Terça-feira, 16 de setembro de 2008
Destaques dos jornais de hoje. O que merece ser lido. Se você não tem paciência ou não teve tempo para ler as notícias nos principais jornais de hoje, clique nos links logo abaixo das matérias para lê-las no clipping do Ministério do Planejamento, sem que seja necessário que se cadastre. Publicaremos esta seleção todos os dias entre 19h00 e 21h00. Nos finais-de-semana os links com as matérias completas serão da Radiobras, que exige cadastro.
Mudanças na Língua Portuguesa já valem a partir de janeiro de 2009
O fim do trema está decretado desde dezembro de 2006. Os dois pontos que ficam em cima da letra u sobrevivem no corredor da morte à espera de seus algozes. Enquanto isso, continuam fazendo dos desatentos suas vítimas, que se esquecem de colocá-los em palavras como freqüente e lingüiça e, assim, perdem pontos em provas e concursos. O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de vôo, lêem, heróico e muitos outros. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y. As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa - uma população estimada hoje em 230 milhões - e têm como objetivo aproximar essas culturas. A partir de janeiro de 2009 as regras estarão não apenas valendo como virão impressas nos livros didáticos. E é preciso se adequar a elas, alerta o professor de Língua Portuguesa Diego Morpheu. Segundo ele, o Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. Para ele, é pela sala de aula que a mudança deve mesmo começar. "Não tenho dúvida de que, quando a nova ortografia chegar às escolas, toda a sociedade se adequará. Levará um tempo para que as pessoas se acostumem com a nova grafia, como ocorreu com a reforma ortográfica de 1971, mas ela entrará em vigor aos poucos”. Tecnicamente, diz Morpheu, a nova ortografia já poderia estar em vigor desde o início do ano. Isso porque, quando três países ra-tificassem o acordo, ele já poderia vigorar. O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro de 2007. Os demais países ratificam este ano.
Reprovado I
É perfeitamente compreensível o resultado da pesquisa Datafolha, que avaliou a gestão dos prefeitos de oito capitais. O pior desempenho foi do prefeito carioca Cesar Maia, o único cuja taxa de reprovação, que é de 40%, supera a de aprovação, que está em apenas 26%. No Rio, todos sabem que Maia abandonou a cidade e só se preocupa com a internet. É um exemplo de prefeito virtual que não deu certo para a cidade.
Nunca houve uma candidata como Sarah Palin
Pedro do Coutto
Tribuna da Imprensa
Não só na história dos Estados Unidos, mas também na história universal, nunca houve uma candidata como Sarah Palin, governadora do Alasca e que disputa a vice-presidência na chapa com John McCain. Não creio ser possível que alguém a tenha ultrapassado em matéria de ruptura dos limites políticos. Na noite de quinta-feira, entrevistada pelo apresentador Charlie Gibson, da ABC, afirmou textualmente que "talvez tenhamos que ir à guerra contra a Rússia por causa da invasão da Geórgia e se este país vier a ser admitido na Organização do Trabalho do Atlântico Norte, a Otan". "O Globo" publicou a matéria na edição de 12/09. Uma seqüência de absurdos. Em primeiro lugar, ela não é candidata à presidência e sim à vice. Está assim eticamente rompendo limites tradicionais. Em segundo lugar, está respondendo por McCain. Que achará ele disto? Em terceiro, a declaração de guerra cabe ao Congresso. Num quarto estágio, ela esqueceu as tragédias da Coréia, do Vietnã e agora do Iraque. Mas não foi só isso. Ao responder uma pergunta de Gibson, disse estar pronta para assumir a Casa Branca num eventual impedimento de McCain, se ele for eleito. Francamente, tenho a impressão que Charlie Gibson vestiu a camisa de Barack Obama e colocou as duas perguntas como uma armadilha para o Partido Republicano. Jogou com o caráter impulsivo e pouco conseqüente da governadora. Se foi isso, alcançou êxito. Nenhuma guerra pode ser eleitoralmente positiva, ainda mais contra a Rússia. Seria calamidade universal. Sarah Palin acenou com tal hipótese. Por incrível que possa parecer, na realidade conhece pouco da história norte-americana.
Pedro do Coutto
Um leilão de muito sangue, suor e lágrimas
Pedro Porfírio
"Somos obrigados a pedir socorro mais uma vez, pois muitos dos nossos colegas (que, com suas famílias, totalizam cerca de 6 mil pessoas) estão passando fome. Muitos não resistiram aos sofrimentos e morreram." (José Carlos Jesus, presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch). Poucos leilões do patrimônio de uma massa falida têm tanta importância para vida de uma cidade como o que acontecerá nesta quarta-feira, dia 17 de setembro de 2008, quando irá à praça uma das mais belas obras de Oscar Niemeyer, o conjunto de prédios da antiga Manchete. Essa importância não é apenas por conta de sua belíssima concepção arquitetônica, que, em 1968, ao abrigar as revistas que foram da Frei Caneca, em pleno ano da ebulição juvenil, quebrou a monotonia conservadora das antigas edificações da Rua do Roussel, na porta da Praia do Flamengo. Mais do que isso - relato com o coração apertado - desse leilão depende a arrecadação de recursos para pagar uma corporação que escreveu mais de meio século da história do Brasil, e que há oito anos experimenta um amargo sofrimento regado a sangue, suor e lágrimas. Algo impensável, considerando o patrimônio humano de uma editora, por onde passaram os nomes mais expressivos do jornalismo brasileiro, inclusive o nosso mestre Helio Fernandes, que, como editor-chefe, foi responsável por sua definitiva inserção no primeiro time do nosso mundo jornalístico, nos anos 52-53. E depende muito mais do que se pode pensar à primeira vista: os trabalhadores da empresa esperam o respeito aos seus direitos desde 2000, quando o complexo Bloch foi à falência.
Pedro Porfírio
Fernando Barbosa Lima
Carlos Alberto Vizeu
Quando o Boni criou o livro que recebeu o título de "50/50", Fernando Barbosa Lima foi um dos primeiros nomes lembrados para contar a sua história. Na última sexta-feira Fernando nos deixou. Trabalhei na televisão com ele e mais tarde na Esquire, sua agência de propaganda. Juntos com Carlos Alberto Lofler fizemos o programa "Abertura". Transcrevo na íntegra o depoimento de Fernando Barbosa Lima para o livro do Boni. Nesse texto ele se dirige ao Pedro, seu neto, em setembro de 2000, quando a televisão brasileira comemorava 50 anos.
"Meu caro Pedro
Agora que você está terminando o seu curso de comunicação e pensa em fazer TV é bom eu contar duas ou três histórias. Criei mais de 100 programas de televisão.
Alguns desses programas que eu criei foram famosos. Programas como o "Preto no branco", "Jornal de vanguarda", "Abertura", "Sem censura", "Os 10 mais", "Canal livre", "Cara a cara", "Conexão internacional", "Rede Brasil", "Os editores", "Advogado do diabo", "Baleia verde", "Persona", "Os brasileiros", "Primeiro time" e muitos outros. Nos meus encontros nas universidades e escolas de Comunicação sempre me perguntam como eu comecei na TV. Comecei tendo uma idéia.
Eu tinha 22 anos e estava na casa de meus pais em Botafogo. Na TV Rio passava um programa chamado "Cruzeiro musical". Patrocinado pela empresa de aviação Cruzeiro do Sul, o programa mostrava uma orquestra que tocava uma seqüência de boleros. Foi aí que, mesmo sem nunca ter entrado numa estação de TV, eu tive a idéia: por que uma empresa nacional de aviação, voando pelo Brasil, não faria uma série de programas mostrando o Brasil aos brasileiros?
Intervalo
Campo minado
Fato do Dia
Mauro Braga
Aqueles "buracos negros" da CIA
Argemiro Ferreira
Parece insólito que só candidatos sem chance de chegar à Casa Branca ousem dar ênfase na campanha aos ataques do governo Bush às liberdades civis. Estão nesse caso tanto o ex-republicano Bob Barr como o ex-democrata Ralph Nader. Mas o democrata Barack Obama e o republicano John McCain preferem para isso um "low profile", já que isso leva às questões sensíveis do patriotismo e do terrorismo. Só há uns dois anos o presidente Bush finalmente reconheceu, com enorme atraso, o que todo mundo já sabia - que o governo dele mantinha gente detida em prisões secretas da CIA espalhadas pelo mundo. Sua desculpa esfarrapada: "informações arrancadas daquelas pessoas salvaram vidas americanas". Sempre é bom lembrar que um corajoso jornalista e advogado dos direitos humanos, Nat Hentoff, denunciou as torturas e abusos praticados nas prisões secretas. "Os buracos negros da CIA" - assim ele definiu tais prisões secretas num artigo publicado no "Village Voice". Começou por observar que a mais alta autoridade da CIA a cargo do combate ao terrorismo, Robert Grenier, fora sumariamente demitida dias antes por ser contra tais detenções de suspeitos de pertencerem à al-Qaeda. Pois a CIA, para driblar as leis do país, "exportava" vítimas a serem torturadas por governos submissos aos EUA
Aqueles "buracos negros" da CIA
Acordo depende da volta de Evo
Correio Braziliense
Governo e oposição negociam a suspensão dos bloqueios nas estradas e a retomada do diálogo e esperam pelo presidente para assinar uma trégua
Negociadores do governo e da oposição na Bolívia aguardavam o retorno do presidente Evo Morales, que assistiu em Santiago à reunião de cúpula extraordinária da Unasul, para retomar o diálogo e concluir um acordo político. Segundo ambas as partes, o cerne do documento é a suspensão dos bloqueios erguidos há três semanas em estradas de várias regiões do país — primeiro pelos opositores de Morales, mas depois também pelos simpatizantes. A redação do documento avançou durante o dia, sob coordenação do vice-presidente, Álvaro García, e do governador de Tarija, Mario Cossío, representando também as demais regiões controladas pela oposição.
Presidentes apóiam Evo
Brasil S.A - Onde mora o perigo
Correio Braziliense
A mãe de todas as bolhas financeiras é a inflação exportada pelos EUA via dólares vagabundos
Com o mercado interbancário virtualmente trancado há um ano e a suspeita marcando ponto nas esquinas de Wall Street, era questão de tempo que a desdita do sistema financeiro dos EUA virasse uma chacina. A metástase da banca exige mais que medidas de almanaque, como os socorros pontuais do Federal Reserve, ou mesmo dramáticas, mas isoladas, o caso da estatização orquestrada pelo Tesouro dos gigantes do refinanciamento de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac. O erro foi tratar o estouro da bolha do mercado hipotecário entre julho e agosto do ano passado com intervenções cirúrgicas em apoio a bancos em apuros, não como crise sistêmica contratada há mais de trinta anos. O Fed, do professor Ben Bernanke, e a Secretaria do Tesouro, do financista Hank Paulson, responderam com tratamento de microeconomia a doença de fundamento macroeconômico dos EUA.
(...)
Conivência acadêmica
Os financistas foram ficando inventivos. Eles tiveram a simpática adesão da academia para criar fundamentos supostamente racionais à “exuberância irracional”, expressão cunhada pelo ex-presidente do Fed Alan Greenspan, que, no entanto, foi o grande patrono de toda insensatez ao derrubar os juros nos EUA para 1% ao ano. Depois, se calou diante do corte de impostos no início do governo Bush. Com tal pano de fundo, veio a maior de todas as ilusões, a tal da “nova economia”, o “estelionato consentido” que gerou empresas com zero de receita avaliadas em bilhões de dólares. As tais dot.com, firmas de internet que marcavam ponto na bolsa eletrônica Nasdaq.
Brasil S.A - Onde mora o perigo
Brasília-DF - Querido Papai Noel...
Correio Braziliense
Embalada pela idéia do presidente Lula de colocar uma mulher no Tribunal de Contas da União (TCU), a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, apresentou-se para concorrer à vaga. Erenice, no entanto, foi desaconselhada a brigar pelo cargo. Na reunião da Casa Civil que tratou do assunto, houve quem dissesse a ela com todas as letras que o caso do dossiê dos cartões corporativos — que expôs os gastos de Fernando Henrique e de Ruth Cardoso — ainda estava muito recente. E, para completar, a cadeira do TCU que ficará livre no dia 25 de dezembro, quando sai o ministro Guilherme Palmeira, será indicação do Senado. A vaga que caberá a Lula apresentar um nome só estará livre em maio de 2009. E, como se não bastasse o tempo longo, há ainda um probleminha: o TCU é de onde veio o desafeto de Erenice, o ex-diretor de Controle Interno do Palácio do Planalto José Aparecido Nunes Pires.
Brasília-DF - Querido Papai Noel...
Governo quer melhorar qualidade do atendimento dos serviços à população, reforçando o quadro de funcionários.
