Fannie e Freddie engordam a crise
Fannie Mae e Freddie Mac, as agências semi-governamentais de crédito imobiliário de nome exótico, estão novamente no centro das preocupações dos investidores, após alerta feito pelos analistas do Lehman Brothers de que as duas precisarão ampliar seu capital em até US$ 75 bilhões, porque as novas normas contábeis exigem que elas lancem seus ativos hipotecários nos balanços. As ações da Fannie Mae caíram 16,19% e as da Freddie Mac recuaram 17,86%. Criadas na década de 1980 para sanar os problemas no crédito hipotecário na época, a chamada crise dos Saving and Loans, as duas agências enfrentam ameaça de quebra desde o estouro do escândalo das subprimes (créditos de alto risco). Mas as ações do Lehman Brothers não tiveram melhor sorte nesta segunda: caíram 8,80%, depois de a empresa de cotações Platts colocar o banco de investimentos em revisão temporária, o que o exclui de operações com determinados contratos de energia, para onde se dirigem os especuladores tentando superar a queda no mercado de ações. Também no setor financeiro, as ações do Bank of America caíram 3,88%, com notícias de que a instituição poderá ter que vender ativos depois de absorver a Countrywide Financial. As más notícias no setor financeiro, junto com o temor de que novidades ainda piores virão com a temporada de divulgação de balanços, derrubaram as bolsas norte-americanas. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,50%, em 11.231,96 pontos. O Nasdaq fechou em baixa de apenas 0,09%. O S&P-500 caiu 0,84%. A Bolsa de Valores de São Paulo, que chegara a esboçar uma alta pela manhã, fechou em queda de 0,47%. O dólar comercial terminou o dia praticamente estável (-0,06%).
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