Espião acessou dados sigilosos
Ricardo Brito e Edson Luiz
Correio Braziliense
O ex-espião Francisco Ambrósio do Nascimento, identificado como responsável pelo grampo sobre o presidente do STF, manuseou documentos sigilosos da Operação Satiagraha a pedido do delegado Protógenes Queiroz. Ex-araponga do SNI que trabalhou na Operação Satiagraha a serviço de Protógenes manuseou documentos que não podia. O ex-agente do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio do Nascimento, acusado de envolvimento em escutas telefônicas ilegais, teve acesso a documentos sigilosos da investigação da Operação Satiagraha. O araponga, que se aposentou em 1998, trabalhou com a Polícia Federal de fevereiro até quando a ação foi desencadeada, em julho passado. Ambrósio foi contratado pelo delegado Protógenes Queiroz, comandante das investigações que resultaram na prisão do banqueiro Daniel Dantas, controlador do Opportunity. A PF tem informações de que outros espiões afastados do serviço público participaram das apurações como colaboradores eventuais.
Araponga teve acesso a papéis secretos em operação da PF
Brasília-DF - Advogados em campanha
Correio Braziliense
Os mesmos advogados que comemoraram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de mandar refazer todo o processo do caso Sundown por conta das escutas telefônicas vão trabalhar para colocar na geladeira o projeto de lei que torna mais rígida a legislação do grampo. “Em vez de correr para aprovar uma legislação falha, o melhor é estudar mais o tema. A sangria foi estancada. Já há uma garantia de que só haverá escuta por prazo fundamentado”, diz o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.
Ricardo Brito e Edson Luiz
Correio Braziliense
O ex-espião Francisco Ambrósio do Nascimento, identificado como responsável pelo grampo sobre o presidente do STF, manuseou documentos sigilosos da Operação Satiagraha a pedido do delegado Protógenes Queiroz. Ex-araponga do SNI que trabalhou na Operação Satiagraha a serviço de Protógenes manuseou documentos que não podia. O ex-agente do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio do Nascimento, acusado de envolvimento em escutas telefônicas ilegais, teve acesso a documentos sigilosos da investigação da Operação Satiagraha. O araponga, que se aposentou em 1998, trabalhou com a Polícia Federal de fevereiro até quando a ação foi desencadeada, em julho passado. Ambrósio foi contratado pelo delegado Protógenes Queiroz, comandante das investigações que resultaram na prisão do banqueiro Daniel Dantas, controlador do Opportunity. A PF tem informações de que outros espiões afastados do serviço público participaram das apurações como colaboradores eventuais.
Araponga teve acesso a papéis secretos em operação da PF
Brasília-DF - Advogados em campanha
Correio Braziliense
Os mesmos advogados que comemoraram a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de mandar refazer todo o processo do caso Sundown por conta das escutas telefônicas vão trabalhar para colocar na geladeira o projeto de lei que torna mais rígida a legislação do grampo. “Em vez de correr para aprovar uma legislação falha, o melhor é estudar mais o tema. A sangria foi estancada. Já há uma garantia de que só haverá escuta por prazo fundamentado”, diz o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro.
Brasília-DF - Advogados em campanha
Juízes contra resolução do CNJ
Mirella D´Elia
Correio Braziliense
Idéia dos integrantes do Conselho Nacional de Justiça de criar central de monitoramento de grampos é rechaçada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, que avalia apresentação de recurso ao STF. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ameaça entrar na Justiça contra a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que cria uma central para monitorar as escutas telefônicas feitas no país com autorização judicial. Reunido em São Paulo na última terça-feira, o conselho executivo da entidade se posicionou de forma contrária à medida. A avaliação é que o CNJ, órgão de controle externo do Poder Judiciário, não teria competência para aprovar a resolução. Segundo o presidente da AMB, Mozart Valadares, a assessoria jurídica da associação avalia a possibilidade de entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Juízes contra resolução do CNJ
Risco de extinção de cidades
Izabelle Torres e Mirella D´Elia
Correio Braziliense
Gilmar Mendes avisa que, caso o Legislativo não vote proposta para regulamentar a criação de municípios, 57 deles serão considerados inconstitucionais e desaparecerão. Em reação às críticas dos parlamentares ao prazo imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso legisle sobre a criação de novos municípios, o presidente da Corte, Gilmar Mendes, deu um recado sutil, mas claro. Disse que se o Legislativo não cumprir a determinação e colocar na pauta de votações uma proposta de lei complementar federal para regulamentar o assunto até novembro deste ano, as 57 cidades brasileiras criadas por lei estadual depois de 12 de setembro de 1996, quando foi aprovada a Emenda Constitucional de número 15, vão mesmo ser extintas. “Se o Congresso não colocar em votação, os municípios serão considerados inconstitucionais e desaparecerão”, avisou.
Risco de extinção de cidades
Juízes contra resolução do CNJ
Mirella D´Elia
Correio Braziliense
Idéia dos integrantes do Conselho Nacional de Justiça de criar central de monitoramento de grampos é rechaçada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, que avalia apresentação de recurso ao STF. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) ameaça entrar na Justiça contra a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que cria uma central para monitorar as escutas telefônicas feitas no país com autorização judicial. Reunido em São Paulo na última terça-feira, o conselho executivo da entidade se posicionou de forma contrária à medida. A avaliação é que o CNJ, órgão de controle externo do Poder Judiciário, não teria competência para aprovar a resolução. Segundo o presidente da AMB, Mozart Valadares, a assessoria jurídica da associação avalia a possibilidade de entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Juízes contra resolução do CNJ
Risco de extinção de cidades
Izabelle Torres e Mirella D´Elia
Correio Braziliense
Gilmar Mendes avisa que, caso o Legislativo não vote proposta para regulamentar a criação de municípios, 57 deles serão considerados inconstitucionais e desaparecerão. Em reação às críticas dos parlamentares ao prazo imposto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso legisle sobre a criação de novos municípios, o presidente da Corte, Gilmar Mendes, deu um recado sutil, mas claro. Disse que se o Legislativo não cumprir a determinação e colocar na pauta de votações uma proposta de lei complementar federal para regulamentar o assunto até novembro deste ano, as 57 cidades brasileiras criadas por lei estadual depois de 12 de setembro de 1996, quando foi aprovada a Emenda Constitucional de número 15, vão mesmo ser extintas. “Se o Congresso não colocar em votação, os municípios serão considerados inconstitucionais e desaparecerão”, avisou.
Risco de extinção de cidades
Cartórios terão de cobrar menos
Letícia Nobre
Correio Braziliense
Registro de alterações de normas internas terá taxa única de R$ 164,70. Decisão judicial impede a cobrança de R$ 156,80 por unidade habitacional. Medida estimulará a legalização de convenções. Uma decisão judicial acabou com a cobrança abusiva dos cartórios de imóveis e vai beneficiar milhares de condôminos no Distrito Federal. A taxa para registro e alteração da convenção de condomínios passa a ser cobrada por edifício e não mais por unidades condominiais. A iniciativa de questionar a cobrança partiu do Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci), que vai incentivar os órgãos regionais a acionar os cartórios em todo país.
Cartórios terão de cobrar menos
Copom faz novo aperto e eleva juros para 13,75%
Edna Simão
Correio Braziliense
Falta de unanimidade na definição da taxa Selic sinaliza que BC deve se tornar mais flexível e reduzir ritmo de alta nas próximas reuniões. Dividido, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou ontem a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, de 13% para 13,75% ao ano, retornando ao patamar de outubro de 2006. Foi a quarta alta consecutiva. A falta de unanimidade da diretoria do BC — cinco votos a favor e três pela alta de 0,5 ponto percentual — sinaliza que o Copom deve diminuir o ritmo de alta dos juros já na reunião de outubro. A última vez em que não houve consenso de votação foi em 18 de julho de 2007.
Copom faz novo aperto e eleva juros para 13,75%
Descoberta dobra reserva do Brasil
Correio Braziliense
A Petrobras confirmou ontem a existência, acima das expectativas, de óleo leve na camada pré-sal da Bacia de Santos, no campo de Iara, a 230 quilômetros do litoral da cidade do Rio de Janeiro. A estimativa de produção é de até quatro bilhões de barris, fazendo com que as reservas confirmadas de petróleo do Brasil saltem de algo entre cinco bilhões a oito bilhões de barris para até 12 bilhões. No total, a camada do pré-sal tem uma reserva estimada em 80 bilhões de barris.
