Meirelles não explica omissão do BC quanto ao Opportunity
Para ele, crimes de sonegação, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, cometidos pelo dono Daniel Dantas, não tem nada a ver com a instituição. “É como o funcionário de um banco que comete um crime nas horas vagas”, disse.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, foi cobrado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado pelo fato da autoridade monetária não ter atuado contra as fraudes do banco Opportunity, de Daniel Dantas, indiciado por crimes financeiros na Operação Satiagraha da Polícia Federal, e preso por duas vezes. “Ou houve exagero da Polícia Federal ou omissão do BC e da CVM (Comissão de Valores Mobiliários)”, argumentou o presidente da comissão, senador Aloizio Mercadante (PT/SP).
“A opção não é tão simples, se houve uma coisa ou outra”, desconversou Meirelles, diante da questão colocada pelo senador. “A atuação da Polícia Federal e do Ministério Público é por ações da pessoa física que, muitas vezes, não tem nada que ver com a instituição financeira, pois a pessoa física tem interesses diversos”, disse.
Durante audiência pública na CAE, na última terça-feira, Mercadante insistiu que fica difícil a sociedade compreender que um banco, fiscalizado pelo Banco Central, tenha toda a diretoria presa “da noite para o dia”, sendo que os órgãos de fiscalização não tenham tomado providências para impedir a prática dos ilícitos apontados pela PF.
O presidente do BC tentou se esquivar, alegando que não compete à instituição verificar as ações de membros da diretoria das instituições financeiras. “É como o funcionário de um banco que comete um crime nas horas vagas”, tentou justificar.
Segundo Meirelles, não houve descuido por parte do BC e que a instituição, como a maioria dos bancos centrais de todo o mundo, realiza ações administrativas somente quando detecta que determinado banco pode prejudicar a saúde financeira do sistema, do próprio BC ou ainda colocar em risco os depositantes. Meirelles disse também que a Diretoria de Fiscalização do BC é independente e trabalha de forma sigilosa.
A Operação Satiagraha, que investiga há 4 anos os crimes de Daniel Dantas por sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e uso de informações privilegiadas, entre outros, culminou com a tentativa de suborno de um milhão de dólares a um dos delegados que participava da operação. O Opportunity também esteve envolvido no esquema do Banestado, fazendo operações para repatriar dinheiro antes evadido para paraísos fiscais.
Com o intuito de isentar o Banco Central, e a si mesmo, de omissão na fiscalização das operações de Daniel Dantas, Meirelles disse que o Opportunity não era suspeito, mas apenas um de seus fundos de investimento, acrescentando que os fundos são objeto de monitoramento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – órgão fiscalizador dos fundos de investimentos e operações no mercado financeiro.
“A opção não é tão simples, se houve uma coisa ou outra”, desconversou Meirelles, diante da questão colocada pelo senador. “A atuação da Polícia Federal e do Ministério Público é por ações da pessoa física que, muitas vezes, não tem nada que ver com a instituição financeira, pois a pessoa física tem interesses diversos”, disse.
Durante audiência pública na CAE, na última terça-feira, Mercadante insistiu que fica difícil a sociedade compreender que um banco, fiscalizado pelo Banco Central, tenha toda a diretoria presa “da noite para o dia”, sendo que os órgãos de fiscalização não tenham tomado providências para impedir a prática dos ilícitos apontados pela PF.
O presidente do BC tentou se esquivar, alegando que não compete à instituição verificar as ações de membros da diretoria das instituições financeiras. “É como o funcionário de um banco que comete um crime nas horas vagas”, tentou justificar.
Segundo Meirelles, não houve descuido por parte do BC e que a instituição, como a maioria dos bancos centrais de todo o mundo, realiza ações administrativas somente quando detecta que determinado banco pode prejudicar a saúde financeira do sistema, do próprio BC ou ainda colocar em risco os depositantes. Meirelles disse também que a Diretoria de Fiscalização do BC é independente e trabalha de forma sigilosa.
A Operação Satiagraha, que investiga há 4 anos os crimes de Daniel Dantas por sonegação fiscal, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e uso de informações privilegiadas, entre outros, culminou com a tentativa de suborno de um milhão de dólares a um dos delegados que participava da operação. O Opportunity também esteve envolvido no esquema do Banestado, fazendo operações para repatriar dinheiro antes evadido para paraísos fiscais.
Com o intuito de isentar o Banco Central, e a si mesmo, de omissão na fiscalização das operações de Daniel Dantas, Meirelles disse que o Opportunity não era suspeito, mas apenas um de seus fundos de investimento, acrescentando que os fundos são objeto de monitoramento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – órgão fiscalizador dos fundos de investimentos e operações no mercado financeiro.
MAIS JUROS
Na audiência pública, Meirelles, preocupado com a saúde financeira do sistema, em detrimento da produção e do consumo das famílias brasileiras, defendeu a continuidade da elevação da taxa básica de juros, atualmente em 12,25%, a pretexto de combater a inflação.
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