BC quer desperdiçar a década
Existe uma probabilidade de 75% de que o valor da dívida pública brasileira, em proporção ao PIB, em dezembro de 2012 seja superior ao valor observado em dezembro de 2007. É o que mostra estudo elaborado pelos economistas José Luis Oreiro, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Jaime Ferreira Dias, mestre pela Cândido Mendes, baseado na trajetória da dívida líquida entre 2001 a 2008 (período da implantação do tripé econômico representado pela geração de superávits primários, regime de metas de inflação e câmbio flutuante).
"Para dezembro de 2012, obtém-se uma estimativa para a relação dívida pública líquida/PIB com valor médio de 47,11%, com desvio padrão de 4,01%, superior ao verificado em dezembro de 2007 (42,67%)", contabiliza Oreiro.
"A obstinação do Banco Central em restringir a inflação ao centro da meta, reagindo às expectativas de aumento com o incremento da taxa de juros nominal, com impacto sobre os juros reais praticados, é uma ameaça constante de que os efeitos sobre a dívida possam comprometer a trajetória de redução observada nos últimos anos".
Os autores ressalvam que a mudança do perfil e da trajetória de vencimento da dívida poderão contribuir para a queda das taxas de juros, "o que terá um comportamento benéfico sobre o déficit público".
O estudo aponta também para a divergência entre os objetivos das políticas monetária e fiscal. "Em regime de metas de inflação, as decisões objetivam o controle da inflação e não a redução do estoque da dívida pública", pondera Oreiro.
"Para dezembro de 2012, obtém-se uma estimativa para a relação dívida pública líquida/PIB com valor médio de 47,11%, com desvio padrão de 4,01%, superior ao verificado em dezembro de 2007 (42,67%)", contabiliza Oreiro.
"A obstinação do Banco Central em restringir a inflação ao centro da meta, reagindo às expectativas de aumento com o incremento da taxa de juros nominal, com impacto sobre os juros reais praticados, é uma ameaça constante de que os efeitos sobre a dívida possam comprometer a trajetória de redução observada nos últimos anos".
Os autores ressalvam que a mudança do perfil e da trajetória de vencimento da dívida poderão contribuir para a queda das taxas de juros, "o que terá um comportamento benéfico sobre o déficit público".
O estudo aponta também para a divergência entre os objetivos das políticas monetária e fiscal. "Em regime de metas de inflação, as decisões objetivam o controle da inflação e não a redução do estoque da dívida pública", pondera Oreiro.
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