Destaques dos jornais de hoje. O que merece ser conferido...
No Brasil, é impossível anular o voto
Tribuna da Imprensa
Carlos Alberto Vizeu
Washington Olivetto
Podemos imaginar que a ordem natural do universo seja feita de cataclismos e reorganizações, de caos e ordem. Uma nova ordem é sempre precedida por um estado de anarquia. Ultimamente alguns filósofos, como Felix Guattari e Gilles Deleuze, têm falado disso.
Os piores "textos" de Washington Olivetto
O "rombo" das previdências públicas
Vilson Antonio Romero
Tribuna da Imprensa
O Núcleo Atuarial de Previdência (Nap) da Universidade Federal do Rio de Janeiro classifica os regimes de aposentadoria dos funcionários públicos gaúchos e catarinenses nas últimas colocações no Índice de Desenvolvimento Previdenciário, enquadrando-os como "em extrema dificuldade". Isto com base nos dados de 2007, sem considerar, no RS, os fundos criados com a venda de ações do Banrisul. (...)
João Guilherme Sabino Ometto
Tribuna da Imprensa
Numa conjuntura de menor crescimento econômico internacional, determinada este ano pelo crash imobiliário norte-americano, as estimativas de novo recorde na safra brasileira de grãos devem ser comemoradas com ênfase. Afinal, o agronegócio tem sido um dos principais pilares de sustentação de nosso superávit comercial, não só por sua eficiência, como pelo fato de as exportações de algumas commodities estarem influenciadas por preços internacionais aquecidos em função do aumento da demanda e diminuição dos estoques em todo o mundo. Além disso, dentre os setores de atividade medidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para o dimensionamento do PIB nacional, a agropecuária foi o que apresentou expansão mais expressiva em 2007, evoluindo 5,3%. (...)
Coluna Opinião
Criminosos fardados
Mauro Braga e Redação
FATO DO DIA
Tribuna da Imprensa
Nem toda a publicação diária que retrata o asco popular em relação aos maus policiais, a indignação diante da falta de critérios do servidor público ou a revolta provocada pelos maus exemplos dados por aqueles que são pagos para servir à sociedade, parece ser suficiente para deter a ousadia da chamada "banda podre". O juramento de compromisso com a carreira policial, para alguns, se configura como meras palavras esquecidas no próprio da formatura.
Criminosos fardados
Lula veta artigo com regra para ocupação na Amazônia
EDUARDO SCOLESE e MARTA SALOMON
Folha de S. Paulo
Lula amplia limite a venda de terra sem licitação na Amazônia
Mónica Bérgamo - No topo
Folha de S. Paulo
Mónica Bérgamo - No topo
Painel - Termômetro supremo
Folha de S. Paulo
Dos 11 ministros do STF, apenas dois -Carlos Ayres Britto e Joaquim Barbosa- são considerados votos certos a favor da ação da Associação dos Magistrados Brasileiros que contesta o direito de candidatos com "ficha suja" participarem de eleições, a ser julgada hoje pelo tribunal. Há ainda a expectativa de um ou dois votos favoráveis dentro de um conjunto de três que inclui os ministros Ellen Gracie, Carmen Lúcia e Ricardo Lewandovsky. E não mais do que isso.Amanhã, em outro caso que promete grande repercussão, é esperado algum pedido de vista no julgamento do uso de algemas, seja pela complexidade do tema, seja porque o relator, Marco Aurélio Mello, deve apresentar um voto bastante abrangente.
Painel - Termômetro supremo
ROBERTO MACHADO
Folha de S. Paulo
Ex-gerente, que foi preso em operação e responde a processo em liberdade, está hoje em órgão de pesquisa da estatalAlém de Carlos Heleno, que não quis se manifestar, mais um voltou; diretores de empresa acusada seguem à frente de porto no Rio
Um ano depois, os principais acusados pela Polícia Federal de fraudes em licitações na Petrobras retomaram suas atividades normalmente. Em julho de 2007, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra responsáveis por supostas fraudes em licitações da estatal, que gerou mandados de prisão preventiva contra 18 pessoas. Saldo: 14 presos, entre empresários, advogados e funcionários da Petrobras.
Após 1 ano, acusado pela PF volta à Petrobras
Anglo fecha aquisição de mineradora de Eike Batista
PEDRO SOARES
Folha de S. Paulo
Ainda há condicionantes ao negócio devido à ação da PF
A Anglo American anunciou ontem que fechou a operação de compra da MMX, negócio que havia sido adiado em razão de investigações da Polícia Federal. O valor da aquisição ficou em R$ 5,4 bilhões, considerando apenas os 63% das ações ordinárias do grupo do empresário Eike Batista.Para evitar o naufrágio do negócio, Batista prometeu pagar no último dia 28 uma indenização do próprio bolso para cobrir qualquer prejuízo eventual que a mineradora anglo-sul-africana venha a ter em decorrência da investigação da PF. O valor não foi divulgado.
Anglo fecha aquisição de mineradora de Eike Batista
Lula e o debate democrático
Artigo - Arnaldo Niskier
Folha de S. Paulo
Lula resolveu ouvir pessoas, não necessariamente do PT, para ouvir uma avaliação do seu governo. Foi um encontro de bons resultados
TRISTE O presidente da República que se refugia nos palácios de Brasília e deixa de ouvir o clamor popular e a opinião dos intelectuais. Luiz Inácio Lula da Silva, que não perdeu a humildade de simples operário do ABC, resolveu ouvir pessoas, não necessariamente do PT, para conhecer a avaliação que se faz do seu governo, ainda quando faltam dois anos e meio para o seu final.
Lula e o debate democrático
Por que no te callas, Meirelles?
Coluna - Elio Gaspari
Folha de S. Paulo
O presidente do Banco Central só deveria falar ao Congresso ou durante as reuniões da diretoria da instituição
A PANCADA de 0,75% do Banco Central no aumento na taxa de juros ainda não esfriou e seu presidente, doutor Henrique Meirelles, já está no circuito insinuando uma nova punição para a economia nacional. Comprou seu forno de microondas? Sua mulher não precisa mais voltar para o fogão para servir a janta? Visigodo ignóbil, você está aquecendo o consumo. Conseguiu um trabalho com a queda da taxa de desemprego? Ostrogodo inconseqüente, você ofende a racionalidade econômica, abrindo o caminho para um surto inflacionário. Contra esses bárbaros só há um remédio, subir a taxa de juros brasileira que é, há tempos, a maior do mundo.
Por que no te callas, Meirelles?
Artigo - Melchiades Filho
Folha de S. Paulo
O Estado brasileiro adverte: só faça entre quatro paredes o que puder repetir em público, só diga ao telefone o que puder falar ao megafone, só escreva no e-mail aquilo que todo mundo puder ler.Reportagem da Folha comprovou o que os ministros Tarso Genro e José Múcio haviam comentado com sarcasmo: juízes de primeira instância e policiais federais se uniram para fuçar a privacidade de quem bem entenderem.O disparate começou quando foi dado aos delegados da Operação Satiagraha sinal verde para estenderem o grampo a quem porventura tivesse falado com os suspeitos.Havia autorização, por exemplo, para varrer as ligações de Dilma Rousseff e de Gilberto Carvalho, pois os dois assessores mais próximos de Lula foram contatados pela infantaria de Daniel Dantas. (Se eles deram ou não uma mãozinha para as Farc? Os sombras sabem.)
Correio Braziliense
Ari Cunha - Algemas rejeitadas
Brasília-DF - Eleição viciada
Izabelle Torres
Correio Braziliense
Cidadão comum Quem merece os parabéns é o pessoal da PM que cuida do trânsito no aeroporto de Brasília. Ontem, o carro 015 do Senado, que serve ao senador Wellington Salgado (PMDB-MG), parou em cima da faixa de pedestre para esperar a excelência. O guarda não deu trégua. Pediu toda a documentação do carro. O senador chegou e esperou pacientemente que o guarda terminasse o seu serviço. Ah, se fosse sempre assim! Santa civilidade, Batman!
Efraim e Agaciel sob suspeita
Leandro Colon e Marcelo Rocha
Correio Braziliense
Relatório do Ministério Público aponta suposta participação de integrantes da cúpula do Senado nas fraudes Em 26 de abril de 2006, Paulo Duarte, funcionário da empresa Ipanema, telefonou para Dimitrios Hadjinicolaou, diretor da Secretaria de Compras e Administração do Senado, para tratar de concorrência de R$ 2,4 milhões mensais vencida na Casa. Esse contrato, de número 20060018, havia sido assinado em 24 de março daquele mês, na gestão de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência da Casa. Segundo o MP, Duarte enviou naquele dia um e-mail para corrigir informações de preços um mês depois de assinar o contrato. “Cara, tem várias planilhas erradas”, afirmou por telefone ao funcionário do Senado. “Se você quiser deixar do que jeito que tá (sic), por uma questão de lealdade, eu tenho que te falar, tá errado”, disse o funcionário da Ipanema.
Efraim e Agaciel sob suspeita
Diálogos entre a cruz e a espada
Coluna - Nas Entrelinhas
Correio Braziliense
O diálogo com os militares sobre a abertura dos arquivos da repressão e os desaparecidos no regime militar não é uma missão impossível desde que sem revanchismo e no contexto de uma nova política de defesa que valorize as Forças Armadas
Os seqüestros, torturas e assassinatos de oposicionistas por órgãos de segurança do regime militar são um tema da transição à democracia que, lamentavelmente, 20 anos depois da Constituinte, ainda não tem um ponto final. Não resta dúvida de que o debate sobre o assunto foi reaberto da pior forma possível pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Seus colegas de Esplanada não sabem o que passou pela cabeça do ministro ao fazê-lo. Uns acham que ele tentou torpedear a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, uma ex-guerrilheira. Outros, que o ministro apenas falou o que não deveria para agradar uma platéia de militantes do movimento de defesa dos direitos humanos. Em qualquer hipótese, meteu os pés pelas mãos, apesar de certa simpatia da opinião pública à tese de que ex-torturadores devem ser punidos, como no Chile e na Argentina.
Diálogos entre a cruz e a
Artigo - João Cláudio Garcia
Correio Braziliense
O atentado que assustou os chineses às vésperas da abertura dos Jogos Olímpicos comprova como a organização de um evento dessa magnitude vai além do cumprimento dos prazos para conclusão de estádios e ginásios. Infra-estrutura e logística para a realização das provas são apenas parte de um processo muito mais complexo e custoso que envolve esquema de segurança impecável. O fato de Pequim estar blindada não impediu o ataque com um caminhão ocorrido do outro lado do país, a 4 mil quilômetros da capital. O Brasil, sede da Copa do Mundo de 2014, não tem movimento separatista armado, não enfrenta seitas como a Falun Gong, nem se considera desafiado por campanhas de autonomia como há no Tibete. Mas é um dos países líderes em violência armada, triste realidade à qual a população já está se acostumando. Entre a década de 1980 e o começo deste século, os homicídios de adolescentes entre 15 e 19 anos aumentaram quatro vezes, segundo um levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). É a principal causa de morte entre jovens no país, e a terceira entre adultos.
Jogos blindados
Gazeta Mercantil
A Bovespa registrou saída líquida recorde de R$ 7,626 bilhões de investidores estrangeiros no mês de julho (descontadas as entradas). Esse movimento puxou a desvalorização do Índice Bovespa, que fechou o mês com queda acumulada de 8,48% no ano e que tem desnorteado brasileiros que esperavam uma chuva de dinheiro estrangeiro após a obtenção do grau de investimento, em maio. A chuva realmente não veio, mas as perdas com papéis brasileiros têm sido menores do que as de papéis de outros países emergentes. O índice de ADR do Brasil, calculado pelo Bank of New York Mellon, caiu 8,78% no ano, a menor perda dentre os ADRs do chamado grupo dos Bric, que inclui ainda Rússia, Índia e China. A maior perda foi do índice russo, de 34,26%.
ADR do Brasil é o que menos perde dentre economias do Bric
Gazeta Mercantil
Em vigor desde fevereiro, a expectativa era de que a loteria Timemania repassaria R$ 10 milhões mensais a clubes. De março a junho foram R$ 13,4 milhões. O objetivo do jogo é ajudar os times a quitar tributos.
São Paulo, 6 de Agosto de 2008 - Passados quase seis meses da legalização e regulamentação da Timemania, em fevereiro, a loteria esportiva criada para ajudar os clubes de futebol brasileiros a saldar suas dívidas com o governo ainda está longe de atingir as expectativas iniciais. Segundo dados da Caixa Econômica Federal (CEF), que administra os concursos, de março (mês do primeiro sorteio) até o final de junho haviam sido repassados R$ 13,4 milhões às agremiações. As projeções iniciais, entretanto, indicavam repasses entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões por mês, o que totalizaria algo entre R$ 24 milhões e R$ 40 milhões no período.
Timemania repassa R$ 13,4 milhões
Gazeta Mercantil
Na décima segunda viagem para a Argentina, ao longo de seis anos de mandato, o presidente Lula reafirmou sua crença no fortalecimento das relações bilaterais entre os dois países. Dispensadas as expressões menos formais, que caracterizam a conhecida retórica de Lula, o presidente brasileiro definiu, de modo objetivo, suas pretensões em relação ao vizinho ao garantir que uma Argentina "industrializada e competitiva, fortalece o Brasil, fortalece o Mercosul e nosso projeto sul-americano". Sem esquecer o sinal de que essa decisão está perfeitamente aceita e encampada pelo empresariado nacional. Como demonstrava a presença de 306 empresários brasileiros, número bem superior aos 200 inscritos quando dos preparativos da viagem pelo Itamaraty.
Com Chávez, Mercosul tem raio de ação limitado
Marcos Cintra
Gazeta Mercantil
Villas-Bôas Corrêa
Jornal do Brasil
Como os veteranos calham- beques que são peça de museu e que custavam a pegar nos dias frios, obrigando o motorista a atléticas proezas para rodar a alavanca até a explosão que anunciava o êxito da operação, também a campanha para a eleição municipal de prefeitos e vereadores só agora começa a dar o ar da sua graça em raras cidades espalhadas pela imensidão do país. A pobre coitada não tem nenhuma culpa pelo desânimo da imensa maioria da população ou pelo desligamento do eleitorado.
A campanha custa a pegar
Jornal do Brasil
O atual pacote de medidas de segurança na Itália, lançado pelo primeiro-ministro Silvio Berlusconi corre risco de se transformar em xenofobia se não for aplicado com prudência. O envio de mais de mil soldados efetivo que pode chegar a 3 mil às ruas para ajudar a polícia no combate à criminalidade mostra-se um eixo de visibilidade no endurecimento contra imigrantes ilegais. Ainda que sob a bandeira de combater a desordem, a iniciativa vem sendo criticada por muitos que a consideram golpe de preconceito e publicidade do governo. Eleito em abril prometendo fazer da Itália um lugar mais seguro, Berlusconi recorrentemente associa imigrantes ilegais a ações criminosas. Não são poucos os temerosos de que se desloque o alvo dos soldados da desordem para o imigrante em situação irregular.
Forças Armadas nas ruas
O PCC controla as cadeias privatizadas
Coisas da Política :: Augusto Nunes
Jornal do Brasil
A FESTA VAI SER DA PESADA, garantem os chefões do Primeiro Comando da Capital, ou PCC, ou Partido do Crime. Na cadeia e fora dela, avisam os dirigentes da mais poderosa e mais brutal das quadrilhas surgidas no Brasil desde os tempos do Descobrimento. Além dos 15 mil militantes formalmente filiados ao partido, que se distribuem por todos os presídios paulistas e deliberam sobre o cotidiano de 150 mil sentenciados, 500 mil correligionários ou simpatizantes em liberdade e em ação nos bairros de São Paulo controlados pelo PCC estarão comemorando com gritos, rojões, eventualmente rajadas de metralhadora, o 15º aniversário da organização. Em 31 de agosto de 1993, oito delinqüentes reunidos no pátio da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté (podem chamá-la de "Piranhão" que ela atende) concluíram que, se sobravam facções dispostas a matar e morrer para impor-se às concorrentes, faltava às cadeias da maior cidade brasileira uma organização que efetivamente representasse os interesses dos engaiolados.
PCC controla as cadeias privatizadas
O Estado de S. Paulo
Ao mesmo tempo que repensa o marco regulatório do setor do petróleo no País, o governo Lula vai manobrando para deixar para a Petrobrás tarefas apenas secundárias no setor
A idéia original foi exposta e defendida pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Uma nova empresa estatal, cujas ações seriam controladas totalmente pelo Tesouro, se encarregaria de contratar a execução de serviços de prospecção, desenvolvimento e exploração das jazidas a serem descobertas e ficaria com todo o produto da operação. Essa proposta nasceu depois que a Petrobrás encontrou enormes províncias de petróleo e gás natural sob a camada de sal, entre 6 mil e 7 mil metros abaixo do nível do mar, nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo, que praticamente eliminaram o risco exploratório. O raciocínio dos que defendem a criação da estatal é o de que, embora controlada pelo Tesouro, a Petrobrás é uma empresa mista. Quase 70% do seu patrimônio pertence a acionistas privados, do Brasil e do exterior. Deixar preponderantemente para o setor privado os lucros que advirão da exploração das novas frentes seria, para os formuladores da proposta, entregar a terceiros riqueza da qual todo o povo brasileiro deveria desfrutar.
Celso Ming - Petrobrás, ator coadjuvante
Clima da época era tenso, com greve de fome e pressão militar
Denise Madueño
O Estado de S. Paulo
Militares sem uniformes - mas facilmente reconhecidos por seus cabelos curtos - ocupavam quase todo o espaço da galeria do plenário da Câmara. Jornais traziam declarações do então ministro da Justiça, Petrônio Portela, de que o governo usaria sua influência junto à Arena para impedir que a anistia fosse ampliada, e do então ministro das Comunicações, Said Farah, de que o governo já havia transigido até onde pôde. Essa era parte do cenário no dia da votação do projeto de Lei de Anistia no Congresso no dia 22 de agosto de 1979.
Clima da época era tenso, com greve de fome e pressão militar
Fabio Graner
O Estado de S. Paulo
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, colocou ontem mais pressão sobre as empresas Odebrecht e Suez, que ameaçam levar à Justiça a disputa em torno da construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Santo Antônio e Jirau. Lobão disse que, se as empresas não chegarem a um acordo e um confronto judicial paralisar os projetos, o governo poderá anular os dois leilões, para preservar o interesse público. Lobão ressalvou, no entanto, que o governo trabalha para promover um acordo entre os consórcios e tem fé num entendimento. “O que nós esperamos é a negociação e a solução pacífica entre as duas empresas. Com isso, quero dizer que o governo não tem interesse nenhum em quebrar contrato”, afirmou, embora tenha chegado, em certo momento, a falar como se um acordo não pudesse ser concretizado.
Lobão ameaça anular leilões do Madeira se não sair acordo
ARTIGO - João Lara Mesquita
O Estado de S. Paulo
Dia 29 último, o presidente Lula assinou nova medida provisória, transformando a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca em Ministério.
Para anunciar, soltou a verve. E perdeu uma boa chance de ficar calado. Seu discurso atropelou o bom senso. Como assinalou este jornal, no editorial Outro Ministério dispensável (31/7, A3), “falando como pescador - como se o hobby o tivesse transformado num especialista em piscicultura”, Lula lançou o Mais Pesca e Aqüicultura, plano de desenvolvimento sustentável 2008/2011.
