quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Samba-enredo da Beija-Flor deste ano


Macapaba: equinócio solar, viagens fantásticas do meio do mundo

Compositores do Samba-Enredo: Cláudio Russo, Carlinhos Detran, J. Veloso, Gilson Dr., Kid e Marquinhos


É manhã

Brilho de fogo sob o sol do novo dia

Meu talismã, a minha fonte de energia

Oh! Deusa do meu samba, a flor de Macapá

No manto azul da fantasia

Me faz mais forte, extremo Norte

A luz solar ilumina meu interior

Vou viajar na Linha do Equador

Emana ao meio do mundo a beleza

A força da mãe natureza é Macapaba

O rio beijando o mar, encontro das águas

Marejando meu olhar

Quem foi meu Deus, que fez do barro poema?

Quem fez meu Criador se orgulhar?

Os cunanis, aristés, maracás

Foram dez, foram mais pelo Amapá

Um dia, navegando os rios de Tupã

A viagem fantasia dos filhos de Canaã

A mágica da terra a cobiça atraiu

Ibéria se enleva no BrasilA mão de Ianejar

Na fortaleza pela proteção da vida

Em São José de Macapá

Brilha Mairi, a minha estrela preferida

Herança moura em Mazagão

O meu valor, me faz brilharIluminar o meu estado de amor

Comunidade impõe respeitoBate no peito, eu sou Beija-flor






Beija-Flor terá abre-alas incandescente para conquistar bicampeonato




Mar de olhos à ‘Big Brother’

Outro momento de explosão de cores no desfile da Beija-Flor é o quarto setor, que mostra a chegada dos navegantes à região do Amapá. Para falar sobre a ambição dos piratas, visando às riquezas naturais, Alexandre Louzada criou uma ala especial, que desfilará ao redor do carro. Os integrantes vão segurar nas mãos a réplica de um olho, que simboliza a cobiça européia. “É um mar de olhos pelo qual navegará nossa alegoria, um navio meio pirata, meio fantástico. As velas lembram asas de morcego, com cores de borboletas. E o carro também terá uns olhos grandes com movimentos articulados, que foram inspirados na abertura do ‘Big Brother’”, descreve.
Mil e uma noites no Amapá

Fenícios em Amapá no desfile da azul-e-branca


O azul característico da escola pincela algumas das oito alegorias da Beija-Flor, como a quarta, que mostra a suposta presença fenícia na região, antes do descobrimento do Brasil. O carro, todo dourado e trabalhado em pedrarias, mostra elementos fenícios fundidos à cultura local, como a onça-esfinge que arremata a parte central da alegoria. “Nós nos baseamos em relatos que apontam a chegada dos fenícios em uma cidade banhada a ouro na terra de sol a pino. O carro foi inspirado nas Minas do Rei Salomão”, diz o carnavalesco, que também citará outra cultura instalada no Amapá: a dos descendentes de mouros marroquinos, que fundaram a cidade de Mazagão. “Será um momento de ‘Mil e uma noites’ na Avenida. Essa alegoria é toda em tons de rosa e é decorada com tendas e camelos”, adianta Louzada. Os achados arqueológicos no estado serão ilustrados no terceiro carro. As baianas de Nilópolis desfilarão neste setor, representando a cerâmica indígena. “É como canta o refrão do meio do nosso samba: ‘Quem foi meu Deus, que fez do barro poema? / Quem fez meu Criador se orgulhar? / Os cunanis, aristés, maracás / Foram dez, foram mais pelo Amapá’”, cita Louzada.

Índio no lugar de São José

A Fortaleza de São José, também citada no hino da Beija-Flor, será representada em uma alegoria em forma de estrela de cinco pontas.

“A partir da construção dessa fortaleza, deu-se a fundação da cidade de Macapá. E São José estará no desfile como um bebê no colo de uma índia, para evitar problemas com a Igreja Católica. Nas laterais, há velas e lírios brancos e amarelos, que nascem no Rio Amazonas”, explica o carnavalesco. Já o encerramento do desfile retorna à Linha do Equador para mostrar a cultura local. “É um trabalho poético em cima do futuro, em que resgatamos o azul e o branco para celebrar os 250 anos de Macapá com uma ciranda de índios espaciais que dançam o marabaixo, característico do Amapá”, conta Alexandre Louzada. As baianas mais antigas da escola e Soninha Capeta, que por muitos anos foi rainha de bateria da escola, serão destaques no último carro. “Todas elas simbolizam a Beija-Flor”, diz.

http://g1.globo.com/Carnaval2008

Beija-Flor terá abre-alas incandescente para conquistar bicampeonato


Escola homenageia capital do Amapá, Macapá, com lendas e viagens fantásticas.