Descoberta dobra reserva do Brasil
A espionagem e os 007
Artigo - Wálter Fanganiello Maierovitch
Correio Braziliense
Das atividades profissionais, a espionagem é mais antiga do que a prostituição. É também a atividade que mais causa problemas e confusões, tanto no plano internacional quanto internamente. Na Antigüidade, os chefes de clãs e tribos, para garantir seus territórios de invasões, colocavam observadores distantes e, com o tempo, infiltravam falsos comerciantes entre os grupos rivais para colher informações. Não tardou a surgir a figura da espiã disfarçada de prostituta e os agentes duplos. Para os que duvidam da origem tão remota dos 007, um dos maiores especialistas no tema espionagem e terrorismo, Walter Laqueur, do Centro de Estratégia de Washington, alertou no seu livro A World of Secrets, publicado em 1985: “Desde os primeiros dias em que os homens começaram a colher informações específicas sobre a força e as intenções dos clãs e tribos vizinhas, existiram os espiões e a arte — ou ciência — da espionagem”.
A espionagem e os 007
Estelionato (re)eleitoral?
Coluna - Nas Entrelinhas
Correio Braziliense
Quem votou no PT do amigo barbudo, do Fusca e do jeans surrado, elegeu o PT do carro novo, do terno riscado e do superávit primário. Todo brasileiro, vivo ou morto, tem um amigo petista. É um camarada próximo, às vezes parente, que já andou esfarrapado e barbudo nos tempos difíceis da oposição. Criticava, com a indignação dos justos, a política neoliberal, a quem culpava pela pobreza no mundo. E, tal qual o profeta, prometia leite e mel jorrando do chão quando assumisse o poder e levasse o país à terra prometida. Veio 2002, a eleição e a posse. Luiz Inácio Lula da Silva tomou a faixa presidencial gozando amplo bem-querer da população. Estava mais para super-herói do que para presidente. Um nordestino pedalou quilômetros até Brasília só para apertar-lhe a mão. Criancinhas queriam tocar-lhe. O homem aparecia chorando na TV, por receber, como primeiro diploma da vida, o de presidente da República, entregue pela Justiça Eleitoral. Lula, e com ele todos os amigos petistas do Brasil, chegavam ao poder pelo voto direto. Foram eleitos para aplicar as políticas que defenderam ao longo da vida — exceto aquelas mais incendiárias, “aparadas” pouco antes da eleição —, responsáveis pela musculatura com que travaram a luta política contra seus antagonistas tucanos e pefelistas. Uma vez no poder, porém, deu-se a mudança. O amigo petista ganhou um cargo no governo, o que é justo. Mas, de uma hora para outra, apareceu vergando bons e bem cortados ternos. Trocou de carro. Uns compraram casas, algumas mais do que confortáveis. Até que, escândalo após escândalo, restou claro que a raivosa retórica pela moralidade pública não passava disso mesmo, uma raivosa retórica pela moralidade pública.
Estelionato (re)eleitoral?
Atentado na Bolívia reduz gás ao Brasil
FLÁVIA MARREIRO e ROBERTO MACHADO
Folha de S. Paulo
Fechamento de válvula seria causa de explosão em gasoduto; oposição, acusada, não assume ação, mas bloqueia acesso ao local. Redução, que pode chegar a 30% do fluxo diário, ainda não foi sentida, segundo governo brasileiro;
La Paz denuncia ato terrorista
Uma explosão no começo da manhã de ontem rompeu um trecho do duto que leva gás da Bolívia ao Brasil na conturbada região do Chaco, no sul boliviano, onde opositores do governo de Evo Morales organizam bloqueios rodoviários e impõem locautes há 18 dias e já haviam feito ameaças de interromper a exportação do combustível. A empresa que administra o duto, a Transierra, que tem a participação da brasileira Petrobras, disse que ainda investiga as causas da explosão, mas o governo acusa seus oponentes pelo que chamou de "atentado terrorista" contra o gasoduto.
Atentado na Bolívia afeta gás no Brasil
Justiça bloqueia fundo de Dantas com R$ 535,8 mi
LILIAN CHRISTOFOLETTI
Folha de S. Paulo
Coaf alertou procurador sobre operação do Opportunity considerada "irregular"
Aplicação só ficou conhecida porque banqueiro mudou a administradora de recursos; Ministério Público pretende saber a origem do dinheiro. A Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de um fundo de investimento de R$ 535,8 milhões que pertencem ao banqueiro Daniel Dantas, investigado na Operação Satiagraha, e a outras quatro pessoas ligadas a ele. O pedido de seqüestro do valor partiu do procurador Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal, que foi alertado pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre operações do Grupo Opportunity, de Dantas, consideradas "irregulares no mercado financeiro". O fundo só ficou conhecido porque, há oito dias, Dantas transferiu a administração dos R$ 535,8 milhões aplicados no Opportunity Special Fundo de Investimento em Ações para a administradora BNY Mellon Serviços Financeiros -as duas empresas têm sede no mesmo prédio no Rio de Janeiro.
Justiça bloqueia fundo de Dantas
PIB a 3,5% não é tragédia, afirma Belluzzo
DENYSE GODOY
Folha de S. Paulo
Na opinião do economista, a crise global levará o Brasil a diminuir o ritmo e pode requerer um forte corte de juros. A exploração dos campos do pré-sal ajudará o Brasil a absorver melhor o impacto da desaceleração mundial, afirma conselheiro de Lula. O desempenho da economia brasileira no segundo trimestre foi animador, mas, agora, já se notam sinais de desaquecimento, diz o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, 65, professor da Unicamp e conselheiro informal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, não se deve fazer drama com a diminuição do ritmo do país, pois os futuros avanços partirão de um nível de atividade elevado.
PIB a 3,5% não é tragédia, afirma Belluzzo
Jânio de Freitas - Controlar o controle
Folha de S. Paulo
Há ingredientes de excesso de poder na intenção de evitar mais descontrole das escutas telefônicas
A sinuosa burocracia criada pelo Conselho Nacional de Justiça para controlar autorizações judiciais de "grampos", aprovada pelo próprio CNJ, disfarça mas não atenua a imprópria intervenção desse órgão apenas administrativo nas atribuições, poderes e independência dos juízes. E, como pressentido até aqui mesmo, amplia um canal de acesso indevido ao que está sob exigência legal de sigilo.
Jânio de Freitas - Controlar o controle
Mercado Aberto - BC devia deixar a economia em paz, diz consultor do Iedi
Folha de S. Paulo
O crescimento do PIB do segundo trimestre acima das previsões do mercado trouxe novamente à tona a discussão se há ou não necessidade de o Banco Central ser tão rigoroso na condução da política monetária, como está sendo até agora. A expectativa é que o juro encerre este ano na faixa de 14,75% ou até mesmo em 15%. O economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Iedi e professor da Unicamp, considerou o resultado do PIB do segundo trimestre bastante animador, até porque os números não são explosivos. O PIB se expande há três trimestres na faixa de 6%, o que indica que não há nenhuma aceleração do crescimento. O ritmo está controlado. Mais importante do que isso, na opinião de Gomes de Almeida, é que os dados do PIB mostram que o investimento cresce a um ritmo mais de duas vezes superior ao do consumo das famílias. Enquanto o investimento cresceu 16,2%, o consumo avançou 6,7%. Esses dois itens já vêm mostrando esse comportamento há alguns trimestres. A tendência é até de desaceleração do consumo.
Mercado Aberto - BC devia deixar a economia em paz, diz consultor do Iedi
Mónica Bérgamo - Torniquete
Folha de S. Paulo
A Polícia Federal vai despachar um delegado para ouvir o juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal de SP, sobre o grampo ilegal que capturou diálogo do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O juiz já afirmou na CPI dos Grampos que "em nenhuma hipótese, cogitei ou admiti monitorar qualquer pessoa com prerrogativa de foro, leia-se: desembargador ou ministro do STF. Nunca fiz isso e nunca farei".
TORNIQUETE 2
E o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pode determinar correição na 6ª Vara Federal de De Sanctis a partir da representação que o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) fez contra ele. Detalhe: a 6ª Vara passou por correição e inspeção há menos de um mês. "Estou tranqüilo e aberto a todas as investigações porque tudo o que fiz foi cumprir a minha obrigação de juiz." De Sanctis entrou no foco depois que mandou prender o banqueiro Daniel Dantas, entre outros, na Operação Satiagraha.
DO OUTRO LADO
Ainda os grampos: será julgado hoje pedido de habeas corpus de advogados -entre outros, Nélio Machado, do Opportunity -que são suspeitos de vazar interceptações telefônicas da Operação Furacão, que investigou bicheiros do Rio de Janeiro. Eles pedem que o inquérito que os investiga por determinação do ministro Cezar Peluso seja trancado.
CVV
Os grampos nos bicheiros da Operação Furacão foram autorizados pelo STF e somam mais de 40 mil horas de conversas telefônicas.
GRADE
Foram analisados 758 processos na primeira fase do mutirão determinado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, em presídios do Rio. Resultado: 12 presos já haviam cumprido pena e foram libertados; 154 foram colocados em livramento condicional; 111 passaram para o regime semi-aberto (em que podem sair caso arrumem emprego); e 74 para o regime aberto (em que podem sair sem qualquer condição).
Mónica Bérgamo - Torniquete
Uma explosão no começo da manhã de ontem rompeu um trecho do duto que leva gás da Bolívia ao Brasil na conturbada região do Chaco, no sul boliviano, onde opositores do governo de Evo Morales organizam bloqueios rodoviários e impõem locautes há 18 dias e já haviam feito ameaças de interromper a exportação do combustível. A empresa que administra o duto, a Transierra, que tem a participação da brasileira Petrobras, disse que ainda investiga as causas da explosão, mas o governo acusa seus oponentes pelo que chamou de "atentado terrorista" contra o gasoduto.
Atentado na Bolívia afeta gás no Brasil
Justiça bloqueia fundo de Dantas com R$ 535,8 mi
LILIAN CHRISTOFOLETTI
Folha de S. Paulo
Coaf alertou procurador sobre operação do Opportunity considerada "irregular"
Aplicação só ficou conhecida porque banqueiro mudou a administradora de recursos; Ministério Público pretende saber a origem do dinheiro. A Justiça Federal de São Paulo determinou o bloqueio de um fundo de investimento de R$ 535,8 milhões que pertencem ao banqueiro Daniel Dantas, investigado na Operação Satiagraha, e a outras quatro pessoas ligadas a ele. O pedido de seqüestro do valor partiu do procurador Rodrigo de Grandis, do Ministério Público Federal, que foi alertado pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sobre operações do Grupo Opportunity, de Dantas, consideradas "irregulares no mercado financeiro". O fundo só ficou conhecido porque, há oito dias, Dantas transferiu a administração dos R$ 535,8 milhões aplicados no Opportunity Special Fundo de Investimento em Ações para a administradora BNY Mellon Serviços Financeiros -as duas empresas têm sede no mesmo prédio no Rio de Janeiro.
Justiça bloqueia fundo de Dantas
PIB a 3,5% não é tragédia, afirma Belluzzo
DENYSE GODOY
Folha de S. Paulo
Na opinião do economista, a crise global levará o Brasil a diminuir o ritmo e pode requerer um forte corte de juros. A exploração dos campos do pré-sal ajudará o Brasil a absorver melhor o impacto da desaceleração mundial, afirma conselheiro de Lula. O desempenho da economia brasileira no segundo trimestre foi animador, mas, agora, já se notam sinais de desaquecimento, diz o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, 65, professor da Unicamp e conselheiro informal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, não se deve fazer drama com a diminuição do ritmo do país, pois os futuros avanços partirão de um nível de atividade elevado.
PIB a 3,5% não é tragédia, afirma Belluzzo
Jânio de Freitas - Controlar o controle
Folha de S. Paulo
Há ingredientes de excesso de poder na intenção de evitar mais descontrole das escutas telefônicas
A sinuosa burocracia criada pelo Conselho Nacional de Justiça para controlar autorizações judiciais de "grampos", aprovada pelo próprio CNJ, disfarça mas não atenua a imprópria intervenção desse órgão apenas administrativo nas atribuições, poderes e independência dos juízes. E, como pressentido até aqui mesmo, amplia um canal de acesso indevido ao que está sob exigência legal de sigilo.
Jânio de Freitas - Controlar o controle
Mercado Aberto - BC devia deixar a economia em paz, diz consultor do Iedi
Folha de S. Paulo
O crescimento do PIB do segundo trimestre acima das previsões do mercado trouxe novamente à tona a discussão se há ou não necessidade de o Banco Central ser tão rigoroso na condução da política monetária, como está sendo até agora. A expectativa é que o juro encerre este ano na faixa de 14,75% ou até mesmo em 15%. O economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, consultor do Iedi e professor da Unicamp, considerou o resultado do PIB do segundo trimestre bastante animador, até porque os números não são explosivos. O PIB se expande há três trimestres na faixa de 6%, o que indica que não há nenhuma aceleração do crescimento. O ritmo está controlado. Mais importante do que isso, na opinião de Gomes de Almeida, é que os dados do PIB mostram que o investimento cresce a um ritmo mais de duas vezes superior ao do consumo das famílias. Enquanto o investimento cresceu 16,2%, o consumo avançou 6,7%. Esses dois itens já vêm mostrando esse comportamento há alguns trimestres. A tendência é até de desaceleração do consumo.
Mercado Aberto - BC devia deixar a economia em paz, diz consultor do Iedi
Mónica Bérgamo - Torniquete
Folha de S. Paulo
A Polícia Federal vai despachar um delegado para ouvir o juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal de SP, sobre o grampo ilegal que capturou diálogo do ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O juiz já afirmou na CPI dos Grampos que "em nenhuma hipótese, cogitei ou admiti monitorar qualquer pessoa com prerrogativa de foro, leia-se: desembargador ou ministro do STF. Nunca fiz isso e nunca farei".
TORNIQUETE 2
E o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) pode determinar correição na 6ª Vara Federal de De Sanctis a partir da representação que o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) fez contra ele. Detalhe: a 6ª Vara passou por correição e inspeção há menos de um mês. "Estou tranqüilo e aberto a todas as investigações porque tudo o que fiz foi cumprir a minha obrigação de juiz." De Sanctis entrou no foco depois que mandou prender o banqueiro Daniel Dantas, entre outros, na Operação Satiagraha.
DO OUTRO LADO
Ainda os grampos: será julgado hoje pedido de habeas corpus de advogados -entre outros, Nélio Machado, do Opportunity -que são suspeitos de vazar interceptações telefônicas da Operação Furacão, que investigou bicheiros do Rio de Janeiro. Eles pedem que o inquérito que os investiga por determinação do ministro Cezar Peluso seja trancado.
CVV
Os grampos nos bicheiros da Operação Furacão foram autorizados pelo STF e somam mais de 40 mil horas de conversas telefônicas.
GRADE
Foram analisados 758 processos na primeira fase do mutirão determinado pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, em presídios do Rio. Resultado: 12 presos já haviam cumprido pena e foram libertados; 154 foram colocados em livramento condicional; 111 passaram para o regime semi-aberto (em que podem sair caso arrumem emprego); e 74 para o regime aberto (em que podem sair sem qualquer condição).
Mónica Bérgamo - Torniquete
Painel - Procura-se
Folha de S. Paulo
Antes da saída do marqueteiro Lucas Pacheco, Geraldo Alckmin pensava em incorporar Raul Cruz Lima como peça de reforço na redação dos programas de TV. Lima é um publicitário premiado, mas sem experiência na linha de frente de campanhas eleitorais de porte. As circunstâncias levaram o tucano a improvisá-lo na posição principal da comunicação. Quem conhece Lima sabe que Alckmin, na verdade, levou uma dupla, que tem na outra ponta o também publicitário Marcelo Simões. Embora dominante na parceria, Simões não foi apresentado ao público porque já está compromissado com duas campanhas no interior paulista: a de Darcy Veras (DEM) em Ribeirão Preto e a de Uebe Rezeck (PMDB) em Barretos.
Romaria
Num capítulo anterior ao da troca de Pacheco por Lima, Alckmin procurou Nelson Biondi, marqueteiro de José Serra em 2002 e do também tucano Beto Richa neste ano. Biondi não topou.
Algodão
Alckmin telefonou ontem para José Henrique Reis Lobo, secretário de Serra e presidente do PSDB municipal. Disse que não compartilha das críticas que Lucas Pacheco lhe dirigiu ao deixar a campanha.
Precedente
Ameaçados de expulsão pelo diretório municipal, tucanos kassabistas brincam dizendo que vão chamar, como primeira testemunha de defesa, o senador Tasso Jereissati, quem em 2002 largou o correligionário Serra para apoiar a candidatura presidencial de Ciro Gomes, então no PPS e hoje no PSB.
Sem quórum
Senadores tucanos como o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), e Álvaro Dias (PR), que foram ao estúdio da Band conferir a performance de Alckmin no primeiro debate, não repetirão a dose hoje, no segundo encontro na emissora.
Painel - Procura-se
52 agentes da Abin foram usados na Satiagraha
MARIA CLARA CABRAL e ALAN GRIPP
Folha de S. Paulo
O diretor do Departamento de Contra-Inteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Paulo Maurício Fortunato Pinto, revelou ontem em depoimento na CPI dos Grampos que 52 agentes do órgão atuaram durante quatro meses na Operação Satiagraha, da Polícia Federal. Até então, a Abin admitia apenas "colaboração" com a PF e "participação eventual" de seus servidores. Com a voz embargada, Fortunato responsabilizou o delegado Protógenes Queiroz por "descontroles" ocorridos durante a Satiagraha, inclusive em eventuais escutas telefônicas clandestinas, e criticou a participação do agente aposentado do SNI (Serviço Nacional de Inteligência) Francisco Ambrósio de Nascimento na operação. Segundo ele, Queiroz "usou várias estruturas oficiais e, pelo que estamos tomando conhecimento, não oficiais".
52 agentes da Abin foram usados na Satiagraha
STF veta acesso da CPI a dados da Satiagraha
MARIA CLARA CABRAL e FELIPE SELIGMAN
Folha de S. Paulo
Comissão havia aprovado na semana passada requerimento decretando a quebra de sigilo de duas operações da Polícia Federal. Em sua decisão, o ministro Cezar Peluso afirmou que "há risco fundado de que se viole o sigilo dos dados bancários de terceiros". O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Cezar Peluso decidiu anteontem que a CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas não poderá ter acesso aos autos das operações Chacal e Satiagraha, ambas da Polícia Federal, que citam "no todo ou em parte" informações constantes nos discos rígidos do Banco Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. A CPI aprovou, na semana passada, um requerimento decretando a quebra de sigilo das duas operações da PF, com a intenção de ter acesso à total documentação constante em seus autos. As duas investigações envolvem o Opportunity.
STF veta acesso da CPI a dados da Satiagraha
BNDES defende exploração gradual do pré-sal
JULIANA ROCHA
Folha de S. Paulo
Estudos feitos pelo grupo de petróleo e gás do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) mostraram que, no pior dos cenários para a cotação internacional do barril do petróleo, as exportações brasileiras de commodities poderão alcançar US$ 108 bilhões em 2030. A simulação leva em consideração que o preço do barril cairá para US$ 85. O grupo coordenado por Antonio Barros de Castro, ex-presidente do BNDES, fez uma simulação das exportações brasileiras de petróleo com a exploração das reservas da camada pré-sal. Foram levadas em consideração as projeções mais baixas e mais altas para a cotação do barril, feitos pelo DOE (sigla em inglês para Departamento de Energia dos EUA).
BNDES defende exploração gradual do pré-sal
Para indústria, demanda interna justifica mais recursos
AGNALDO BRITO
Folha de S. Paulo
O setor industrial promete manter o investimento nos próximos meses. A indústria avalia que a forte demanda interna justifica a alocação de recursos para a construção civil e a compra de máquinas e equipamentos para melhorar a performance industrial. A participação do investimento no PIB no 2º trimestre foi de 18,7%, a maior fatia em igual trimestre desde 1995. Na ocasião, a participação da Formação Bruta de Capital Fixo no Produto Interno Bruto foi de 19,8%. Para os integrantes do Conselho Superior da Fiesp, reunidos ontem em São Paulo, o desempenho do PIB e do investimento deve ser mantido. "Muito bom", reagiu Roger Agnelli, presidente da Vale, ao saber do resultado do segundo trimestre. A Vale administra um plano de investimento de US$ 11 bilhões só para 2008. "Crescimento impressionante", comentou Marcelo Odebrecht, presidente do Grupo Odebrecht. De acordo com ele, o investimento industrial "está forte e vai continuar".
Para indústria, demanda interna justifica mais recursos
SP poderá responder por dívida da Vasp
MARINA GAZZONI e MAELI PRADO
Folha de S. Paulo
Estado tem 40% das ações da falida companhia e, para especialistas, poderá ser responsabilizado por dívidas na Justiça do Trabalho. Avaliação é que dificilmente Estado terá de responder pelo processo de falência; empresa aérea tem dívida avaliada em R$ 3,5 bilhões. O governo de São Paulo retomou na Justiça paulista 40% das ações da Vasp em fevereiro deste ano. A composição acionária da empresa, que teve sua falência decretada na semana passada, pode ser alterada, pois a Vasp recorreu da decisão. Especialistas consultados pela Folha divergem sobre a possibilidade de a dívida da Vasp, avaliada em R$ 3,5 bilhões, afetar os cofres do Estado. Mesmo com o aumento da participação acionária, o Estado não passou a ser controlador da Vasp. O acionista majoritário ainda é o empresário Wagner Canhedo, com cerca de 58% das ações, de acordo com informações de Roberto de Castro, ex-interventor da Vasp. "O governo é sócio da Vasp desde o inicio. Não mudou nada, apenas mudou a parcela de participação do governo, que ficou maior, mas não mudou o controle da empresa", disse.
SP poderá responder por dívida da Vasp
A Olimpíada e o patriotismo chinês
Artigo - Zhou Shixiu e Luís Antonio Paulino
Folha de S. Paulo
O patriotismo chinês é um dos motivos importantes pelos quais a China avançou tanto nos últimos 30 anos, inclusive nas Olimpíadas. Nos jogos Olímpicos de Pequim, cuja abertura ocorreu há pouco mais de um mês, a China conseguiu grande sucesso. Na década de 1930, quando participou pela primeira vez de uma Olimpíada, a China mandou só um atleta. Agora, com 51 medalhas de ouro, ficou em primeiro lugar, seguida pelos EUA, país mais rico e poderoso do mundo. A atmosfera dos Jogos foi muito intensa e calorosa. Sempre que a bandeira chinesa era hasteada, os chineses cantavam com entusiasmo e espontaneidade. É fácil adivinhar que cantavam -e cantam nos Jogos Paraolímpicos- o hino da China. Se o leitor souber o que diz o hino e sua história e entender o entusiasmo do povo chinês, com certeza terá compreendido um importante motivo do rápido crescimento da China. Diz a letra do hino: "Levante-se povo que não quer ser escravo. Vamos juntos construir uma nova Grande Muralha com nossos corpos. Nossa nação enfrenta grandes perigos. Cada um de nós deve gritar com todas as suas forças. Levantem-se, levantem-se, milhões em um só coração. Enfrentemos o risco do fogo e dos canhões inimigos. Avante, avante".
A Olimpíada e o patriotismo chinês
Maioridade incompleta do CDC
Artigo - Marilena Lazzarini e Lisa Gunn
Folha de S. Paulo
Ao Código de Defesa do Consumidor ainda requer proteção da sociedade, pois tem sofrido vários ataques no Congresso Nacional
Há 18 anos, o Código de Defesa do Consumidor foi aprovado pelo Congresso Nacional e, graças às necessidades do próprio consumidor e ao trabalho incansável de juristas, Ministérios Públicos, Procons, associações civis, imprensa e Poder Judiciário, incontáveis avanços podem ser contabilizados na efetivação dos direitos do consumidor. Nesse período, o mundo mudou muito. As relações de consumo tornaram-se mais complexas -em 1990, o telefone celular era pouco mais que um projeto, não existiam a banda larga, o comércio eletrônico, os transgênicos e a nanotecnologia. Os serviços públicos essenciais eram fornecidos por empresas estatais e a onda da globalização apenas começava.
maioridade incompleta do CDC
Com colheita recorde, falta espaço para armazenar o milho safrinha
Neila Baldi
Gazeta Mercantil
A maior "safrinha" de milho da história trouxe problemas aos produtores, sobretudo no Centro-Oeste. Com tanto grão colhido, alguns enfrentaram dificuldade de armazenagem. Teve gente que atrasou a colheita, para esperar uma "vaga no armazém"; outros que deixaram o grão a céu aberto e aqueles que optaram por abrigá-lo em silos-bolsas. As vendas destes equipamentos na região cresceram 40%. Teoricamente, se toda a safra da região precisasse ser armazenada, 7 milhões de toneladas ficariam sem lugar no Centro-Oeste - considerando os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Especialistas dizem que o ideal é que a capacidade estática seja 20% superior à colheita. Apenas de segunda safra de milho a região colheu 11 milhões de toneladas, 30% mais que na temporada passada.
Com colheita recorde, falta espaço para armazenar o milho safrinha
Paulo Maluf garante que ainda está no páreo
Gazeta Mercantil
O candidato do PP à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf, desdenhou ontem das pesquisas de intenção de voto que o colocam em quarto lugar, com 8% das preferências, e disse que ainda está no páreo pelo comando da capital paulista. "Se alguém pensa que as eleições acabaram está muito enganado. Elas só terminam no dia 5 de outubro", frisou Maluf. De acordo com o Datafolha, Marta Suplicy (PT) lidera a corrida, com 40% das intenções de voto, seguida por Geraldo Alckmin (PSBD) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), tecnicamente empatados, com 22% e 18%, respectivamente.