Há muitas interrogações sobre o futuro, mesmo diante do robusto crescimento que vem fazendo a alegria do país
Mensalidade escolar deve ter alta acima da inflação
RICARDO WESTIN
Folha de S. Paulo
Sindicato das escolas privadas de SP estima reajuste médio de 10% em 2009
IBGE, Fipe e Dieese calculam inflação entre 6,35% e 7,15% nos últimos 12 meses; sindicato diz que tem que considerar inadimplência. As mensalidades dos colégios particulares do Estado de São Paulo sofrerão no ano que vem um reajuste médio de 10%, de acordo com os cálculos do Sieeesp (sindicato das escolas privadas do Estado). O aumento será mais alto que os índices de inflação INPC/ IBGE (7,15%), IPC/Fipe (6,35%) e ICV/Dieese (6,97%) acumulados nos últimos 12 meses, que incluem os preços praticados pelo setor educacional. O acumulado dos últimos 12 meses do IPCA/IBGE, usado nas metas oficiais de inflação do país, está em 6,17%. As entidades que apuram esses índices de inflação consideraram alto o reajuste escolar. "Não tem justificativa", diz Cornélia Nogueira Porto, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Mensalidade escolar deverá ter eajuste médio de 10% em 2009
Crise afetará muito pouco o Brasil, diz criador da sigla Brics
PEDRO DIAS LEITE
Folha de S. Paulo
O Brasil deveria se preocupar menos com a crise nos EUA e em outros países desenvolvidos e mais com o crescimento da China e com os preços do petróleo e de outras commodities. A avaliação é de Jim O"Neill, economista-chefe do Goldman Sachs e criador da expressão Bric (as iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China). Segundo ele, "as pessoas não deveriam exagerar" o impacto do mais recente episódio da crise econômica global, a quebra do Lehman Brothers. O impacto da enorme turbulência será "muito pequeno" no crescimento do Brasil, que tem de ficar atento a duas barreiras: um crescimento abaixo de 7% na China e o petróleo abaixo de US$ 80. Além disso, conter os gastos governamentais. Em sua avaliação, a economia do Brasil nunca esteve tão "sólida" e "estável" nos últimos 30 anos. Partidário da tese do "descolamento" entre as economias emergentes e as dos países desenvolvidos, O"Neill diz: "Graças a Deus que temos os Brics!".
Saída dos fundos de investimento do mercado derrubou os preços, mas estoque ainda é pequeno e demanda continua
Clóvis Rossi - Da oração à reunião
Folha de S. Paulo
O embaixador Rubens Ricupero relatou no domingo, nesta Folha, os apelos desesperados de um diplomata norte-americano para que o Brasil e os países da América do Sul fizessem alguma coisa para resolver a crise boliviana do início dos anos 80, representada por uma narcoditadura chefiada pelo general Garcia Mesa. O chanceler brasileiro da época, Saraiva Guerreiro, limitou-se a sugerir orações pela Bolívia. Menos de 30 anos depois (o que, em termos históricos, é bem pouco), o Brasil e seus pares da região já não rezam pela Bolívia. Ao contrário, reúnem-se em bloco para tentar ajudar. E -detalhe fundamental- não precisaram de apelos dos Estados Unidos. A iniciativa da cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) é "coisa nossa".
Clóvis Rossi - Da oração à reunião
Mercado Aberto - Fed muda estratégia para evitar risco moral
Folha de S. Paulo
A crise financeira global parece ter entrado ontem numa nova fase. Até agora, o Fed (o banco central americano) não tinha se recusado a socorrer os grandes bancos em dificuldades com o argumento de evitar uma crise sistêmica no setor financeiro. O medo era de a atual turbulência atingir a mesma dimensão da de 1929, considerada a maior crise do capitalismo. Foi para evitar o risco de uma crise sistêmica que o Fed intermediou a compra do Bear Stearns pelo JPMorgan e também decidiu injetar US$ 200 bilhões nas gigantes imobiliárias americanas Fannie Mae e Freddie Mac. No fim de semana, o Fed se recusou a dar garantias aos bancos para comprarem a Lehman Brothers. O pedido de concordata do Lehman Brothers indica um novo capítulo na crise. Daqui para a frente, as autoridades americanas serão, no mínimo, mais seletivas ao tratarem das instituições em dificuldades.
Mercado Aberto - Fed muda estratégia para evitar risco moral
Painel - Paraíso fiscal
Folha de S. Paulo
O novo superintendente da Receita Federal em São Paulo, Luiz Sérgio Soares, foi um dos principais líderes da greve de 50 dias dos servidores do órgão, entre março e maio deste ano. Ele diz que sua militância sindical é "página virada". "Não convém tratar deste assunto agora que tenho novas responsabilidades." A nomeação de Soares, primeira de uma série de trocas nos comandos regionais, não alegrou apenas o Unafisco. Aliados que desde o início da gestão Lula tentavam, sem sucesso, emplacar gente na Receita entenderam a mudança como senha de que a porteira foi aberta num setor que, nas palavras de uma raposa governista, "tem muito amor para dar".
Trincheira
As campanhas de Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) estão metidas numa guerra de impugnação de comerciais no TRE. A alegação mais usada é a de uso de efeitos especiais. A escalada de liminares chegou a um ponto que, no início da noite de ontem, os dois lados estudavam uma trégua.
Fase dois
Geraldo Alckmin (PSDB) estréia hoje mais duas inserções, nas quais o próprio candidato -e não mais personagens- aparecerá criticando a gestão Kassab.
Lembra?
A campanha tucana vai usar como gancho uma fala do prefeito, que promete governar com "planejamento na cabeça", para martelar a tecla de que ele foi secretário de Planejamento de Celso Pitta.
Painel - Paraíso fiscal
Protógenes teve outros auxiliares externos
ALAN GRIPP
Folha de S. Paulo
Investigação chega a nome da Abin responsável por e-mails grampeados; Aeronáutica abre sindicância
As investigações de supostos abusos cometidos pelo delegado Protógenes Queiroz na condução da Operação Satiagraha têm três novos nomes de colaboradores recrutados por ele fora da Polícia Federal. Eles são suspeitos de terem manipulado ilegalmente dados sigilosos usados na apuração contra o banqueiro Daniel Dantas. A lista inclui um servidor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) identificado apenas como Luiz, responsável na Satiagraha pela transcrição de e-mails grampeados. A Folha apurou que trata-se de Luiz Eduardo Melo, fiscal tributário da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, cedido sem ônus à Abin. Melo foi incorporado à equipe de Protógenes em fevereiro de 2008, período em que o delegado afirma ter parado de receber recursos da cúpula da PF para tocar a Satiagraha. Melo não foi localizado.
Protógenes teve outros auxiliares externos
Teles terão de explicar acesso fácil a dados
MARIA CLARA CABRAL
Folha de S. Paulo
A CPI dos Grampos da Câmara quer ouvir outra vez as empresas de telefonia, além da Abrafix (Associação Brasileira de Prestadores de Serviços de Telefone Fixo) e da Abracel (Associação Brasileira do Comércio e Serviço para Telefonia Celular), e questioná-las sobre a segurança dos dados sigilosos de seus assinantes. Os depoimentos foram propostos ontem pelo relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), e por Vanderlei Macris (PSDB-SP) após matéria da Folha de anteontem mostrar que é possível comprar, por menos de R$ 1.000, o extrato de ligações telefônicas e torpedos de qualquer assinante, inclusive de autoridades públicas. Pellegrino afirmou que destacará, em seu relatório final, a falta de segurança nas empresas e que pretende apresentar medidas para coibir a quebra dos sigilos. Por meio de suas assessorias, a Vivo e a TIM informaram que atenderão às solicitações da CPI.
Teles terão de explicar acesso fácil a dados
Bush não descarta socorrer outros bancos
DANIEL BERGAMASCO
Folha de S. Paulo
O presidente dos EUA, George W. Bush, e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, deixaram em aberto ontem qual será a política futura (de socorro ou não) a outros bancos com perspectiva de quebrar. Depois de emprestar US$ 29 bilhões para o JPMorgan comprar o Bear Stearns, em março, e não cogitar fazer isso "nem uma vez" no caso do Lehman Brothers para não ser "leviano" com o dinheiro dos contribuintes, Paulson disse que os dois casos são "muito diferentes". Ele não detalhou o comentário, mas, segundo assessores, o secretário diz que a quebra do Bear Stearns teria tido efeitos muito piores para todo o mercado, e que o Lehman Brothers teve mais tempo para encontrar saídas para sua crise. O governo não socorrerá mais os bancos?, questionou-se em coletiva de imprensa. "Não entenda isso como "não mais". Entenda como, você sabe, é importante para nós, eu penso, manter a estabilidade e a ordem do nosso sistema financeiro", declarou, repetindo que não se pode, contudo, ser "leviano" com dinheiro público.
Bush não descarta socorrer outros bancos
Caem duas "torres gêmeas"
FERNANDO CANZIAN
Folha de S. Paulo
Contra pânico, BCs europeus injetam US$ 52 bi no mercado
MARCELO NINIO
Folha de S. Paulo
Preocupados com as turbulências do outro lado do Atlântico, os principais bancos centrais da Europa injetaram US$ 52 bilhões ontem no mercado financeiro para tentar conter o pânico pela quebra do Lehman Brothers. O colchão de liquidez aliviou a queda, mas não afastou os temores de contágio de instituições européias expostas ao falido banco americano. Eles se refletiram no desempenho das principais Bolsas da Europa, que fecharam em quedas de 3,92% em Londres, de 4,5% em Madri, de 2,74% em Frankfurt, de 3,72% em Milão, de 3,83% em Zurique e de 3,78% em Paris. O BCE (Banco Central Europeu) comprovou em pouco tempo como o mercado estava carente de liquidez: ofereceu cerca de US$ 42 bilhões em empréstimos e recebeu três vezes mais pedidos. No Reino Unido, a procura também foi grande. O Banco da Inglaterra injetou US$ 9 bilhões no mercado, buscando principalmente acalmar os bancos que em breve ficarão sem dinheiro porque fizeram empréstimos ao Lehman Brothers que estão presos ao processo de falência.
Contra pânico, BCs europeus injetam US$ 52 bi no mercado
Falha "geológica" expõe sistema frágil
GILLIAN TETT DO "FINANCIAL TIMES"
Folha de S. Paulo
Abalo sísmico no mercado financeiro revela como o setor construi inovações e se expandiu em bases inconsistentes
Operações da banca privada sem fiscalização oficial ruem e dificultam avaliação exata das perdas, necessária para controlar colapso. Nesta década, o sistema financeiro ocidental parece uma cidade do Terceiro Mundo, construída sobre uma falha geológica e crescendo em ritmo acelerado. Em teoria, seus bem remunerados habitantes sempre souberam que um grande terremoto era possível e chegaram até ocasionalmente a olhar através da lama para verificar as fundações dos edifícios. Mas a maior parte dos financistas estava tão ocupada com a expansão de seus negócios que essas verificações de segurança em geral foram perfunctórias. E as pessoas pagas para monitorar as fundações -as autoridades regulatórias- encontraram dificuldades para realizar a tarefa em meio à neblina que o frenesi de construção e inovação do setor fazia levantar.
Falha "geológica" expõe sistema frágil
Petrobras anuncia contratação de 10 plataformas para explorar pré-sal
DENISE MENCHEN
Folha de S. Paulo
A Petrobras anunciou ontem a contratação de dez plataformas flutuantes (do tipo FPSO, que produz, estoca e escoa petróleo) para a área do pré-sal. Elas vão operar em profundidade de até 3.000 metros. As duas primeiras plataformas serão afretadas de terceiros e usadas nos projetos-piloto de desenvolvimento das reservas da bacia de Santos. Cada uma terá capacidade para produzir 100 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Elas serão instaladas em 2013 e 2014. As outras oito serão da Petrobras e terão capacidade de 120 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Elas devem ser instaladas em 2015 e 2016. Os cascos dessas unidades serão construídos em série no dique seco do estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, alugado pela companhia por dez anos. "O processo de produção de casco em série é inédito no Brasil", disse o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, que participou ontem da feira Rio Oil & Gas, no Rio.
Petrobras anuncia contratação de 10 plataformas para explorar pré-sal
Receita confirma mudanças em seu comando
Folha de S. Paulo
Votorantim e Safra selam nova gigante da celulose
AGNALDO BRITO
Folha de S. Paulo
Holding terá fatia de 32% em mercado mundial
A Votorantim Industrial e o Grupo Safra anunciaram ontem ao mercado o acordo final que cria a maior companhia de celulose do mercado mundial, com uma produção total de 6 milhões de toneladas neste ano e receitas totais de R$ 6,3 bilhões. Com o negócio, será constituída uma holding que controlará os ativos da VCP (Votorantim Celulose e Papel S.A.) e da Aracruz. Quando foi anunciada, a operação foi comparada ao mesmo movimento feito em março de 2007 pela Petrobras e a Braskem na operação de US$ 4 bilhões para a consolidação da indústria petroquímica e a incorporação do Grupo Ipiranga. O anúncio fecha a operação deflagrada em 6 de agosto, quando a VCP divulgou fato relevante ao mercado no qual fazia uma oferta de R$ 2,7 bilhões por 28% das ações da Arapar, holding controlada pela família Lorentzens.
Votorantim e Safra selam nova gigante da celulose
Deixem a Bolívia em paz
Artigo - Marcos Nobre
Folha de S. Paulo
Não há nada mais humilhante para um país do que não ser levado a sério. É o que está acontecendo com a Bolívia. A Argentina passou recentemente por mais de quatro meses de crise grave, com seguidos episódios de bloqueios de estradas, desabastecimento e confrontos físicos inclusive. E ninguém pediu reunião internacional de emergência nem resolveu enviar tropas. A presidente Cristina Kirchner aceitou a derrota no Congresso e recuou. Como faz qualquer governo democrático. A crise boliviana é certamente mais grave do que foi a argentina. Mas o que chama a atenção é que ninguém ouve o que o governo boliviano tem a dizer. E o presidente Evo Morales não se cansa de dizer que não quer e que não precisa de ajuda. Precisar de ajuda significaria aceitar que há de fato uma situação de descontrole. Significaria aceitar, em última instância, que não há mais um governo capaz de negociar um acordo para pôr fim aos confrontos. Evo Morales entende que sua autoridade se perderia inteiramente.
