Qual a maior estrela do espetáculo de abertura das Olimpíadas em Pequim, sexta-feira? Antes que algum desavisado responda ter sido o inefável Galvão Bueno, vamos antecipar: foi à China. Não adiantaram as tentativas de sabotagem dos jogos, como forma de minimizar a assustadora presença daquele país nos corações e mentes de quatro bilhões de telespectadores que assistiram ao vivo a cerimônia inicial.
Porque se a China é uma ditadura a merecer críticas, nem haverá que duvidar. Regime de partido único, sem oposição, de imprensa censurada, com leis que mandam dissidentes para a cadeia, restrições aos direitos individuais e dezenas de nacionalidades sufocadas na composição de um mosaico geográfico disforme - tudo é negativo.
O problema é que a sabotagem e a tentativa de desacreditar a China não se faz por nada disso. Ninguém protestou quando, através de peculiar abertura para o capitalismo, os chineses deram de ganhar, ainda dão, e mais darão a quantas multinacionais especuladoras e governos do Ocidente se disponham a investir em seu território, aproveitando-se da mão-de-obra baratíssima, da ausência de legislação trabalhista e do bilhão e trezentos milhões de possíveis consumidores.
Desde os anos oitenta, quando tudo começou, a China não teve seu regime contestado. Deng Tsiau Ping decidiu que os chineses gostavam de ganhar dinheiro e todos concordaram. Só agora, às vésperas das Olimpíadas, perceberam os potentados do lado de cá do mundo estar o parceiro crescendo mais do que deveria.
Importava, assim, contestar o crescimento chinês em sua hora mais expressiva, as Olimpíadas. Daí surgirem estímulos a rebeliões no Tibet e em várias regiões onde se faz sentir o punho de chumbo de Pequim. Mobilizaram a mídia internacional e boa parte do espaço nos jornais e nas telinhas, utilizadas agora na exposição das contradições amarelas.
O que assusta os donos do poder ocidental é que o planeta possa unir as duas parcelas da equação: a China corre para ocupar a liderança mundial e é, apesar de todas as concessões, um país comunista. Estaria a doutrina de Marx ressuscitando, mesmo adaptada aos tempos modernos? Vão ter que decifrar esse enigma situado dentro de um mistério e envolto por vasta charada...
Porque se a China é uma ditadura a merecer críticas, nem haverá que duvidar. Regime de partido único, sem oposição, de imprensa censurada, com leis que mandam dissidentes para a cadeia, restrições aos direitos individuais e dezenas de nacionalidades sufocadas na composição de um mosaico geográfico disforme - tudo é negativo.
O problema é que a sabotagem e a tentativa de desacreditar a China não se faz por nada disso. Ninguém protestou quando, através de peculiar abertura para o capitalismo, os chineses deram de ganhar, ainda dão, e mais darão a quantas multinacionais especuladoras e governos do Ocidente se disponham a investir em seu território, aproveitando-se da mão-de-obra baratíssima, da ausência de legislação trabalhista e do bilhão e trezentos milhões de possíveis consumidores.
Desde os anos oitenta, quando tudo começou, a China não teve seu regime contestado. Deng Tsiau Ping decidiu que os chineses gostavam de ganhar dinheiro e todos concordaram. Só agora, às vésperas das Olimpíadas, perceberam os potentados do lado de cá do mundo estar o parceiro crescendo mais do que deveria.
Importava, assim, contestar o crescimento chinês em sua hora mais expressiva, as Olimpíadas. Daí surgirem estímulos a rebeliões no Tibet e em várias regiões onde se faz sentir o punho de chumbo de Pequim. Mobilizaram a mídia internacional e boa parte do espaço nos jornais e nas telinhas, utilizadas agora na exposição das contradições amarelas.
O que assusta os donos do poder ocidental é que o planeta possa unir as duas parcelas da equação: a China corre para ocupar a liderança mundial e é, apesar de todas as concessões, um país comunista. Estaria a doutrina de Marx ressuscitando, mesmo adaptada aos tempos modernos? Vão ter que decifrar esse enigma situado dentro de um mistério e envolto por vasta charada...
Confira a coluna completa do Carlos Chagas de hoje:
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