quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sarney: "o Senado tem grande simpatia pelos aposentados"


Em sua chegada ao Congresso, o presidente do Senado, José Sarney, sinalizou, na manhã desta quarta-feira (5), que o Plenário deve aprovar o reajuste de 7,72% para as aposentadorias acima de um salário mínimo, como fez nesta terça-feira (4) a Câmara dos Deputados.

Estamos num ano eleitoral e dificilmente teremos o Senado modificando qualquer decisão da Câmara, qualquer que ela seja. Eu não conheço os números do orçamento do governo, mas acho que politicamente é muito difícil que haja qualquer modificação nesse projeto dentro do Senado. Até mesmo porque há uma simpatia muito grande aqui com os aposentados - disse.

Lembrando que sua mãe, dona Kiola, sempre o alertou para a importância de se pagar justas remunerações aos aposentados, Sarney disse entender que, no fim da vida, as pessoas tem dificuldades maiores do que no princípio para se sustentar. Da mesma forma, ele lembrou que os preços dos medicamentos dificultam a vida do aposentado que arca com essa despesa.

Eu não conheço os dados orçamentários do governo, mas acho que sempre que se puder aumentar um pouco o vencimento dos aposentados, nós devemos fazê-lo. Recordo sempre minha mãe dizendo: olha, não deixe de ajudar os velhinhos. E além de tudo, estou falando em causa própria, não é? - disse brincando.

Informado pelos jornalistas de que até a oposição está reconhecendo que o fim do fator previdenciário, também aprovado na Câmara, é temerário para os cofres da Previdência, Sarney voltou a falar do necessário conhecimento desses números.

Olha, esse é um assunto que precisa naturalmente que se tenha números disponíveis e que deve ser examinado sob outro aspecto e não retirando dos aposentados. Então é uma questão controvertida e evidentemente a Casa está dividida.

Na mesma entrevista, Sarney foi questionado sobre a consolidação da aliança para levar Michel Temer a ser candidato a vice-presidente na chapa da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff.

Acho que essa aliança está consolidada. O nosso candidato é o deputado Michel Temer, ele é o presidente do partido, ele tem uma liderança muito grande e, ao longo dos anos, trabalhou para se impor e ser indicado para essa posição. Mas eu ainda não sei os detalhes nem conheço o que ele conversou com Dilma.

Teresa Cardoso / Agência Senado

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