“Não será um mais enredo amazônico”, afirma carnavalesco.
Daniel Targueta, da TV Globo, no Rio.
De olho no bicampeonato, a Beija-Flor se inspira nas lendas e histórias de Macapá (Foto: Daniel Targueta / TV Globo)

Depois de buscar inspiração na África para conquistar seu décimo título, a Beija-Flor viaja este ano até o Amapá, mais precisamente à capital, Macapá. A cidade, que comemora 250 anos no dia do desfile da escola (4 de fevereiro), é o principal foco do enredo “Macapaba: equinócio solar, viagens fantásticas do meio do mundo”, desenvolvido por uma comissão de carnaval formada pelos carnavalescos Laíla, Alexandre Louzada, Fran Sérgio e Ubiratan Silva.

“É um enredo muito diversificado. Não vamos cantar parabéns para Macapá e não tem alegoria de bolo”, afirma Alexandre Louzada, em seu segundo ano na azul-e-branca de Nilópolis. O único momento essencialmente verde do desfile da Beija-Flor será no segundo carro, que mostra a riqueza ecológica de Macapá, com muitas índias, peixes e plantas, além de um enorme papagaio, que levantará vôo em plena Avenida. “E só isso de Amazônia”, adianta Louzada, que se inspirou no fato de a capital do Amapá ser a única cidade cortada pela Linha do Equador para abusar do colorido.

Abre-alas incandescente

“Queremos fugir daquela estética de desfiles amazônicos que já passaram muitas vezes na Sapucaí. A Beija-Flor está mais colorida e mais luxuosa do que no ano passado”, comenta Alexandre Louzada, que abre seu carnaval com o vermelho, para lembrar os fenômenos solares que acontecem em Macapá.

O símbolo da escola, beija-flor: giro de 360º no carro

“A abertura é uma fantasia de carnaval, em que o beija-flor de Nilópolis conhece o beija-flor de Macapá, conhecido lá como brilho-de-fogo, viajando na Linha do Equador durante o equinócio”, explica Louzada, que prepara um abre-alas de 36 metros de comprimento, em dois carros acoplados. “Gastamos R$ 150 mil só na compra de acetato para o abre-alas. Fizemos também um investimento pesado em iluminação nele. Parece que o carro é incandescente como o sol”, acrescenta.

A exemplo do ano passado, o símbolo da azul-e-branca nilopolitana também estará presente na alegoria, junto com outros cem beija-flores de diferentes tamanhos. “O beija-flor central vai girar 360 graus como se estivesse circundando o planeta e também toda a Avenida”, aponta Louzada.

POEMA: "O PASSADO", DE W.C.BRYANT

Meus queridos amigos:

Segue abaixo um dos poemas mais bonitos da língua inglesa. Trata-se de “The Past” (“O Passado”), de W.C.Bryant, escrita numa linguagem mais arcaica, mas com uma profundidade muito interessante, quando se vê o passado com os olhos ansionsos no futuro. A tradução para a nossa língua foi feita pelo meu avô, Recenvindo Barbosa Lagares, o homem que me criou, minha referência, meu único ídolo. Ele foi seminarista no Caraça, em Minas. Infelizmente, não está mais entre nós. Depois da tradução, vocês podem conferir a análise do tradutor sobre o poema. Confiram e comentem.
Said


THE PAST
O PASSADO

By W.C.bryant.
Tradução: Recenvindo Barbosa Lagares

Thou unrelenting past!
Strong are the barriers round the
Darks domain,
And fetters, sure and fast,
Hold all that enter thy unbreathing reign.

O Tu, Passado Implacável!
Fortes são as barreiras que circundam teus negros domínios,
Duros e fortes os grilhões que imobilizam
Aos que penetram teu reino asfixiante

Far in thy realm withdrawn,
Old empires set in sulleness and
Gloom,
And glorious ages gone
Lie deep within the shadouw of thy womb.

Há muito, para teus domínios retirados,
Descansam velhos impérios na sombra, na escuridão;
E, fundo, na penumbra de teu seio,
Épocas gloriosas que se foram.

Childhood, with all its mirth,
Youth, manhood, age that draws us to the ground,
And last, man’s life on earth,
Glide to thy dim dominions,
And are bound.

Tudo se desliza para teus tétricos domínios:
A infância em toda a sua alegria,
A juventude, a virilidade plena, a idade que nos arrasta ao pó,
Enfim, a vida dos homens sobre a terra.

Thou Hast my better Years;
Thou hast my earlier friends, the good, the kind,
Yielded to thee with tears-
The venerable form, the exalted mind.