Deixem a Bolívia em paz
Funai recorre à Procuradoria para proteger área de 2 índios isolados
JOÃO CARLOS MAGALHÃES e CLAUDIO ANGELO
Folha de S. Paulo
Órgão em Rondônia quer restrição de uso da área, onde atuam madeireiros alvo de operação da PF. Fazendeiro questiona como é possível preservar espécie se os 2 índios são homens; coordenador da Funai diz que é obrigação protegê-los Funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Rondônia pediram ao Ministério Público Federal ajuda para obrigar o próprio órgão indigenista a proteger uma área de floresta no noroeste de Mato Grosso onde vivem os dois últimos membros de uma etnia isolada -os piripkuras. Os dois índios perambulam por propriedades do fazendeiro Celso Penço e de outros nos municípios de Rondolândia e Colniza, e sua sobrevivência é ameaçada pela ação de madeireiros, segundo os indigenistas. A região era o principal foco de atuação do esquema de extração ilegal de madeira investigado em 2005 pela Operação Curupira, da Polícia Federal. Penço foi um dos denunciados, por supostamente corromper funcionários do Ibama e da então Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente, hoje transformada em secretaria estadual) para conseguir planos de manejo falsos. No total, estima-se que ele tenha desmatado ilegalmente cerca de 108 mil hectares de floresta. Os indigenistas que trabalham na frente de proteção da Funai em Ji-Paraná (RO) têm pedido ao órgão que baixe uma portaria de restrição de uso da área. Esse instrumento visa suspender as atividades de não-índios e é o primeiro passo legal para a realização dos estudos que podem levar à identificação e à demarcação da terra. O coordenador-geral de índios isolados da Funai, Elias Biggio, disse que já fez o pedido para a diretoria de assuntos fundiários do órgão federal, mas que ainda não há uma resposta. "Temos todos os elementos para conseguir [a restrição de uso]", afirmou.
Funai recorre à Procuradoria para proteger área de 2 índios isolados
ANP garante manutenção de contratos
Gazeta Mercantil
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, garantiu ontem que os atuais contratos em vigor no setor de petróleo serão mantidos mesmo com a criação de um novo modelo para a exploração da camada do pré-sal. "A manutenção dos contratos é uma coisa já definida. Não temos previsão nenhuma de alteração de contratos. O que vamos ter que enfrentar é a nova situação que está sendo criada", disse Lima a jornalistas durante a conferência Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro. O governo criou uma Comissão Interministerial para definir o modelo de regulação para a camada do pré-sal e Haroldo Lima confirmou que parte dos recursos oriundos da região será destinada a investimentos sociais no país.
ANP garante manutenção de contratos
Comissão apresentará três propostas
Gazeta Mercantil
Nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar solução sobre o modelo de exploração de petróleo da área de pré-sal, vai oferecer pelo menos três possibilidades para a análise do presidente, com as vantagens e desvantagens de cada modelo e não uma solução única. Serão apresentados os sistemas de partilha, de concessão e um sistema misto entre os dois. Mas isso não vai ocorrer nesta semana, conforme prazo estabelecido pelo presidente, como já havia adiantado o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, isso porque os trabalhos estão atrasados. Nesta semana, a Comissão, presidida pelo Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, começa a detalhar os prós e contras de cada uma das proposições, mas não vai entregar uma proposta fechada para o presidente. O próprio Lobão já admitiu, na semana passada, que o prazo para finalizar os trabalhos será quanto for necessário para o término dos trabalhos da comissão. Uma fonte do governo que integra a Comissão afirmou à Gazeta Mercantil que serão oferecidas "opções ao presidente que é quem decide. Não vamos apontar qual o melhor caminho. Vamos oferecer três cenários ou até mais", disse a fonte. A criação de uma empresa estatal específica para gerir a área de pré-sal ainda não está decida pela Comissão. Depois que os trabalhos do grupo forem encaminhados à presidência, o assunto ainda deverá passar pelo crivo do Congresso Nacional. Duas são as principais preocupações da Comissão.
Comissão apresentará três propostas
Estatal deve ser a operadora da região, defende Lobão
Gazeta Mercantil
Edison Lobão, defende que a Petrobras seja a empresa operadora das áreas do pré-sal que pertencem à União. "A Petrobras não será abandonada, pelo contrário, será chamada a nos ajudar", disse o ministro, na abertura da 14ª Rio Oil and Gas. No evento, o ministro partiu para um tom conciliador junto ao setor privado. A comissão integrada por sete ministros que debate o tema do pré-sal não tem um consenso e, sim, alternativas sobre o que fazer com as reservas abundantes localizadas abaixo da camada de sal. Capitalização da Petrobras, criação de uma nova estatal, manutenção do modelo de concessão com royalties nas alturas e fundo soberano são algumas hipóteses, baseadas em estudos e simulações encomendadas pelo governo a especialistas.O governo, de acordo com o ministro, ainda vai abrir a discussão para "outras pessoas" além da comissão. Mas somente após a entrega das propostas. Pela proposta de Lobão, paralelamente à presença da Petrobras, o governo criaria uma estatal de pequeno porte, apelidada de "escritório". O objetivo seria administrar os recursos financeiros gerados pela produção, nos moldes da Petoro, a companhia norueguesa responsável por gerir os lucros do petróleo. Nos bastidores, diz-se que a ministra Dilma Rousseff também trabalha para o fortalecimento da Petrobras. Há também quem fale na presença forte da iniciativa privada para suportar os pesados investimentos.
Estatal deve ser a operadora da região, defende Lobão
Alencar deverá ser operado amanhã
Gazeta Mercantil
Informe JB - Nem o Ibope quer arriscar no Rio
Jornal do Brasil
As pesquisas eleitorais indicam uma tendência, não entregam premonitoriamente um resultado de pleito. Fosse assim, lembrou bem Jaques Wagner à coluna, ele não seria hoje o governador da Bahia. "Dois meses antes da eleição eu parei de fazer pesquisas", disse o cético petista. Acertou ao apostar nos indecisos, e errou feio lá o Ibope que dava vitória ao adversário. Com tamanho índice de indecisos, especialistas disseram à coluna que a mais fiel – ou menos equivocada – pesquisa no Rio será a da antevéspera da eleição. O Ibope quer evitar surpresas, então a diretora Márcia Cavallari diz que nada ainda está definido. Crivella (PRB), Paes (PMDB) e Jandira Feghali (PCdoB) têm chances de segundo turno. Mas, nesse cenário de voto pulverizado, nada surpreenderá se Fernando Gabeira (PV) ou Solange Amaral (DEM) também chegarem lá.
Informe JB - Nem o Ibope quer arriscar no Rio
Sônia Racy - Que Copom que nada...
O Estado de S. Paulo
Com tanta adrenalina correndo pelo mercado financeiro internacional - em conseqüência da concordata da Lehman Brothers (com dívida de US$ 613 bilhões), da compra da Merrill Lynch pelo Bank of America e da possibilidade de corte de juros emergencial no mercado americano -, poucos brasileiros se lembravam, ontem, que a Ata do Copom sai quinta-feira. É ela que vai explicar por que três diretores do comitê do BC queriam, na semana passada, um aumento da Selic de 0,50 ponto porcentual, em lugar dos 0,75 decidido pela maioria dos votantes. Essa explicação vai confirmar - ou não - a hipótese de que o aperto monetário poderá ser menor na próxima reunião do Copom. Em tempo: dos grandes bancos de investimentos americanos, só dois sobreviveram à atual crise: Goldman Sachs e Morgan Stanley.
Sônia Racy - Que Copom que nada...
Diz a máxima que, “quando se está vendo a luz no fim do túnel, é melhor certificar-se de que não é um trem na direção contrária”. Pois é, a despeito de todo o esforço - diversos estímulos de liquidez, monetários e fiscais -, a crise financeira internacional avança desde julho do ano passado. Esta semana, um dos maiores bancos americanos, Lehman Brothers, declarou falência e outro, Merrill Lynch, teve de ser vendido. Na semana passada, Fannie Mae e Freddie Mac, duas grandes agências de financiamento hipotecário, foram resgatadas pelo governo americano. Este ano já tivemos o resgate do Bear Stearns. Alguns comparam a crise atual com a de 1930. Pode ser ainda exagero. Mas o período é certamente excepcional no sistema financeiro internacional. Quais são as lições da crise?
Crise financeira e excessos
Reajuste do funcionalismo - teto ou piso?
José Pastore
O Estado de S. Paulo
O ministro Paulo Bernardo mostrou-se muito satisfeito pelo fato de ter negociado com os funcionários públicos aumentos de vencimentos escalonados entre 2008 e 2011. Essa seria, segundo o ministro, uma estratégia para abafar as reivindicações dos sindicalistas.Os aumentos concedidos variarão de 11% a 137%, dependendo da função e do cargo dos servidores. Uma tabela preparada pelo Ministério do Planejamento prevê a composição dos vencimentos para cada função dentro da “nova estrutura remuneratória”. Tudo muito bem detalhado. Tais aumentos são aplicados a cerca de 1,75 milhão de servidores, inclusive aposentados e pensionistas, acarretando uma despesa adicional de aproximadamente R$ 32 bilhões no período. Já em 2008 haverá um gasto de R$ 8 bilhões. Em 2009 e em 2010 serão cerca de R$ 11 bilhões em cada ano e, em 2011, R$ 5 bilhões.Essas despesas e porcentuais estariam preestabelecidos de 2008 até 2011. Os acordos firmados entre governo e as categorias específicas seriam sacrossantos e “imexíveis”.Qual é a garantia de que os novos valores venham a ser tetos e não pisos? O que impedirá aos servidores apresentarem novas reivindicações ao longo dos próximos anos?Até hoje não foi aprovada uma lei de greve para os servidores públicos, pois o Poder Executivo não enviou ao Congresso Nacional o projeto prometido nesse campo; as pressões sindicais podem ser exercidas sem limites, forçando o governo a conceder novos aumentos; sem falar no enorme prejuízo que as paralisações de funcionários públicos causam à população.
Reajuste do funcionalismo - teto ou piso?
Avaliação permanente
Artigo - Wadih Damous
O Globo
O ensino jurídico no Brasil, há anos, encontra-se em crise. A abertura de novos cursos se deu em detrimento da qualidade. Hoje, o título de bacharel em direito não é garantia de que seu portador domine os aspectos básicos do Direito e da Justiça. A reprovação da maioria dos inscritos no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil e em concursos públicos prova que parte considerável das faculdades de Direito não cumpre o seu papel. A estagnação econômica de duas décadas fez com que contingentes cada vez mais expressivos da população brasileira buscassem em concursos públicos a segurança e a remuneração digna que não encontravam na iniciativa privada. Como grande parte dos concursos envolve o conhecimento do Direito, os cursos jurídicos passaram a ser buscados não por vocação. A retomada recente do crescimento econômico deve inverter essa tendência e tornar novamente atrativos os cursos voltados para a produção industrial.
Avaliação permanente
Na prateleira
Coluna - Ilimar Franco - Panorama Político
O Globo
O presidente Lula fez dezenas de gravações para candidatos petistas nas eleições. O trabalho foi coordenado por Gilberto Carvalho, e as fitas são liberadas a conta-gotas para não criar atritos com os aliados. O governador Jaques Wagner (BA) pressiona pela liberação do apoio ao candidato do PT em Salvador, Walter Pinheiro, que no Ibope de ontem passou o prefeito João Henrique (PMDB).
Mais uma queda-de-braço
Depois das usinas do Madeira, o grande embate na área ambiental será o asfaltamento da BR-319 (Manaus-Porto Velho). A obra está em fase de licenciamento e cortará o coração da Amazônia. O trecho de 680 quilômetros está intransitável. O governo havia previsto 16 unidades de conservação ao longo da rodovia, mas até agora foram criadas seis. Ambientalistas defendem a implantação de uma ferrovia, que causaria menos impacto. Raquel Carvalho, do Greenpeace, alerta para a risco de desmatamento e inchaço populacional. Já o diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, diz que a BR-319 será feita com preocupações ambientais. Ele tem que sair da coluna do meio" - José Aníbal, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, explicando por que Geraldo Alckmin partiu para o confronto
MINA
O crescimento da exploração de petróleo no mar do Atlântico Sul será o mais expressivo nos próximos 25 anos. Os dados foram apresentados pelo economista Antonio Barros de Castro em seminário do Ministério da Fazenda. As estimativas não incluem todo o potencial do pré-sal brasileiro. Vendida como humanitária, a reativação da Quarta Frota americana tem como principal objetivo garantir a produção de petróleo nessa região.
Paz e amor
A crise dos marqueteiros não se resume a São Paulo. Líderes do PSDB reclamam que esses profissionais não querem confronto, apenas destacar atributos pessoais e propostas, sem fazer oposição. E acabam dando o tom das campanhas.
Acordo no PMDB
Uma das compensações que o PMDB do Senado quer para abrir mão da presidência da Casa é a direção do partido. O acordo viabilizaria a eleição do atual presidente da sigla, deputado Michel Temer (SP), para a presidência da Câmara. Quem comandar o PMDB em 2009 ficará encarregado das articulações para a eleição presidencial de 2010. O Palácio do Planalto trabalha para que o PT fique com a presidência do Senado.
Gatos
A Polícia Florestal, a pedido do Gabinete de Segurança Institucional, concordou em dar sumiço em 52 gatos que vivem no estacionamento do Palácio do Planalto. A proliferação dos bichanos se deve à ausência de predadores no local.
Na prateleira
Universidade omite 'raça branca' em inscrição
O Globo
Dirigente de federal baiana afirma que só foram incluídas etnias que podem ser beneficiadas por sistema de cotas
Destaques dos jornais de hoje. O que merece ser lido. Se você não tem paciência ou não teve tempo para ler as notícias nos principais jornais de hoje, clique nos links logo abaixo das matérias para lê-las no clipping do Ministério do Planejamento, sem que seja necessário que se cadastre. Publicaremos esta seleção todos os dias entre 19h00 e 21h00. Nos finais-de-semana os links com as matérias completas serão da Radiobras, que exige cadastro.
