terça-feira, 19 de agosto de 2008

FHC: Sessenta e um anos em oito


Em 2 mandatos, FH & Cia respondeu por 64% do déficit externo do país em 6 décadas

Ao comentar a deterioração acelerada das contas externas, o ex-secretário de finanças do município de São Paulo Amir Khair lembrou que, no período Fernando Henrique, o Brasil teve de recorrer duas vezes ao FMI por causa do passivo externo acumulado nas transações correntes. "Historicamente, quase sempre fomos financiados por recursos externos. Entre 1947 e 2007, ou seja, em 61 anos de registros, em apenas 12 anos ocorreu superávit nas transações correntes. No entanto, se até 2002 o passivo externo acumulado nas transações correntes foi de US$ 291,7 bilhões, o período FH, entre 1995 e 2002, responde por US$ 186,2 bilhões (63,8%) desse total."
De 2003 a 2007, as transações correntes foram superavitárias em US$ 44,9 bilhões e, em 2008, poderão registrar déficit de pelo menos US$ 20 bilhões devido à forte elevação das importações.
"As importações crescem, principalmente, devido aos bens intermediários que servem para a redução dos custos de produção. Representam 58% do total importado; os combustíveis, 17%; bens de capital, 14%; e bens de consumo, 11%", contabiliza, ponderando que no período FH prevalecia o consumismo. "Os superávits deverão ser retomados com a redução do ritmo de crescimento das importações e elevação das exportações, devido à forte posição do Brasil na produção de minérios, alimentos e futuramente em petróleo."

Matéria do MONITOR MERCANTIL

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