Amazônia: perspectivas da economia ambiental
Nas relações sociais do modo de produção capitalista tudo vira mercadoria por seu valor de uso ou de troca. Os banqueiros de Wall Street e/ou os vendedores de jaraqui da Feira da Panair que o digam. E com a questão ambiental não poderia ser diferente. Daí a necessidade e a oportunidade de olharmos a questão ambiental amazônica nesse contexto de relação com os parceiros globais considerando que a floresta representa o maior referencial biótico e estratégico na elucidação da questão climática e sócio-ambiental do planeta. Ou seja, um excelente negócio para quem tem faro de identificação de demandas e competência para explorar nichos de oportunidades à luz dos parâmetros e imperativos do mercado global. Afinal essa região, alvo de disputa ferrenha e desigual das potencias européias desde o Tratado de Tordesilhas, continua a crescer no imaginário das grandes ambições de negócios e negociantes todos os dias, incluindo os atuais de discussão da Reserva Raposa/Serra do Sol e a recuperação da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos, recém reativada por George Bush para percorrer a costa do Brasil a partir do Amapá. Olho nela!
Fui convidado pelos organizadores, na semana passada, para uma palestra/debate do governador Eduardo Braga com os oficiais da Marinha Brasileira que atuam na Amazônia e o tema circulou por este papel estratégico e de negócios envolvendo o bioma amazônico. Ficou claro que, como nunca, o mundo está de olho na Amazônia e se soubermos identificar mecanismos e demandas, são infinitas as possibilidades de parceria na pesquisa e nos empreendimentos para celebração de novos negócios, ambientalmente sustentáveis e extremamente promissores na ótica sócio-econômica. Fiquei impressionado com o nível da discussão e do potencial de eco-alternativas em favor de nossa região que estão sendo encaminhados através de parcerias sólidas e promissoras na ótica do interesse de nossa gente.
Uma bomba biótica que funciona para o equilíbrio do planeta como um coração funciona para o corpo, distribuindo as funções vitais para os diversos organismos. Esta é uma dedução comprovada por cientistas e demais estudiosos desse enigma ambiental que os primeiros viajantes chamavam de Hiléia. É a floresta amazônica que pulsa o movimento hídrico do planeta e que, como um almoxarifado de artefatos vitais, agasalha e oferece o maior banco de germoplasma da Terra, onde estão abrigadas as soluções medicinais, energéticas e alimentares de que necessita a Humanidade. Por isso o interesse, a cobiça e a imperiosa necessidade de sólidas parcerias para viabilizar a gama de promissores negócios que daí emerge.
E não há limites, apenas a exigência de critérios transparentes que assegurem o interesse regional e nacional, para estas parcerias. Não temos recursos nem massa crítica suficiente pra bancar a imensidão desse desafio. O governador lembrou a parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para propiciar infra-estrutura de negócios na Mesorregião do Alto Solimões, destacando o resgate dos compromissos históricos daquela instituição com o Amazonas. E citou o exemplo de um dos contratos institucionais do Estado para envolver parceiros no financiamento de projetos e programas sócio-ambientais no Amazonas. Foi com a rede hoteleira Marriot, detentora de 600.000 habitações espalhadas pelo mundo. Cada hóspede será convencido a colaborar com uma taxa de U$ 1,00 por diária para a unidade de conservação da Reserva do Juma, situada no município de Novo Aripuanã. O que significa US$ 2 milhões de repasse para o Estado nos próximos quatro anos. Tudo isso em nome de um serviço ambiental que a floresta disponibiliza para o Planeta. Um serviço que sempre esteve à disposição da saúde ambiental do bioma terrestre ta e que agora começa a virar mercadoria em favor de nossa gente.
Zoom-zoom
· Notícias do beiradão – Tive a oportunidade de percorrer os municípios do Médio e Baixo Amazonas no último fim de semana e me impressionaram os indícios de um crescimento sólido numa região que se prepara para aproveitar gás e silvinita num novo patamar de prosperidade para o beiradão. O convite partiu do companheiro empresário da construção civil Eduardo Maranhão e alguns relatos não poderia deixar de registrar.
· Infra-estrutura viária – Antes de chegar a Silves pelo sistema viário que está sendo construído pelo Estado, uma obra de alto padrão de urbanização e de Engenharia de trafego, passamos por Novo Remanso, em Itacoatiara, onde uma revolução agrícola está em curso. E não é apenas de uma safra de alguns milhões de toneladas de abacaxi. É fruticultura e agroindústria pra valer.
· Fazendas aquáticas... – Em São Sebastião do Uatumã e Itapiranga, um programa de criação de peixe deixa o visitante impressionado e com a certeza de que as fazendas aquáticas não eram delírio futurista de Peter Drucker ao imaginar nos peixes a produção sustentável e agradável de proteínas como solução alimentar ideal para o Planeta.
· ... e jardins de Urucará – Flashes que apenas realçam o toque civilizatório da presença luso-italiana do lugar. Quase todas as casas do município cultivam jardins com ênfase na plantação de primaveras, o charmoso bouganville da finesse européia. Entre os peixes e as flores da região o charme aguerrido da família Falabella, orgulho discreto de seus moradores e certeza de que ali a prosperidade social já faz parte da paisagem.
(*) Belmiro Vianez Filho é empresário e membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas.
