Para economista, usura pode levar país à recessão
O ex-secretário de Política Econômica e professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, defendeu a "temporária estatização da concessão de crédito" no país. Para ele, a decisão do governo de deixar disponível ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) R$ 100 bilhões, via Tesouro Nacional, para financiar investimentos de longo prazo é bastante correta e precisa ser amplificada.
"Os bancos no Brasil não estão realizando empréstimos às empresas e consumidores. Na crise, revela-se o caráter coletivista do sistema de crédito nacional", comentou.
Para Belluzzo, o governo precisa adotar uma atitude mais positiva em relação ao crédito, ou seja, "emprestar diretamente às empresas", pois as instituições financeiras comerciais ficaram conservadoras demais num período de retração econômica e o risco é levar o país à recessão.
Na sua avaliação, se os bancos não querem conceder financiamentos, o governo deveria fazê-lo diretamente às empresas com recursos do Tesouro Nacional. "Esse movimento está ocorrendo nos EUA e na Inglaterra, onde os respectivos governos estão injetando volumes expressivos de capitais para que o sistema financeiro e empresas voltem a trabalhar normalmente", comentou.
"O Estado não pode deixar a economia parar se os bancos comerciais decidirem não conceder empréstimos".
Belluzzo defende também que o governo adote uma estratégia mais ampla para sustentar os investimentos de longo prazo, como redução do superávit primário. O economista-chefe da LCA, Bráulio Borges, estima que tal poupança do Orçamento atingiu 4,2% do PIB em 2008. De acordo com Borges, para cada queda de 1 ponto percentual do superávit primário o país cresce 0,4 ponto percentual.
"O superávit primário precisa ser utilizado de forma anticíclica. E agora é o momento adequado para ser aplicado de forma expressiva para estimular a economia", apontou Belluzzo.
O ex-secretário de Política Econômica e professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, defendeu a "temporária estatização da concessão de crédito" no país. Para ele, a decisão do governo de deixar disponível ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) R$ 100 bilhões, via Tesouro Nacional, para financiar investimentos de longo prazo é bastante correta e precisa ser amplificada.
"Os bancos no Brasil não estão realizando empréstimos às empresas e consumidores. Na crise, revela-se o caráter coletivista do sistema de crédito nacional", comentou.
Para Belluzzo, o governo precisa adotar uma atitude mais positiva em relação ao crédito, ou seja, "emprestar diretamente às empresas", pois as instituições financeiras comerciais ficaram conservadoras demais num período de retração econômica e o risco é levar o país à recessão.
Na sua avaliação, se os bancos não querem conceder financiamentos, o governo deveria fazê-lo diretamente às empresas com recursos do Tesouro Nacional. "Esse movimento está ocorrendo nos EUA e na Inglaterra, onde os respectivos governos estão injetando volumes expressivos de capitais para que o sistema financeiro e empresas voltem a trabalhar normalmente", comentou.
"O Estado não pode deixar a economia parar se os bancos comerciais decidirem não conceder empréstimos".
Belluzzo defende também que o governo adote uma estratégia mais ampla para sustentar os investimentos de longo prazo, como redução do superávit primário. O economista-chefe da LCA, Bráulio Borges, estima que tal poupança do Orçamento atingiu 4,2% do PIB em 2008. De acordo com Borges, para cada queda de 1 ponto percentual do superávit primário o país cresce 0,4 ponto percentual.
"O superávit primário precisa ser utilizado de forma anticíclica. E agora é o momento adequado para ser aplicado de forma expressiva para estimular a economia", apontou Belluzzo.
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