sábado, 12 de julho de 2008

A nova ordem petrolífera


Por Nicolas van der Leek

Quando o petróleo atingir os 150 dólares por barril, os americanos passarão a gastar em energia cerca de 12 por cento das suas receitas. Há quem pense que este valor corresponde a um pico máximo. Talvez. Mas, quer esse pico se situe nos 150 dólares ou não, podemos começar desde já a imaginar as mudanças que irão ocorrer. Globalização às avessas O mundo orgulha-se dos seus progressos. Conseguimos produzir grandes quantidades de alimentos, e transportar bens e pessoas por todo o mundo sem grande dificuldade. Tem vindo a ser um mundo de eleição até agora, com a supressão de barreiras que permite as trocas e o comércio mundial. Tem sido possível movimentar pessoas e produtos por todo o mundo praticamente sem grande dificuldade. Todas estas mesmas facilidades também funcionam eficazmente em sentido contrário – ou seja, regridem rapidamente. Um exemplo de um "mecanismo eficaz" na nossa vida, especialmente nos subúrbios, é a eletricidade. A eletricidade permite-nos cozinhar rapidamente as refeições, secar o cabelo e aquecer a água do banho mas, se faltar, o colapso é muito rápido. O mesmo acontece quanto à facilidade de irmos de carro até ao supermercado para nos abastecermos de tudo o que precisamos. Quando deixarmos de poder fazer isso, os subúrbios passam a ser disfuncionais, e na Nova Ordem Petrolífera os Subúrbios Disfuncionais são inevitáveis – tal como as viagens aéreas, e muitas outras coisas. O mundo está a deixar de estar plano Ainda há pouco tempo o colunista da moda do New York Times, Thomas L. Friedman, escreveu o livro The World Is Flat (O mundo é plano). O livro de Friedman representa hoje um manual sobre o que vai desaparecer mais depressa. Se lermos o livro com espírito crítico, compreendemos que a premissa, embora não expressa, para quase todas as forças de aplainamento é a energia barata. Atualmente, muitas das empresas que Friedman cita como bem sucedidas estão em vias de se desmantelar e desaparecer. Algumas das mais saudáveis empresas mundiais vão desaparecer do Fortune 500 dentro de meses, ou mesmo semanas, para nunca mais serem vistas. O McDonald's e a Coca-Cola são apenas dois exemplos disso.

Não deixe de ler o artigo completo, acessando:
http://www.resistir.info/peak_oil/new_oil_order_p.html

O original encontra-se em english.ohmynews.com. Tradução de Margarida Ferreira.

Veja também:
Uma era de transição: os EUA, a China, o Pico Petrolífero e a morte do neoliberalismo
Por Minqi Li

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