Collor: quem pode e sabe...faz. Quem não sabe e não consegue, estrebucha e lamenta
Simplesmente, em plena visita do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, o senador Fernando Collor (PTB-AL), sem dar bola para os especuladores de sempre, assumiu a sua tarefa. Tornou de fato, pela autoridade como ex-presidente, o que lhe é de direito. Não assumiu ainda a Comissão de Relações Exteriores do Senado, mas, ontem, quarta-feira (18), no Plenário do Senado, tornou público ofício encaminhado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, elogiando o comandante do Exército, Enzo Martins Peri, pela participação da força na operação humanitária que libertou seis colombianos sequestrados pelas Farc.
Se isto não é ocupar seu espaço, eu não sei o que é. Fernando Collor é um ex-presidente. Foi chefe de Estado. Portanto, tem cacife internacional para o cargo. A imprensa tentou depreciar sua posição dizendo que iria disputar cargo com a insignificante Ideli Salvatti (SC) pela Comissão de Infra-Estrutura, fato que não tem cabimento. A eterna vereadora, no processo eleitoral que decidiu a Presidência do Senado, ficou do lado do Tião Medonho, o perdedor. O PSDB, que vê se cola a pretensão sobre a CRE, jogou. Jogou e perdeu. Na campanha pela Presidência do Senado, quando tentou chantagear Sarney por cargos, se deu mal. Em reunião com o ex-presidente, os líderes tucanos exigiram, exigiram, chantagearam e falaram tudo que tinham direito. Sarney ouviu educadamente. Como é de seu feitio. Acharam que o maranhense iria cair no jogo sujo das negociatas. Deram-se mal, muito mal. Ouviram que nem tudo é negociável. E que numa eleição não vale “abrir mão de princípios”. O tucanato, capitaneado por Arthur Virgílio, teve que enfiar o rabo entre as pernas e engolir Tião Medonho. Sarney venceu sem ter que se submeter àquilo. O PTB, diferente de PSDB, deu apoio a Sarney desde o início. A escolha do ex-presidente Collor - a maior figura do partido - para a Comissão de Relações Exteriores, portanto, foi compromisso discutido e avalizado por todos os vencedores. O DEM jamais, por hipótese alguma, apoiaria nem Azeredo nem muito menos Ideli. Esta, nem para auxiliar de síndico de condomínio. E eis que leio hoje, na Agência Senado, a realidade desmentindo um blogueiro conhecido. Manchete: “Collor lê ofício do ministro da Defesa cumprimentando o Exército por ação na Colômbia”. A pergunta que não quer calar é: “Será que Collor assumiu a sua tarefa. Será que tornou de fato, pela autoridade como ex-presidente, o que lhe é de direito?
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