas o presidente da Aneel, que em alguns casos é veemente, em outros é cauteloso. E prefere não fazer carga aberta contra a Alston e a Voith, embora elas fiquem a descoberto.
O Planalto-Alvorada joga contra as empreiteiras, apostando na fortaleza da Eletrobrás, holding do sistema elétrico. Acontece que o Planalto-Alvorada ameaça a todos, "se não fecharmos um acordo, faremos a obra sozinhos, com a Eletrobrás", ainda acreditando que a Eletrobrás de hoje é a mesma de antigamente.
Dona Dilma nem foi ouvida na nomeação de José Antonio Muniz para a presidência da Eletrobrás. Este é um incompetente completo (só incompetente?) nomeado por outro suspeitíssimo personagem que é o "ministro" Lobão. Dona Dilma devia ter examinado muito antes "essas nomeações de cabresto".
Dona Dilma, "candidatíssima" para a sucessão de Lula em 2010, diz que Jirau começará a funcionar em 2011. Ha! Ha! Ha! Em matéria de calendário gregoriano, Dona Dilma não acerta uma. Para ela não haverá 2010, para o Brasil não haverá Jirau em 2011.
PS - E para o Brasil de hoje e de sempre, existe um obstáculo intransponível: O PREÇO DA OBRA. É tanto dinheiro, que em vez de facilitar um acordo prejudica.
PS 2 - Ainda trataremos muito dessas obras, como já venho escrevendo há mais de 1 ano. O que acontece é que as empreiteiras (TODAS E SEM EXCEÇÃO) não têm credibilidade.
Amanhã
Civis de ternos, militares de fardas, irmanados, abraçados e empolgados, convencidos de que o Brasil POTÊNCIA nasce e se desenvolve na AMAZÔNIA.
Leia a coluna Helio Fernandes na íntegra.
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