terça-feira, 15 de julho de 2008

Caso Patrícia Amieiro Franco


'Temos pressa, precisamos de respostas', dizem pais da engenheira desaparecida
Daniella Clark Do G1, no Rio
Em reunião com governador, eles criticaram demora no resultado da perícia. Engenheira Patrícia Amieiro Franco, de 24 anos, está sumida desde dia 14 de junho.

Os pais da engenheira Patrícia Amieiro Franco, de 24 anos, desaparecida desde a madrugada de 14 de junho, criticaram nesta terça feira (15) a demora do resultado da perícia realizada no carro da filha. Em reunião com o governador Sérgio Cabral e com o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, Antônio Celso e Tânia Franco cobraram respostas e disseram que “pai e mãe têm pressa”.
Beltrame afirmou que, se necessário, pedirá ajuda da perícia de outras instituições para que o caso seja esclarecido o quanto antes. O secretário afirmou ainda que, se for constatada culpa de policiais, eles serão punidos exemplarmente.
“Sejam policiais civis, militares, um cidadão civil, nós vamos chegar à elucidação desse caso. E, se for o caso de serem policiais militares ou servidores do estado, nós vamos punir como estamos punindo de maneira exemplar os policiais”, disse Beltrame.

Pais têm esperança de que Patricia está viva

Os pais de Patrícia chegaram às 14h50 desta terça-feira ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio. Eles pediram que o governador trate do caso com carinho e disseram ter esperanças de que a filha ainda esteja viva.
“O que a gente veio pedir é que ele olhasse com carinho as investigações, principalmente a parte da perícia, que a gente estava achando que estava demorando um pouco. Pai e mãe querem pressa, a gente precisa de respostas”, disse Antônio Celso. Os pais contaram que a última vez que falaram com Patrícia ouviram da filha que ela sairia com amigos e voltaria tarde para casa. O casal contou que já percorreu clínicas e hospitais em busca da filha. Eles acreditam na hipótese de seqüestro ou assalto, apesar de não terem recebido nenhum pedido de resgate. “A gente acredita que a Patrícia esteja viva, ela vai aparecer, o que a gente quer ajudar é nesse sentido: para acelerar a perícia, para que as investigações avancem”, disse o pai, que criticou o fato de a perícia ter demorado a chegar ao local onde estava o carro, no dia do acidente. “A perícia demorou a chegar no local, que tinha que ter sido cercado. Parecia festa, todo mundo mexia no carro”.

Mãe evita acompanhar noticiário

Tânia Franco reza todos os dias e disse que não consegue sequer acompanhar as notícias sobre a filha nos jornais e pela TV. “Estou muito mal, você acorda, acha que vai ter uma resposta, aí chega a noite e você não tem aquela resposta. É muito angustiante. Não vejo televisão ou jornal. Quando começam a falar que podem ter achado o corpo da Patrícia, isso me faz tão mal, que eu não consigo nem ver. Tenho certeza que ela vai voltar para mim”, desabafou a mãe.

PMs são investigados

Os pais da engenheira desconfiam do envolvimento de policiais militares no caso. Quatro PMs do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), que registraram o acidente com o carro da engenheira estão sendo investigados. Mas como não há provas contra eles, os policiais continuam em liberdade.

Histórico
Veja nossa opinião sobre o assunto:

Um comentário: