Patriotas percorrem em caiaques mais de 1000 km do Solimões para chamar a atenção sobre os perigos contra a soberania brasileira na região
Dupla gaúcha saiu da fronteira com a Colômbia e vai até Manaus. Percurso total da viagem chega a 1.600 quilômetros.
A tarefa parece impossível, mas os dois remadores estão quase no fim. Os gaúchos Hiram Reis e Silva, 58, e Romeu Chala, 48, já percorreram mais de mil quilômetros do rio Solimões em dois caiaques. No dia 1º de janeiro eles partiram da cidade de Tabatinga (AM), na divisa do Brasil com a Colômbia, e já estão na cidade de Codajás, próxima a Manaus, seu destino final.
Veja o álbum de fotos da aventura .
Eles viajam sozinhos, sem barco de apoio. Não têm instrumentos de comunicação via satélite, e só conseguem entrar em contato com o Rio Grande do Sul quando param em alguma cidade ribeirinha. “É uma expedição pobre”, brinca Silva, que concedeu entrevista ao Globo Amazônia usando um orelhão em Codajás.
Banana e miojo
A rotina dos remadores começa cedo. Eles levantam entre quatro e cinco da manhã, e começam a viagem assim que o sol nasce. “Navegamos das 6 às 13h. Usamos apenas a parte da manhã para não pegar muito sol”, conta Silva.
As paradas são feitas em cidades ou pequenas comunidades à beira do rio. São nesses locais que Hiram e Romeu compram comida, dormem e se preparam para a jornada seguinte. “Comemos basicamente banana e Miojo”, relata o remador. Apesar da região ser pouco povoada, Silva conta que sempre encontra algum local habitado para passar a noite. “Tem muitas comunidades, e a hospitalidade tem nos surpreendido positivamente. O pessoal nos convida para almoçar, para jantar.”
Ilhas que se movem
Antes de se lançar ao Solimões para percorrer cerca de 1.600 quilômetros – a distância aproximada entre Tabatinga e Manaus pelo rio –, Silva treinou durante dois anos nas águas do Sul. “Foram 15 mil quilômetros no rio Guaíba e na Lagoa dos Patos, com ondas, ventos e chuvas. As condições eram piores do que nos Solimões."A aventura está sendo realizada a bordo de dois caiaques oceânicos que medem 5,5 e 6,2 metros de comprimento. Cada remador leva cerca de 30 quilos de bagagem, entre roupas, comida e equipamentos eletrônicos, como navegadores e máquinas fotográficas. Segundo Silva, que é professor do Colégio Militar de Porto Alegre e tem curso de Guerra na Selva, não é tarefa simples conseguir se localizar no Solimões, pois os mapas mostrados no GPS (aparelho usado para localização) nem sempre correspondem à realidade. “[O rio] constrói e destrói ilhas com uma velocidade muito grande”, explica. As dificuldades de localização, contudo, foram vencidas com a ajuda da natureza: “Nas três oportunidades em que ocorreu uma dúvida maior, os botos tucuxis praticamente indicaram os caminhos a seguir. Eles apontaram o nariz para os locais para onde deveríamos ir.” A aventura dos remadores gaúchos pode ser acompanhada pelo blogDesafiando o Rio-Mar.
Veja também:
Dupla gaúcha saiu da fronteira com a Colômbia e vai até Manaus. Percurso total da viagem chega a 1.600 quilômetros.
Iberê Thenório Do Globo Amazônia, em São Paulo
A tarefa parece impossível, mas os dois remadores estão quase no fim. Os gaúchos Hiram Reis e Silva, 58, e Romeu Chala, 48, já percorreram mais de mil quilômetros do rio Solimões em dois caiaques. No dia 1º de janeiro eles partiram da cidade de Tabatinga (AM), na divisa do Brasil com a Colômbia, e já estão na cidade de Codajás, próxima a Manaus, seu destino final.
Eles viajam sozinhos, sem barco de apoio. Não têm instrumentos de comunicação via satélite, e só conseguem entrar em contato com o Rio Grande do Sul quando param em alguma cidade ribeirinha. “É uma expedição pobre”, brinca Silva, que concedeu entrevista ao Globo Amazônia usando um orelhão em Codajás.
Banana e miojo
A rotina dos remadores começa cedo. Eles levantam entre quatro e cinco da manhã, e começam a viagem assim que o sol nasce. “Navegamos das 6 às 13h. Usamos apenas a parte da manhã para não pegar muito sol”, conta Silva.
As paradas são feitas em cidades ou pequenas comunidades à beira do rio. São nesses locais que Hiram e Romeu compram comida, dormem e se preparam para a jornada seguinte. “Comemos basicamente banana e Miojo”, relata o remador. Apesar da região ser pouco povoada, Silva conta que sempre encontra algum local habitado para passar a noite. “Tem muitas comunidades, e a hospitalidade tem nos surpreendido positivamente. O pessoal nos convida para almoçar, para jantar.”
Ilhas que se movem
Antes de se lançar ao Solimões para percorrer cerca de 1.600 quilômetros – a distância aproximada entre Tabatinga e Manaus pelo rio –, Silva treinou durante dois anos nas águas do Sul. “Foram 15 mil quilômetros no rio Guaíba e na Lagoa dos Patos, com ondas, ventos e chuvas. As condições eram piores do que nos Solimões."A aventura está sendo realizada a bordo de dois caiaques oceânicos que medem 5,5 e 6,2 metros de comprimento. Cada remador leva cerca de 30 quilos de bagagem, entre roupas, comida e equipamentos eletrônicos, como navegadores e máquinas fotográficas. Segundo Silva, que é professor do Colégio Militar de Porto Alegre e tem curso de Guerra na Selva, não é tarefa simples conseguir se localizar no Solimões, pois os mapas mostrados no GPS (aparelho usado para localização) nem sempre correspondem à realidade. “[O rio] constrói e destrói ilhas com uma velocidade muito grande”, explica. As dificuldades de localização, contudo, foram vencidas com a ajuda da natureza: “Nas três oportunidades em que ocorreu uma dúvida maior, os botos tucuxis praticamente indicaram os caminhos a seguir. Eles apontaram o nariz para os locais para onde deveríamos ir.” A aventura dos remadores gaúchos pode ser acompanhada pelo blog
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