quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Coluna do Helio Fernandes

A verdade à luz da técnica e da falta de ética de Steinbruch na CSN

É impossível que com tanta denúncia, do enriquecimento ilícito do barão Steinbruch e do empobrecimento da CSN, do desespero de mais de 500 mil pessoas em Volta Redonda e outras cidades que dependem dessa siderúrgica, continue a IMPUNIDADE, o dinheiro acumulado ilegalmente compre sua IMUNIDADE, sua falta de CREDIBILIDADE não tenha provocado nenhuma ação pessoal contra STEINBRUCH.
Existem mais de 10 MIL AÇÕES contra ele, mas não andam. Ele não paga impostos, pratica abertamente a sonegação, e com esse dinheiro vai ficando cada vez mais majoritário na CSN. E joga com essa situação, praticando a mais absurda especulação.
Steinbruch acumulou para a CSN uma dívida de quase 10 BILHÕES (exatos 9 BILHÕES e 400 MILHÕES de reais) com um patrimônio líquido pouco acima de 7 bilhões. Ninguém consegue entender o fato, se a análise for feita em termos econômicos, financeiros, de despesa e receita, de custos e faturamento.
Além do mais, a CSN está cada vez mais velha e obsoleta. Há anos Steinbruch vem anunciando a construção de uma usina em Itaguaí e outra em Congonhas do Campo (Minas Gerais). "Planta" notícias em jornais amigos, que a produção de cada uma dessas unidades seria de 4,5 milhões de toneladas de aço/ano. Com isso sua produção de aço passaria de 5,3 milhões para 14 milhões anuais.
Acontece que depois da amaldiçoada privatização, a produção da CSN permanece nos mesmos 5,3 milhões de toneladas/ano. E até agora não existe nem sinal das duas siderúrgicas prometidas e altamente necessárias. E além de não construir usinas novas, Steinbruch não fez o menor investimento para modernizar a sua única usina produtora de aço que é Volta Redonda.
As grandes siderúrgicas brasileiras: Usiminas, Arcelor-Mittal e o Grupo Gerdau, há muito tempo, já ultrapassaram a produção de aço da CSN, e, mesmo assim, as suas ações não dispararam e não tiveram uma valorização próxima à da CSN em 2007, mistério difícil de entender, pois a USIMINAS produziu mais de 8,8 milhões de toneladas de aço em 2007. A Arcelor-Mittal mais de 7,5 milhões de toneladas de aço nesse mesmo ano. E o Grupo Gerdau produziu mais de 9 milhões de toneladas de aço também em 2007. Essas gigantescas e modernas siderúrgicas ultrapassaram, cada uma, a produção de aço da CSN, ou 5,3 milhões de toneladas de aço/ano.
Em 2007 as ações da CSN, misteriosamente, valorizaram 157% na BOVESPA, e nesse mesmo ano e bolsa as ações da Usiminas, Arcelor-Mittal e do Grupo Gerdau tiveram valorização inferior.
E isso com produção muito maior, administração correta e não dominada pela bandalheira como ocorre com a CSN. Em comparação com aquelas siderúrgicas, a CSN não evoluiu, só retrocedeu, pois não aumentou a produção de aço e não se modernizou nesses últimos 15 anos. A CSN, além de se endividar, empobreceu, mas enriqueceu a família Steinbruch. A privatização da CSN ocorreu em abril de 1993, portanto há mais de 15 anos.
De 2004 a 2006, a CSN distribuiu quase 6 bilhões de reais como dividendos. Mas como ele foi comprando ações da CSN usando o dinheiro da própria CSN, e com isso ficando altamente majoritário, esses dividendos numa escandalosa maioria foram para o próprio Steinbruch. Desses quase 6 bilhões, mais ou menos 4 bilhões ficaram com ele.
Não é possível que uma siderúrgica construída a partir de 1941 (depois do famoso encontro Roosevelt-Vargas em Natal) seja privatizada, e o grande BENEFICIÁRIO de tudo, que era um pobretão, enriquecesse (aqui e lá fora) de forma alucinante.

PS - Vou parar por aqui, é tanta coisa que precisaria que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Bovespa, interligados, investigassem esse crime de lesa-pátria contra a única siderúrgica existente no Brasil.

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