Mudanças na Língua Portuguesa já valem a partir de janeiro de 2009
Diário do Amapá
O fim do trema está decretado desde dezembro de 2006. Os dois pontos que ficam em cima da letra u sobrevivem no corredor da morte à espera de seus algozes. Enquanto isso, continuam fazendo dos desatentos suas vítimas, que se esquecem de colocá-los em palavras como freqüente e lingüiça e, assim, perdem pontos em provas e concursos. O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de vôo, lêem, heróico e muitos outros. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y. As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa - uma população estimada hoje em 230 milhões - e têm como objetivo aproximar essas culturas. A partir de janeiro de 2009 as regras estarão não apenas valendo como virão impressas nos livros didáticos. E é preciso se adequar a elas, alerta o professor de Língua Portuguesa Diego Morpheu. Segundo ele, o Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. Para ele, é pela sala de aula que a mudança deve mesmo começar. "Não tenho dúvida de que, quando a nova ortografia chegar às escolas, toda a sociedade se adequará. Levará um tempo para que as pessoas se acostumem com a nova grafia, como ocorreu com a reforma ortográfica de 1971, mas ela entrará em vigor aos poucos”. Tecnicamente, diz Morpheu, a nova ortografia já poderia estar em vigor desde o início do ano. Isso porque, quando três países ra-tificassem o acordo, ele já poderia vigorar. O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro de 2007. Os demais países ratificam este ano.
Os cavalos e os jumentos
Carlos Chagas
Tribuna da Imprensa
Interessante reportagem foi apresentada ontem pela TV Globo, a respeito das carroças que transitam por Brasília, puxadas a cavalos, a maioria empenhada em retirar lixo das cidades satélites. Estão, os animais e os veículos, proibidos de entrar no Plano Piloto. Para ajudar as fiscalizações implantaram-se chips nos animais, sendo possível identificar seus donos, que passaram a receber certificados e carteiras de identificação, com nome e endereço. Assim, animais abandonados ou maltratados são encaminhados a seus donos, com as respectivas multas. O singular no tema é a palavra das autoridades locais para impor suas regras: "Cavalos não entram no Plano Piloto, estão autorizados apenas para as cidades satélites". Será sempre bom lembrar o ingresso na sociedade de Paris de François Marie Arouet, vulgo Voltaire. Ao tomar conhecimento de que o regente governante maior da França durante a minoridade de Luís XV, por medida de economia, havia mandado vender metade dos cavalos das cavalariças reais, o jovem escreveu num dos jornais locais: "Melhor será o soberano vender todos os jumentos que freqüentam a corte". Ganhou seu primeiro período de férias na Bastilha, mas levou Paris a uma sonora gargalhada. Com todo o respeito ao governo de Brasília, vale desmentir o slogan relativo aos cavalos do Distrito Federal. Eles entram, sim, no Plano Piloto, e a maioria até mora por aqui...
Carlos Chagas
Carlos Chagas
Tribuna da Imprensa
Interessante reportagem foi apresentada ontem pela TV Globo, a respeito das carroças que transitam por Brasília, puxadas a cavalos, a maioria empenhada em retirar lixo das cidades satélites. Estão, os animais e os veículos, proibidos de entrar no Plano Piloto. Para ajudar as fiscalizações implantaram-se chips nos animais, sendo possível identificar seus donos, que passaram a receber certificados e carteiras de identificação, com nome e endereço. Assim, animais abandonados ou maltratados são encaminhados a seus donos, com as respectivas multas. O singular no tema é a palavra das autoridades locais para impor suas regras: "Cavalos não entram no Plano Piloto, estão autorizados apenas para as cidades satélites". Será sempre bom lembrar o ingresso na sociedade de Paris de François Marie Arouet, vulgo Voltaire. Ao tomar conhecimento de que o regente governante maior da França durante a minoridade de Luís XV, por medida de economia, havia mandado vender metade dos cavalos das cavalariças reais, o jovem escreveu num dos jornais locais: "Melhor será o soberano vender todos os jumentos que freqüentam a corte". Ganhou seu primeiro período de férias na Bastilha, mas levou Paris a uma sonora gargalhada. Com todo o respeito ao governo de Brasília, vale desmentir o slogan relativo aos cavalos do Distrito Federal. Eles entram, sim, no Plano Piloto, e a maioria até mora por aqui...
Carlos Chagas
Crise de poderes
Sérgio N. Lopes
Tribuna da Imprensa
O presidente do Supremo, Gilmar Mendes, conseguiu o impossível - unir o Congresso Nacional, independentemente de partidos, ideologias e facções. Todos os parlamentares estão contra ele, por ter dado prazo para que seja votada a nova lei de criação de municípios, que aliás deveria ser muito simples e conter apenas um artigo: fica proibida a criação de novos municípios. Melhor ainda, se o Congresso não votar o projeto até abril, vários municípios deficitários serão extintos. O que resultará em economia para o País.
Sérgio N. Lopes
Tribuna da Imprensa
O presidente do Supremo, Gilmar Mendes, conseguiu o impossível - unir o Congresso Nacional, independentemente de partidos, ideologias e facções. Todos os parlamentares estão contra ele, por ter dado prazo para que seja votada a nova lei de criação de municípios, que aliás deveria ser muito simples e conter apenas um artigo: fica proibida a criação de novos municípios. Melhor ainda, se o Congresso não votar o projeto até abril, vários municípios deficitários serão extintos. O que resultará em economia para o País.
Faz-de-conta
Está condenada ao fracasso a operação de Exército e Marinha, que utilizam 3,5 mil militares, para garantir a campanha em comunidades onde há ameaças de traficantes e milicianos a eleitores e candidatos. Como os militares permanecem apenas 72 horas em cada favela, assim que eles saem tudo volta ao normal. É apenas um jogo de faz-de-conta, sem resultado prático.
Está condenada ao fracasso a operação de Exército e Marinha, que utilizam 3,5 mil militares, para garantir a campanha em comunidades onde há ameaças de traficantes e milicianos a eleitores e candidatos. Como os militares permanecem apenas 72 horas em cada favela, assim que eles saem tudo volta ao normal. É apenas um jogo de faz-de-conta, sem resultado prático.
Reprovado I
É perfeitamente compreensível o resultado da pesquisa Datafolha, que avaliou a gestão dos prefeitos de oito capitais. O pior desempenho foi do prefeito carioca Cesar Maia, o único cuja taxa de reprovação, que é de 40%, supera a de aprovação, que está em apenas 26%. No Rio, todos sabem que Maia abandonou a cidade e só se preocupa com a internet. É um exemplo de prefeito virtual que não deu certo para a cidade.
Reprovado II
Quem ainda perde tempo acessando o "ex-blog" de Cesar Maia se surpreende ingenuamente se acreditar que ele ainda sonha em fazer seu sucessor, isto é, sucessora. Ardilosamente Maia prefere a derrota de Solange para voltar como candidato de oposição ao governo do estado. Chega a ser patético.
Sergio N. Lopes
Quem ainda perde tempo acessando o "ex-blog" de Cesar Maia se surpreende ingenuamente se acreditar que ele ainda sonha em fazer seu sucessor, isto é, sucessora. Ardilosamente Maia prefere a derrota de Solange para voltar como candidato de oposição ao governo do estado. Chega a ser patético.
Sergio N. Lopes
Nunca houve uma candidata como Sarah Palin
Pedro do Coutto
Tribuna da Imprensa
Não só na história dos Estados Unidos, mas também na história universal, nunca houve uma candidata como Sarah Palin, governadora do Alasca e que disputa a vice-presidência na chapa com John McCain. Não creio ser possível que alguém a tenha ultrapassado em matéria de ruptura dos limites políticos. Na noite de quinta-feira, entrevistada pelo apresentador Charlie Gibson, da ABC, afirmou textualmente que "talvez tenhamos que ir à guerra contra a Rússia por causa da invasão da Geórgia e se este país vier a ser admitido na Organização do Trabalho do Atlântico Norte, a Otan". "O Globo" publicou a matéria na edição de 12/09. Uma seqüência de absurdos. Em primeiro lugar, ela não é candidata à presidência e sim à vice. Está assim eticamente rompendo limites tradicionais. Em segundo lugar, está respondendo por McCain. Que achará ele disto? Em terceiro, a declaração de guerra cabe ao Congresso. Num quarto estágio, ela esqueceu as tragédias da Coréia, do Vietnã e agora do Iraque. Mas não foi só isso. Ao responder uma pergunta de Gibson, disse estar pronta para assumir a Casa Branca num eventual impedimento de McCain, se ele for eleito. Francamente, tenho a impressão que Charlie Gibson vestiu a camisa de Barack Obama e colocou as duas perguntas como uma armadilha para o Partido Republicano. Jogou com o caráter impulsivo e pouco conseqüente da governadora. Se foi isso, alcançou êxito. Nenhuma guerra pode ser eleitoralmente positiva, ainda mais contra a Rússia. Seria calamidade universal. Sarah Palin acenou com tal hipótese. Por incrível que possa parecer, na realidade conhece pouco da história norte-americana.
Pedro do Coutto
Um leilão de muito sangue, suor e lágrimas
Pedro Porfírio
Tribuna da Imprensa
"Somos obrigados a pedir socorro mais uma vez, pois muitos dos nossos colegas (que, com suas famílias, totalizam cerca de 6 mil pessoas) estão passando fome. Muitos não resistiram aos sofrimentos e morreram." (José Carlos Jesus, presidente da Comissão dos Ex-Empregados da Bloch). Poucos leilões do patrimônio de uma massa falida têm tanta importância para vida de uma cidade como o que acontecerá nesta quarta-feira, dia 17 de setembro de 2008, quando irá à praça uma das mais belas obras de Oscar Niemeyer, o conjunto de prédios da antiga Manchete. Essa importância não é apenas por conta de sua belíssima concepção arquitetônica, que, em 1968, ao abrigar as revistas que foram da Frei Caneca, em pleno ano da ebulição juvenil, quebrou a monotonia conservadora das antigas edificações da Rua do Roussel, na porta da Praia do Flamengo. Mais do que isso - relato com o coração apertado - desse leilão depende a arrecadação de recursos para pagar uma corporação que escreveu mais de meio século da história do Brasil, e que há oito anos experimenta um amargo sofrimento regado a sangue, suor e lágrimas. Algo impensável, considerando o patrimônio humano de uma editora, por onde passaram os nomes mais expressivos do jornalismo brasileiro, inclusive o nosso mestre Helio Fernandes, que, como editor-chefe, foi responsável por sua definitiva inserção no primeiro time do nosso mundo jornalístico, nos anos 52-53. E depende muito mais do que se pode pensar à primeira vista: os trabalhadores da empresa esperam o respeito aos seus direitos desde 2000, quando o complexo Bloch foi à falência.
Pedro Porfírio
Fernando Barbosa Lima
Carlos Alberto Vizeu
Tribuna da Imprensa
Quando o Boni criou o livro que recebeu o título de "50/50", Fernando Barbosa Lima foi um dos primeiros nomes lembrados para contar a sua história. Na última sexta-feira Fernando nos deixou. Trabalhei na televisão com ele e mais tarde na Esquire, sua agência de propaganda. Juntos com Carlos Alberto Lofler fizemos o programa "Abertura". Transcrevo na íntegra o depoimento de Fernando Barbosa Lima para o livro do Boni. Nesse texto ele se dirige ao Pedro, seu neto, em setembro de 2000, quando a televisão brasileira comemorava 50 anos.
"Meu caro Pedro
Agora que você está terminando o seu curso de comunicação e pensa em fazer TV é bom eu contar duas ou três histórias. Criei mais de 100 programas de televisão.
Alguns desses programas que eu criei foram famosos. Programas como o "Preto no branco", "Jornal de vanguarda", "Abertura", "Sem censura", "Os 10 mais", "Canal livre", "Cara a cara", "Conexão internacional", "Rede Brasil", "Os editores", "Advogado do diabo", "Baleia verde", "Persona", "Os brasileiros", "Primeiro time" e muitos outros. Nos meus encontros nas universidades e escolas de Comunicação sempre me perguntam como eu comecei na TV. Comecei tendo uma idéia.
Eu tinha 22 anos e estava na casa de meus pais em Botafogo. Na TV Rio passava um programa chamado "Cruzeiro musical". Patrocinado pela empresa de aviação Cruzeiro do Sul, o programa mostrava uma orquestra que tocava uma seqüência de boleros. Foi aí que, mesmo sem nunca ter entrado numa estação de TV, eu tive a idéia: por que uma empresa nacional de aviação, voando pelo Brasil, não faria uma série de programas mostrando o Brasil aos brasileiros?
Intervalo
Campo minado
Fato do Dia
Mauro Braga
Tribuna da Imprensa
A realidade das comunidades pobres do Rio é um dos assuntos prediletos da maioria dos candidatos, seja a vereador ou a prefeito. Todos se mostram preocupadíssimos e lançam de seus bolsos soluções de tudo quanto é tipo para acabar com absurdos e carências. Também pudera, as regiões representam uma boa fatia dos possíveis votos em outubro.
Diante de tanta promessa, a pergunta imediata que não quer calar é por quais motivos nada de efetivo ainda foi feito, se existe tanta saída? De que adianta tanto pó-de-arroz espalhado pelas autoridades que sequer é capaz de esconder as marcas da feia feição do medo que atormenta os moradores?
O poder público está de joelhos diante dos que verdadeiramente comandam as regiões subjugadas. Mais exemplos, impossível. Mesmo com a ocupação do Exército na Favela da Coréia, em Realengo, na Zona Oeste, bandidos armados tiveram a ousadia de circularem nas ruas onde estavam as tropas. Desfilaram com pistolas na cintura, montados em motos, exatamente no momento em que o comboio onde estava o comandante da 1ª Divisão de Exército, general Rui Monarca da Silveira, e o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), desembargador Alberto Motta Moraes, passava pela comunidade.
