quinta-feira, 17 de julho de 2008

Coluna de Roberta Campos Barbo


O que há para ler...

HISTÓRIAS DE PRESIDENTES, da Agir, retrata os personagens ilustres que fizeram a história do Palácio do Catete, entre 1897 e 1960. A historiadora Isabel Lustosa narra com muito humor os períodos governamentais de Deodoro da Fonseca a Juscelino Kubitschek, revelando casos curiosos e o lado peculiar de cada um deles.


TRILHAS PARA O RIO, da Campus-Elsevier, percorre as principais mazelas da Cidade Maravilhosa e destaca a necessidade de políticas públicas que unam a iniciativa privada, os órgãos governamentais e a sociedade civil. O economista André Urani aborda política, história, curiosidades e denúncias para elevar a discussão sobre os problemas do Rio e traçar trilhas para um futuro melhor.


CARTAS A LEGBA, da Boitempo, conta a história de um relacionamento amoroso. A escritora Susan Willis reproduziu as cartas de Bela, desconhecida autora da correspondência destinada ao amante. A aparente simplicidade de sua fábula encobre a complexidade de sentimentos e subjetividades presentes nas ousadas e provocativas cartas, que registram os acontecimentos de sua vida e seus sentimentos.


Em MEIO SOL AMARELO, da Companhia das Letras, a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie revela o horror da guerra de Biafra, em um romance de proporções épicas. A premiada obra é o retrato vivo do caos vislumbrado pelo drama de pessoas forçadas a tomar decisões definitivas sobre amor e responsabilidade, passado e presente, nação e família, lealdade e traição.


BATMAN: O LONGO DIA DAS BRUXAS, da Panini Brasil, mostra uma série de assassinatos relacionados ao submundo dos gângsteres de Gotham City. Um dos maiores épicos dos quadrinhos que consagrou a dupla Jeph Loeb e Tim Sale, a obra traz a minissérie completa, que aborda a evolução da amizade entre Gordon e o Cavaleiro das Trevas e a relação entre a Mulher-Gato e Batman.


Em O ESPÍRITO DAS LUZES, da Barcarolla, o pensador búlgaro Tzvetan Todorov busca ferramentas em um passado luminoso para mostrar o que há de obscurantismo na vida moderna. A obra faz valer a voz libertária do "ousar pensar por si mesmo". Por meio de um estudo de autores e de debates do século XVIII, Todorov mostra que ainda há muito por avançar na direção das melhorias sociais.


VERSALHES TROPICAL, da Civilização Brasileira, reconta a fuga da corte portuguesa das tropas de Napoleão para o Brasil e mostra o sonho de transformar o Rio de Janeiro numa Versalhes tropical. A historiadora americana Kirsten Schultz mostra, de forma crítica e astuta, uma imagem rica da complexidade sócio-cultural que caracterizava diversos ambientes da nova metrópole.


O ENCONTRO, da Alfaguara, é um épico familiar. A premiada escritora irlandesa Anne Enright conta, através da protagonista Verônica, a história de uma numerosa família que é obrigada a se reunir, depois de muito tempo. Num tom cheio de fúria e também de poesia, a obra mostra que, apesar do tormento, é possível alcançar a redenção.




Excelente coluna atualizada às quintas-feiras no "TRIBUNA DA IMPRENSA".

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