Oportunidade perdida
ARTIGO - Otto Glasner
O Estado de S. Paulo
A intenção do governo federal, noticiada pelo Estadão no dia 2 de julho, de apresentar ao Congresso Nacional projeto de lei (PL) que, entre outras medidas, prevê a extinção de pequenas dívidas tributárias do empresariado brasileiro é acertada, porque, nesses casos, a União gasta mais com a manutenção de processos judiciais contra devedores do que receberia com a liquidação da própria dívida. A proposta, porém, tem alcance restrito, dado que abrange apenas uma parcela dos empresários. Por que não apoiar uma proposta infinitamente mais abrangente em números e desdobramentos, já em tramitação no Congresso? Trata-se do PL nº 958/2007, apresentado pelo deputado Jilmar Tatto (PT-SP), que propõe um plano de recuperação fiscal em que se resolveria uma pendência histórica entre quem deve e não consegue pagar e quem tem crédito e não consegue receber.
Compensar créditos e débitos tributários
Carlos Marchi
O Estado de S. Paulo
Pesquisa mostra amplo apoio à sua permanência
O presidente Evo Morales salvará facilmente o seu mandato no referendo revogatório de domingo, revela pesquisa coordenada pelo Ibope que o Estado teve acesso. O “sim” a Evo no poder deverá alcançar 56%, contra apenas 35% que prometem votar pelo “não”. Para que Evo perca a presidência, é preciso que pelo menos 53,7% dos votos (votação que o elegeu em dezembro de 2005) mais 1 sejam pelo “não”. A pesquisa apurou, no entanto, que a aprovação do governo Evo no momento é menor - 52%.
Evo sairá vencedor, prevê Ibope
Fausto Macedo
O Estado de S. Paulo
Juízes também criticam proposta do ministro Gilmar Mendes feita anteontem em debate no auditório do Grupo Estado. A proposta do ministro Gilmar Mendes, de criação de varas especializadas no combate a abusos de autoridade, agitou o mundo de delegados, procuradores, advogados e juízes - profissionais que se tornaram alvos de reprimendas públicas do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) em sua ofensiva contra violações.
PF reage à vara especial para abuso de autoridade
O Globo
Confirmando os estudos divulgados em 2003 sobre os países que dominarão a economia mundial no futuro, a Goldman Sachs prevê que Índia, Brasil, Rússia, Indonésia, México e Turquia substituirão Japão, Alemanha, França, Itália, Espanha e Canadá no ranking das dez maiores economias do mundo em 2050. Ao contrário do que acontece em muitos países desenvolvidos, inclusive nos Estados Unidos, onde a classe média tem reduzido seu poder de compra, a Goldman Sachs vê um movimento contrário nos países em desenvolvimento, onde estaríamos diante de uma explosão sem precedentes, inclusive com uma melhora generalizada na redução das desigualdades sociais.
Coluna - Ilimar Franco - PANORAMA POLÍTICO
O Globo
Os ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) queriam o apoio de Nelson Jobim (Defesa) à tese de punição para os militares torturadores. Eles almoçaram para tratar do tema e Jobim pulou fora, argumentando que essa era uma decisão política que não poderia ser tomada por nenhum deles, mas pelo presidente da República. Tarso não tratou mais do assunto com Jobim. Na ocasião, Tarso e Vanucchi não informaram ao ministro da Defesa que estavam organizando um seminário sobre o assunto. Foi o comandante do Exército, general Enzo Peri, quem alertou o ministro do que aconteceria na Justiça.
Tarso queria o apoio de Jobim
Luiz Sérgio Guimarães
Valor Econômico
Em apenas quatro pregões, as apostas contra o dólar e a favor do real feitas por investidores estrangeiros na BM&F se reduziram à metade. As posições "vendidas" líquidas nos segmentos de dólar futuro e cupom cambial, carregadas pelo capital externo, caíram de US$ 8,53 bilhões no dia 29 de julho para US$ 4,58 bilhões na segunda-feira, última posição oficialmente conhecidas. Ou seja, os fundos estrangeiros estão desmontando posições ao frenético ritmo de US$ 1 bilhão por dia. Por que a queda se tais operações costumam render o maior juro real do mundo, de 8,74% (diferença entre o swap de 360 dias a 14,58% e a expectativa de IPCA Focus 12 meses à frente, de 5,37%), além da variação cambial?