Tudo só para mostrar que quem manda são eles, como bem constatou o relatório da ONU sobre criminalidade divulgado ontem. Fazem e desfazem. E ainda tem gente acreditando que está tudo sob o controle. Só se for dos bandidos. A presença das tropas parece mais uma acordo de cavalheiros, que só está sendo em parte cumprido por decisão unilateral dos grupos ilegais. No campo minado, o controle das bombas continua nas mãos erradas.
Fato do Dia
Diante de tanta promessa, a pergunta imediata que não quer calar é por quais motivos nada de efetivo ainda foi feito, se existe tanta saída? De que adianta tanto pó-de-arroz espalhado pelas autoridades que sequer é capaz de esconder as marcas da feia feição do medo que atormenta os moradores?
O poder público está de joelhos diante dos que verdadeiramente comandam as regiões subjugadas. Mais exemplos, impossível. Mesmo com a ocupação do Exército na Favela da Coréia, em Realengo, na Zona Oeste, bandidos armados tiveram a ousadia de circularem nas ruas onde estavam as tropas. Desfilaram com pistolas na cintura, montados em motos, exatamente no momento em que o comboio onde estava o comandante da 1ª Divisão de Exército, general Rui Monarca da Silveira, e o presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), desembargador Alberto Motta Moraes, passava pela comunidade.
Tudo só para mostrar que quem manda são eles, como bem constatou o relatório da ONU sobre criminalidade divulgado ontem. Fazem e desfazem. E ainda tem gente acreditando que está tudo sob o controle. Só se for dos bandidos. A presença das tropas parece mais uma acordo de cavalheiros, que só está sendo em parte cumprido por decisão unilateral dos grupos ilegais. No campo minado, o controle das bombas continua nas mãos erradas.
Fato do Dia
Aqueles "buracos negros" da CIA
Argemiro Ferreira
Tribuna da Imprensa
Parece insólito que só candidatos sem chance de chegar à Casa Branca ousem dar ênfase na campanha aos ataques do governo Bush às liberdades civis. Estão nesse caso tanto o ex-republicano Bob Barr como o ex-democrata Ralph Nader. Mas o democrata Barack Obama e o republicano John McCain preferem para isso um "low profile", já que isso leva às questões sensíveis do patriotismo e do terrorismo. Só há uns dois anos o presidente Bush finalmente reconheceu, com enorme atraso, o que todo mundo já sabia - que o governo dele mantinha gente detida em prisões secretas da CIA espalhadas pelo mundo. Sua desculpa esfarrapada: "informações arrancadas daquelas pessoas salvaram vidas americanas". Sempre é bom lembrar que um corajoso jornalista e advogado dos direitos humanos, Nat Hentoff, denunciou as torturas e abusos praticados nas prisões secretas. "Os buracos negros da CIA" - assim ele definiu tais prisões secretas num artigo publicado no "Village Voice". Começou por observar que a mais alta autoridade da CIA a cargo do combate ao terrorismo, Robert Grenier, fora sumariamente demitida dias antes por ser contra tais detenções de suspeitos de pertencerem à al-Qaeda. Pois a CIA, para driblar as leis do país, "exportava" vítimas a serem torturadas por governos submissos aos EUA
Aqueles "buracos negros" da CIA
Acordo depende da volta de Evo
Correio Braziliense
Governo e oposição negociam a suspensão dos bloqueios nas estradas e a retomada do diálogo e esperam pelo presidente para assinar uma trégua
Negociadores do governo e da oposição na Bolívia aguardavam o retorno do presidente Evo Morales, que assistiu em Santiago à reunião de cúpula extraordinária da Unasul, para retomar o diálogo e concluir um acordo político. Segundo ambas as partes, o cerne do documento é a suspensão dos bloqueios erguidos há três semanas em estradas de várias regiões do país — primeiro pelos opositores de Morales, mas depois também pelos simpatizantes. A redação do documento avançou durante o dia, sob coordenação do vice-presidente, Álvaro García, e do governador de Tarija, Mario Cossío, representando também as demais regiões controladas pela oposição.
Presidentes apóiam Evo
Brasil S.A - Onde mora o perigo
Correio Braziliense
A mãe de todas as bolhas financeiras é a inflação exportada pelos EUA via dólares vagabundos
Com o mercado interbancário virtualmente trancado há um ano e a suspeita marcando ponto nas esquinas de Wall Street, era questão de tempo que a desdita do sistema financeiro dos EUA virasse uma chacina. A metástase da banca exige mais que medidas de almanaque, como os socorros pontuais do Federal Reserve, ou mesmo dramáticas, mas isoladas, o caso da estatização orquestrada pelo Tesouro dos gigantes do refinanciamento de hipotecas Fannie Mae e Freddie Mac. O erro foi tratar o estouro da bolha do mercado hipotecário entre julho e agosto do ano passado com intervenções cirúrgicas em apoio a bancos em apuros, não como crise sistêmica contratada há mais de trinta anos. O Fed, do professor Ben Bernanke, e a Secretaria do Tesouro, do financista Hank Paulson, responderam com tratamento de microeconomia a doença de fundamento macroeconômico dos EUA.
(...)
Conivência acadêmica
Os financistas foram ficando inventivos. Eles tiveram a simpática adesão da academia para criar fundamentos supostamente racionais à “exuberância irracional”, expressão cunhada pelo ex-presidente do Fed Alan Greenspan, que, no entanto, foi o grande patrono de toda insensatez ao derrubar os juros nos EUA para 1% ao ano. Depois, se calou diante do corte de impostos no início do governo Bush. Com tal pano de fundo, veio a maior de todas as ilusões, a tal da “nova economia”, o “estelionato consentido” que gerou empresas com zero de receita avaliadas em bilhões de dólares. As tais dot.com, firmas de internet que marcavam ponto na bolsa eletrônica Nasdaq.
Brasil S.A - Onde mora o perigo
Brasília-DF - Querido Papai Noel...
Correio Braziliense
Embalada pela idéia do presidente Lula de colocar uma mulher no Tribunal de Contas da União (TCU), a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, apresentou-se para concorrer à vaga. Erenice, no entanto, foi desaconselhada a brigar pelo cargo. Na reunião da Casa Civil que tratou do assunto, houve quem dissesse a ela com todas as letras que o caso do dossiê dos cartões corporativos — que expôs os gastos de Fernando Henrique e de Ruth Cardoso — ainda estava muito recente. E, para completar, a cadeira do TCU que ficará livre no dia 25 de dezembro, quando sai o ministro Guilherme Palmeira, será indicação do Senado. A vaga que caberá a Lula apresentar um nome só estará livre em maio de 2009. E, como se não bastasse o tempo longo, há ainda um probleminha: o TCU é de onde veio o desafeto de Erenice, o ex-diretor de Controle Interno do Palácio do Planalto José Aparecido Nunes Pires.
Brasília-DF - Querido Papai Noel...
DF terá 8.288 novas vagas
Lilian Tahan
Correio Braziliense
Lilian Tahan
Correio Braziliense
Governo quer melhorar qualidade do atendimento dos serviços à população, reforçando o quadro de funcionários.
Abertura de concurso será possível porque arrecadação prevista é maior do que a atual
O governo decidiu que 2009 será um ano de contratações. O GDF vai abrir concurso público para selecionar 8.288 servidores públicos das áreas de saúde, educação, segurança, além dos postos destinados à administração direta. A iniciativa está prevista no projeto de lei orçamentária — relatório em que o Executivo prevê quanto e como vai gastar o dinheiro dos cofres públicos em um ano. O texto foi entregue ontem à Câmara Legislativa para ser apreciado e votado pelos deputados distritais. A opção do governo por aumentar o contingente de servidores públicos levou em conta uma distorção entre a evolução do número de funcionários e o crescimento da população do Distrito Federal. Nos últimos anos, a quantidade de habitantes na capital da República aumentou 20%, mas o percentual de contratações ficou em 4% no mesmo período. Na opinião do governador José Roberto Arruda, a defasagem ajuda a explicar por que os serviços públicos não estão na sua melhor performance.
GDF terá 8.288 novas vagas
Devagar com a popularidade
Coluna - Nas Entrelinhas
Correio Braziliense
O governo decidiu que 2009 será um ano de contratações. O GDF vai abrir concurso público para selecionar 8.288 servidores públicos das áreas de saúde, educação, segurança, além dos postos destinados à administração direta. A iniciativa está prevista no projeto de lei orçamentária — relatório em que o Executivo prevê quanto e como vai gastar o dinheiro dos cofres públicos em um ano. O texto foi entregue ontem à Câmara Legislativa para ser apreciado e votado pelos deputados distritais. A opção do governo por aumentar o contingente de servidores públicos levou em conta uma distorção entre a evolução do número de funcionários e o crescimento da população do Distrito Federal. Nos últimos anos, a quantidade de habitantes na capital da República aumentou 20%, mas o percentual de contratações ficou em 4% no mesmo período. Na opinião do governador José Roberto Arruda, a defasagem ajuda a explicar por que os serviços públicos não estão na sua melhor performance.
GDF terá 8.288 novas vagas
Devagar com a popularidade
Coluna - Nas Entrelinhas
Correio Braziliense
Há muitas interrogações sobre o futuro, mesmo diante do robusto crescimento que vem fazendo a alegria do país
Pobres e ricos, sulistas e nortistas, sertanejos e litorâneos, todos estão com Lula e não abrem. A popularidade do homem nunca esteve tão alta e o grupo de quem pensa o contrário, que o governo é ruim ou péssimo, está cada dia mais confinado numa minoria decrescente e apavorada diante da própria incapacidade crítica. Vejo analistas respeitáveis prevendo a destruição da oposição. E petistas mais afoitos já voltando a falar em terceiro mandato — seja na forma pura, de dar mais quatros ao atual presidente, ou na variante, de mantê-lo mais um par de anos além de 2010. O que está por trás dessa “onda petista”, chamemos assim, é a economia. Depois da boa marca de 5,5% de expansão em 2007, a produção saltou 6% no primeiro semestre. Não há quem fique imune a tamanho movimento. Os empresários vendem, os trabalhadores têm emprego, a renda de ambos cresce. O efeito-riqueza produz felicidade. A felicidade pública é toda apropriada politicamente pelo chefe do governo. O bálsamo do crescimento cura qualquer ferida. Há um enorme debate de ciência política a envolver a questão do crescimento econômico. Afinal, governos são eleitos justamente para promover o bem-estar da população. Ocorre que, pela legítima ambição de permanecer no poder, os governantes lançam mão dos mais diversos truques para estimular a economia e capitalizar seus efeitos políticos. No Brasil, com Lula e com o PT, não é diferente. Por isso, é bom ir devagar com o andor e com o furor, porque as interrogações ainda são muitas e o futuro, incerto. Vejamos.
Devagar com a popularidade
Devagar com a popularidade
Morales aceita que Unasul seja mediadora na Bolívia
CLÓVIS ROSSI
Folha de S. Paulo
CLÓVIS ROSSI
Folha de S. Paulo
Presidente exige que oposição desocupe prédios públicos antes de negociações
Lula disse que bloco só atuaria se boliviano fizesse opção por diálogo; Chávez apontou "mão oculta" de Bush na ação oposicionista. O presidente da Bolívia, Evo Morales, aceitou ontem que a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) atue como mediadora do diálogo entre seu governo e os cinco governadores de oposição, que há três semanas promovem o bloqueio de rodovias e a ocupação de aeroportos e prédios públicos. Morales, no entanto, apresentou aos oito presidentes (mais a anfitriã Michelle Bachelet), reunidos em cúpula de emergência da Unasul em Santiago, Chile, duas condições para iniciar as negociações. Primeiro, que os opositores desocupem os edifícios do governo; segundo, que uma comissão internacional investigue o massacre de camponeses pró-governo no departamento de Pando (norte da Bolívia). O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, ofereceu sua instituição para a investigação.
O "sim" de Morales à mediação veio depois da intervenção do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Lula disse que, se Morales optasse por reprimir os opositores, não havia nada que a Unasul pudesse fazer. O bloco regional, criado há apenas quatro meses, atuaria se a opção pelo diálogo fosse de Morales. "A posição de Lula mudou o eixo da reunião", conforme a Folha ouviu de representantes chilenos e peruanos.
Morales aceita mediação de países sul-americanos
O "sim" de Morales à mediação veio depois da intervenção do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Lula disse que, se Morales optasse por reprimir os opositores, não havia nada que a Unasul pudesse fazer. O bloco regional, criado há apenas quatro meses, atuaria se a opção pelo diálogo fosse de Morales. "A posição de Lula mudou o eixo da reunião", conforme a Folha ouviu de representantes chilenos e peruanos.
Morales aceita mediação de países sul-americanos
Mensalidade escolar deve ter alta acima da inflação
RICARDO WESTIN
Folha de S. Paulo
Sindicato das escolas privadas de SP estima reajuste médio de 10% em 2009
IBGE, Fipe e Dieese calculam inflação entre 6,35% e 7,15% nos últimos 12 meses; sindicato diz que tem que considerar inadimplência. As mensalidades dos colégios particulares do Estado de São Paulo sofrerão no ano que vem um reajuste médio de 10%, de acordo com os cálculos do Sieeesp (sindicato das escolas privadas do Estado). O aumento será mais alto que os índices de inflação INPC/ IBGE (7,15%), IPC/Fipe (6,35%) e ICV/Dieese (6,97%) acumulados nos últimos 12 meses, que incluem os preços praticados pelo setor educacional. O acumulado dos últimos 12 meses do IPCA/IBGE, usado nas metas oficiais de inflação do país, está em 6,17%. As entidades que apuram esses índices de inflação consideraram alto o reajuste escolar. "Não tem justificativa", diz Cornélia Nogueira Porto, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Mensalidade escolar deverá ter eajuste médio de 10% em 2009
Crise afetará muito pouco o Brasil, diz criador da sigla Brics
PEDRO DIAS LEITE
Folha de S. Paulo
O Brasil deveria se preocupar menos com a crise nos EUA e em outros países desenvolvidos e mais com o crescimento da China e com os preços do petróleo e de outras commodities. A avaliação é de Jim O"Neill, economista-chefe do Goldman Sachs e criador da expressão Bric (as iniciais de Brasil, Rússia, Índia e China). Segundo ele, "as pessoas não deveriam exagerar" o impacto do mais recente episódio da crise econômica global, a quebra do Lehman Brothers. O impacto da enorme turbulência será "muito pequeno" no crescimento do Brasil, que tem de ficar atento a duas barreiras: um crescimento abaixo de 7% na China e o petróleo abaixo de US$ 80. Além disso, conter os gastos governamentais. Em sua avaliação, a economia do Brasil nunca esteve tão "sólida" e "estável" nos últimos 30 anos. Partidário da tese do "descolamento" entre as economias emergentes e as dos países desenvolvidos, O"Neill diz: "Graças a Deus que temos os Brics!".
