4º Ciclo de Conferências: Rio de Janeiro na ficção machadiana
A quarta edição do Ciclo de Conferências chega ao fim com a apresentação da Acadêmica Nélida Piñon analisando o Rio de Janeiro dentro da ficção do escritor. Sob a coordenação do Secretário-Geral da ABL Ivan Junqueira, a escritora analisa o Rio de Janeiro dentro da ficção de Machado de Assis. A palestra acontece no dia 15/7, às 17h30, no Teatro R. Magalhães Jr. O evento terá entrada franca e transmissão ao vivo pelo portal da Academia Brasileira de Letras. O 4º Ciclo debateu os primeiros aspectos na literatura machadiana ao lado de Helder Macedo, Luis Paulo Horta, José Miguel Wisnik e Alberto da Costa e Silva. No dia 22/7, a ABL inicia mais uma série de palestras inspirada nas "Efemérides Acadêmicas".
Vale e Ministério do Meio Ambiente lançam Prêmio Brasileiro Imortal na ABL
A quarta edição do Ciclo de Conferências chega ao fim com a apresentação da Acadêmica Nélida Piñon analisando o Rio de Janeiro dentro da ficção do escritor. Sob a coordenação do Secretário-Geral da ABL Ivan Junqueira, a escritora analisa o Rio de Janeiro dentro da ficção de Machado de Assis. A palestra acontece no dia 15/7, às 17h30, no Teatro R. Magalhães Jr. O evento terá entrada franca e transmissão ao vivo pelo portal da Academia Brasileira de Letras. O 4º Ciclo debateu os primeiros aspectos na literatura machadiana ao lado de Helder Macedo, Luis Paulo Horta, José Miguel Wisnik e Alberto da Costa e Silva. No dia 22/7, a ABL inicia mais uma série de palestras inspirada nas "Efemérides Acadêmicas".
Vale e Ministério do Meio Ambiente lançam Prêmio Brasileiro Imortal na ABL
A Vale e o Ministério do Meio Ambiente escolheram a Casa onde abriga nomes eternos para lançar o prêmio "Brasileiro Imortal". O projeto vai possibilitar que seis brasileiros tenham seus nomes perpetuados ao batizar seis novas espécies botânicas descobertas na Reserva Natural Vale, em Linhares (ES). Realizada no Salão Nobre do Petit Trianon e dirigida pelo Presidente da Academia Brasileira de Letras, Cícero Sandroni, a solenidade ainda contou com a participação do secretário-geral da ABL, Ivan Junqueira, do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, dos executivos da Vale Roger Agnelli, presidente, e Demian Fiocca, diretor executivo de gestão e sustentabilidade, da secretária de Cultura do Rio, Adriana Rattes e da atriz Letícia Sabatella, militante das causas ambientais. A escolha dos premiados será por eleição aberta ao público no site http://www.brasileiroimortal.com.br/. Os vencedores terão seus nomes imortalizados junto com a ilustração da espécie através de um selo criado pelos Correios.
Da esquerda para direita: Cícero Sandroni, Carlos Minc e Roger Agnelli
Serão duas premiações: uma nacional e outra regional, para cada uma das cinco regiões brasileiras. Em cada categoria, haverá três candidatos. Desta forma, serão 18 concorrentes ─ três por cada região e três na disputa nacional.
Fernanda Montenegro dá voz a Capitu na ABL
No dia 17/7, a atriz Fernanda Montenegro chega à Academia Brasileira de Letras para incrementar a programação machadiana da Casa. A partir das 18h30, uma das mais respeitadas artistas brasileiras sobe ao palco do Teatro R. Magalhães Jr. para realizar a Leitura Dramatizada de "Capitu - Memórias Póstumas", obra do acadêmico Domício Proença Filho. A apresentação terá entrada franca.
O lado capitulino do acadêmico
Domício Proença Filho foi seduzido pela jovem de Matacavalos aos 15 anos e já adulto, resolveu imortalizar a defesa da personagem com "olhos de ressaca". Por que não dar voz àquela mulher brasileira do século XIX, que, apesar de todas as artimanhas e do maquiavelismo do companheiro, se converte numa das mais fascinantes criaturas do gênio que foi Machado de Assis? - explica o acadêmico em um dos trechos do livro. A obra faz o leitor conhecer o outro lado da história sobre a relação entre Bentinho, Capitu e Escobar através da própria personagem.
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Sob a coordenação do acadêmico Nelson Pereira dos Santos, a Academia Brasileira de Letras apresentou mais dois filmes inspirados na vida e obra do escritor Machado de Assis.
"Primeiras Estórias", de Guimarães Rosa, tem olhar italiano
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Palestra do professor Ettore Finazzi-Agrò traz uma visão contemporânea...
Mas, hoje, quero compartilhar a literatura de um outro gênio brasileiro:
Alphonsus de Guimaraens
Alphonsus de Guimaraens (Afonso Henrique da Costa Guimarães), aquêle que fêz da poesia o incenso místico de sua alma, que viveu sempre na solidão das montanhas de Minas, nasceu em Ouro Prêto, em 24 de julho de 1870. Na sua família houve vários nomes ilustres nas letras brasileiras, a partir do seu tio Bernardo Quimarães. Formou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo. Fôra boêmio na mocidade, como era hábito em seu tempo. Depois de formado, voltou para Ouro Preto, exercendo em seguida uma promotoria em Conceição do Sêrro. Após o casamento, passou à vida séria de imponente chefe de família, pai de catorze filhos, entre os quais dois atingiram brilhante lugar nas letras — João Alphonsus e Alphonsus de Guimaraens Filho — o primeiro como romancista e o segundo como poeta. Mariana haveria de ser o ninho taciturno daquela esplêndida ave canora. Ele que houvera amado uma jovem que morrera tuberculosa e que jamais a esquecera mesmo depois de casar-se com outra que lhe reservara o destino, pouco se volta para a poesia do amor, senão para esta lembrança triste, enclausurado no seu misticismo:
Mãos de finada, aquelas mãos de neve
De tons marfíneos, de ossatura rica,
Pairando no ar, num gesto brando e leve,
Que parece ordenar mas que suplica.
O magnífico tradutor de Verlaine e de Stecchetti erguia no meio de sua solidão a catedral da poesia brasileira, com debruns lutuosos nas suas colunas:
Hão de chorar por ela os cinamomos,
Murchando as flôres ao tombar do dia,
Dos laranjais hão de çair os pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.
As estrêlas dirão: — Ai! nada somos,
Pois ela se morreu, fulgente e fria.
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.
A lua que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.
Os meus sonhos de amor serão defuntos.
E os arcanjos dirão no azul, ao vê-la,
Pensando em mim: — Por que não vieram juntos?
O solitário simbolista faleceu em 15 de julho de 1921. Foi autor do Setenário das Dores de Nossa Senhora, 1899; Câmara Ardente, 1899; Dona Mística, 1899; Kyriale, 1902; Pauvre Lyre, 1921; Pastoral aos Crentes do Amor e da Morte, 1923, livro publicado após a sua morte. Ainda em 1938, o Ministério da Educação e Saúde, publicou uma edição de Poesias, dirigida e revista por Manuel Bandeira, com notícia biográfica e comentários de João Alphonsus.
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