Paulo Maluf garante que ainda está no páreo
Petrobras usa nanotecnologia e economiza na perfuração
Ana Cecília Americano
Gazeta Mercantil
Ao lado de O Boticário e Companhia Vale do Rio Doce, (Vale) e a Quattor, a Petrobras é uma das poucas empresas brasileiras que já usufruem de resultados concretos obtidos com pesquisas em nanotecnologia - o ramo da ciência que trabalha com estruturas que medem entre um e cem bilionésimos de metro. Ou seja, medidas que compreendem estruturas de poucos átomos. A empresa, que possui uma rede temática para estudar o assunto com cinco universidades no Brasil, tem desenvolvido soluções para, por exemplo, permitir aos fluídos que são usados na perfuração em águas profundas que atuem de forma diversa conforme a situação. Quando a broca está em funcionamento, perfurando o poço, e a água está agitada, os fluídos com nanopartículas tornam-se de baixa viscosidade, facilitando o funcionamento da broca. Quando o trabalho é interrompido e a água se aquieta, o mesmo líquido com nanopartículas se torna altamente viscoso, impedindo que os resíduos da perfuração, que seriam escoados para fora, retornem e entupam o poço.
Petrobras usa nanotecnologia e economiza na perfuração
EM SETE FAVELAS, CONTRA OS CURRAIS
Renata Victal
Jornal do Brasil
Um exército de 3.500 soldados desembarca hoje no Rio e deflagra a Operação Guanabara. Os integrantes das Forças Armadas começam a trabalhar com a ocupação de sete comunidades, tendo como missão garantir a segurança dos moradores, da imprensa e dos candidatos durante a fase final da campanha eleitoral. Até 4 outubro, em sistema de rodízio, a tropa se dividirá entre 27 favelas controladas pelo crime organizado. Ocupação de 3.500 homens começa hoje para que candidatos possam fazer campanhas
CHEGAM AO RIO 3.500 SOLDADOS PARA ELEIÇÃO
Artigo - Marilena Lazzarini e Lisa Gunn
Folha de S. Paulo
Ao Código de Defesa do Consumidor ainda requer proteção da sociedade, pois tem sofrido vários ataques no Congresso Nacional
Há 18 anos, o Código de Defesa do Consumidor foi aprovado pelo Congresso Nacional e, graças às necessidades do próprio consumidor e ao trabalho incansável de juristas, Ministérios Públicos, Procons, associações civis, imprensa e Poder Judiciário, incontáveis avanços podem ser contabilizados na efetivação dos direitos do consumidor. Nesse período, o mundo mudou muito. As relações de consumo tornaram-se mais complexas -em 1990, o telefone celular era pouco mais que um projeto, não existiam a banda larga, o comércio eletrônico, os transgênicos e a nanotecnologia. Os serviços públicos essenciais eram fornecidos por empresas estatais e a onda da globalização apenas começava.
maioridade incompleta do CDC
Com colheita recorde, falta espaço para armazenar o milho safrinha
Neila Baldi
Gazeta Mercantil
A maior "safrinha" de milho da história trouxe problemas aos produtores, sobretudo no Centro-Oeste. Com tanto grão colhido, alguns enfrentaram dificuldade de armazenagem. Teve gente que atrasou a colheita, para esperar uma "vaga no armazém"; outros que deixaram o grão a céu aberto e aqueles que optaram por abrigá-lo em silos-bolsas. As vendas destes equipamentos na região cresceram 40%. Teoricamente, se toda a safra da região precisasse ser armazenada, 7 milhões de toneladas ficariam sem lugar no Centro-Oeste - considerando os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Especialistas dizem que o ideal é que a capacidade estática seja 20% superior à colheita. Apenas de segunda safra de milho a região colheu 11 milhões de toneladas, 30% mais que na temporada passada.
Com colheita recorde, falta espaço para armazenar o milho safrinha
Paulo Maluf garante que ainda está no páreo
Gazeta Mercantil
O candidato do PP à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf, desdenhou ontem das pesquisas de intenção de voto que o colocam em quarto lugar, com 8% das preferências, e disse que ainda está no páreo pelo comando da capital paulista. "Se alguém pensa que as eleições acabaram está muito enganado. Elas só terminam no dia 5 de outubro", frisou Maluf. De acordo com o Datafolha, Marta Suplicy (PT) lidera a corrida, com 40% das intenções de voto, seguida por Geraldo Alckmin (PSBD) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM), tecnicamente empatados, com 22% e 18%, respectivamente.
Paulo Maluf garante que ainda está no páreo
Petrobras usa nanotecnologia e economiza na perfuração
Ana Cecília Americano
Gazeta Mercantil
Ao lado de O Boticário e Companhia Vale do Rio Doce, (Vale) e a Quattor, a Petrobras é uma das poucas empresas brasileiras que já usufruem de resultados concretos obtidos com pesquisas em nanotecnologia - o ramo da ciência que trabalha com estruturas que medem entre um e cem bilionésimos de metro. Ou seja, medidas que compreendem estruturas de poucos átomos. A empresa, que possui uma rede temática para estudar o assunto com cinco universidades no Brasil, tem desenvolvido soluções para, por exemplo, permitir aos fluídos que são usados na perfuração em águas profundas que atuem de forma diversa conforme a situação. Quando a broca está em funcionamento, perfurando o poço, e a água está agitada, os fluídos com nanopartículas tornam-se de baixa viscosidade, facilitando o funcionamento da broca. Quando o trabalho é interrompido e a água se aquieta, o mesmo líquido com nanopartículas se torna altamente viscoso, impedindo que os resíduos da perfuração, que seriam escoados para fora, retornem e entupam o poço.
Petrobras usa nanotecnologia e economiza na perfuração
EM SETE FAVELAS, CONTRA OS CURRAIS
Renata Victal
Jornal do Brasil
Um exército de 3.500 soldados desembarca hoje no Rio e deflagra a Operação Guanabara. Os integrantes das Forças Armadas começam a trabalhar com a ocupação de sete comunidades, tendo como missão garantir a segurança dos moradores, da imprensa e dos candidatos durante a fase final da campanha eleitoral. Até 4 outubro, em sistema de rodízio, a tropa se dividirá entre 27 favelas controladas pelo crime organizado. Ocupação de 3.500 homens começa hoje para que candidatos possam fazer campanhas
CHEGAM AO RIO 3.500 SOLDADOS PARA ELEIÇÃO
Informe JB - Na surdina, Lula articula para Crivella
Jornal do Brasil
O presidente Lula vive um dilema político. Enquanto assiste de longe à disputa no Rio, para evitar briga com Sérgio Cabral ou Marcelo Crivella – em lados opostos – não vê a hora de mergulhar nessa praia. Quer ajudar alguém, e acabou se antecipando. Há uma semana, chamou um ministro do PMDB, bem relacionado com Crivella, candidato do PRB, e soltou: "Avisa ao Crivella para ter paciência que no segundo turno eu entro na campanha dele". O PT palaciano parece ter a certeza, diante das atuais pesquisas, de que Crivella vai para a 2ª rodada. O apoio a Eduardo Paes (PMDB) está descartado. Nem o PT tampouco Lula o perdoam pela atuação na CPI dos Correios. O recado também chegou ao presidente do PT, Ricardo Berzoini. Uma aliança com o PDT e o PCdoB já é tramada para reforçar o PRB. Mas só as urnas confirmarão isso.
Coisa do Zé
O vice-presidente da República, José Alencar, tem pressionado Lula para ajudar Crivella.
Rifada
Jandira Feghali foi rifada. O presidente do PCdoB, Renato Rabelo, e o deputado Aldo Rebelo (SP) foram ao vice-presidente José Alencar e fecharam um acordo.
Todos comunistas
No trato, o PCdoB pediu mais engajamento do PRB na campanha de Jô Moraes, com quem tem chapa em Belo Horizonte. E prometeu se aliar a Crivella caso ele vá para o 2º turno no Rio.
Não é bem assim...
Apesar do encontro, Renato Rabelo disse à coluna que não houve trato algum.
Tensão
Evo Morales já teme um golpe. O ministro da Fazenda da Bolívia, Luis Arce, foi ontem ao Planalto pedir ajuda ao assessor especial de Lula, Marco Aurélio Garcia.
Informe JB - Na surdina, Lula articula para Crivella
Ministro critica nova agência
Jornal do Brasil
Projeto de Mangabeira não deve avançar, diz Cassel
O projeto de criação de uma autarquia para cuidar da regularização fundiária na Amazônia "não deve avançar", afirmoum ontem, o ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Guilherme Cassel. A proposta foi apresentada ao governo pelo ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger.
Cassel considerou justa a preocupação geral em relação à regularização fundiária:
– É uma preocupação justa, de todo mundo.