Teus, os meus melhores anos,
Teus, os meus primeiros amigos!
Os bons, os benevolentes, com lágrimas,
Entregam-te o corpo esplêndido, a mente gloriosa!

My spirit yearns to bring
The lost ones back-Yearns with
Desire intense,
And struggles hard to wring.
Thy bolts apart, and pluck thy
Captives thence.

Meu espírito, porém aos que se foram,
Anseia por traze-los de volta.
Anseia e, no desejo fremente, luta
Por romper-te as cadeias, arrancando-te os cativos.

In vain! Thy gates deny
All passage save to those who
Hence depart;
Nor to the streaming eye.
Thou giv’st them back-nor to
The broken heart.

Em vão, porém; Teus portões não se abrem,
Senão aos que daqui se vão!
A ninguém dás que volte, não te enterneces
Ante as lágrimas, os corações partidos.

In thy abysses hide
Beauty and excellence unknown
to thee
Earth’s wonders and her pride
Are gathered as the waters to the sea;

Qualidades excelsas, belezas desconhecidas,
Ocultam-se nos teus abismos;
E, como para o mar as águas, para ti afluem
Da terra as maravilhas e tudo de que se orgulha:

Labors of good man,
Unpublished charity, unbroken faith,
Love, that midst grief began,
And grew with years, and faltered not
in death.

O esforço do bem a favor do homem,
A caridade escondida, a fé inquebrantável,
O amor na dor nascido, que com os anos cresceu,
Impassível mesmo ante a própria morte.

Full many a mighty name
Lurks in thy depths, unuttered, unrevered;
With thee are silent fame,
Forgotten arts. and wisdom disappeared.

Nas tuas profundezas, ocultam-se, portentosos,
Inúmeros nomes que já não se reverenciam, que não mais são pronunciados;
Contigo, a fama que se silenciou,
As artes esquecidas, a sabedoria que desapareceu.

Thine for a epace are they-
Yet shalt thou Yielde thy treasures up
at last:Thy gates shall yet give way,
Thy bolts sall fall, inexorable Past!

Tudo, por algum tempo, te pertence – Mas, enfim,
De teus tesouros haverás de abrir as mãos,
Teus portões, ó passado inexorável, abrirão caminho,
Os ferrolhos que os prendem romper-se-ão! Caminho,

All tha of good and fair
Has gone into thy womb from earliest time,
Shaal then come forth to wear the glory and the beauty of its prime.

Tudo quanto de belo e de bom,
Desde tempos imemoriais,
Em teu seio se escondeu, reaparecerá,
Revestido da glória e beleza originais.

They have not perished-no! Kind Words, remembered voices ance so
Sweet, smiles, radiant long ago, and features, the great sous’s apparent.
seat.

Nada pereceu! Oh! Não! Palavras bondosas,
Relembradas vozes de acento outrora tão suaves,
Sorrisos radiantes de antanho , e os corpos,
Das almas templos magnifícos,

All shall come back; each tie, of pure affection shall bi knit again;
Alone shall Evil die, and Sorrow dwell a prisioner in thy reign.

Tudo voltará; laços desfeitos,
Em pura afeição hão de reatar-se;
Apenas o MAL perecerá e,
Como único habitante de teu reino, prisioneira, a dor!

And then shall I behold him, by whose kind paternal side I sprung and
her, who, still and cold, fills the grave-the beautiful and young.

E então.....Então, belos e jovens, os verei:
A ele, a cujo o lado paternal e afável me criei,
A ela que, agora, inerte e fria,
Ocupa o túmulo que lhe fica ao lado.

COMENTÁRIO DO TRADUTOR

O domínio fraco do idioma alienígena e as limitações no conhecimento do próprio não permitem que se acompanhe um poeta nos vôos cósmicos, mesmo que, às vezes, dê a impressão de vôos rasantes, tangíveis, tocando-nos as fimbrias da sensibilidade. Nada mais são os poetas, que intérpretes do sentimento universal. De cada pessoa da forma e dimensão à realidade própria. O materialista empedernido talvez vislumbrasse no poema confirmação de teses sobre a eternidade e unicidade da matéria, na sua ronda inquieta, hoje lixo pútrido, amanhã na policromia das flores. O que irrompe, porém, deste poema, insofismavelmente, é a inconformidade da alma, com janelas sempre abertas ao infinito, ante a realidade aparente do aniquilamento total, com o mergulho irreversível de tudo ao passado tenebroso. A angústia imensurável da alma sobre um túmulo, onde, “still and cold”, repousam entes queridos, sobretudo a angústia filial, procura refúgio na empolgante idéia consoladora da mensagem cristã, a esperança da grande Páscoa Universal, com a prisão “ad aeternum” da tristeza e a morte definitiva do mal.