Crise ainda afeta pouco o agronegócio
MAURO ZAFALON
Folha de S. Paulo / Agrofolha
MAURO ZAFALON
Folha de S. Paulo / Agrofolha
Saída dos fundos de investimento do mercado derrubou os preços, mas estoque ainda é pequeno e demanda continua
Retomada da valorização do dólar no Brasil eleva a rentabilidade no campo e recoloca as fronteiras agrícolas na produção. A crise financeira que abala o mercado norte-americano terá pouca influência sobre o agronegócio brasileiro. É o que acreditam alguns analistas. Outros afirmam que é cedo para uma análise das conseqüências. Em uma coisa analistas e produtores concordam: a alta do dólar em relação ao real dará novo fôlego ao agronegócio, principalmente porque esse setor depende das exportações. "Essa crise internacional vai passar ao largo da agroindústria brasileira, comparada a outros setores." A afirmação é de Victor Abou Nehmi Filho, gerente da Sparta, administradora de fundos de investimento. "A maré vai continuar favorável às commodities, embora ainda não seja possível fazer muita festa", afirma.
Crise ainda afeta pouco o agronegócio
Crise ainda afeta pouco o agronegócio
Clóvis Rossi - Da oração à reunião
Folha de S. Paulo
O embaixador Rubens Ricupero relatou no domingo, nesta Folha, os apelos desesperados de um diplomata norte-americano para que o Brasil e os países da América do Sul fizessem alguma coisa para resolver a crise boliviana do início dos anos 80, representada por uma narcoditadura chefiada pelo general Garcia Mesa. O chanceler brasileiro da época, Saraiva Guerreiro, limitou-se a sugerir orações pela Bolívia. Menos de 30 anos depois (o que, em termos históricos, é bem pouco), o Brasil e seus pares da região já não rezam pela Bolívia. Ao contrário, reúnem-se em bloco para tentar ajudar. E -detalhe fundamental- não precisaram de apelos dos Estados Unidos. A iniciativa da cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) é "coisa nossa".
Clóvis Rossi - Da oração à reunião
Mercado Aberto - Fed muda estratégia para evitar risco moral
Folha de S. Paulo
A crise financeira global parece ter entrado ontem numa nova fase. Até agora, o Fed (o banco central americano) não tinha se recusado a socorrer os grandes bancos em dificuldades com o argumento de evitar uma crise sistêmica no setor financeiro. O medo era de a atual turbulência atingir a mesma dimensão da de 1929, considerada a maior crise do capitalismo. Foi para evitar o risco de uma crise sistêmica que o Fed intermediou a compra do Bear Stearns pelo JPMorgan e também decidiu injetar US$ 200 bilhões nas gigantes imobiliárias americanas Fannie Mae e Freddie Mac. No fim de semana, o Fed se recusou a dar garantias aos bancos para comprarem a Lehman Brothers. O pedido de concordata do Lehman Brothers indica um novo capítulo na crise. Daqui para a frente, as autoridades americanas serão, no mínimo, mais seletivas ao tratarem das instituições em dificuldades.
Mercado Aberto - Fed muda estratégia para evitar risco moral
Mónica Bérgamo - Celebração eleitoral
Folha de S. Paulo
Folha de S. Paulo
O governo Lula começa a preparar um megaencontro do presidente com os prefeitos que serão eleitos em outubro. Mais de 3.000 pessoas vão ser convidadas para o evento, nos dias 17 e 18 de novembro. A presidência pretende gastar R$ 316 mil com a festa-o que inclui contratação de 147 funcionários, instalação de computadores, decoração com "plantas ornamentais", buffet de almoço caseiro e "coffee break".
UFA!
Geraldo Alckmin (PSDB-SP) conseguiu atingir a marca de R$ 10 milhões na arrecadação de recursos para a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Os dados serão divulgados na próxima prestação de contas à Justiça Eleitoral. De acordo com o deputado Edson Aparecido (PSDB-SP), já foram arrecadados "precisamente R$ 10,3 milhões". Marca já atingida pelo adversário Gilberto Kassab (DEM-SP) dias atrás.
Mónica Bérgamo - Celebração eleitoral
UFA!
Geraldo Alckmin (PSDB-SP) conseguiu atingir a marca de R$ 10 milhões na arrecadação de recursos para a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Os dados serão divulgados na próxima prestação de contas à Justiça Eleitoral. De acordo com o deputado Edson Aparecido (PSDB-SP), já foram arrecadados "precisamente R$ 10,3 milhões". Marca já atingida pelo adversário Gilberto Kassab (DEM-SP) dias atrás.
Mónica Bérgamo - Celebração eleitoral
Painel - Paraíso fiscal
Folha de S. Paulo
O novo superintendente da Receita Federal em São Paulo, Luiz Sérgio Soares, foi um dos principais líderes da greve de 50 dias dos servidores do órgão, entre março e maio deste ano. Ele diz que sua militância sindical é "página virada". "Não convém tratar deste assunto agora que tenho novas responsabilidades." A nomeação de Soares, primeira de uma série de trocas nos comandos regionais, não alegrou apenas o Unafisco. Aliados que desde o início da gestão Lula tentavam, sem sucesso, emplacar gente na Receita entenderam a mudança como senha de que a porteira foi aberta num setor que, nas palavras de uma raposa governista, "tem muito amor para dar".
Trincheira
As campanhas de Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM) estão metidas numa guerra de impugnação de comerciais no TRE. A alegação mais usada é a de uso de efeitos especiais. A escalada de liminares chegou a um ponto que, no início da noite de ontem, os dois lados estudavam uma trégua.
Fase dois
Geraldo Alckmin (PSDB) estréia hoje mais duas inserções, nas quais o próprio candidato -e não mais personagens- aparecerá criticando a gestão Kassab.
Lembra?
A campanha tucana vai usar como gancho uma fala do prefeito, que promete governar com "planejamento na cabeça", para martelar a tecla de que ele foi secretário de Planejamento de Celso Pitta.
Painel - Paraíso fiscal
Protógenes teve outros auxiliares externos
ALAN GRIPP
Folha de S. Paulo
Investigação chega a nome da Abin responsável por e-mails grampeados; Aeronáutica abre sindicância
As investigações de supostos abusos cometidos pelo delegado Protógenes Queiroz na condução da Operação Satiagraha têm três novos nomes de colaboradores recrutados por ele fora da Polícia Federal. Eles são suspeitos de terem manipulado ilegalmente dados sigilosos usados na apuração contra o banqueiro Daniel Dantas. A lista inclui um servidor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) identificado apenas como Luiz, responsável na Satiagraha pela transcrição de e-mails grampeados. A Folha apurou que trata-se de Luiz Eduardo Melo, fiscal tributário da Secretaria de Fazenda do Distrito Federal, cedido sem ônus à Abin. Melo foi incorporado à equipe de Protógenes em fevereiro de 2008, período em que o delegado afirma ter parado de receber recursos da cúpula da PF para tocar a Satiagraha. Melo não foi localizado.
Protógenes teve outros auxiliares externos
Teles terão de explicar acesso fácil a dados
MARIA CLARA CABRAL
Folha de S. Paulo
A CPI dos Grampos da Câmara quer ouvir outra vez as empresas de telefonia, além da Abrafix (Associação Brasileira de Prestadores de Serviços de Telefone Fixo) e da Abracel (Associação Brasileira do Comércio e Serviço para Telefonia Celular), e questioná-las sobre a segurança dos dados sigilosos de seus assinantes. Os depoimentos foram propostos ontem pelo relator da CPI, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), e por Vanderlei Macris (PSDB-SP) após matéria da Folha de anteontem mostrar que é possível comprar, por menos de R$ 1.000, o extrato de ligações telefônicas e torpedos de qualquer assinante, inclusive de autoridades públicas. Pellegrino afirmou que destacará, em seu relatório final, a falta de segurança nas empresas e que pretende apresentar medidas para coibir a quebra dos sigilos. Por meio de suas assessorias, a Vivo e a TIM informaram que atenderão às solicitações da CPI.
Teles terão de explicar acesso fácil a dados
Bush não descarta socorrer outros bancos
DANIEL BERGAMASCO
Folha de S. Paulo
O presidente dos EUA, George W. Bush, e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, deixaram em aberto ontem qual será a política futura (de socorro ou não) a outros bancos com perspectiva de quebrar. Depois de emprestar US$ 29 bilhões para o JPMorgan comprar o Bear Stearns, em março, e não cogitar fazer isso "nem uma vez" no caso do Lehman Brothers para não ser "leviano" com o dinheiro dos contribuintes, Paulson disse que os dois casos são "muito diferentes". Ele não detalhou o comentário, mas, segundo assessores, o secretário diz que a quebra do Bear Stearns teria tido efeitos muito piores para todo o mercado, e que o Lehman Brothers teve mais tempo para encontrar saídas para sua crise. O governo não socorrerá mais os bancos?, questionou-se em coletiva de imprensa. "Não entenda isso como "não mais". Entenda como, você sabe, é importante para nós, eu penso, manter a estabilidade e a ordem do nosso sistema financeiro", declarou, repetindo que não se pode, contudo, ser "leviano" com dinheiro público.
Bush não descarta socorrer outros bancos
Caem duas "torres gêmeas"
FERNANDO CANZIAN
Folha de S. Paulo
A quebra nos EUA do banco de investimento Lehman Brothers e a venda do Merrill Lynch para o Bank of America têm um sentido parecido para o mercado financeiro norte-americano ao do colapso, em 11 de setembro de 2001, das torres gêmeas do Word Trade Center. Desta vez, não foram fundamentalistas do Oriente os autores, mas os defensores da liberdade extrema para o mercado financeiro que derrubaram dois dos maiores ícones do capitalismo. Trata-se de uma lição e tanto para o mais sofisticado mercado financeiro do mundo. O Lehman Brothers existia há 158 anos e quebrou afundado num passivo de US$ 613 bilhões, o equivalente a cerca da metade do PIB brasileiro. Já o Merrill Lynch, símbolo das finanças de Manhattan e fundado em 1915, será vendido por US$ 50 bilhões para o Bank of America. No início do ano, quando a crise já parecia feia, o Bear Stearns foi repassado ao JP Morgan por míseros R$ 370 milhões (menos de 5% do lucro do Bradesco em 2007). O fundo dessa crise permanece desconhecido. Analistas chegam a multiplicar por oito o rombo que pode estar por trás de operações sem lastro dos bancos nos últimos cinco anos. A previsão feita pelo FMI em abril, de um buraco de mais de US$ 1 trilhão, já é considerada extremamente conservadora.
Caem duas "torres gêmeas
Caem duas "torres gêmeas
Contra pânico, BCs europeus injetam US$ 52 bi no mercado
MARCELO NINIO
Folha de S. Paulo
Preocupados com as turbulências do outro lado do Atlântico, os principais bancos centrais da Europa injetaram US$ 52 bilhões ontem no mercado financeiro para tentar conter o pânico pela quebra do Lehman Brothers. O colchão de liquidez aliviou a queda, mas não afastou os temores de contágio de instituições européias expostas ao falido banco americano. Eles se refletiram no desempenho das principais Bolsas da Europa, que fecharam em quedas de 3,92% em Londres, de 4,5% em Madri, de 2,74% em Frankfurt, de 3,72% em Milão, de 3,83% em Zurique e de 3,78% em Paris. O BCE (Banco Central Europeu) comprovou em pouco tempo como o mercado estava carente de liquidez: ofereceu cerca de US$ 42 bilhões em empréstimos e recebeu três vezes mais pedidos. No Reino Unido, a procura também foi grande. O Banco da Inglaterra injetou US$ 9 bilhões no mercado, buscando principalmente acalmar os bancos que em breve ficarão sem dinheiro porque fizeram empréstimos ao Lehman Brothers que estão presos ao processo de falência.
Contra pânico, BCs europeus injetam US$ 52 bi no mercado
GILLIAN TETT DO "FINANCIAL TIMES"
Folha de S. Paulo
Abalo sísmico no mercado financeiro revela como o setor construi inovações e se expandiu em bases inconsistentes
Operações da banca privada sem fiscalização oficial ruem e dificultam avaliação exata das perdas, necessária para controlar colapso. Nesta década, o sistema financeiro ocidental parece uma cidade do Terceiro Mundo, construída sobre uma falha geológica e crescendo em ritmo acelerado. Em teoria, seus bem remunerados habitantes sempre souberam que um grande terremoto era possível e chegaram até ocasionalmente a olhar através da lama para verificar as fundações dos edifícios. Mas a maior parte dos financistas estava tão ocupada com a expansão de seus negócios que essas verificações de segurança em geral foram perfunctórias. E as pessoas pagas para monitorar as fundações -as autoridades regulatórias- encontraram dificuldades para realizar a tarefa em meio à neblina que o frenesi de construção e inovação do setor fazia levantar.
