segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Fernando Pessoa

Álvaro de Campos

Gazetilha

Dos LLOYD GEORGES da Babilônia
Não reza a história nada.
Dos Briands da Assíria ou do Egito,
Dos Trotskys de qualquer colônia
Grega ou romana já passada,
O nome é morto, inda que escrito.

Só o parvo dum poeta, ou um louco
Que fazia filosofia,
Ou um geômetra maduro,
Sobrevive a esse tanto pouco
Que está lá para trás no escuro
E nem a história já historia.

Ó grandes homens do Momento!
Ó grandes glórias a ferver
De quem a obscuridade foge!
Aproveitem sem pensamento!
Tratem da fama e do comer,
amanhã é dos loucos de hoje!

Veja também (clique nos nomes doas poesias):
E a extensa e vária natureza é triste, Poesias Inéditas
É antes do ópio que a minh'alma é doente. ,Álvaro de Campos
É boa! Se fossem malmequeres, Poesias Inéditas
É brando o dia, brando o vento., Cancioneiro
E fala aos constelados céus, Poesias Inéditas
E há poetas que são artistas, Alberto Caeiro
Eh, como outrora era outra a que eu não tinha! Poesias Inéditas
É inda quente o fim do dia , Poesias Inéditas
Ela canta, pobre ceifeira, Cancioneiro
Ela ia, tranqüila pastorinha, Cancioneiro
Elas são vaporosas, Cancioneiro
Em Busca da Beleza, Cancioneiro
Em horas inda louras, lindas, Cancioneiro
Emissário de um rei desconhecido., Cancioneiro
Em meus momentos escuros, Cancioneiro
Em outro mundo, onde a vontade é lei, Poesias Inéditas
Em plena vida e violência, Poesias Inéditas
Em seu throno entre o brilho das espheras, Mensagem - Brasão
Em toda a noite o sono não veio, Cancioneiro
Em torno a mim, em maré cheia, Poesias Inéditas
Em torno ao candeeiro desolado, Poesias Inéditas
Encostei-me para trás na cadeira de convés e fechei os olhos, Álvaro de Campos
Enfia, a agulha, Poesias Inéditas
É noite. A noite é muito escura. Numa casa a umaAlberto Caeiro

Para ler outras poesias do Pessoa ou de outro poeta, não deixe de conferir o excelente site
Jornal da Poesia, editado por Soares Feitosa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário