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Ministério Público confirma denúncia de ISTOÉ e acusa arapongas que atuaram para o senador
RUDOLFO LAGO
Cinco anos depois, a denúncia de ISTOÉ sobre a existência de um esquema de grampos telefônicos para municiar perseguições a adversários do senador Antônio Carlos Magalhães – falecido em 2007 – provoca resultados na Bahia. Na terça-feira 29, o Ministério Público Federal denunciou o delegado da Polícia Civil e ex-assessor técnico da Secretaria de Segurança Pública do Estado Valdir Gomes Barbosa e o ex-vice-diretor da Central de Comunicações da mesma secretaria Alan Souza de Farias. Segundo o MP, os dois eram os responsáveis pelo esquema de escutas telefônicas montado por ACM. Os procuradores baianos propuseram que ambos respondam a Ação Penal Pública pelo crime de violação do sigilo telefônico sem autorização judicial.
Doeu no BrasilDepois do fracasso de Doha, País deve armar estratégia para enfrentar acordos bilaterais
Por RUDOLFO LAGO
Ao final da reunião em Genebra, na Suíça, que marcou o fracasso da Rodada de Doha, de liberalização do comércio mundial, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, parecia cambaleante, como um boxeador prestes a ir a nocaute. Sua primeira lembrança foi uma frase do escritor italiano Italo Svevo: "Me lembro de tudo, mas não entendo nada." Certamente, Amorim jamais se esquecerá do impasse que fez retornar à estaca zero sete anos de conversas entre os países para estabelecer regras mútuas de competição comercial. Inesquecível para Amorim, o fracasso certamente será também difícil de entender. De todos os 35 países que participaram da reunião em Genebra, é possível que o Brasil seja mesmo o que saiu mais prejudicado. O Brasil apostou todas as suas fichas na Rodada de Doha. Nos últimos anos, praticamente abandonou a formulação de acordos bilaterais jogando na multilateralidade da Organização Mundial de Comércio. Com o fracasso, terá de correr atrás de acordos país a país. Provavelmente, terá de ceder bem mais do que cederia na negociação multilateral de Doha.
Confidencial
Por OCTÁVIO COSTA
O governo esforça-se ao máximo para dobrar a resistência do presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, à criação de uma nova empresa para gerir a exploração de petróleo na camada présal. Os argumentos são todos no sentido de que a Petrobras não perderá com a decisão, pois todos os seus atuais contratos serão respeitados e mantidos. A nova estatal seguiria os moldes da que existe na Noruega, com um corpo de apenas 60 pessoas que administram os contratos de exploração. No caso do pré-sal, a maior parte dos contratos envolveria a própria Petrobras, que domina o know-how de extração em grande profundidade.
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