terça-feira, 15 de julho de 2008

Governo de Sérgio Cabral depende das respostas que dará aos pais de Patrícia...

Pais de engenheira desconfiam de envolvimento de PMs
Do G1, no Rio, com informações do Jornal Hoje

Eles também criticaram o trabalho da perícia, no dia do acidente.
Patrícia está desaparecida desde a madrugada de 14 de junho.


Os pais da engenheira Patrícia Amieiro Franco, de 24 anos, desaparecida desde a madrugada de 14 de junho, desconfiam do envolvimento de policiais militares no caso. Quatro PMs do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), que registraram o acidente com o carro da engenheira estão sendo investigados. Mas como não há provas contra eles, os policiais continuam em liberdade.


"Uma coisa que a gente está achando estranho é as notícias que estão saindo. A desconfiança maior é da própria polícia, né? Que as balas aparentemente são de calibre do mesmo porte dos policiais, né? Polícia Militar", disse o pai, Antônio Celso Franco. Em entrevista ao "Jornal Hoje" desta segunda-feira (14), Antônio Celso e Tânia Franco disseram que nunca acreditaram que a engenheira tenha caído na água. Ele também fez críticas ao trabalho da perícia, no dia do acidente. "Mesmo os peritos indo lá, que eu acho que chegou muito tarde, quase meio-dia, o negócio foi cedo. Todo mundo metia a mão no carro. Aí a perita chegou, fez a perícia e deu o laudo lá na hora: 'Deve ter sido jogada mesmo no mar'. Ainda falei pra ela: a senhora não vai tirar nem uma impressão digital? 'Não, não precisa, não'", observou Antônio. Os pais contam que a cada telefonema, a família vive uma expectativa. Alguns perguntam se o corpo da engenheira já foi encontrado, outros passam trote. Mas 30 dias depois do desaparecimento da filha, Tânia diz que não perdeu a esperança de rever Patrícia. “Só assim, todo dia que acordo: ah, vai ser hoje? Aquela expectativa. Vai chegando a noite, você vai ficando triste, mas eu me ajoelho, rezo, rezo", disse a mãe. Antônio contou que vive a expectativa de saber se a filha está machucada, se foi retirada do carro com vida, se está em algum hospital.

Buscas por terra e no mar

O delegado da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), Marcos Reimão, que entrou na investigação dias depois a pedido da família, que desconfiava de que a engenheira pudesse ter sido seqüestrada, está promovendo uma série de buscas por terra e no mar para tentar encontrar Patrícia. Ele também aguarda o laudo das armas apreendidas com os policiais militares para comparar com os fragmentos das balas de calibre ponto 40, 9mm ou 380, encontrados nas três perfurações do carro da engenheira. Reimão também espera o resultado da mancha encontrada no carro da PM para saber se era de sangue da engenheira. Na operação de busca feita no mar pelos bombeiros, de sexta (11) a domingo (13), a dois quilômetros da orla do Rio a Saquarema, na Região dos Lagos, nada foi encontrado. A Secretaria de Segurança Pública determinou prioridade nas investigações sobre o desaparecimento de Patrícia.

Cabral promete prioridade no caso de engenheira desaparecida (Será? Vamos cobrar...)

Outros três fragmentos de bala foram encontrados no motor do carro.
Patrícia Franco está desaparecida desde a madrugada de 14 de junho.

Do G1, no Rio, com informações da GloboNews
O governador Sérgio Cabral declarou na tarde desta segunda-feira (14) que o Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e o delegado da Divisão Anti-Seqüestro (DAS), Marcos Reimão, estão dando prioridade para a investigação do caso da engenheira Patrícia Amieiro Franco, de 24 anos, desaparecida desde a madrugada de 14 de junho. “Eles estão com uma equipe muito boa em cima desse assunto, dando prioridade absoluta na DAS. O secretário Mariano determinou que o comando-geral e o estado maior, entrem nesse assunto efetivamente, além da investigação da própria civil”, afirmou Cabral. “Nós vamos pegar os responsáveis e, sobretudo encontraremos essa pessoa. A engenheira está sumida há um mês. Esse é um assunto muito grave e é prioridade nossa”, prometeu.



Meu comentário:
É um absurdo inominável que o governador do Rio, o senhor “Serginho Cabralzinho Filhinho” (como é chamado pelo jornalista Helio Fernandes), somente agora - um mês depois – venha a público dar satisfação aos pais da engenheira Patrícia. E só fez isso depois que os holofotes da Globo passaram a cobrir o assunto. Um mês!?!?! Um mês!?!?! Senhor Cabral: o que o casal está passando é algo desumano demais. Mãe e pai querem apenas saber o que aconteceu. Precisam de respostas. É um imperativo moral encontrá-las. Se o governador não pensa no sofrimento, na angústia e na aflição daqueles dois seres humanos, que pense pelo menos em seu maldito “futuro” político. É isto mesmo, seu Cabral, a solução efetiva do triste caso da nossa Patrícia coloca em jogo não apenas a política de “segurança” pública insólita de seu governo, mas sua própria existência como "político". Pense nisto e faça logo, de sua retórica televisiva atrasada, ações concretas e efetivas que, pelo menos, dêem um pouco de conforto à família da Patrícia. O Brasil está torcendo muito. Estamos todos esperando que as palavras do governador se transformem em resultados. Estamos todos acreditando que os bons policiais do Rio de Janeiro - que são muitos - encontrarão a verdade. Esperamos todos que a Justiça seja feita e puna os maus policiais - que esperamos que sejam uma minoria -, crápulas que envergonham a corporação e revoltam a sociedade brasileira. E, claro!, nós, pais e mães de todo o Brasil, que todo dia e toda noite ficamos aflitos, esperando nossos filhos retornarem com segurança das ruas, estamos rezando muito por Patrícia e pelo casal, o Antônio Celso (o nosso querido amigão Cecéu) e a querida Tânia.

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