Recenvindo Barbosa Lagares

Lobão: um ministro dos garimpeiros do Brasil

Por Toni Duarte, jornalista

Nunca um ministro com passagem pelo Ministério de Minas e Energia nas ultimas duas décadas, tem tanta identificação com os pequenos mineradores deste país, como Edison Lobão que tomou posse nesta segunda-feira, 21 de janeiro, em duas cerimônias, uma delas, no Palácio do Planalto, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Quando ainda era deputado federal pegou o caminho de Serra Pelada para defender os mais de 80 mil garimpeiros ameaçados de serem despejados do maior garimpo a céu aberto do mundo. O parlamentar maranhense chegou a levar o presidente João Figueiredo no sul do Pará e fez um apelo ao mesmo que mantivesse o garimpo funcionando. Pelo ato foi aplaudido de pé pela massa humana suja de melechete.De lá para cá, foram muitas as lutas de Lobão. Já como senador da Republica usou a tribuna dezenas de vezes para defender os garimpeiros de Serra Pelada. Foi uma voz firme e única ao falar à Nação sobre o massacre de mais de 80 garimpeiros sob a ponte do Rio Tocantins , em Marabá. A maioria era maranhense.- Não esqueci e nunca vou esquecer os meus irmãos garimpeiros”, diz sempre quando reúne no interior do Maranhão com os milhares deles. (...)
Para ler o artigo completo, acesse blog do jornalista Toni Duarte, grande pessoa, meu amigo e cabra competente: http://agaspbrasil.blogspot.com/

Guerras e Inflação

O belo filme "As bandeiras dos nossos pais", de Clint Eastwood, aflora um aspecto importante: como os EUA financiaram a Segunda Guerra Mundial. Este financiamento foi feito através de empréstimos públicos, da venda de títulos obrigatórios. As personagens do filme, herois que supostamente hastearam a bandeira em Iwo Jima, são utilizados para a 7ª campanha de venda dos títulos. O contraste com os tempos atuais é enorme. Agora o monstro imperialista financia as suas guerras de agressão contra os povos de todo o mundo, e as suas 737 bases militares no estrangeiro (números oficiais do Pentágono para 2005), através do inflacionamento. A impressão dos bilhetes de dólar verifica-se em quantidades jamais vistas na história dos EUA. É preciso remontar à República de Weimar em 1923, ou à Argentina em 2001, para encontrar algo semelhante. A diferença é que os EUA podem exportar esta inflação para o resto do mundo, ao contrário de Weimar e da Argentina. Até quando poderá perdurar tal situação?

Garibaldi diz que instalação de CPI não justifica possível demissão de Matilde


LÍSIA GUSMÃO

Colaboração para a Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), avaliou nesta quinta-feira que a possibilidade de instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Congresso para apurar abusos no uso de cartões corporativos não justifica a demissão da ministra Matilde Ribeiro (Igualdade Racial).
A Folha Online apurou que a ministra está reunida com auxiliares para decidir se explicará publicamente os gastos de R$ 171 mil com o cartão. Além do pagamento de despesas em um free shop no valor de R$ 461,16, Matilde gastou mais de R$ 110 mil com aluguel de carros e mais de R$ 5.000 em restaurantes.
Segundo Garibaldi, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve levar em conta a repercussão negativa dos gastos excessivos ao decidir se demite a ministra.
"Se for apurado e a ministra tiver cometido abusos, cabe ao presidente [Lula] demiti-la ou não. O presidente não fará isso para atenuar a repercussão", disse o presidente do Senado.
Para os interlocutores do Palácio do Planalto, a situação de Matilde é grave. Na avaliação de auxiliares do presidente Lula, a ministra deveria colocar o cargo à disposição.
Reportagem da Folha desta quinta-feira informa que o Palácio do Planalto avalia que a melhor solução para o caso da ministra é a sua saída do governo.

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Amapá é o Estado que menos desmata na Amazônia

O Amapá, ao lado de Roraima, é o Estado que menos desmata a floresta amazônica. É o que revela levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).Somente em setembro do ano passado foram destruídos 1.424 quilô-metros quadrados da mata. O Pará foi responsável pelo desmatamento de 655km2, Mato Grosso por 389km2 e Rondônia por 295km2. Amapá e Roraima figuram como os estados que desmataram menos de um quilômetro quadrado. Em nota divulgada à imprensa, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil diz que os maiores responsáveis pelo corte de árvores na Amazônia são “a ausência do Estado, a falta de regularização fundiária, o aumento do número de assentamentos rurais dispensados do licenciamento ambiental e a burocracia na concessão de licenciamentos ambientais”.RC