Avaliou, entretanto, que seria um contra-senso criar uma autarquia e tirar essa atribuição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Ministro critica nova agência
Saldos da insensatez
Coluna - Coisas da Política
Jornal do Brasil
Atribui-se ao general Geisel, que se opunha à construção do gasoduto da Bolívia e nos faria dependente do combustível, a preocupação de que um dia poderiam fechar a torneira, e nos veríamos obrigados a enviar tropas além da fronteira, a fim de reabri-la. Geisel conhecia bem a história política da Bolívia, com seus peculiares problemas internos. O general evidentemente exagerava, mas expunha sua preocupação com a dependência de fonte energética estrangeira. Geisel era veterano da Revolução de 30, chefiada por Vargas, e a ela servira como combatente e secretário da Fazenda da Paraíba. Embora tenha participado do golpe de 1964, Geisel era, a seu modo, um nacionalista, o que o levou a romper o Acordo Militar com os Estados Unidos, em 1977. Por isso achava melhor buscar outras opções, entre elas a exploração de nossas próprias jazidas, a utilização do gás derivado do refino, e a busca de fornecedores extracontinentais. O governo chefiado pelo senhor Fernando Henrique Cardoso decidiu construir o gasoduto e importar o gás da Bolívia, a fim de viabilizar as jazidas descobertas naquele país e no Peru por empresas multinacionais, entre elas a famigerada Enron, a Total e a Shell. Os engenheiros da Petrobras, mediante a sua Associação, denunciaram o negócio como danoso ao Brasil e sem proveito para os bolivianos. Pelo acordo, nós nos submetíamos ao regime do take or pay: mesmo que não usássemos o volume contratado, teríamos que pagar por ele. A Petrobras chegou a pagar por 24 milhões de metros cúbicos por dia quando só consumia 12 milhões. Além disso, se calculava o retorno do investimento na construção do gasoduto em 10% ao ano, quando seus custos financeiros se elevavam a 12% ao ano.
Saldos da insensatez
Alberto Tamer - Intervenção ainda é pouco
O Estado de S. Paulo
Intervenção do Tesouro dos EUA nas duas gigantes de hipotecas, no domingo, evitou o pior. Ninguém gostou, mas todo mundo aprovou. Tinha de ser feita. Não foi a melhor solução, mas era a única. Correr o risco de o mercado implodir era inaceitável. O que se perguntava em Wall Street é porque se deixou chegar a essa situação, quando já se sabia, há anos, que a Fannie Mae e a Freddie Mac estavam assumindo compromissos acima do que podiam. Afinal, sob a responsabilidade do governo, elas detém praticamente a metade dos títulos relacionados com o mercado hipotecário, hoje da ordem de US$ 11 trilhões, e representam 41% do PIB americano. É muito, não podiam quebrar.
Alberto Tamer - Intervenção ainda é pouco
Dora Kramer - Mentalidade de exceção
O Estado de S. Paulo
Antes de qualquer coisa, um pressuposto básico: abuso é abuso em qualquer circunstância, esteja ele a serviço do “mal” ou sirva de instrumento às forças do “bem”. A premissa, não obstante óbvia, está em vias de sofrer pesada contestação. A depender do rumo do debate sobre o freio de arrumação nos métodos de investigação policial pleiteado pelos tribunais superiores, poderá ser substituída pela tese segundo a qual em alguma dose o arbítrio é aceitável - e até indispensável - quando o objetivo vale a pena e a causa não é pequena, como o combate à corrupção. O cerne desse raciocínio já aparece aqui e ali desde que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, denunciou a existência e alertou para a conformação de um ambiente de “anarquia” na estrutura investigativa do Estado - incluindo não apenas a polícia, mas juízes, procuradores e agentes de espionagem.
Dora Kramer - Mentalidade de exceção
Band faz hoje segundo debate
O Estado de S. Paulo
A 25 dias do primeiro turno, oito candidatos à Prefeitura de São Paulo enfrentam-se hoje, a partir das 21h30, no segundo debate eleitoral da televisão, promovido pela Band. O encontro, mediado pelo jornalista Boris Casoy, terá cinco blocos e duração aproximada de duas horas e meia.
Band faz hoje segundo debate
EUA enviaram 250 caixas de documentos
João Domingos
O Estado de S. Paulo
Delegado Protógenes diz que papéis sobre Dantas se referem ao processo envolvendo a Kroll
O delegado Protógenes Queiroz revelou ontem em Goiânia que recebeu dos Estados Unidos tantos documentos sobre Daniel Dantas que foram necessárias 250 caixas para guardá-los. Os papéis, informou, foram enviados pela Justiça de Nova York e são todos relativos ao processo que investigou a participação do banqueiro na contratação da empresa Kroll, supostamente para espionar sócios em empresas telefônicas dentro e fora do Brasil.
EUA enviaram 250 caixas de documentos
Oposição pede auditoria de urnas
Marcelo de Moraes e Felipe Recondo
O Estado de S. Paulo
Parlamentares questionam segurança do módulo de criptografia elaborado por centro de pesquisas da Abin
O suposto envolvimento da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com escutas ilegais fez com que parlamentares da oposição colocassem sob suspeita as urnas eletrônicas que serão utilizadas nas próximas eleições. Integrantes da CPI dos Grampos procuraram o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, pedindo a realização de uma auditoria externa para assegurar a segurança do módulo de criptografia inserido nas urnas eletrônicas.
Oposição pede auditoria de urnas
Gasoduto no Amazonas só sairá em 2009
Kelly Lima
O Estado de S. Paulo
O gasoduto Urucu-Coari-Manaus (AM), cujas obras foram visitadas ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ser concluído mais de um ano e meio após o previsto inicialmente. A obra, de 670 quilômetros de extensão, foi iniciada em junho de 2006, com previsão de entrega para março de 2008. Em entrevista em Manaus dada anteontem, a diretora de Gás e Energia da Petrobrás, Maria das Graças Foster, anunciou que o gasoduto deve entrar em operação até setembro de 2009, com custos totais de R$ 3,5 bilhões.
Gasoduto no Amazonas só sairá em 2009
Noticiológio governófilo
ARTIGO - Eugênio Bucci
O Estado de S. Paulo
“Caderno de trabalho do governo do Estado de São Paulo.” Essas palavras vêm na forma de um pequeno carimbo no canto superior direito da capa da revista mensal SP Notícias, que foi lançada há poucos meses. Aqui falamos de seu número 2, que circulou entre julho e agosto. São 50 páginas de ótimo papel, impressão primorosa. A tiragem do segundo número, como se lê na página 5, é de 11 mil exemplares. Um deles está agora em minhas mãos. Chegou pelo correio a um endereço residencial de Brasília, enviado pela administração paulista. O esmero gráfico é notável, mas a finalidade preocupa. A que “trabalho” se presta esse “caderno”?
Noticiológio governófilo
Para Itamaraty, militares não obedecem a Evo
Denise Chrispim Marin
O Estado de S. Paulo
Segundo diplomatas, presidente não pode garantir gás porque há insubordinação nas Forças Armadas
O presidente da Bolívia, Evo Morales, está de mãos atadas, na avaliação do Itamaraty. Mesmo que queira, ele não terá como evitar novos ataques da oposição boliviana aos campos de gás natural e ao Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) e, portanto, há risco de redução ainda maior nas remessas do insumo ao Brasil e à Argentina. A inércia de La Paz deve-se principalmente à desconfiança das Forças Armadas em relação a Evo - fator que anula qualquer garantia de proteção às instalações do setor de gás. “A situação está preta”, resumiu uma fonte da diplomacia brasileira. O Itamaraty constatou que, ontem, no momento em que grupos oposicionistas destruíram uma válvula do Gasbol, na região do Chaco, 18 militares bolivianos que estavam de guarda não reagiram ao ataque.
Para Itamaraty, militares não obedecem a Evo
Brasil contribui com software
Jamil Chade
O Estado de S. Paulo
Cerca de 30 cientistas brasileiros trabalham no projeto
O maior projeto da história conta com programas, peças e técnicos brasileiros, mas nenhum investimento do governo. Uma das contribuições do País é um software que vai ajudar a selecionar os dados que serão gerados pelos choques entre prótons. Além disso, placas sensoriais foram construídas pelo Laboratório de Processamento de Sinais do Rio de Janeiro. “São contribuições pequenas, mas importantes”, disse André Rabello, um dos cerca de 30 brasileiros que participam do experimento. Segundo Lyn Evans, chefe do projeto, a relação com o Brasil nos anos 90 era “muito distante”. Para o atual diretor do Cern, Robert Aymar, houve uma “mudança qualitativa” na relação com o País desde 2005. Há três anos, a União Européia financia a ida de cientistas brasileiros ao Cern. A entidade confirma que considera convidar o Brasil para ser membro associado, mas alerta que o País terá de pagar uma contribuição. “Queremos mais brasileiros aqui e esperamos manter essa colaboração diretamente com o governo”, afirmou Aymar. “A América Latina não pode ter apenas os Estados Unidos como foco em termos de ciência.” Criado após a 2ª Guerra, o Cern acabou se tornando um dos poucos locais de colaboração entre Europa do Leste e Ocidental por décadas. Hoje, cerca de 80 países participam do LHC. Mas o sucesso do projeto esconde anos de briga política.