Por dentro do mercado - "Vendido" desmonta US$ 1 bi por dia
Artigo - Heni Ozi Cukier
Valor Econômico
Há algum tempo, a Amazônia desperta a preocupação e a ansiedade dos brasileiros por ser um patrimônio estratégico nacional. Uma vez que as questões ambientais vêm ganhando os holofotes da mídia em todo o mundo, é inevitável que a nossa grande floresta esteja presente nos debates. Provavelmente a maior ameaça que o Brasil enfrenta hoje é a ingerência externa na condução da nossa política de desenvolvimento e de preservação da Região Amazônica. Ingerência que, sem dúvida, é uma ameaça à segurança nacional brasileira. O maior perigo para o Brasil não é a mera opinião que países emitem sobre a região, mas, sim, que o debate seja guiado e pautado pelos interesses estrangeiros. Somente o Estado tem o poder e os meios para defender os interesses nacionais.
A hierarquia das prioridades da Amazônia
A história não acabou
Coluna - Edward Amadeo
Valor Econômico
Em 1896, o autor inglês E. E. Williams intitulou um ensaio "Made in Germany" porque quando começou a escrevê-lo notou que, para seu horror, o lápis que usava tinha sido produzido na Alemanha. Em 1885, o ministro prussiano Robert von Puttkamer ordenou a expulsão dos trabalhadores imigrantes poloneses. Os países toleram mal as ameaças da globalização - seja na forma de investimentos estrangeiros, da competição de importados, da imigração de trabalhadores. (...)
O que de fato vai ocorrer, ninguém sabe. Mas chama atenção que os autores dos melhores textos sobre liberalismo se mostrem tão preocupados com o bem-estar dos americanos quando o mundo abraçou seus ensinamentos. Fossem eles políticos, não surpreenderia. Sendo eles intelectuais e ideólogos, chama muita atenção.
A história não acabou
As questões penais e constitucionais e o papel do Supremo
Artigo - Leonardo de Paola
Valor Econômico
O desenrolar das mais recentes operações "midiáticas" da Polícia Federal pôs novamente em evidência, para o bem e para o mal, o Supremo Tribunal Federal (STF). Assistimos a uma lastimável troca de recados e de ameaças veladas (e não tão veladas assim), a teorias conspiratórias, a um certo descontrole de juízes e ministros e mesmo a um exibicionismo tão pouco condizente com as elevadas funções de alguns dos atores - "atores", pois, no duplo sentido da palavra. Porém, deixando tudo isso de lado, cabe uma reflexão mais geral acerca dos efeitos da overdose de processos penais sobre o Supremo.
As questões penais e constitucionais e o papel do Supremo
Fed em cima do muro é sucesso de público
Coluna - Daniele Camba
Valor Econômico
Alguns acreditam que a desaceleração da economia americana, com consequências significativas para o mundo, é hoje o principal problema e, para saná-lo, o mais sensato seria o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reduzir a taxa de juros. Já outros defendem que a pressão inflacionária é muito mais preocupante e, portanto, o melhor seria o Fed aumentar os juros. Nesse cabo-de-guerra, o BC americano decidiu ontem não agradar ninguém por completo, ficando no meio do caminho, com a taxa de juros mantida em 2% ao ano. O resultado não poderia ter sido melhor.
Fed em cima do muro é sucesso de público
Criação de uma estatal de alimentos ameaça a adesão da Rússia à OMC
Assis Moreira
Valor Econômico
A Rússia planeja criar uma companhia estatal para controlar a exportação de metade dos cereais do país, gerando temores de que passe a usar também os alimentos como arma diplomática. Moscou já utilizou seu gás natural para pressionar parceiros, através de sua gigante Gazprom, que controla 25% do suprimento de gás na Europa. Agora, o projeto de controlar a exportação de cereais pode alarmar mais os importadores líquidos de alimentos quanto a sua dependência do mercado internacional. A própria Rússia, assim como outros países, chegou a suspender exportações agrícolas este ano, no auge da alta de preços.
Criação de uma estatal de alimentos ameaça a adesão da Rússia à OMC
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