O 11/9 dos privatistas bolivianos

Terroristas sabotam gasoduto que abastece Brasil com gás da Bolívia

O ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Alberto Arce, acusou de terroristas grupos do Departamento de Santa Cruz, que, para tentar desestabilizar o governo do presidente Evo Morales, danificaram, durante a manhã, um dos principais gasodutos de escoamento de gás boliviano para o Brasil. "Estamos preocupados com essas coincidências de chamados à violência feitos por prefeitos opositores que buscam mortes para utilizar como bandeira política. Lamentamos esses atos que repercutem em grupos como a União Juvenil Cruzinista, no Departamento de Santa Cruz, que proliferou seus tentáculos em outros departamentos, causando destroços e danos e passando ao terrorismo", acusou Arce, que está no Brasil. Os atos de sabotagem foram realizados no mesmo dia em que os atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos completaram sete anos. Embora tenham apoiado a privatização do setor de gás no país, esses setores usam a reivindicação de manter a fatia dos departamentos da Meia Lua sobre esse riqueza como álibi para atos de violência. Com a nacionalização do setor de gás, o pagamento de royalties pelas empresas estrangeiras à Bolívia aumentou mais de quatro vezes, o que engordou também a receita dos departamentos governados por opositores. Arce salientou, porém, que a crise política não corre o risco de desembocar em guerra civil. Segundo ele, trata-se de pequenos grupos com cerca de 200 a 400 pessoas, localizados sobretudo nas capitais dos departamentos: "Causam danos e estão radicalizando as ações, mas isso não significa que a maioria da população participou desse tipo de ato. São grupos financiados que são acionados de acordo com as instruções que recebem", salientou. Segundo o ministro, o impacto do corte de cerca de 3 milhões de metros cúbicos no abastecimento de gás natural brasileiro representa cerca de US$ 8 milhões diários a menos no Orçamento. O país exporta 30 milhões de metros cúbicos/mês de gás natural.

Veja a matéria na Página 5 do Monitor mercantil

Microempresas e menores negócios

O faturamento real - descontada a inflação - das micro e pequenas empresas (MPEs) paulistas caiu 3%, em julho, na comparação com o mesmo período de 2007. De acordo com pesquisa do Sebrae-SP e da Fundação Seade, o comércio foi o único setor cujo faturamento não recuou: 0,1%. Enquanto isso, serviços e indústria amargaram quedas de 8,2% e 4,2%, respectivamente, segundo o mesmo levantamento. O desemprego no setor aumentou 5,7%, na mesma base de comparação, com média de 4,07 trabalhadores por empresa. O rendimento real dos empregados também caiu: 1%, a primeira queda no indicador desde janeiro, destaca o Sebrae-SP. Com a redução no número médio de pessoas ocupadas e do rendimento médio real dos empregados, o total gasto pelas MPEs com salários recou 7,7% na mesma base de comparação.
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Chávez aborta tentativa de golpe

Um grupo de oficiais foi preso na madrugada de ontem e levado para Caracas, Venezuela, para prestar depoimento sobre um suposto plano para assassinar o presidente Hugo Chávez e tomar o poder no país por meio de um golpe, de acordo com a Agência Bolivariana de Notícias, que é estatal. Os oficiais foram presos na Base Aérea El Libertador (Bael), em Maracay, capital do estado de Aragua, no leste da Venezuela. O plano teria sido anunciado por um vídeo exibido pelo Programa La Hojilla, na noite de quarta-feira. O vídeo continha gravações de supostos militares aposentados que estariam organizando um plano.
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