Falha "geológica" expõe sistema frágil
Petrobras anuncia contratação de 10 plataformas para explorar pré-sal
DENISE MENCHEN
Folha de S. Paulo
Cada sistema produtivo deve custar entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, diz estatal
A Petrobras anunciou ontem a contratação de dez plataformas flutuantes (do tipo FPSO, que produz, estoca e escoa petróleo) para a área do pré-sal. Elas vão operar em profundidade de até 3.000 metros. As duas primeiras plataformas serão afretadas de terceiros e usadas nos projetos-piloto de desenvolvimento das reservas da bacia de Santos. Cada uma terá capacidade para produzir 100 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Elas serão instaladas em 2013 e 2014. As outras oito serão da Petrobras e terão capacidade de 120 mil barris de petróleo e 5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Elas devem ser instaladas em 2015 e 2016. Os cascos dessas unidades serão construídos em série no dique seco do estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, alugado pela companhia por dez anos. "O processo de produção de casco em série é inédito no Brasil", disse o presidente da companhia, José Sérgio Gabrielli, que participou ontem da feira Rio Oil & Gas, no Rio.
Petrobras anuncia contratação de 10 plataformas para explorar pré-sal
Receita confirma mudanças em seu comando
Folha de S. Paulo
Superintendente em SP e adjunta são substituídos
A Receita Federal confirmou mudanças em seu comando, conforme a Folha noticiou no sábado. O superintendente da Receita em São Paulo, Edmundo Rondinelli Spolzino, foi exonerado. No seu lugar, entrou mineiro Luiz Sérgio Soares, que ocupava, até a semana passada, a presidência da delegacia sindical de Belo Horizonte, ligada ao Unafisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal). A mudança foi publicada no "Diário Oficial" de ontem. A secretária-adjunta Liêda Amaral de Souza também foi exonerada do cargo, a pedido da secretária Lina Vieira, que assumiu a direção da Receita no mês passado. Foram nomeados para o cargo de secretário-adjunto Otacílio Dantas Cartaxo e Henrique Jorge Freitas da Silva.
Receita confirma mudanças em seu comando
A Receita Federal confirmou mudanças em seu comando, conforme a Folha noticiou no sábado. O superintendente da Receita em São Paulo, Edmundo Rondinelli Spolzino, foi exonerado. No seu lugar, entrou mineiro Luiz Sérgio Soares, que ocupava, até a semana passada, a presidência da delegacia sindical de Belo Horizonte, ligada ao Unafisco (Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal). A mudança foi publicada no "Diário Oficial" de ontem. A secretária-adjunta Liêda Amaral de Souza também foi exonerada do cargo, a pedido da secretária Lina Vieira, que assumiu a direção da Receita no mês passado. Foram nomeados para o cargo de secretário-adjunto Otacílio Dantas Cartaxo e Henrique Jorge Freitas da Silva.
Receita confirma mudanças em seu comando
Votorantim e Safra selam nova gigante da celulose
AGNALDO BRITO
Folha de S. Paulo
Holding terá fatia de 32% em mercado mundial
A Votorantim Industrial e o Grupo Safra anunciaram ontem ao mercado o acordo final que cria a maior companhia de celulose do mercado mundial, com uma produção total de 6 milhões de toneladas neste ano e receitas totais de R$ 6,3 bilhões. Com o negócio, será constituída uma holding que controlará os ativos da VCP (Votorantim Celulose e Papel S.A.) e da Aracruz. Quando foi anunciada, a operação foi comparada ao mesmo movimento feito em março de 2007 pela Petrobras e a Braskem na operação de US$ 4 bilhões para a consolidação da indústria petroquímica e a incorporação do Grupo Ipiranga. O anúncio fecha a operação deflagrada em 6 de agosto, quando a VCP divulgou fato relevante ao mercado no qual fazia uma oferta de R$ 2,7 bilhões por 28% das ações da Arapar, holding controlada pela família Lorentzens.
Votorantim e Safra selam nova gigante da celulose
Deixem a Bolívia em paz
Artigo - Marcos Nobre
Folha de S. Paulo
Não há nada mais humilhante para um país do que não ser levado a sério. É o que está acontecendo com a Bolívia. A Argentina passou recentemente por mais de quatro meses de crise grave, com seguidos episódios de bloqueios de estradas, desabastecimento e confrontos físicos inclusive. E ninguém pediu reunião internacional de emergência nem resolveu enviar tropas. A presidente Cristina Kirchner aceitou a derrota no Congresso e recuou. Como faz qualquer governo democrático. A crise boliviana é certamente mais grave do que foi a argentina. Mas o que chama a atenção é que ninguém ouve o que o governo boliviano tem a dizer. E o presidente Evo Morales não se cansa de dizer que não quer e que não precisa de ajuda. Precisar de ajuda significaria aceitar que há de fato uma situação de descontrole. Significaria aceitar, em última instância, que não há mais um governo capaz de negociar um acordo para pôr fim aos confrontos. Evo Morales entende que sua autoridade se perderia inteiramente.
Deixem a Bolívia em paz
Funai recorre à Procuradoria para proteger área de 2 índios isolados
JOÃO CARLOS MAGALHÃES e CLAUDIO ANGELO
Folha de S. Paulo
Órgão em Rondônia quer restrição de uso da área, onde atuam madeireiros alvo de operação da PF. Fazendeiro questiona como é possível preservar espécie se os 2 índios são homens; coordenador da Funai diz que é obrigação protegê-los Funcionários da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Rondônia pediram ao Ministério Público Federal ajuda para obrigar o próprio órgão indigenista a proteger uma área de floresta no noroeste de Mato Grosso onde vivem os dois últimos membros de uma etnia isolada -os piripkuras. Os dois índios perambulam por propriedades do fazendeiro Celso Penço e de outros nos municípios de Rondolândia e Colniza, e sua sobrevivência é ameaçada pela ação de madeireiros, segundo os indigenistas. A região era o principal foco de atuação do esquema de extração ilegal de madeira investigado em 2005 pela Operação Curupira, da Polícia Federal. Penço foi um dos denunciados, por supostamente corromper funcionários do Ibama e da então Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente, hoje transformada em secretaria estadual) para conseguir planos de manejo falsos. No total, estima-se que ele tenha desmatado ilegalmente cerca de 108 mil hectares de floresta. Os indigenistas que trabalham na frente de proteção da Funai em Ji-Paraná (RO) têm pedido ao órgão que baixe uma portaria de restrição de uso da área. Esse instrumento visa suspender as atividades de não-índios e é o primeiro passo legal para a realização dos estudos que podem levar à identificação e à demarcação da terra. O coordenador-geral de índios isolados da Funai, Elias Biggio, disse que já fez o pedido para a diretoria de assuntos fundiários do órgão federal, mas que ainda não há uma resposta. "Temos todos os elementos para conseguir [a restrição de uso]", afirmou.
Funai recorre à Procuradoria para proteger área de 2 índios isolados
ANP garante manutenção de contratos
Gazeta Mercantil
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Haroldo Lima, garantiu ontem que os atuais contratos em vigor no setor de petróleo serão mantidos mesmo com a criação de um novo modelo para a exploração da camada do pré-sal. "A manutenção dos contratos é uma coisa já definida. Não temos previsão nenhuma de alteração de contratos. O que vamos ter que enfrentar é a nova situação que está sendo criada", disse Lima a jornalistas durante a conferência Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro. O governo criou uma Comissão Interministerial para definir o modelo de regulação para a camada do pré-sal e Haroldo Lima confirmou que parte dos recursos oriundos da região será destinada a investimentos sociais no país.
ANP garante manutenção de contratos
Comissão apresentará três propostas
Gazeta Mercantil
Nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar solução sobre o modelo de exploração de petróleo da área de pré-sal, vai oferecer pelo menos três possibilidades para a análise do presidente, com as vantagens e desvantagens de cada modelo e não uma solução única. Serão apresentados os sistemas de partilha, de concessão e um sistema misto entre os dois. Mas isso não vai ocorrer nesta semana, conforme prazo estabelecido pelo presidente, como já havia adiantado o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, isso porque os trabalhos estão atrasados. Nesta semana, a Comissão, presidida pelo Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, começa a detalhar os prós e contras de cada uma das proposições, mas não vai entregar uma proposta fechada para o presidente. O próprio Lobão já admitiu, na semana passada, que o prazo para finalizar os trabalhos será quanto for necessário para o término dos trabalhos da comissão. Uma fonte do governo que integra a Comissão afirmou à Gazeta Mercantil que serão oferecidas "opções ao presidente que é quem decide. Não vamos apontar qual o melhor caminho. Vamos oferecer três cenários ou até mais", disse a fonte. A criação de uma empresa estatal específica para gerir a área de pré-sal ainda não está decida pela Comissão. Depois que os trabalhos do grupo forem encaminhados à presidência, o assunto ainda deverá passar pelo crivo do Congresso Nacional. Duas são as principais preocupações da Comissão.
Comissão apresentará três propostas
Estatal deve ser a operadora da região, defende Lobão
Gazeta Mercantil
Edison Lobão, defende que a Petrobras seja a empresa operadora das áreas do pré-sal que pertencem à União. "A Petrobras não será abandonada, pelo contrário, será chamada a nos ajudar", disse o ministro, na abertura da 14ª Rio Oil and Gas. No evento, o ministro partiu para um tom conciliador junto ao setor privado. A comissão integrada por sete ministros que debate o tema do pré-sal não tem um consenso e, sim, alternativas sobre o que fazer com as reservas abundantes localizadas abaixo da camada de sal. Capitalização da Petrobras, criação de uma nova estatal, manutenção do modelo de concessão com royalties nas alturas e fundo soberano são algumas hipóteses, baseadas em estudos e simulações encomendadas pelo governo a especialistas.O governo, de acordo com o ministro, ainda vai abrir a discussão para "outras pessoas" além da comissão. Mas somente após a entrega das propostas. Pela proposta de Lobão, paralelamente à presença da Petrobras, o governo criaria uma estatal de pequeno porte, apelidada de "escritório". O objetivo seria administrar os recursos financeiros gerados pela produção, nos moldes da Petoro, a companhia norueguesa responsável por gerir os lucros do petróleo. Nos bastidores, diz-se que a ministra Dilma Rousseff também trabalha para o fortalecimento da Petrobras. Há também quem fale na presença forte da iniciativa privada para suportar os pesados investimentos.
Estatal deve ser a operadora da região, defende Lobão
Alencar deverá ser operado amanhã
Gazeta Mercantil
O vice-presidente José Alencar passará amanhã por nova cirurgia para retirada de tumor no abdome, a quarta nesta região desde que a doença foi detectada. Alencar, de 76 anos, vinha sendo submetido a sessões de quimioterapia com um medicamento que ele ainda não havia utilizado, denominado Yondelis. Foram duas sessões desde que o novo tumor foi detectado, em julho, informou a assessoria do Hospital Sírio Libanês, onde o vice-presidente vem sendo atendido. Na sexta-feira, ele passou por nova avaliação médica no hospital quando houve a indicação para a cirurgia. "O tumor é recorrente. Surgiu na mesma região e o medicamento não apresentou a eficácia que se esperava", disse Adriano da Silva, chefe de gabinete da vice-presidência. Segundo o assessor, Alencar, que "não sente nada", será internado hoje à noite no Sírio Libanês para realizar a cirurgia amanhã pela manhã, conduzida pelo médico Miguel Srougi.
Alencar deverá ser operado amanhã
Alencar deverá ser operado amanhã
Informe JB - Nem o Ibope quer arriscar no Rio
Jornal do Brasil
As pesquisas eleitorais indicam uma tendência, não entregam premonitoriamente um resultado de pleito. Fosse assim, lembrou bem Jaques Wagner à coluna, ele não seria hoje o governador da Bahia. "Dois meses antes da eleição eu parei de fazer pesquisas", disse o cético petista. Acertou ao apostar nos indecisos, e errou feio lá o Ibope que dava vitória ao adversário. Com tamanho índice de indecisos, especialistas disseram à coluna que a mais fiel – ou menos equivocada – pesquisa no Rio será a da antevéspera da eleição. O Ibope quer evitar surpresas, então a diretora Márcia Cavallari diz que nada ainda está definido. Crivella (PRB), Paes (PMDB) e Jandira Feghali (PCdoB) têm chances de segundo turno. Mas, nesse cenário de voto pulverizado, nada surpreenderá se Fernando Gabeira (PV) ou Solange Amaral (DEM) também chegarem lá.
Informe JB - Nem o Ibope quer arriscar no Rio
Sônia Racy - Que Copom que nada...
O Estado de S. Paulo
Com tanta adrenalina correndo pelo mercado financeiro internacional - em conseqüência da concordata da Lehman Brothers (com dívida de US$ 613 bilhões), da compra da Merrill Lynch pelo Bank of America e da possibilidade de corte de juros emergencial no mercado americano -, poucos brasileiros se lembravam, ontem, que a Ata do Copom sai quinta-feira. É ela que vai explicar por que três diretores do comitê do BC queriam, na semana passada, um aumento da Selic de 0,50 ponto porcentual, em lugar dos 0,75 decidido pela maioria dos votantes. Essa explicação vai confirmar - ou não - a hipótese de que o aperto monetário poderá ser menor na próxima reunião do Copom. Em tempo: dos grandes bancos de investimentos americanos, só dois sobreviveram à atual crise: Goldman Sachs e Morgan Stanley.
Sônia Racy - Que Copom que nada...
Sob pressão, Fed reúne-se hoje
O Estado de S. Paulo
O Estado de S. Paulo
O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) reúne-se hoje para decidir o rumo da taxa básica de juros. Apesar da crise nos mercados, a expectativa da maioria dos analistas é de que seja mantida em 2% ao ano. Ontem, em meio à grande tensão, circularam rumores de que a instituição poderia promover um encontro extraordinário para diminuir o custo do dinheiro, o que não se confirmou.
