Os EUA entre a recessão e o colapso
por Jorge Beinstein [*]
A recessão instalou-se nos Estados Unidos. Os subsídios alimentares que em 2006 abrangiam uns 26,5 milhões de pessoas em 2007 subiram para 28 milhões, nível nunca atingido desde os anos 1960. Recentemente a OCDE reviu em baixa suas previsões de crescimento para a economia norte-americana assinalando-lhe uma expansão igual a zero para o primeiro semestre deste ano. Pelo seu lado, o FMI acaba de fazer um prognóstico ainda mais grave pois inclui períodos de crescimento negativo. Estes organismos vinham bombardeando os meios de comunicação (que por sua vez bombardeavam o planeta) com prognósticos otimistas baseados na suposta fortaleza da economia norte-americana. Sustentavam que não haveria recessão e que o pior poderia ser um crescimento baixo, rapidamente ultrapassado por uma nova expansão... Se agora admitem a recessão é porque algo muito pior está no horizonte. Sob a aparência de várias crises convergentes desenvolve-se perante os nossos olhos o final daquilo que deveríamos encarar como o primeiro capítulo do declínio do império norte-americano (aproximadamente 2001-2007) e o começo de um processo turbulento desencadeado pelo salto qualitativo de tendências negativas que se foram desenvolvendo ao longo de períodos de diferentes durações.
por Jorge Beinstein [*]
A recessão instalou-se nos Estados Unidos. Os subsídios alimentares que em 2006 abrangiam uns 26,5 milhões de pessoas em 2007 subiram para 28 milhões, nível nunca atingido desde os anos 1960. Recentemente a OCDE reviu em baixa suas previsões de crescimento para a economia norte-americana assinalando-lhe uma expansão igual a zero para o primeiro semestre deste ano. Pelo seu lado, o FMI acaba de fazer um prognóstico ainda mais grave pois inclui períodos de crescimento negativo. Estes organismos vinham bombardeando os meios de comunicação (que por sua vez bombardeavam o planeta) com prognósticos otimistas baseados na suposta fortaleza da economia norte-americana. Sustentavam que não haveria recessão e que o pior poderia ser um crescimento baixo, rapidamente ultrapassado por uma nova expansão... Se agora admitem a recessão é porque algo muito pior está no horizonte. Sob a aparência de várias crises convergentes desenvolve-se perante os nossos olhos o final daquilo que deveríamos encarar como o primeiro capítulo do declínio do império norte-americano (aproximadamente 2001-2007) e o começo de um processo turbulento desencadeado pelo salto qualitativo de tendências negativas que se foram desenvolvendo ao longo de períodos de diferentes durações.
Outros ensaios de Jorge Beinstein:
· No princípio da segunda etapa da crise global , 13/Fev/08
· Estados Unidos: a irresistível chegada da recessão , 06/Jun/07
· O declínio do dólar… e dos Estados Unidos , 18/Jan/07
· A irresistível ascensão do ouro , 03/Jul/06
· A solidão de Bush, o fracasso dos falcões e o desinchar das bolhas , 27/Ago/07
· Os Estados Unidos no centro da crise mundial , 01/Nov/04
· A segunda etapa do governo Kirchner , 07/Out/04
· A vida depois da morte: A viabilidade do pós-capitalismo , 07/Set/04
· As más notícias da petroguerra , 20/Jul/05
· Pensar a decadência: O conceito de crise em princípios do século XXI , 11/Abr/05
· O reinado do poder confuso , 12/Abr/06
· Os primeiros passos da megacrise , 24/Jan/06
[*] Economista, jorgebeinstein@yahoo.com
Este ensaio encontra-se em http://resistir.info/ .
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