quarta-feira, 5 de maio de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DOS JORNALÕES

(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora a noite)

Três anos após ser escolhido como sede da Copa de 2014, o Brasil mal iniciou as obras de reforma ou construção de estádios nas 12 sedes. Irritado, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em Johannesburgo, foi duro com o não cumprimento do cronograma, pois ontem era a data limite para início das obras: "O número de estádios em que a luz vermelha já está acesa é incrível. O Brasil não é pontual, o Brasil não está no rumo certo. Cada dia é importante porque há eleições no país e, nesse período, muito pouca coisa acontece; depois, temos o carnaval, e nada vai acontecer." A CBF admite até mudar algumas cidades se o atraso continuar até setembro.

FOLHA DE S. PAULO
GOVERNO QUER ESTIMULAR PORTADOR DE HIV A TER FILHO

Documento orienta concepção natural; OMS indica reprodução assistida. O Ministério da Saúde elabora documento em que estimula portadores de HIV que queiram ter filhos a fazer sexo desprotegido em condições específicas.Segundo o texto, se o casal planejar a gravidez na melhor fase clínica do tratamento, o risco de transmitir o vírus é muito menor. Isso inclui estar com a quantidade de vírus baixa e o total de células de defesa elevado, não ter doenças crônicas associadas nem infecções no trato genital. A relação deve ocorrer no dia do período fértil da mulher. Após o sexo sem proteção, devem ser tomados cuidados para prevenir a doença. Segundo as informações mais recentes do Ministério da Saúde, em 2008, aproximadamente 3.000 mulheres soropositivas engravidaram. Documento da OMS (Organização Mundial da Saúde) de 2006 recomenda autoinseminação e outras técnicas de reprodução assistida para esses casos. Para Andrea da Silveira Rossi, consultora do ministério, é necessário orientar as pessoas sem acesso a essas técnicas sobre formas seguras de engravidar, informam Fernanda Bassette e Gabriela Cupani. Os tratamentos reprodutivos em clínicas custam muito caro, diz ela. (págs. 1 e C11)

O ESTADO DE S. PAULO
EMPRESA QUE POLUIR ALÉM DO LIMITE TERÁ DE PAGAR, PREVÊ FAZENDA

Poluidores deverão comprar títulos em mercado de redução de emissões de gases. Estudo da Fazenda prevê que empresas que lançarem na atmosfera quantidade de carbono acima de um limite a set fixado pelo governo terão de comprar "títulos" no mercado brasileiro de redução de emissões, informa a repórter Marta Salomon. Esse novo mercado funcionará com certificados de redução de emissões de gases do aquecimento global, e os papéis também poderão ser comprados por investidores comuns. O estudo dá início à regulamentação das metas do clima. No final do ano passado, o governo anunciou cone entre 36,1% e 38,9% das emissões de carbono previstas para 2020, mas esses limites ainda não saíram do papel. O modelo em discussão pane da ideia de que haverá "tetos" de emissão de carbono para os diferentes setores da economia. Estão sujeitos a esse tipo de restrição os setores de geração de energia, transportes, indústria em geral e agronegócio. (págs. 1 e Vida A22)


JORNAL DO BRASIL
LULA ABRE GUERRA AO TRÁFICO NA FRONTEIRA

Reunido na fronteira com o colega paraguaio Fernando Lugo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado aos narcotraficantes cuja ação na divisa entre os dois países já levou à decretação do estado de exceção em algumas províncias paraguaias. "Os traficantes meteram-se com os governos de Brasil e Paraguai. Agora vamos enfrentá-los. É uma indústria poderosa infiltrada na política e na economia", afirmou Lula, ao anunciar um programa conjunto que inclui a instalação de postos da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança na região. A ação terá, também, viés econômico com geração de oportunidades. (págs. 1 e Internacional A19)

CORREIO BRAZILIENSE
ACUSAÇÕES DE DURVAL ATINGEM PT E DOIS ARRUDISTAS

As denúncias do ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa não têm fim. Ele já prestou mais de 20 depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal, mas toda vez que diz algo sobre o suposto esquema de corrupção instalado na capital do país provoca suspeitas de novos envolvidos na suposta distribuição de propina em troca de apoio ao governo de José Roberto Arruda. Na última quinta-feira, o colaborador da Operação Caixa de Pandora apontou mais dois deputados que seriam beneficiários de vantagens: Dr. Charles (PTB) e Batista das Cooperativas (PRP). E ainda mirou o PT. Disse, sem apontar nomes, que o partido também “tem os seus pecados” na ex-administração de Arruda. Durante duas horas e meia, Durval prestou depoimento na última quinta-feira à vice-presidente da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa, Érika Kokay (PT), nas dependências da Polícia Federal (PF). Convidado pela comissão para falar como testemunha do processo por quebra de decoro parlamentar contra a deputada Eurides Brito (PMDB), Durval, ao responder a questionamentos da distrital petista, ampliou o foco. Disse que no suposto esquema de mensalão Dr. Charles tinha tratamento diferenciado em relação a outros deputados. Recebia entre R$ 80 mil e R$ 100 mil por mês para apoiar o governo. Batista também tinha relação especial, segundo Durval. Além do mensalão, o distrital do PRP tinha outros interesses e era “recebedor, beneficiário de muita coisa”.

VALOR ECONÔMICO
PACOTE DA EXPORTAÇÃO CRIA EXIMBANK E MUDA SIMPLES

O governo pretende anunciar amanhã um pacote de incentivo às exportações, cujo desempenho tem preocupado economistas e empresários. O conjunto de medidas, que estava sendo finalizado ontem pelos técnicos do Ministério da Fazenda, deve incluir a redução do prazo de devolução de créditos de PIS-Cofins, um sistema de incentivo às empresas inscritas no Simples e a criação de um banco para financiar exportações, o Eximbank, discutida há mais de 20 anos. O pacote, que vem sendo negociado há cinco meses entre os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, aguarda apenas o aval do presidente Lula. O governo queria anunciá-lo no mês passado, mas houve divergências entre Mantega e Jorge. A preocupação era evitar gastos excessivos com incentivos. Uma das medidas será a redução do prazo para devolução de créditos de PIS-Cofins acumulados pelos exportadores. Hoje, esse prazo chega a até cinco anos. O novo limite deverá ficar entre 45 e 90 dias. (pág. 1)



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