Fonte: Diário do Amapá

Ministra Marina não gosta de Rondônia, diz Expedito Júnior


O senador Expedito Júnior (PR-RO) afirmou agora há pouco ao Congresso em Foco que a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), que é acreana, não gosta nem de Rondônia nem do governador do estado, Ivo Cassol (desfiliado do PPS). Para o senador, é “perseguição” o fato de a ministra ter afirmado que Cassol havia deixado o governo “à deriva” em relação à questão ambiental na Região Amazônica. Ontem (24), durante o anúncio, no Palácio do Planalto, das ações interministeriais de contenção do desmatamento na Amazônia, a ministra declarou que o governador Cassol deixou de dar o apoio que vinha dando ao Ministério. De acordo com a “ação conjunta”, que reunirá sete ministérios, 36 municípios distribuídos por Mato Grosso, Pará e Rondônia são responsáveis por cerca de 50% do desmatamento total da Amazônia, e serão alvos de ações de prevenção e controle do desmatamento (leia). “Eu acho que a ministra Marina Silva está querendo pegar Rondônia para bode expiatório. Ela nunca gostou de Rondônia, nunca gostou do governador Cassol”, bradou Expedito.
Para ler a matéria completa, acesse:


Turistas começam a chegar para Carnaval amapaense

Começou ontem a receptividade festiva para os turistas que chegam ao Estado nesta temporada carnavalesca. Serão dois dias de festa numa recepção calorosa promovida por carnavalescos integrantes das escolas de samba do Amapá. Promovido pela Secretaria de Estado do Turismo (Setur), o evento está presente nos principais portões de entrada para a cidade - Aeroporto de Macapá, Porto de Santana e Terminal Rodoviário.A programação é realizada há três anos pelo Estado, que objetiva mostrar aos visitantes o carnaval consolidado e a energia da população residente na única capital banhada pelo rio Amazonas e localizada no meio do mundo.A recepção, que neste ano conta com o apoio do Sebrae Amapá e Prefeitura de Macapá, está focada nos 250 anos da cidade, consi-derado um complemento a mais nas suas comemorações carnavalescas.Folders e bandanas alusivas ao carnaval amapaense estão sendo entregues durante a receptividade."A intenção é recepcionar e contagiar as pessoas que aqui chegarem com a alegria do carnaval amapaense, mostrando que ele está entre os melhores do país", declarou a secretária de Turismo, Deuseni Oliveira.
Programação - Ontem as escolas de samba Boêmios do Laguinho e Jardim Felicidade fizeram a receptividade dos turistas que desembarcavam no Aeroporto Internacional de Macapá. Hoje será a vez das escolas Piratas de Batucada e Piratas Estilizados.No Terminal Rodoviário estão presentes as agremiações da escola de samba Maracatu da Favela e no Porto de Santana, a escola Império do Povo.

Tecnologia e Games



Internauta quer quase R$ 10 mil por videogame "jurássico"

Enviada por Humberto Oliveira

Foram lançados apenas 4 jogos para o Adventure Vision. Foto: Reprodução/eBay
Um rapaz da cidade de Denver, EUA, colocou à venda no site eBay seu "Adventure Vision" por módicos US$ 5.500, quase R$ 10 mil.

O console portátil, que não necessita de um televisor, tem o formato de uma máquina de arcade (fliperama) e foi lançado pela Entex em 1982. Somente 4 jogos compatíveis chegaram às lojas: "Defender", "Turtles", "Super Cobra" e "Space Force", clone do "Asteroids" do Atari.

Os consumidores brasileiros nem viram a sombra do Adventure Vision, e mesmo nos EUA o aparelho é bem raro. Estima-se que foram produzidos entre 50 mil e 100 mil unidades do videogame.

Pelas fotos, o produto aparenta estar muito bem conservado e para um colecionador, o valor é o que menos importa.

Maiores detalhes no Buteco da Net.

