sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ensinando a democracia...


Um homicida teatro de absurdo
Por John Pilger


Tente rir, por favor. Os noticiários agora são oficialmente uma paródia e um jogo para a diversão de toda a família.
Primeira pergunta: Por que estamos "nós" no Afeganistão? Resposta: "Para tentar ajudar no programa de reconstrução do país". Quem disse isso?
Huw Edwards, o principal leitor de notícias da BBC. Que comediante é este galês.
Segunda pergunta: Por que estamos "nós" no Iraque? Resposta: Para "implantar uma democracia aberta de estilo ocidental". Quem disso isso?
Paul Wood , o antigo correspondente de defesa da BBC, e sua patroa Helen Broaden, directora da BBC News. Para demonstrar sua afirmação, Boaden forneceu à Medialens.org 2700 palavras de citações de Tony Blair e George W. Bush. Ironia? Não, ela pretendia isso. Tome-se Andrew Martin, conselheiro da divisão de queixas da BBC, que tem andado a procurar nos discursos de Bush "provas" das nobres razões democráticas para arrasar uma antiga civilização. Diz ele: "A palavra 'D' não está ali, mas a frase 'unido, estável e livre' [é] claramente uma alusão a isto". Afinal de contas, diz ele, a invasão do Iraque "foi lançada como 'Operação Liberdade Iraquiana'". Além disso, diz o homem da BBC, "no discurso de Bush de 1 de Maio de 2003 (aquele no porta-aviões) ele falou repetidamente acerca da liberdade e explicitamente acerca da transição iraquiana para a democracia ... Estes exemplos mostram que isto estava na mente de Bush antes, durante e após a invasão".
Tente rir, por favor.
A risada pode ser difícil. Concordo, dada a carnificina de civis no Afeganistão pelos aviões da "coligação", incluindo aqueles dirigidos pelas forças britânicas empenhadas no "programa de reconstrução do país". O bombardeamento de áreas civis duplicou, juntamente com as mortes de civis, afirma o
Human Rights Watch. No mês passado, "nossos" aviões massacraram aproximadamente 100 civis, dois terços deles crianças entre as idades de três meses e 16 anos, enquanto dormiam, segundo testemunhas oculares.
(...)

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