sexta-feira, 23 de maio de 2008

Instituições democráticas de Roraima defendem o estado

Assembléia de Roraima dá título a general que acusou política indigenista alienígena de Lula
JOSÉ EDUARDO RONDON
da Agência Folha

A Assembléia Legislativa de Roraima aprovou ontem, por unanimidade, a concessão de título de cidadão benemérito do Estado ao general Augusto Heleno Pereira, comandante militar da Amazônia. Em abril, ele criou polêmica ao criticar a demarcação da terra indígena Raposa/Serra do Sol, no nordeste de Roraima, e classificar a política indigenista do governo federal de "lamentável" e "caótica". Entre as razões para concessão do título, o autor da iniciativa, deputado Jalser Renier (DEM), apontou, por meio da assessoria da Casa, "a repercussão nacional de suas declarações, demonstrando o firme posicionamento das Forças Armadas em relação à questão [indígena]". Além disso, a Assembléia aprovou também uma moção de repúdio ao ministro Tarso Genro (Justiça). No dia 6 de maio, o ministro esteve no interior da terra indígena. Um dia antes, nove índios ficaram feridos após confronto com funcionários de uma fazenda do arrozeiro e prefeito de Pacaraima, Paulo César Quartiero (DEM). Na data da visita do ministro, a Polícia Federal prendeu Quartiero e funcionários de sua propriedade. O prefeito já foi solto. O ministro declarara à imprensa em algumas ocasiões que o Estado de direito chegara a Roraima representado pela União. A parlamentar autora da moção, Marília Pinto (PSDB), afirmou, também por intermédio da assessoria da Casa, que "as declarações do ministro representam uma afronta contra a população e as autoridades constituídas, em um gesto ditador ao articular pessoalmente a prisão do prefeito do município de Pacaraima, Paulo César Quartiero, e outros desmandos contra a ordem pública no Estado".

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