Falácia sobre o "déficit" da Previdência

A Seguridade Social, um dos avanços da Constituição de 1988, compreende os setores da Previdência (urbana e rural), saúde, assistência social e seguro-desemprego. Para financiá-la, foi instituído o orçamento da seguridade social. Ao fazê-lo, os constituintes não inventaram a roda. Seguiram o padrão clássico baseado na contribuição tripartite (empregados, empregadores e governo). Note-se que, num conjunto de países europeus, a seguridade é financiada, em média, da seguinte forma: 38% pela contribuição dos empregadores; 22% pela contribuição dos empregados; 36% pela contribuição do governo (impostos); e 4% por outras fontes. Desde 1934, o Brasil segue esse padrão. O orçamento da seguridade apenas o aperfeiçoou, vinculando constitucionalmente impostos e contribuições sociais. Portanto, quando o governo aporta recursos para a seguridade, não está cobrindo o `déficit`, mas fazendo o que é de sua responsabilidade, nos termos da Constituição. Todavia, os setores conservadores jamais aceitaram as conquistas do movimento social em 1988 e, desde então, para justificar a `urgente` necessidade de reformas visando enterrar inovações trazidas pela seguridade, alardeiam que o suposto déficit é `explosivo` e levará o país à `catástrofe` fiscal. Ao fazê-lo, cometem pecado capital: renegam a existência da Constituição e os fundamentos do Estado democrático de Direito. Na atual conjuntura, portanto, não há nada de novo no `front` conservador. A instituição do Fórum Nacional da Previdência Social tem apenas proporcionado uma nova onda de revelações equivocadas e apocalípticas. Um dos expoentes desse matiz, porta-voz de setores conservadores organizados da sociedade, é o sr. Fabio Giambiagi, que tem ocupado espaço de destaque na mídia para alardear o terror. Agora, no jornal `Valor Econômico`, promete combater `mitos ainda enraizados no debate sobre o tema`, supostamente defendidos por `aqueles personagens que ficam defendendo a tese de que o homem não foi à Lua e que tudo não passa de uma invenção, de tão surrealista que é a conversa` (sic) (`Valor Econômico`, 4/7). Um dos supostos `mitos` é o de que `a Previdência não tem déficit`. E assim conclui essa `argumentação`: `Saber se a receita do imposto X deve ser do INSS ou do Tesouro não tem importância nenhuma para efeito do que estamos tratando. O problema é real, não contábil!`. Ora, ao contrário, essa questão é de importância capital. Em primeiro lugar, trata-se de cumprir a Constituição, especialmente os artigos 165, 194, 195 e 239, que versam sobre a seguridade social e o orçamento da seguridade social. Em segundo lugar, é justamente esse conceito de déficit que precisa ser melhor debatido (e rebatido) dentro da lógica fiscalista. O autor sempre lança mão desse raciocínio meramente contábil, para apresentar o que lhe parece ser o fim do mundo e dos tempos. Ora, por que será que ele não fala em déficit do SUS ou da educação? Ou déficit das Forças Armadas ou do projeto espacial brasileiro? Ou déficit do Pan no Brasil? Simplesmente porque, nesses casos, ele não identifica nenhum descompasso entre estrutura de financiamento e estrutura de despesas. Já no caso da Previdência, que, para ele, deveria ser algo totalmente autofinanciável pelos próprios segurados, ele vê um descasamento contábil entre arrecadação estrita ao INSS e o conjunto das despesas previdenciárias, incluindo a Previdência rural, o BPC/Loas e os regimes próprios do setor público. Há dois problemas nítidos nessa argumentação: 1) aplica o raciocínio da capitalização atuarial individual a um modelo que é na verdade de repartição simples; e 2) compara alhos com bugalhos. Assim, em suma, `surrealista` é o debate proposto por Giambiagi. Em última instância, o que sempre esteve por detrás da reforma da seguridade é a disputa por recursos públicos. A Previdência é o segundo maior item de gasto corrente. Daí a fome do mercado pela reforma e captura desses recursos. As perguntas que na verdade precisariam ser respondidas neste debate são: Que tipo de sistema de proteção social é o mais adequado a um país com as heterogeneidades e desigualdades do Brasil? Qual a estrutura de benefícios desse sistema, quais os critérios de acesso e como se financiará? Infelizmente, é improvável que respostas para essas questões venham da mágica série de artigos prometidos por nosso especialista.
EDUARDO FAGNANI, 51, economista, é professor doutor do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e pesquisador do Cesit (Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho). JOSÉ CELSO CARDOSO JR., 38, economista, doutorando pelo Instituto de Economia da Unicamp, é técnico de pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Extraído do jornal `Folha de S.Paulo`, de 02.08.07

Presidente da Petrobras: "PAÍS DEVE TER UM MAIOR CONTROLE SOBRE SEU SUBSOLO"