Brasil contribui com software
Abin cedeu 56 arapongas para delegado da PF
Bernardo Mello Franco e Leila Suwwan
O Globo
CRISE DO GRAMPO: Investigação sobre escuta em telefone de Gilmar Mendes vira guerra entre órgãos do governo. Diretor afastado diz que PF usou "meios não oficiais" para produzir provas e acusa Protógenes de "desvio e descontrole". O delegado da PF Protógenes Queiroz mentiu à CPI ao negar a participação institucional da Abin na Operação Satiagraha. A Abin cedeu 56 servidores e gastou R$ 250 mil na operação, segundo seu diretor de Contra-Inteligência. A CCJ do Senado aprovou projeto que aumenta a pena por escuta ilegal.
Delegado mentiu à CPI sobre Abin
Verba secreta da PF pagava a agente aposentado
Jailton de Carvalho
O Globo
Delegado confirma participação de araponga na Satiagraha e diz que ele ficou pouco tempo
O agente aposentado da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Francisco Ambrósio do Nascimento, apontado como um dos suspeitos de envolvimento no grampo ilegal no telefone do ministro do STF Gilmar Mendes, recebia salário de R$1,8 mil por mês para colaborar com a Operação Satiagraha. Segundo um dos advogados de Ambrósio, o salário era pago com a verba secreta que o delegado Protógenes Queiroz recebia da PF para conduzir a Satiagraha, investigação sobre supostos crimes financeiros do banqueiro Daniel Dantas.
Verba secreta da PF pagava a agente aposentado
Liderança do setor bancário
Cássia Almeida
O Globo
Repetindo um desempenho que se verifica desde 2006, o setor de intermediação financeira e seguros foi o que mais cresceu na economia brasileira este ano. A alta foi de 14% no semestre. Entre abril e junho, o setor cresceu 12,7%, na comparação com o segundo trimestre do ano passado. Segundo o IBGE, a expansão dos serviços de intermediação financeira foi um reflexo direto do aumento do crédito no país. No segundo trimestre de 2008, as operações de crédito do sistema financeiro, em termos nominais, tiveram expansão de 32,9% para pessoas físicas. E para as empresas, foi ainda maior: 41,3%:
- Houve pequena desaceleração para as pessoas físicas, o que foi compensado pela alta para as empresas - disse Rebeca Palis, do IBGE.
Liderança do setor bancário
Contágio
Coluna - Ilimar Franco - Panorama Político
O Globo
A crise na campanha de Geraldo Alckmin à prefeitura de São Paulo está afetando o desempenho do PSDB no interior paulista. Os tucanos explicam que isso ocorre porque Alckmin faz a campanha âncora do partido. Foram atingidos em cheio os outrora favoritos Welson Gasparini em Ribeirão Preto, Orlando Morando em São Bernardo do Campo, Fernando Fernandes em Taboão da Serra e Eduardo Cury em São José dos Campos.
Subsídio para os hotéis do Rio
Para melhorar a candidatura do Rio às Olimpíadas de 2016, o governo estadual não ficará apenas na privatização do Aeroporto do Galeão. O parque hoteleiro do Rio também tirou nota baixa. Para enfrentar a situação, o governador Sérgio Cabral vai criar um fundo de R$250 milhões para financiar a reforma e a ampliação de leitos na rede hoteleira carioca. Será aberta uma linha de crédito, no BNDES e no Banco do Brasil, que oferecerá recursos a juros subsidiados nos próximos quatro anos. Os empresários do setor devem pagar juros de 2,5%, enquanto as taxas normais estão em 9%. A diferença será bancada por esse fundo.
Contágio
Ataque a gasoduto na Bolívia reduz gás para o Brasil
Marcos de Moura e Souza
Valor Econômico
Um trecho de gasoduto na Bolívia que traz gás ao Brasil foi danificado ontem, o que levou a uma redução de 10% do fornecimento ao mercado brasileiro. Uma suposta explosão foi, segundo o governo do presidente Evo Morales, causada por grupos radicais de oposição que, nos últimos dias, intensificaram os protestos em vários pontos do país. O Brasil já ofereceu ajuda para tentar uma facilitar um diálogo, mas até agora nem governo nem oposição se mostraram abertos a uma mediação. Autoridades brasileiras e o próprio governo boliviano acreditam que a tensão vai prosseguir nos próximos dias e que novos ataques devem ocorrer.
Lula tenta mediar conflito na Bolívia
Lula trabalha para dar um vice do PMDB a Dilma
Raymundo Costa e Paulo de Tarso Lyra
Valor Econômico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está empenhado na indicação de um nome do PMDB como candidato a vice na chapa de sua candidata preferida às eleições presidenciais, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Lula já falou do assunto com integrantes da cúpula pemedebista, ministros e governadores, que entendem da mesma maneira as razões do presidente: trata-se de uma aliança lógica tanto do ponto de vista da governabilidade quanto eleitoral. No PMDB, o assunto é tratado com cautela. Primeiro, pelo tempo que ainda separa as atuais eleições municipais das de 2010. Além da atual disputa eleitoral, até lá haverá sucessão nas presidências da Câmara e do Senado, e a renovação da própria cúpula partidária. Apesar de o presidente da sigla, Michel Temer, considerar que o PMDB se acha num "momento inédito de unidade", o fato é que a maioria dos caciques desconfia do PT como parceiro e dizem que não se sentem obrigados a nada em 2010.
Lula quer vice do PMDB para Dilma
Governo pode criar fundo formado por multas trabalhistas
Arnaldo Galvão
Valor Econômico
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que os técnicos do governo analisem os aspectos jurídicos e a viabilidade técnica da criação do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e Coletivos dos Trabalhadores (FDCT). A idéia, defendida pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, é do Ministério Público e consiste em vincular toda a arrecadação de multas determinadas em ações civis públicas e decorrentes do descumprimento de termos de ajustamento de conduta e penalidades aplicadas pela fiscalização. O destino desses recursos será o financiamento de programas para prevenção, recapacitação de acidentados, educação e qualificação de profissionais. Com o sinal verde do Palácio do Planalto, um projeto de lei será enviado ainda este ano ao Congresso.
Governo pode criar fundo formado por multas trabalhistas
Justiça bloqueia fazenda e garante o pagamento de funcionários da Vasp
Zínia Baeta
Valor Econômico
Usada durante quase duas décadas como garantia para os negócios do empresário Wagner Canhedo - incluindo a compra da Vasp, em 1990 - a Fazenda Piratininga, um complexo agropecuário gigantesco que engloba uma área de 135 mil hectares no extremo norte do Estado de Goiás, deve em breve mudar de mãos. Pela primeira vez na história do país um grupo de trabalhadores de uma empresa em falência terá a possibilidade de receber boa parte dos créditos a que tem direito sem se submeter ao desgastante processo falimentar e ao rateio da massa falida entre outros credores - como bancos, fornecedores e o fisco. Graças a uma decisão da Justiça do Trabalho, cujo processo teve início há três anos, os ex-funcionários da Vasp conseguiram o bloqueio da fazenda de Canhedo, avaliada em R$ 421 milhões, para o pagamento de seus créditos. A decisão transitou em julgado, o que significa que não há mais como ser contestada.
Justiça bloqueia fazenda e garante o pagamento de funcionários da Vasp
Crédito para conteúdo digital sobra no BNDES
Talita Moreira
Valor Econômico
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tem linhas com recursos de sobra para financiar a produção de conteúdos digitais - inclusive para novas mídias, como o telefone celular. A afirmação foi feita ontem por Margarida Baptista, assessora da presidência da instituição. O Procult - destinado a incentivar a elaboração de conteúdos audiovisuais - foi apontado pela assessora como exemplo disso. Criado em 2006 com orçamento de R$ 175 milhões, o programa teve apenas R$ 40 milhões utilizados até agora. "Estão faltando projetos. E, em muitos casos, as empresas não têm apresentado propostas adequadas", afirmou Margarida ontem a jornalistas, após participar de seminário sobre telefonia móvel realizado pela Momento Editorial.
Crédito para conteúdo digital sobra no BNDES
Brasil - Examinando as contas públicas
Claudio Haddad
Valor Econômico
A proposta da Fazenda de priorizar a análise do resultado nominal das contas públicas não é má. Bem aproveitada, ela cria a oportunidade de se fazer um exame aprofundado dos fatores de expansão e contração da dívida pública, ampliando o foco da discussão além da simples concentração na taxa Selic. O resultado nominal das contas públicas sempre esteve disponível no site do Banco Central. Mas ele tem sido pouco analisado, a discussão se concentrando no chamado resultado primário, obtido pelos fluxos de receita e despesa do governo "acima da linha", antes do pagamento de juros. Este conceito, embora mais correto tecnicamente, como apontam Pastore e Pinotti (Valor , 8/9/2008), traz dois problemas. Primeiro, ele não permite uma comparação internacional automática, uma vez que a maioria dos países tende a divulgar o resultado nominal e não o primário. E, segundo, porque dá a impressão de que os juros são uma despesa diferente, de caráter especial. É comum, quando da divulgação do resultado primário, a mídia anunciá-lo como a "economia feita para pagar os juros", tratando-os como algo indesejável, cuja existência é devida à política monetária, tolerada, porém antipatizada, através da Selic.
