quinta-feira, 22 de maio de 2008

New York Times questiona soberania brasileira na Amazônia


Senador Mozarildo Cavalcanti reage indignado...
e informa que ministro da "InJustiça" vai ser declarado persona non grata em Roraima
Mozarildo Cavalcanti leu matéria publicada no último domingo (18) pelo jornal norte-americano The New York Times, sob o título "De quem é a Amazônia, afinal?", onde se discute o domínio na região e afirma-se que "o Brasil está preocupado com a soberania da floresta amazônica". Para o senador, a reportagem deve levar os brasileiros a desconfiarem de que "a velha trama de ocupação da Amazônia continua em marcha".
Confira o trecho em que o senador analisa a matéria do jornal norte-americano:
"A reportagem, que, aliás, é da BBC do Brasil, diz: Uma reportagem publicada neste domingo no jornal americano The New York Times afirma que a sugestão feita por líderes globais de que a Amazônia não é patrimônio exclusivo de nenhum país está causando preocupação no Brasil.No texto intitulado ´De quem é esta floresta amazônica, afinal?`, assinado pelo correspondente do jornal no Rio de Janeiro Alexei Barrionuevo, o jornal diz que ´um coro de líderes internacionais está declarando mais abertamente a Amazônia como parte de um patrimônio muito maior do que apenas das nações que dividem o seu território`.
O jornal cita o ex-vice-presidente americano Al Gore, que em 1989 disse que “ao contrário do que os brasileiros acreditam, a Amazônia não é propriedade deles, ela pertence a todos nós”.“Esses comentários não são bem-aceitos aqui (no Brasil)”, diz o jornal. “Aliás, eles reacenderam velhas atitudes de protecionismo territorial e observação de invasores estrangeiros escondidos”.
O correspondente do jornal americano diz “eles”, referindo-se a nós, brasileiros.
Prossigo: O jornal afirma que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta aprovar uma lei para restringir o acesso à floresta amazônica, impondo um regime de licenças tanto para estrangeiros como para brasileiros.“Mas muitos especialistas em Amazônia dizem que as restrições propostas entram em conflito com os próprios esforços (do presidente Lula) de dar ao Brasil uma voz maior nas negociações sobre mudanças climáticas globais – um reconhecimento implícito de que a Amazônia é crítica para o mundo como um todo”, afirma a reportagem.
A reportagem foi escrita por um correspondente aqui no Brasil. Prossegue o texto:
“O jornal diz que ‘visto em um contexto global, as restrições refletem um debate maior sobre direitos de soberania contra o patrimônio da humanidade’”. O jornal diz que a Amazônia é patrimônio da humanidade, não dos brasileiros, dos venezuelanos, dos colombianos. Mas vamos falar da nossa Amazônia brasileira.E diz ainda: “Também existe uma briga sobre quem tem o direito de dar acesso a cientistas internacionais e ambientalistas que querem proteger essas áreas e para companhias que querem explorá-las”.

Vejam bem, Srªs e Srs. Senadores, o correspondente do jornal americano está reclamando que o Governo brasileiro parece que agora começa a abrir os olhos para cientistas e ambientalistas que querem não apenas estudar como também explorar a Amazônia.É uma briga que deve apenas se tornar mais complicada nos próximos anos, à luz de duas tendências conflituosas: uma demanda crescente por recursos energéticos e uma preocupação crescente com mudanças climáticas e poluição."


Depois, o senador citou várias declarações feitas nas últimas décadas por autoridades mundiais questionando que a Amazônia seja dos brasileiros, e não da humanidade, como a ex-primeira ministra britânica Margareth Thatcher, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore, o atual presidente americano George W. Bush e, por último, Pascal Lamy, ex-comissário de comércio da União Européia. Para Mozarildo, as notícias sobre aquecimento global e produção de etanol trouxeram de volta as pressões sobre a Amazônia.
- O próprio governo brasileiro está colaborando com esse plano de internacionalização da Amazônia. Como? Criando imensas reservas ecológicas na região, que ficam ao Deus dará. Criando imensas reservas indígenas nas fronteiras, corredores ecológicos, e aprovando o projeto das gestão das florestas - opinou. Mozarildo foi apoiado, em aparte, pelo senador Augusto Botelho (PT-RR), sobre o receio de internacionalização da Amazônia.
O senador informou, ainda, que a Assembléia Legislativa de Roraima vai votar uma moção declarando o ministro da Justiça, Tarso Genro, persona non grata (em significado literal, "pessoa não bem-vinda") no estado. Adiantou ainda que, nesta semana, a assembléia aprovou nota em que acusa o ministro de agir como "ditador" ao ir a Roraima "cercado por verdadeira tropa de elite" e mandar a Polícia Federal "prender cidadãos e transferi-los para Brasília sem sequer ouvir o Judiciário sobre o fato".
Conforme acrescentou o senador, a mesma nota repudia o ministro por ter afirmado que "o Estado Democrático de Direito está chegando em Roraima agora". Os deputados estaduais sustentam que o "senhor ministro tem a presunção de que é democrático e de direito apenas aquilo que o mesmo pensa".

Não deixe de ler o pronunciamento do senador na íntegra:
Veja como Mozarildo tem razão com relação ao senhor Tarso Genro. Confira abaixo reportagem que mostra a fraude do laudo antropológico que deu Raposa Serra do Sol às ONGs internacionais.



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