Recuperação ou só uma troca de "bolha"?
É possível evitar que a atual crise internacional, que teve início nos EUA, se transforme em uma catástrofe. "Há quem diga que estamos substituindo uma bolha por outra, mas estamos conseguindo conter as coisas bem e não temos agora uma nova versão da Grande Depressão", comparou, referindo-se a 1929, o professor de economia e assuntos internacionais da Universidade de Princeton Paul Krugman.
"A crise é séria e a economia dos EUA está enfraquecendo razoavelmente. Embora a desaceleração do nível de atividade deva deixar muitas pessoas desencantadas, não acredito em aprofundamento muito grande da crise, o que só teria 10% de chance de ocorrer", disse.
"Acredito que a recuperação pode ocorrer em meados de 2010", observou. Para o professor, a desaceleração da economia global deve reduzir, no médio prazo, os preços das commodities, principal combustível da inflação nos EUA. Para os países emergentes, ele pondera que poderão passar por um processo de desaquecimento.
Os números do balanço de pagamentos dos EUA, porém, não sugerem outra coisa a não ser mais desvalorização do dólar, lamentou o professor de Princeton.
Dividido sobre o futuro da moeda norte-americana, Krugman, que participou de fórum em São Paulo, disse que a primeira impressão é a de que o dólar não deve continuar tão desvalorizado em relação à moeda européia por muito mais tempo, porque não se trata de uma relação sustentável. "Daqui a cinco ou dez anos ficaria surpreso se o dólar não se valorizasse", disse.
Sobre a eleição presidencial em seu país, o economista acredita que não é possível ainda traçar, com certeza, os primeiros passos a serem dados pelo candidato democrata Barack Obama. "Obama é um certo mistério. Não temos certezas se ele é totalmente democrata, e de que tipo", considerou.
Ele acredita, porém, que o mais provável é que Obama, se vencer conforme apontam as pesquisas, crie um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.
"A crise é séria e a economia dos EUA está enfraquecendo razoavelmente. Embora a desaceleração do nível de atividade deva deixar muitas pessoas desencantadas, não acredito em aprofundamento muito grande da crise, o que só teria 10% de chance de ocorrer", disse.
"Acredito que a recuperação pode ocorrer em meados de 2010", observou. Para o professor, a desaceleração da economia global deve reduzir, no médio prazo, os preços das commodities, principal combustível da inflação nos EUA. Para os países emergentes, ele pondera que poderão passar por um processo de desaquecimento.
Os números do balanço de pagamentos dos EUA, porém, não sugerem outra coisa a não ser mais desvalorização do dólar, lamentou o professor de Princeton.
Dividido sobre o futuro da moeda norte-americana, Krugman, que participou de fórum em São Paulo, disse que a primeira impressão é a de que o dólar não deve continuar tão desvalorizado em relação à moeda européia por muito mais tempo, porque não se trata de uma relação sustentável. "Daqui a cinco ou dez anos ficaria surpreso se o dólar não se valorizasse", disse.
Sobre a eleição presidencial em seu país, o economista acredita que não é possível ainda traçar, com certeza, os primeiros passos a serem dados pelo candidato democrata Barack Obama. "Obama é um certo mistério. Não temos certezas se ele é totalmente democrata, e de que tipo", considerou.
Ele acredita, porém, que o mais provável é que Obama, se vencer conforme apontam as pesquisas, crie um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos.
Matéria do MONITOR MERCANTIL
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