Brasil - Examinando as contas públicas
China: uma nova revolução?
Artigo - Marcos Caramuru de Paiva
Valor Econômico
Há algumas semanas, Li Rongrong, o diretor do órgão governamental da China que controla as empresas estatais, deu um alerta para as dificuldades que se anunciam para o setor produtivo: um futuro econômico incerto, apertos na política monetária, custos de produção mais elevados, apreciação do yuan, deterioração da economia mundial. Seu discurso mais pareceu refletir um país à beira de grandes dificuldades do que a China, que está desacelerando, mas ainda cresceu à taxa anualizada de 10,6% no primeiro trimestre de 2008. Surpreende ainda mais se considerarmos que, na sua área de atuação mais direta, as notícias continuam positivas. A receita bruta das 150 maiores empresas estatais chinesas aumentou 27% de janeiro a março de 2008, resultado nada desprezível.
China: uma nova revolução?
O momento mágico e suas conseqüências
Carlos Chagas
Tribuna da Imprensa
Declarou o presidente Lula ao "Clarin" de Buenos Aires que vai eleger o sucessor, provavelmente uma sucessora. No caso, Dilma Rousseff. Não há como duvidar da sinceridade do chefe do governo, mas seu otimismo tem limites. Até agora, sem dúvida por influência do palácio do Planalto, os institutos de pesquisa suspenderam as tomadas de opinião a respeito da sucessão de 2010. Apesar de constituir-se numa questão até superior às eleições para as prefeituras das capitais, em outubro, a disputa pela presidência da República limita-se às exortações sobre a popularidade do Lula e a um volumoso noticiário conclusivo, de que ele elegerá quem quiser. Pode não ser bem assim. Tanto faz, porque o ano em curso não terminará antes que diversas pesquisas venham a público, já então assentadas nos resultados do pleito municipal. Nessa hora começaremos, a saber, se a popularidade presidencial poderá transferir-se para quem for pleitear o seu próprio lugar. Completam-se dois anos desde que, nestas linhas, alertamos para o fato de que na ausência de um candidato ou de uma candidata capazes de sensibilizar o eleitorado, o presidente Lula sofrerá monumental campanha para aceitar o terceiro mandato. É claro que ele nega a hipótese, e estará, outra vez, sendo sincero. Não quer continuar tanto pelo desgaste natural de oito anos de exercício do poder quanto por suas convicções democráticas. Mas... Mas ao redor dele se agitarão, se é que já não estão agitadas, forças tão empedernidas quanto violentas, dispostas a não entregar o poder de forma alguma. No plano partidário, capitaneadas pelo PT, com o PMDB servindo de base de sustentação, mais os penduricalhos. Por que cederiam espaço aos adversários quando comodamente usufruem benefícios, nomeações e vantagens de toda espécie?
Raciocinam cartesianamente, em função da popularidade do Lula e da satisfação que seu governo provoca tanto nas massas quanto nas elites. Se candidatos a sucessor ou sucessora não demarrarem haverá tempo para que ele mesmo possa dar continuidade ao momento mágico vivido pelo País. Há quem suponha a realização de um plebiscito, consulta que atropelaria quaisquer sentimentos de respeito à Constituição. Ou a Constituição não pode e não foi mudada ao longo dos anos, inclusive para proporcionar ao sociólogo antecessor o segundo mandato, quando havia sido eleito apenas para um? Quebrada a lei maior uma vez, por que não outra, se for para objetivos iguais? É assim que pensam, ainda que poucos falem, por enquanto. Obscurecem o princípio democrático da rotatividade, do respeito às normas básicas do regime, mas, como é para permanecerem no poder, ainda mais atendendo ao sentimento majoritário da população, nem dor de consciência sentirão. Resta saber quanto o presidente Lula resistirá, ainda que deva falar mais alto a natureza das coisas. Ou ele também não apregoa a necessidade da continuação de suas realizações? Não é o artífice do momento mágico?
Carlos Chagas
Golpe é receita de McCain para a AL
Argemiro Ferreira
Tribuna da Imprensa
Se alguém ainda duvidava de que um governo republicano de John McCain será apenas "more of the same" - ou seja, "mais do mesmo, um terceiro mandato de George Bush - devemos a "O Globo" o mérito de, sem querer e sem sequer perceber, ter confirmado a suspeita. O jornal entrevistou Otto J. Reich, um lobista daquelas dezenas da tropa que tomou de assalto a campanha de McCain. Profundamente lamentável, no entanto, é o jornal dos irmãos Marinho ter optado por omitir os antecedentes do entrevistado - o que colocaria a matéria no contexto e a tornaria relevante. Ao integrar-se ao contingente lobista da campanha, Otto Reich levou sua larga experiência a serviço da Ron Bacardi, indústrias de armas e fábricas de cigarro, mais o trabalho sórdido de disseminar mentiras em veículos da mídia. Como cultor dessa última prática subterrânea e golpista, ele foi pilhado pela investigação do escândalo Irã-Contras e acusado de "propaganda clandestina" contra países da América Latina. Textos fabricados e "plantados" por ele na mídia dos EUA eram depois usados pelo governo Reagan no Congresso como "provas" da necessidade de operações ilegais como a guerra secreta contra a Nicarágua.
Golpe é receita de McCain para a AL
Demissão de parentes é algo muito difícil
Pedro do Coutto
Tribuna da Imprensa
Excelente reportagem de José Maria Tomazela, manchete principal de "O Estado de S. Paulo" de 9 de setembro, revela que, concretamente, a súmula editada pelo Supremo Tribunal Federal proibindo a nomeação de parentes na administração pública produziu até agora efeitos muito pequenos. Na realidade, inclusive, não se deve chamar aquela decisão, publicada há dez dias no Diário da Justiça, de súmula.
Trata-se, isso sim, de um singular decreto legislativo, atribuição que constitucionalmente pertence ao Congresso Nacional, prevista no artigo 59 da Carta de 88. Por isso, penso eu, o decreto legislativo do Supremo pode ser contestado em sua essência. Não junto aos tribunais, é claro, porém na prática. Isso era mais do que previsível.
Pedro do Coutto
Inércia partidária
Mauro Braga e Redação
Fato do Dia/Tribuna da Imprensa
A questão sobre o envolvimento de candidatos a cargos políticos e de alguns parlamentares do Rio com os grupos paramilitares que dominam várias comunidades carentes da cidade tem ocupado boa parte dos debates a campanha eleitoral. Apesar de o problema ser antigo, somente este ano a panela não suportou a pressão e a lambança ganhou destaque. Entretanto, mesmo com os esforços de alguns representantes do poder público em colocar os pingos nos is, a força da galera envolvida é bem maior do que se pode pensar, aliada, infelizmente, ao consentimento vergonhoso dos partidos aos quais são filiados. Mesmo atrás das grades, acusada de liderar um esquema de coação a eleitores em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, a candidata a vereadora do PTdoB Carmen Guinâncio Guimarães, a Carminha Jerominho, permanece com a sua campanha nas ruas. E olha que a referida está dentro do presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no interior do Paraná. Na última semana, seus cabos eleitorais distribuíram pela cidade um bilhete, no mínimo ousado, mostrando que nada poderá detê-la."(...) me prenderam para que eu não possa prosseguir fazendo campanha. Conto com o seu voto, pois, mesmo presa, continuo candidata", dizia o recado. O contexto atual só é possível pois, apesar de presa, ela só não poderia ser eleita se fosse expulsa do partido. Mas cadê providência? Em conversa com esta coluna, um assessor do partido confidenciou que não falta militante comprando o barulho de Carminha. Faça o que fizer, seja qual for a acusação, vão com a moça até onde for preciso. A resposta virá nas urnas. Aguardem.
Fato do Dia
TCU aprova publicação de edital do Madeira, com ressalvas
Tribuna da Imprensa
O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou ontem o lançamento do edital do leilão de concessão do projeto da linha de transmissão que transportará a energia das duas usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) de Rondônia até Araraquara, no interior de São Paulo. Com isso, segundo o relator ministro Benjamin Zymler, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está autorizada a publicar o edital. A Aneel deverá aprovar hoje o documento e também fixará a data para a realização da disputa. No leilão, a linha será dividida em 14 blocos de concessão. As empresas que vencerem a disputa pelos lotes construirão ao todo 5.500 quilômetros de linha em um investimento total estimado em R$ 6,1 bilhões.
Notícia econômica
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