Se há uma banda que merece respeito, essa banda é a Eddie. Vinte anos de estrada, quatro álbuns impecáveis e um dos melhores shows disponíveis na praça.Prestes a completar vinte anos, a Eddie lançou no fim do ano passado seu quarto álbum, Carnaval no Inferno. O disco é uma continuação de Metropolitano (Salazarte, 2006), e traz a sonoridade que incorpora a lírica e as batidas manguebeatianas, reunindo elementos do samba, rock e dub sempre atrelados à música tradicional pernambucana, principalmente ao frevo. Através de seus versos, há um apelo maior relacionado aos conflitos urbano-sociais, como fica evidente em “Eu To Cansado Desta Merda” e “Bairro Novo/Casa Caiada”. Há também espaço para canções românticas como “Me Diga Que Não Foi Legal” e alguns temas instrumentais. O disco ainda conta com uma série de participações, que vão desde a lenda pernambucana Erasto Vasconcelos até estrelas da nova música brasileira, como Karina Buhr e Curumin.Os últimos anos foram marcados por turnês européias – ao todo quatro – confirmando o estigma “som brazuca” que a banda tem. Apesar disso, a Eddie é um exemplo de como utilizar elementos regionais sem que pareçam datados ou forçados , sempre soando originais . A colaboração com trilhas sonoras para o cinema nacional e diversas mudanças de elenco também fizeram parte do cotidiano da banda, que agora parece ter se estabilizado.Muitas vezes o nome da Eddie surge junto com os de Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, bandas que surgiram na mesma época e tiveram maior exposição na mídia. Fábio Trummer e sua trupe são sobreviventes. Poucas foram as bandas que conseguiram se manter, por tanto tempo, no circuito alternativo, sem subir para o patamar de mercado que suas contemporâneas atingiram. Além disso , a Eddie sempre gozou de prestígio da mídia especializada e construiu um público fiel a ponto de ter seus shows sempre cheios.Confira a gravação do hit “Me Diga o Que Não Foi Legal” e entrevista com Fábio Trummer: http://tramavirtual.uol.com.br/noticia.jsp?noticia=7812
(por Trama Virtual – Fevereiro / 2009)
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