A gravidez precoce é hoje no Brasil a maior causa da evasão escolar entre garotas de 15 a 17 anos. Dados da Unesco mostram que das jovens dessa faixa etária que abandonaram os estudos, 25% alegaram a gravidez como motivo. Outro estudo do Ministério da Saúde revela que complicações decorrentes da gestação e do parto são a terceira causa de morte entre as adolescentes, atrás apenas de acidentes de trânsito e homicídios. A gravidez precoce afeta até quem mal saiu da infância: de 2001 a 2003, nasceram 82 mil bebês cujas mães tinham de 10 a 14 anos. Os dados, publicados em matéria do jornal O Globo, constam de três pesquisas em fase de conclusão. Uma é do Ministério da Saúde: o “Saúde Brasil 2005”, segunda versão do mapeamento do setor produzido anualmente pelo governo federal. Outras duas são da Unesco – “Juventudes Brasileiras” e “Juventude e Sexualidade”, sendo que a última foi lançada na segunda-feira, 7 de março, em solenidade no Ministério da Saúde. O quadro, preocupante, poderá levar, mais uma vez, aos diagnósticos superficiais e, por isso, míopes: investir mais dinheiro público em campanhas em favor do chamado “sexo seguro”. A camisinha será a panacéia para conter a epidemia. Continuaremos padecendo da síndrome do avestruz. Bateremos nos efeitos, mas fugiremos das verdadeiras causas: a hipersexualização da sociedade.
Confira o excelente artigo, acessando:
*Carlos Alberto Di Franco é diretor do Master em Jornalismo, professor de Ética da Comunicação e representante da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra no Brasil, é diretor de Di Franco – Consultoria em Estratégia de Mídia Ltda.
e-mail: difranco@ceu.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário