sexta-feira, 23 de maio de 2008

Você sabe...

A Diferença ente a poupança e o cheque especial?


Você sabe qual é a diferença entre investir R$ 100,00 e dever R$ 100,00 num mesmo período? Se um correntista tivesse depositado R$ 100,00 (Cem Reais) na poupança em qualquer banco, no dia 1º de julho de 1994 (data de lançamento do real), teria hoje na conta a FANTÁSTICA QUANTIA de R$ 374,00 (Trezentos Setenta e Quatro Reais). Se esse mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00 (Cem Reais) no Cheque Especial, na mesma data, teria hoje uma pequena dívida de R$ 139.259,00 (Cento e Trinta e Nove Mil e Duzentos Cinqüenta e Nove Reais), no mesmo banco.

A origem do Leão como símbolo do Imposto de Renda?

No final de 1979, a Secretaria da Receita Federal encomendou uma campanha publicitária para divulgar o Programa Imposto de Renda. Após análise das propostas, foi imaginado o leão como símbolo da ação fiscalizadora da Receita Federal e em especial do imposto de renda. De início, a idéia teve reações diversas, mas, mesmo assim, a campanha foi lançada.A escolha do leão levou em consideração algumas de suas características:1) É o rei dos animais mas não ataca sem avisar;2) É justo;3) É leal;4) É manso, mas não é bobo.A campanha resultou numa identificação pela opinião pública do leão com a Receita Federal e em especial com o imposto de renda. Embora hoje em dia a Receita Federal não use a figura do leão, a imagem do símbolo ficou guardada na mídia e na mente dos contribuintes.

A causa da chamada "Crise das Dívidas Externas" das décadas de 70 e 80?


Toda a crise econômica brasileira foi causada nas décadas de 70,80 e 90 pela imposição do governo norte-americano, que proibiu os países em desenvolvimento de contraírem empréstimos de governo a governo a juros fixos. A partir de 1975, estes países passaram a pedir empréstimos aos bancos e a juros voláteis. Isto significou que o Brasil que pagava juros a 5% ao ano, passou a pagar 21%. Na segunda crise do petróleo, em 1979, os Estados Unidos, a fim de proteger a sua economia, aumentaram a taxa de juros violentamente, já que têm o controle sobre a moeda americana. Com os recursos produzidos no Brasil sendo levados para o exterior de forma crescente, os empresários brasileiros ficaram sem condições de investir na produção e o governo brasileiro de investir em serviços. Parou-se de injetar dinheiro na melhoria do setor elétrico, telefonia, rodoviário, além de investimentos em educação e saúde. A solução dos países ricos para terminar com a inflação nos países pobres foi impor, através do FMI e do Banco Mundial, uma paridade entre a moeda local e o dólar, a fim de atrair investimentos estrangeiros, principalmente na especulação financeira, e trazer o imenso recurso que eles adquiriram com a dívida do Terceiro Mundo para especular novamente. Desta forma, o Brasil dobrou artificialmente a inflação, se tornou refém do capital internacional e abriu mão de ser um país soberano. Ou seja, cada vez que um candidato de oposição está em posição de vantagem na pesquisa de opinião, os investidores ameaçam ir embora, já que pode haver mudanças que impedirão esta sangria na economia.

Que a Câmara mantém imóveis funcionais inúteis com gastos também inúteis?

A Câmara Federal continua se preocupando com reparos e conservação dos 432 imóveis funcionais. Desta vez, a Casa empenhou R$ 13,1 mil para a compra de quatro aquecedores a gás e elétricos para os apartamentos ocupados pelos deputados. Em 2007, a Câmara chegou a gastar R$ 9 milhões com a estrutura dos imóveis, cuja taxa de ocupação está em torno de 50%. Clique aqui para ver os empenhos.

A origem do símbolo "@" utilizado na informática?


