A Praça é do Povo ou das Múmias?
Festas, shows, exposições científicas e culturais, jogos e brincadeiras de crianças, atividades esportivas, comemorações de toda ordem... Tudo se faz na “Praça dos Três Poderes”. É um esforço danado tanto do GDF quanto de promotores, artistas e publicitários. E - claro! - das empresas que vencem as licitações para a montagem de toda aquela infra-estrutura provisória (ou será que não há licitação para aquilo?). Todo dia se vê o monta-desmonta contínuo de estruturas de ferro, cartazes de publicidade, banheiros improvisados, entulhos esparramados, num “suja-limpa” eterno e complicado. Não se entende o porquê disso. Afinal, não foram gastos milhões na cobertura e na reestruturação das instalações do espaço do Parque da Cidade em que ocorre a “Festa dos Estados”? Não houve o dispêndio de outros tantos milhões com a revitalização do Centro de Convenções Ulysses Guimarães? Não temos o Mané Garrincha e o Nilson Nélson (este, recentemente reformado)? Não foi construído também aquele pinico gigante invertido ali ao lado da Catedral? Aliás, quase não se vê gente por ali. E o espaço do autódromo, cedido ao Piquet? Para que serve? Para nada? Por que o improviso se Brasília já possui tantos espaços? Afinal, a brincadeira é com o dinheiro do contribuinte. Com a palavra o governador “chorão arrependido”, José Roberto Arruda... E agora, chega a notícia de que Niemeyer resolveu modificar, mais uma vez a seu bel prazer, a Esplanada dos Ministérios. Não se sabe de onde vem o poder dado a este homem de intervir em nossas vidas ad infinitum. A verdade é que o arquiteto, com 101 anos, não desiste de atormentar Brasília. É o nosso fantasma vivo. Já não bastasse ter projetado uma cidade feita para manter o povão longe do poder, agora quer ampliar os elefantes brancos faraônicos e inúteis do centro de Brasília. Pretende inserir dois novos edifícios e uma praça num dos cartões postais da capital brasileira. O “Estudo Preliminar” já foi apresentado ao “Chorão Arrependido”. O que chama de “intervenção” modificará a Esplanada dos Ministérios e custará outros tantos milhões e milhões e milhões meus, seus, nossos, enquanto as escolas públicas do DF, que já foram modelos para o Brasil, parecem lixeiras abandonadas. As obras para as fantasias do pseudo-comunista Niemeyer deverão ser entregues em 21 de abril de 2010, quando Brasília comemorará 50 anos. Pelo menos escolheu bem o nome: “Praça da Soberania”, que ficará entre o Teatro Nacional e a Praça de Eventos, de um lado, e o Complexo Cultural da República e a Catedral, de outro, cortando o gramado. Mais uma vez o arquiteto escolheu, adivinhem... Mais um edifício curvo, gigantesco por fora e inútil por dentro, que abrigará o Memorial dos Presidentes. A edificação oposta será o Monumento ao Cinqüentenário, uma torre que deverá ter 80 a 100 m de altura e será um espaço de exposições. Uma torre totalmente inútil que, no futuro, será cercada pelas mesmas construções provisórias de ferro que hoje vemos reinando no local e que tanto agrada aos vencedores das licitações (?)... Com o projeto, Niemeyer atenderá pedido do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, sentindo-se como Quéops, Quéfrem e Miquerinos, deseja se eternizar não só na Presidência, mas no Memorial dos Presidentes. Já pensou, que luxo? Pelo menos o tamanho da construção fará jus ao tamanho do ego do Lula.
Festas, shows, exposições científicas e culturais, jogos e brincadeiras de crianças, atividades esportivas, comemorações de toda ordem... Tudo se faz na “Praça dos Três Poderes”. É um esforço danado tanto do GDF quanto de promotores, artistas e publicitários. E - claro! - das empresas que vencem as licitações para a montagem de toda aquela infra-estrutura provisória (ou será que não há licitação para aquilo?). Todo dia se vê o monta-desmonta contínuo de estruturas de ferro, cartazes de publicidade, banheiros improvisados, entulhos esparramados, num “suja-limpa” eterno e complicado. Não se entende o porquê disso. Afinal, não foram gastos milhões na cobertura e na reestruturação das instalações do espaço do Parque da Cidade em que ocorre a “Festa dos Estados”? Não houve o dispêndio de outros tantos milhões com a revitalização do Centro de Convenções Ulysses Guimarães? Não temos o Mané Garrincha e o Nilson Nélson (este, recentemente reformado)? Não foi construído também aquele pinico gigante invertido ali ao lado da Catedral? Aliás, quase não se vê gente por ali. E o espaço do autódromo, cedido ao Piquet? Para que serve? Para nada? Por que o improviso se Brasília já possui tantos espaços? Afinal, a brincadeira é com o dinheiro do contribuinte. Com a palavra o governador “chorão arrependido”, José Roberto Arruda...
Said Barbosa Dib
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