Nas relações sociais do modo de produção capitalista tudo vira mercadoria por seu valor de uso ou de troca. Os banqueiros de Wall Street e/ou os vendedores de jaraqui da Feira da Panair que o digam. E com a questão ambiental não poderia ser diferente. Daí a necessidade e a oportunidade de olharmos a questão ambiental amazônica nesse contexto de relação com os parceiros globais considerando que a floresta representa o maior referencial biótico e estratégico na elucidação da questão climática e sócio-ambiental do planeta. Ou seja, um excelente negócio para quem tem faro de identificação de demandas e competência para explorar nichos de oportunidades à luz dos parâmetros e imperativos do mercado global. Afinal essa região, alvo de disputa ferrenha e desigual das potencias européias desde o Tratado de Tordesilhas, continua a crescer no imaginário das grandes ambições de negócios e negociantes todos os dias, incluindo os atuais de discussão da Reserva Raposa/Serra do Sol e a recuperação da Quarta Frota da Marinha dos Estados Unidos, recém reativada por George Bush para percorrer a costa do Brasil a partir do Amapá. Olho nela!
Fui convidado pelos organizadores, na semana passada, para uma palestra/debate do governador Eduardo Braga com os oficiais da Marinha Brasileira que atuam na Amazônia e o tema circulou por este papel estratégico e de negócios envolvendo o bioma amazônico. Ficou claro que, como nunca, o mundo está de olho na Amazônia e se soubermos identificar mecanismos e demandas, são infinitas as possibilidades de parceria na pesquisa e nos empreendimentos para celebração de novos negócios, ambientalmente sustentáveis e extremamente promissores na ótica sócio-econômica. Fiquei impressionado com o nível da discussão e do potencial de eco-alternativas em favor de nossa região que estão sendo encaminhados através de parcerias sólidas e promissoras na ótica do interesse de nossa gente.
Uma bomba biótica que funciona para o equilíbrio do planeta como um coração funciona para o corpo, distribuindo as funções vitais para os diversos organismos. Esta é uma dedução comprovada por cientistas e demais estudiosos desse enigma ambiental que os primeiros viajantes chamavam de Hiléia. É a floresta amazônica que pulsa o movimento hídrico do planeta e que, como um almoxarifado de artefatos vitais, agasalha e oferece o maior banco de germoplasma da Terra, onde estão abrigadas as soluções medicinais, energéticas e alimentares de que necessita a Humanidade. Por isso o interesse, a cobiça e a imperiosa necessidade de sólidas parcerias para viabilizar a gama de promissores negócios que daí emerge.
E não há limites, apenas a exigência de critérios transparentes que assegurem o interesse regional e nacional, para estas parcerias. Não temos recursos nem massa crítica suficiente pra bancar a imensidão desse desafio. O governador lembrou a parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento para propiciar infra-estrutura de negócios na Mesorregião do Alto Solimões, destacando o resgate dos compromissos históricos daquela instituição com o Amazonas. E citou o exemplo de um dos contratos institucionais do Estado para envolver parceiros no financiamento de projetos e programas sócio-ambientais no Amazonas. Foi com a rede hoteleira Marriot, detentora de 600.000 habitações espalhadas pelo mundo. Cada hóspede será convencido a colaborar com uma taxa de U$ 1,00 por diária para a unidade de conservação da Reserva do Juma, situada no município de Novo Aripuanã. O que significa US$ 2 milhões de repasse para o Estado nos próximos quatro anos. Tudo isso em nome de um serviço ambiental que a floresta disponibiliza para o Planeta. Um serviço que sempre esteve à disposição da saúde ambiental do bioma terrestre ta e que agora começa a virar mercadoria em favor de nossa gente.
Zoom-zoom
· Notícias do beiradão – Tive a oportunidade de percorrer os municípios do Médio e Baixo Amazonas no último fim de semana e me impressionaram os indícios de um crescimento sólido numa região que se prepara para aproveitar gás e silvinita num novo patamar de prosperidade para o beiradão. O convite partiu do companheiro empresário da construção civil Eduardo Maranhão e alguns relatos não poderia deixar de registrar.
· Infra-estrutura viária – Antes de chegar a Silves pelo sistema viário que está sendo construído pelo Estado, uma obra de alto padrão de urbanização e de Engenharia de trafego, passamos por Novo Remanso, em Itacoatiara, onde uma revolução agrícola está em curso. E não é apenas de uma safra de alguns milhões de toneladas de abacaxi. É fruticultura e agroindústria pra valer.
· Fazendas aquáticas... – Em São Sebastião do Uatumã e Itapiranga, um programa de criação de peixe deixa o visitante impressionado e com a certeza de que as fazendas aquáticas não eram delírio futurista de Peter Drucker ao imaginar nos peixes a produção sustentável e agradável de proteínas como solução alimentar ideal para o Planeta.
· ... e jardins de Urucará – Flashes que apenas realçam o toque civilizatório da presença luso-italiana do lugar. Quase todas as casas do município cultivam jardins com ênfase na plantação de primaveras, o charmoso bouganville da finesse européia. Entre os peixes e as flores da região o charme aguerrido da família Falabella, orgulho discreto de seus moradores e certeza de que ali a prosperidade social já faz parte da paisagem.
(*) Belmiro Vianez Filho é empresário e membro do Conselho Superior da Associação Comercial do Amazonas.
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