De onde vem o misterioso sinal @, a que os portugueses chamam «arroba», os norte-americanos e ingleses «at», os italianos «chiocciola» (caracol) e os franceses «arobase»? Porque razão foi ele escolhido para os endereços de correio electrónico? Na verdade, não conhecemos ao certo a origem deste misterioso símbolo. Nem estávamos preocupados com o problema, até que ele começou a entrar no nosso dia-a-dia e foi preciso arranjar-lhe uma designação. A princípio, os portugueses chamavam-lhe «caracol», «macaco» ou outro nome claramente inventado. Depois, houve quem reparasse que a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira dizia tratar-se do símbolo de arroba, pelo que esse nome pegou. Que terá a arroba a ver com esse sinal? Não se sabe ao certo, mas há pouco mais de um ano, o investigador italiano Giorgio Stabile descobriu um documento veneziano datado de 1536 onde esse símbolo aparecia. Estava aí a representar ânforas, utilizadas como unidades de peso e volume. Posteriormente, num vocabulário Latim-Espanhol de 1492, Stabile encontrou o termo «arroba» como tradução castelhana do latim «amphora». A ânfora e a arroba, concluiu o investigador italiano, estariam na origem da estranha letra retorcida. O encadeamento dos fatos é fascinante, mas há pontos obscuros. A palavra «arroba» não tem qualquer relação com «ânfora», pois vem do árabe «ar-ruba’a», designando «um quarto» ou «a quarta parte», como se aprende no Dicionário Etimológico de José Pedro Machado. Trata-se de uma unidade de peso que equivale a 14,788 quilogramas e que habitualmente se arredonda para 15kg. Podia ser que uma ânfora cheia de vinho tivesse esse peso, mas a semelhança fica por aí.
No século XVII o mesmo símbolo reapareceu, mas com outro significado. Utilizava-se para abreviar a preposição latina «ad», que significa «para», «em», «a», e que se usava para introduzir os destinatários das missivas. Condensava-se o «a» e o «d», num único carácter. É a chamada ligatura. O dicionário brasileiro Aurélio diz que ligatura é a «reunião, num só tipo, de duas ou mais letras ligadas entre si, por constituírem encontro frequente numa língua». Nesse mesmo dicionário da língua portuguesa confirma-se o símbolo @ como abreviatura de arroba.
O misterioso @ continuou a ser utilizado até ao século XIX, altura em que aparecia nos documentos comerciais. Em inglês lia-se e lê-se «at», significando «em» ou «a». Quem percorra as bancas de fruta ou os mercados de rua norte-americanos vê-o frequentemente. Os vendedores escreviam e continuam a
escrever «@ $2» para significar que as azeitonas se vendem a dois dólares (cada libra, subentenda-se). Para eles não se trata de nenhuma moda: sempre viram aquele símbolo como a contração das letras de «at».
Na máquina de escrever Underwood de 1885 já aparecia o @, que sobreviveu nos países anglo-saxônicos durante todo o século XX. O mesmo não se passou nos outros países. No teclado português HCESAR, por exemplo, que foi aprovado pelo Decreto-lei 27:868 de 1937, não existe lugar para o @. Por isso, quando o símbolo reapareceu nos computadores, ele tinha já um lugar cativo nos teclados norte-americanos, por ser aí de uso freqüente. Nos nosso teclados só foi acrescentado nos anos 80 e encavalitado noutra tecla: é preciso pressionar simultaneamente Ctrl+Alt+2 ou AltGr+2 para o fazer aparecer.
Quando o correio eletrônico foi inventado, o engenheiro Ray Tomlinson, o primeiro a enviar uma mensagem entre utilizadores de computadores diferentes, precisou de encontrar um símbolo que separasse o nome do utilizador do da máquina em que este tinha a sua caixa de correio. Não queria utilizar uma letra que pudesse fazer parte de um nome próprio, pois isso seria muito confuso. Conforme explicou posteriormente, «hesitei apenas durante uns 30 ou 40 segundos… o sinal @ fazia todo o sentido». Estava-se em 1971 e esses 30 ou 40 segundos fizeram história, mas criaram um problema para os países não anglo-saxônicos. Não foi só nos teclados, foi também na língua.
Em inglês,
«charles@aol.us» entende-se como «Charles em aol.us», ou seja, o utilizador Charles que tem uma conta no fornecedor AOL, situado nos Estados Unidos. Mas em português não soa bem ler «fulano@servidor.pt» dizendo fulano-arroba-servidor.pt. Nem tem muito sentido. Mas qual será a alternativa? Uma solução seria seguir o inglês e dizer «at». Outra ainda seria dizer «a-comercial», como nos princípios do século XX se chamava a esse símbolo no nosso país. Talvez o melhor fosse utilizar «em». Mas haverá soluções mais imaginativas. Quem quiser gastar o seu latim pode proclamar «ad», rivalizando em erudição com o mais sábio dos literatos. Ou surpreender toda a gente, anunciando uma «amphora» no seu endereço.
Por
Nuno Crato


Algumas dessas curiosidades estão em:
http://www.vocesabia.net/

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