segunda-feira, 26 de maio de 2008

Coluna do Helio Fernandes


Lazaro Brandão
Os que acreditam que o Banco do Brasil comprará a "Nossa Caixa", desprezam o Poder do "seu" Brandão. Ele controla tudo, vencerá.



O Banco do Brasil, o único brasileiro (e estatal) que restou no Brasil, quer comprar a Paulista "Nossa Caixa" e se transformar no número 1 do setor bancário. O governo de São Paulo precisa desse dinheiro, o BB com isso ultrapassa todos os outros. Mas logo que a negociação-quase operação foi anunciada, o Bradesco e o Itaú se insurgiram e deram ultimatum: "Tem que haver leilão".
É evidente: havendo leilão, em vez dos 9 bilhões, eles pagarão 18. Ou 30. O dinheiro não é deles, é surrupiado do cidadão asfixiado pelas dificuldades, que têm que recorrer a eles, direta ou indiretamente.
Os juros cobrados por esses bancos, chegam a 300 por cento ao ano, principalmente no cheque especial. A 13 por cento ao mês e com juros sobre juros, muitas vezes ultrapassam os 300 por cento.
Vão torpedear a operação, não querem o BB na frente deles. E para provar que não querem perder, colocaram à frente de tudo, Lazaro Brandão.
"Carinhosamente" chamado de "seu" Brandão. Domnina toda a imprensa, controla o Bradesco, respeitado pelos adversários. Que República.
O fim de maio se aproxima, estamos "em cima" das eleições para as prefeituras. Quase todas as 27 capitais têm problema. Com exceção de Belo Horizonte, por causa da competência de Aecio Neves.
Em SP capital, a guerra se trava dentro do PSDB. Não fosse a vaidade, a ambição e a arrogância de José Serra, o partido já estaria trabalhando para 2010, com o prefeito e o governador.
No Rio existem partidos e candidatos em excesso só poucos têm voz ou votos. Na verdade, forte mesmo eleitoral e partidariamente, só Jandira Feghali. Os outros brigam para perder no segundo turno.
Com uma curiosidade interessante ou constrangedora. O candidato do PMDB, coordenado pelo governador é do PT-PT.
O "prefeitável" do PT-PT é candidato do PMDB, Molon, que se elegeu deputado estadual com votos de Chico Alencar, do P-Sol.
Fernando Gabeira, que fez carreira com 40 anos de luta, "combatendo o bom combate", se aliou ao PSDB que defende exatamente o contrário. E mais grave ainda: não tem votos.
O ministro Carlos Minc, é o tipo de personagem que qualquer jornalista pode chamar de você, sem o menor constrangimento. E passeando no shopping, desconhecidos cumprimentavam o ministro como Minc, naturalmente.
O novo presidente da Eletrobrás, José Antonio, já foi vítima desses mesmos índios que agrediram um engenheiro. E da mesma forma, com espadas ou foices brilhantes e agressivas.
Na véspera da nova agressão, vi uma revista antiga, com o atual presidente da Eletrobrás, quase degolado. Os índios têm que ser respeitados. Mas eles não podem fechar estradas e praticar agressões.
Desde a demissão de dona Marina e a solidariedade de apenas um funcionário, (o presidente do Ibama), revelei: o novo presidente desse cargo importante será o competente Roberto Messias. Foi.
Desde que há quase 1 ano, Cacciola foi preso em Monte Carlo, fui o único a duvidar da sua volta ao Brasil. Escrevi: "Sua conta bancária ficará muito mais baixa, mas ele não será extraditado".
O ministro da Justiça foi lá, voltou feliz. Há 40 dias revelei: "Cacciola estava na arquibancada, assistindo ao master de tênis".
Neste fim de semana, Cacciola foi duas vezes à pista de Monaco. Patriota, foi aplaudir Bruno Sena, sobrinho de Airton. E depois viu a prova principal. Maravilha.
Carlos Minc teve (e ainda tem, logicamente em 2010 voltará a ser deputado estadual) 6 mandatos na Alerj, sem nenhum destaque. Com uma exceção: num País cada vez mais dominado pela corrupção, ficou acima de qualquer suspeita ou acusação.
Nunca foi convidado para secretário por nenhum governador. Em 2007, Sérgio Cabral "fê-lo" secretário, a primeira conquista. Tentou ser prefeito, não teve legenda, não teria votos.
Inesperadamente a surpresa até para ele: ministro e de uma pasta badaladíssima. Tão espetacular, que em 25 anos de atividade política, não obteve 1 por cento da repercussão que obteve em uma semana. Realmente espantoso, inesperado, surpreendente.
Vai ocupar o cargo no máximo por 22 meses. Haja o que houver tem que sair em março de 2010 para voltar à rotina da Alerj.
O que poderá ou poderia sobrar para ele depois desses 22 meses? O mais alto seria governador, está além de qualquer expectativa. Terá sucesso? E o que é sucesso num ministério indefinível?
XXX
O Internacional pregou um susto no Flamengo. Fez logo 1 gol e dominou todo o primeiro tempo. Mas o Flamengo reagiu, fez 2 gols, ganhou o jogo. O Fluminense está numa fase excelente, tudo dá certo. Na semifinal enfrentará o Boca Juniors, mas não na Bombonera. O estádio famoso está interditado, vantagem para o Fluminense.
A Inbev, cervejaria que é metade belga e metade brasileira, quer comprar a fabricante da Budweiser. Ofereceu "apenas" 46 bilhões de dólares, não propriamente pela cerveja (uma droga) mas pela liberdade de imprensa.
XXX
Brasil, Venezuela e Colômbia não concordaram com a criação do Conselho de Defesa da América do Sul. Confusão cada vez maior. A Colômbia quer que as Farc sejam consideradas terroristas, a Venezuela vê as Farc como idealistas.
XXX
O melhor discurso sobre a morte de Jefferson Péres foi do senador Mão Santa. O pior, como sempre, de Marco Maciel.
XXX
Impressionante o número de partidos. Mas pelo menos uns 10 não têm votos para eleger um vereador, quanto mais um prefeito.
Leia a coluna completa do Helio, acessando:

Nenhum comentário:

Postar um comentário