Amazônia: Bird e WWF cercam milhões de hectares para impedir presença brasileira
MARIANA MOURA
O ARPA, Projeto de Áreas Protegidas da Amazônia, já viabilizou a entrega de cerca de 16 milhões de hectares da Floresta Amazônica para organizações ambientalistas estrangeiras que servem de fachada aos escusos interesses econômicos norte-americanos Encoberta pela cortina da preservação ambiental, o projeto de cercamento de milhões de quilômetros de riquezas incomensuráveis está sendo implementado no Brasil.
Sob a sigla ARPA, o Projeto de Áreas Protegidas da Amazônia já viabilizou a entrega de cerca de 16 milhões de hectares da Floresta Amazônica para organizações ambientalistas que servem de fachada aos interesses econômicos norte-americanosGestado nas entranhas do Banco Mundial, implementado pela WWF - principal defensora dos interesses de seus patrocinadores, entre eles a Shell e o governo dos EUA – e avalizado pelo secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco, somente o ARPA pretende cercar 50 milhões de hectares amazônicos.Implementadora do ARPA, a WWF-Brasil (ver diretores no quadro abaixo) não teve o cuidado nem mesmo de “aportuguesar” a sigla (Amazon Regional Protected Area) do projeto que é um dos itens constantes do Programa Piloto para Proteção de Florestas Tropicais do Brasil. Conhecido como PPG7, o Programa é patrocinado exatamente pelos países que já destruíram todas as suas florestas, o chamado Grupo dos 7, através de um fundo criado pelo Banco Mundial. Esse fundo é dirigido por ninguém menos do que Paul Wolfowitz, subsecretário de Estado norte-americano, ligado aos cartéis de petróleo, e um dos principais defensores da agressão ao Iraque.Para justificar suas ações nefastas no Brasil, essas mesmas Ongs produzem “estudos” em que afirmam demonstrar a falta de controle e o “desmatamento” dentro de áreas protegidas que estão nas mãos do Estado. Com isso, buscam levar a opinião pública a acreditar que o cercamento por Ongs estrangeiras de imensas áreas transbordantes de riquezas minerais, hídricas e biológicas é uma forma de “preservação”.Esse estudos são patrocinados por organizações como a WWF, que, como revelou a Comissão Parlamentar de Inquérito instalada para investigar a evasão de divisas brasileiras pelas famosas contas CC5 do Banestado, figura como recebedora de R$ 438 mil do Interamerican Foundation (IAF), Ong mantida financeiramente e ideologicamente pelo Congresso dos EUA que tem como diretores três deputados e seis empresários nomeados diretamente pela Casa Branca.Outra Ong, conhecida dos ribeirinhos e diretamente envolvida na implementação do ARPA, é o Instituto Socioambiental (ISA), que também recebeu recursos do Congresso norte-americano através do IAF. Entre seu rol de ex-diretores figura ninguém menos do que o principal formulador do Projeto de Lei de Florestas – atualmente sob apreciação do Senado Federal brasileiro - João Paulo Capobianco, secretário de Florestas do MMA. Infiltrados no Ministério do Meio Ambiente, os agentes do interesses oligopolistas participam inclusive das comissões que decidem quais áreas serão lacradas. Em seu site, a WWF se vangloria de ter “marcado presença nas discussões do Fórum Nacional de Áreas Protegidas, bem como da Política e do Programa Nacional de Áreas Protegidas, participando de atividades como a definição de diretrizes para processos de consulta pública e a formação, funcionamento e fortalecimento de conselhos de gestão de unidades de conservação”.Foi assim que conseguiram colocar o governo brasileiro contra todos os produtores, assentados, ribeirinhos, e até mesmo indígenas do entorno da BR-163, no Pará. São quase mais de 8 milhões de hectares que estão sob “limitação administrativa provisória”, desde fevereiro deste ano. Atitude louvada não só pelas Ongs, mas pelo governo e pela mídia norte-americana.
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Veja abaixo o currículo “ecológico” dos diretores da WWF-Brasil:
Presidente, Álvaro Antonio Cardoso de Souza: ex-presidente do Citibank Brasil, ex-diretor regional do Citibank para a América Latina. Vice-Presidente de Finanças e Controle, Octávio Castello Branco: diretor de Infra-estrutura do BNDES do governo FHC, acumulando também a função de membro do Núcleo Executivo da Câmara de Gestão da Crise do Setor Elétrico (GCE). Antes de sua passagem pelo setor público, atou como diretor Executivo do JP Morgan no Brasil, tendo alcançado a posição de co-presidente das operações do banco.
Vice-Presidente de Relações Internacionais, Mario Frering: empresário, atua principalmente nos setores de recursos minerais e produtos florestais, no Brasil - inclusive Amazônia e no exterior, além de agroindústria e setor imobiliário. Ex-presidente dos Conselhos de Administração da Caemi Mineração e Metalurgia e da Companhia do Jari, maior latifúndio do mundo. Vice-Presidente de Arrecadação, Roberto Paulo Cezar de Andrade: membro da Fundação Telefônica e do Centro de Estudos Latino-americanos da Universidade de Harvard.
*Informações retiradas do site da WWF
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