PETROBRAS


FOLHA - Faltou planejamento capaz de evitar a crise de suprimento de gás este ano?
GABRIELLI - Não, não é um problema de planejamento, é um problema de amadurecimento das instituições. Tivemos [em cinco anos] um crescimento extraordinário do mercado brasileiro, que consome hoje entre 42 milhões e 45 milhões de m3 por dia. Vamos ter gás importado da Bolívia e via GNL [Gás Natural Liqüefeito] e uma produção nacional muito maior. Já fechamos contratos com a Bahiagás e a Comgás. Nós vamos entregar um determinado volume [de gás] que nós nos comprometemos a não cortar nunca; um outro volume que vamos entregar, mas podemos cortar e, nesse caso, nós pagamos a diferença entre o preço do gás e do outro combustível; e outro volume, que o preço evidentemente será menor, em que a distribuidora assume o risco de ser cortado.
FOLHA - Os novos contratos aumentam os preços?
GABRIELLI - O preço do consumidor final não depende da Petrobrás, é um problema das distribuidoras [na última sexta, a empresa anunciou reajuste de 15% no preço do GLP industrial a partir de amanhã].
FOLHA - E quais são os preços nesses dois contratos já firmados?
GABRIELLI - São contratos comerciais, não são públicos.
FOLHA - Dentro do seu raciocínio de evolução natural no mercado de gás, como o sr. explica a crise de abastecimento neste ano no Rio?
GABRIELLI - Até setembro de 2005, a Petrobrás tinha um contrato de compra de gás da Bolívia com uma cláusula de `take or pay` [pagava o volume integral, mesmo que não usasse todo o gás] de 24 milhões de m3 por dia. Em 2003, a Petrobrás trazia 9 milhões de m3 por dia. O contrato tinha reajustes trimestrais. Deveríamos reajustar os valores para as distribuidoras, mas não fizemos isso. De 2003 a setembro de 2005, nós não reajustamos nossos preços porque nós considerávamos que tínhamos de atingir os 24 milhões de m3. Quando atingimos, começamos a reajustar.
FOLHA - Essa estratégia não foi um erro?
GABRIELLI - Não, foi absolutamente correta e tinha que ser feita.
FOLHA - Como será o futuro do suprimento de gás, especialmente em 2008, quando novos projetos de produção não estarão em operação?
GABRIELLI - Precisamos dos contratos [com as distribuidoras] para viabilizar o que é possível entregar. Temos contratos com a Aneel que envolvem um termo de compromisso com termelétricas. O que estiver nos contratos será cumprido. O que estiver fora do contrato, se for possível, será cumprido. Se não for possível, não será.
Para ver a entrevista completa, acesse o site http://www.aepet.org.br
Entrevista concedida aos repórteres Marcelo Beraba e Pedro Soares. Extraído do jornal `Folha de S.Paulo`, de 31.12.07
Leia também:

Torcedores do Flamengo ameaçam depredar o Engenhão


Supostos integrantes de torcidas organizadas do Flamengo ameaçaram depredar o estádio João Havelange, o "Engenhão", em mensagens publicadas no site Orkut.Na página da internet, um usuário com perfil falso declara: "Não podemos fazer nada no gramado, mas se quebrarmos umas lâmpadas, umas vidraças e umas cadeiras o STJD não pode fazer nada".O estádio, inaugurado no ano passado para os Jogos Pan-Americanos do Rio e considerado um dos mais modernos da América Latina, foi construído pela prefeitura da cidade e atualmente é administrado pelo Botafogo.Preocupada com a repercussão da notícia, a diretoria do rubro-negro emitiu nota pedindo para que seus torcedores não cometam atos de vandalismo na casa do rival.


Veja mais e dê sua opinião sobre o fato em: http://www.infonetnews.com/?p=450

O que há para ler


Roberta Campos Babo


· Referência da literatura brasileira, Mário de Andrade utiliza a teoria freudiana como embasamento da trama de AMAR, VERBO INTRANSITIVO, da Agir. Publicada originalmente em 1927, o livro, que traz palavras e expressões cotidianas, é sobre a iniciação sexual do protagonista. O escritor destila sua verve modernista utilizando metáforas musicais, descrevendo cenas como se fossem imagens de cinema, discorrendo sobre teorias literárias e fazendo crítica de arte.
· Em CASO PERDIDO, da Companhia das Letras, o mestre do romance policial contemporâneo Carl Hiaasen explora as relações do jornalismo americano com a frenética indústria fonográfica. O carismático Jack Tagger, ex-peso pesado do jornalismo investigativo, se vê rebaixado à seção de obituários. Até que um morto semi-ilustre cai em suas mãos.
· TODA PROSA II, da Record, reúne novelas e contos de Marcia Denser, que discute política subversiva, dramas existenciais e virtualidade nos relacionamentos. A obra mostra os elementos do cotidiano sem dispensar o refinamento de tonalidade poética.
· A DOÇURA DO MUNDO, da Nova Fronteira, celebra a família e a vida em comunidade. A escritora Thrity Umrigar conta a história de Tehmina, que depois de perder o marido, decide passar um tempo com o filho, nos Estados Unidos. Sem conseguir se adaptar à cultura ocidental, ela sofre com a rejeição da nora e se sente sozinha no mundo.
· SEM PERDÃO, da Rocco, mistura investigação e suspense para tratar de temas como pedofilia e violência doméstica. A escritora inglesa Ruth Rendell percorre os aspectos mais brutais da natureza humana através do inspetor Reginald Wexford, que precisa descobrir o que está por trás do desaparecimento e do retorno de duas adolescentes, além de proteger a vida de um pedófilo que é libertado pela Justiça depois de ter cumprido pena.
· OLHOS BAIXOS, da Editora Guarda-chuva, aborda as relações afetivas de uma mulher de classe média. A roteirista Maria Helena Nascimento discute a fragilidade de um anti-herói como tantas criaturas sem voz, necessitando de um campo de identificação.
· MESMO A NOITE SEM LUAR TEM LUA, da Boitempo, reúne crônicas do escritor e jornalista Lourenço Diaféria. A obra faz um retrato do mundo político e do cotidiano paulistano dos anos 1970. Repletos de humor corrosivo, os textos revelam casos de ironia e inventividade popular, além de revolta contra a burocracia e os desmandos.
· Da coleção Clássicos, ALBERTO CAEIRO-POEMAS COMPLETOS, da Saraiva, representa um marco na história do modernismo português. Primeiro heterônimo criado por Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, considerado pelo poeta o seu "mestre", é "o guardador de rebanhos", um homem de visão aparentemente ingênua e instintiva, entregue às sensações, que apresenta uma visão de mundo bastante clara.