Sob pressão, Fed reúne-se hoje
Crise financeira e excessos
ARTIGO - Ilan Goldfajn
O Estado de S. Paulo
Sob pressão, Fed reúne-se hoje
Crise financeira e excessos
ARTIGO - Ilan Goldfajn
O Estado de S. Paulo
Diz a máxima que, “quando se está vendo a luz no fim do túnel, é melhor certificar-se de que não é um trem na direção contrária”. Pois é, a despeito de todo o esforço - diversos estímulos de liquidez, monetários e fiscais -, a crise financeira internacional avança desde julho do ano passado. Esta semana, um dos maiores bancos americanos, Lehman Brothers, declarou falência e outro, Merrill Lynch, teve de ser vendido. Na semana passada, Fannie Mae e Freddie Mac, duas grandes agências de financiamento hipotecário, foram resgatadas pelo governo americano. Este ano já tivemos o resgate do Bear Stearns. Alguns comparam a crise atual com a de 1930. Pode ser ainda exagero. Mas o período é certamente excepcional no sistema financeiro internacional. Quais são as lições da crise?
Crise financeira e excessos
Reajuste do funcionalismo - teto ou piso?
José Pastore
O Estado de S. Paulo
O ministro Paulo Bernardo mostrou-se muito satisfeito pelo fato de ter negociado com os funcionários públicos aumentos de vencimentos escalonados entre 2008 e 2011. Essa seria, segundo o ministro, uma estratégia para abafar as reivindicações dos sindicalistas.Os aumentos concedidos variarão de 11% a 137%, dependendo da função e do cargo dos servidores. Uma tabela preparada pelo Ministério do Planejamento prevê a composição dos vencimentos para cada função dentro da “nova estrutura remuneratória”. Tudo muito bem detalhado. Tais aumentos são aplicados a cerca de 1,75 milhão de servidores, inclusive aposentados e pensionistas, acarretando uma despesa adicional de aproximadamente R$ 32 bilhões no período. Já em 2008 haverá um gasto de R$ 8 bilhões. Em 2009 e em 2010 serão cerca de R$ 11 bilhões em cada ano e, em 2011, R$ 5 bilhões.Essas despesas e porcentuais estariam preestabelecidos de 2008 até 2011. Os acordos firmados entre governo e as categorias específicas seriam sacrossantos e “imexíveis”.Qual é a garantia de que os novos valores venham a ser tetos e não pisos? O que impedirá aos servidores apresentarem novas reivindicações ao longo dos próximos anos?Até hoje não foi aprovada uma lei de greve para os servidores públicos, pois o Poder Executivo não enviou ao Congresso Nacional o projeto prometido nesse campo; as pressões sindicais podem ser exercidas sem limites, forçando o governo a conceder novos aumentos; sem falar no enorme prejuízo que as paralisações de funcionários públicos causam à população.
Reajuste do funcionalismo - teto ou piso?
Avaliação permanente
Artigo - Wadih Damous
O Globo
O ensino jurídico no Brasil, há anos, encontra-se em crise. A abertura de novos cursos se deu em detrimento da qualidade. Hoje, o título de bacharel em direito não é garantia de que seu portador domine os aspectos básicos do Direito e da Justiça. A reprovação da maioria dos inscritos no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil e em concursos públicos prova que parte considerável das faculdades de Direito não cumpre o seu papel. A estagnação econômica de duas décadas fez com que contingentes cada vez mais expressivos da população brasileira buscassem em concursos públicos a segurança e a remuneração digna que não encontravam na iniciativa privada. Como grande parte dos concursos envolve o conhecimento do Direito, os cursos jurídicos passaram a ser buscados não por vocação. A retomada recente do crescimento econômico deve inverter essa tendência e tornar novamente atrativos os cursos voltados para a produção industrial.
Avaliação permanente
Na prateleira
Coluna - Ilimar Franco - Panorama Político
O Globo
O presidente Lula fez dezenas de gravações para candidatos petistas nas eleições. O trabalho foi coordenado por Gilberto Carvalho, e as fitas são liberadas a conta-gotas para não criar atritos com os aliados. O governador Jaques Wagner (BA) pressiona pela liberação do apoio ao candidato do PT em Salvador, Walter Pinheiro, que no Ibope de ontem passou o prefeito João Henrique (PMDB).
Mais uma queda-de-braço
Depois das usinas do Madeira, o grande embate na área ambiental será o asfaltamento da BR-319 (Manaus-Porto Velho). A obra está em fase de licenciamento e cortará o coração da Amazônia. O trecho de 680 quilômetros está intransitável. O governo havia previsto 16 unidades de conservação ao longo da rodovia, mas até agora foram criadas seis. Ambientalistas defendem a implantação de uma ferrovia, que causaria menos impacto. Raquel Carvalho, do Greenpeace, alerta para a risco de desmatamento e inchaço populacional. Já o diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, diz que a BR-319 será feita com preocupações ambientais. Ele tem que sair da coluna do meio" - José Aníbal, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, explicando por que Geraldo Alckmin partiu para o confronto
MINA
O crescimento da exploração de petróleo no mar do Atlântico Sul será o mais expressivo nos próximos 25 anos. Os dados foram apresentados pelo economista Antonio Barros de Castro em seminário do Ministério da Fazenda. As estimativas não incluem todo o potencial do pré-sal brasileiro. Vendida como humanitária, a reativação da Quarta Frota americana tem como principal objetivo garantir a produção de petróleo nessa região.
Paz e amor
A crise dos marqueteiros não se resume a São Paulo. Líderes do PSDB reclamam que esses profissionais não querem confronto, apenas destacar atributos pessoais e propostas, sem fazer oposição. E acabam dando o tom das campanhas.
Acordo no PMDB
Uma das compensações que o PMDB do Senado quer para abrir mão da presidência da Casa é a direção do partido. O acordo viabilizaria a eleição do atual presidente da sigla, deputado Michel Temer (SP), para a presidência da Câmara. Quem comandar o PMDB em 2009 ficará encarregado das articulações para a eleição presidencial de 2010. O Palácio do Planalto trabalha para que o PT fique com a presidência do Senado.
Gatos
A Polícia Florestal, a pedido do Gabinete de Segurança Institucional, concordou em dar sumiço em 52 gatos que vivem no estacionamento do Palácio do Planalto. A proliferação dos bichanos se deve à ausência de predadores no local.
Na prateleira
Salário de iniciante: R$5 mil
Jerson Kelman
O Globo
Jerson Kelman
O Globo
Há uma transformação em curso na administração pública federal decorrente de uma orientação governamental para que praticamente todas as atividades sejam realizadas por servidores públicos e não por funcionários terceirizados. No caso da Agência Nacional de Energia Elétrica, o apoio administrativo passou a ser realizado nos últimos anos por servidores de nível médio. Como aponta o editorial do GLOBO (29/08/08), "contratar funcionários estáveis significa eternizar uma despesa flexível na terceirização". Há razoável convergência entre os estudiosos do tema no sentido de que as atividades típicas de Estado - fiscalização, por exemplo - devem ser exercidas por servidores estáveis. Porém, quando se trata de atividades de apoio, há quem defenda, como é o meu caso, que haja flexibilidade. Passados alguns anos da substituição de terceirizados por concursados, é possível abandonar o enfrentamento ideológico pela nua e crua observação dos fatos. Vamos a eles. Quatro anos atrás a Aneel assinou um Termo de Compromisso com o Ministério Público que estabeleceu a meta de realizar o provimento dos cargos das carreiras criadas pela lei nº 10.871/04, no período de 2004 a 2006, com a conseqüente dispensa do pessoal contratado de forma terceirizada. Em 2004 realizou-se o primeiro concurso público para preenchimento de vagas para 220 cargos de nível superior e 70 de nível médio (técnicos administrativos). Depois de um ano, só restavam 44 desses servidores. Ou seja, uma perda de 37%!
Salário de iniciante: R$5 mil
Salário de iniciante: R$5 mil
Detrans vão devolver carteiras de motoristas flagrados embriagados
Evandro Éboli
Evandro Éboli
O Globo
Denatran alega que lei é omissa sobre procedimento a ser adotado por policiais
Alegando falta de clareza na lei que alterou o Código de Trânsito Brasileiro, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) orientou os Detrans de todo o país a devolver a carteira de habilitação a motoristas que foram flagrados dirigindo embriagados. Pela nova orientação, no momento do flagrante a carteira deverá ser apreendida pelo policial, mas depois deverá ser devolvida ao motorista quando ele for ao Detran para receber a notificação de abertura de processo administrativo contra ele. Até o julgamento final - o processo que pode durar até 60 dias, por causa dos prazos para recursos - o motorista ficará com a carteira em mãos. O diretor do Denatran, Alfredo Peres da Silva, disse ontem que uma lacuna na lei estava provocando interpretações diferentes nos Detran. No texto, não está claro até quando a carteira deve ficar apreendida, e que tipo de documento deve ser entregue ao motorista enquanto estiver sem a carteira. Peres disse que o governo prepara mudanças para tornar a lei mais clara sobre a retenção da carteira. - A falta de clareza está levando policiais a devolver a carteira ao motorista no ato do flagrante, o que não pode ocorrer. A carteira tem que ficar apreendida. Só depois de notificado é que o motorista pode levar o documento. Ele terá direito a ampla defesa - disse Peres.
Detrans vão devolver carteiras de motoristas flagrados embriagados
Detrans vão devolver carteiras de motoristas flagrados embriagados
Universidade omite 'raça branca' em inscrição
O Globo
Dirigente de federal baiana afirma que só foram incluídas etnias que podem ser beneficiadas por sistema de cotas
A ficha de inscrição para o próximo vestibular da Universidade Federal da Bahia (UFBA) pede aos candidatos que indiquem a sua etnia e oferece uma série de opções para os estudantes, mas não cita a raça branca. Quem se considera branco, portanto, deve marcar a categoria "outras". As demais opções listadas no formulário são: "preto", "pardo", "índio descendente", "aldeado" (no caso de índios que vivem em aldeias) e "quilombolas". O pró-reitor de Ensino de Graduação da UFBA, Maerbal Marinho, disse que a omissão da raça branca tem caráter meramente operacional. Isso porque, segundo ele, a ficha lista apenas as etnias beneficiadas pelo sistema de cotas da universidade, que reserva 45% das vagas para estudantes de escolas públicas, com subcotas para os autodeclarados negros e índios.
Universidade omite 'raça branca' em inscrição
Universidade omite 'raça branca' em inscrição
Por dentro do mercado - Crise? Juros e dólar desdenham contágio
Luiz S. Guimarães
Valor Econômico
Risco sistêmico? Quebradeira em cascata? Apesar do violento aumento da aversão global ao risco, os dois mercados capazes de acoplar o Brasil à crise americana exibiram ontem comportamentos irrepreensíveis. O dólar só subiu 1,51%, cotado a R$ 1,8080. E o juro futuro caiu. A taxa básica privada - piso do custo do crédito - recuou de 14,58% para 14,56%. Além de desdenhar a crise, enviam um recado muito claro ao Banco Central: o declínio das commodities terá um impacto positivo sobre a inflação mais vigoroso que o negativo produzido pela depreciação cambial. Desde o piso da baixa (R$ 1,5590, registrado no dia 1º de agosto) até ontem, o dólar já subiu 15,97%, enquanto o índice CRB de 19 commodities tombou 25,64% desde o teto da alta, atingido em 2 de julho.
Por dentro do mercado - Crise? Juros e dólar desdenham contágio
O poder da informação
Artigo - Marcelo Medeiros
Jornal do Brasil
(...)
Governador e senador democrata por Nova York, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945) foi eleito quatro vezes presidente dos Estados Unidos.
Consta que, certa vez, ao despachar com J. Edgar Hoover (1895-1972), diretor do FBI, elogiou o serviço da polícia federal americana.
Ao que Edgar Hoover respondeu: "Senhor presidente, temos que fazer o melhor para defender vossa excelência de seus inimigos". Roosevelt retrucou no ato: "Saiba, senhor Hoover, que eu tenho muito mais receio do senhor e da sua polícia do que dos meus inimigos...".
O poder da informação
Luiz S. Guimarães
Valor Econômico
Risco sistêmico? Quebradeira em cascata? Apesar do violento aumento da aversão global ao risco, os dois mercados capazes de acoplar o Brasil à crise americana exibiram ontem comportamentos irrepreensíveis. O dólar só subiu 1,51%, cotado a R$ 1,8080. E o juro futuro caiu. A taxa básica privada - piso do custo do crédito - recuou de 14,58% para 14,56%. Além de desdenhar a crise, enviam um recado muito claro ao Banco Central: o declínio das commodities terá um impacto positivo sobre a inflação mais vigoroso que o negativo produzido pela depreciação cambial. Desde o piso da baixa (R$ 1,5590, registrado no dia 1º de agosto) até ontem, o dólar já subiu 15,97%, enquanto o índice CRB de 19 commodities tombou 25,64% desde o teto da alta, atingido em 2 de julho.
Por dentro do mercado - Crise? Juros e dólar desdenham contágio
O poder da informação
Artigo - Marcelo Medeiros
Jornal do Brasil
(...)
Governador e senador democrata por Nova York, Franklin Delano Roosevelt (1882-1945) foi eleito quatro vezes presidente dos Estados Unidos.
Consta que, certa vez, ao despachar com J. Edgar Hoover (1895-1972), diretor do FBI, elogiou o serviço da polícia federal americana.
Ao que Edgar Hoover respondeu: "Senhor presidente, temos que fazer o melhor para defender vossa excelência de seus inimigos". Roosevelt retrucou no ato: "Saiba, senhor Hoover, que eu tenho muito mais receio do senhor e da sua polícia do que dos meus inimigos...".
O poder da informação
Nenhum comentário:
Postar um comentário