Trechos da Coluna do Helio Fernandes do dia 31 de janeiro de 2008


O senador Mozarildo Cavalcanti, presidente da CPI das ONGs, estava certíssimo: "Se essa CPI funcionar mesmo, surgirão esquemas milionários. Mas o governo não deixa a CPI andar". Mesmo assim, os escândalos estão na rua, nas manchetes de jornais e televisões.
Uma das figuras mais competentes e importantes da energia brasileira se chama Mauricio Tomalsquim. É um dos poucos homens que assisto na televisão, do princípio ao fim. Poderia ser secretário executivo do Ministério de Minas e Energia.
Complementação sobre desmatamento da Amazônia: Dona Marina, há 5 anos no ministério, competência ZERO, acusa e desafia os AGROPECUARISTAS, mas esqueceu inteiramente os homens da motosserra, poderosos MADEIREIROS. Por quê?
Boa a idéia de Lula de tornar CÚMPLICES os compradores. Certíssimo.
Nesse emaranhado de notícias a respeito da nossa dependência e subserviência diante das multinacionais, um fato que merece aplausos e provoca esperanças: a Petrobras vai disputar a compra de ativos da Esso, que quer sair da América do Sul.
A empresa brasileira enfrentará multinacionais de grande peso, mas isso não pode assustar. Puxa, a maior estatal do Brasil adquirindo bens de multinacionais, que maravilha viver.
O "velho" John D. Rockefeller, fundador da Esso, foi durante dezenas de anos o homem mais rico e poderoso do mundo. Jamais furou um poço de petróleo, montou um esquema de monopólio dos transportes. Roubou o trabalho de todos.
Pessoas e empresas se atiravam na procura de petróleo, 1 em 50 tinha sucesso, os outros perdiam tudo. Mas os que descobriam o óleo, caíam na mão de Rockefeller, pagavam ou não transportavam.

Em 1903, Theodore Roosevelt (que foi ótimo presidente para os EUA, e carrasco para a América do Sul e Central) acabou com os monopólios. Mas Rockefeller continuou sendo riquíssimo.

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No Sambódromo, uma faixa enorme, vista de vários pontos. "Cerveja é a maior TESÃO". Em letras garrafais, como convém ao produto.

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Florian Madruga assumiu a chefia de gabinete de Garibaldi-Garibaldi. Funcionário antigo e respeitado, vai ajudar o presidente do Senado a errar menos. Terá que acordar duas horas mais cedo e dormir duas horas mais tarde.

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Do jornalista Marcone Formiga: "Em Brasília tem muita gente torcendo para o Banco Central voltar a emitir dinheiro de plástico". O jornalista conclui: "A lavagem fica mais fácil".

Lula diverge de Marina sobre desmatamento


Presidente diz que houve ‘alarde’ na divulgação dos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

BRASÍLIA E SINOP - Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em Brasília que houve “alarde” na divulgação dos números do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) sobre desmatamento na Amazônia e que eles estão “sob investigação”, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou em Sinop (MT) que os dados mostrando aumento na devastação são corretos. Sem citar a ministra, Lula criticou o Ministério do Meio Ambiente e as ONGs, afirmando que não se pode culpar a agropecuária, os produtores de soja e os sem-terra assentados pelo aumento do desmatamento. “Não dá para culpar ninguém”, afirmou ontem ao final de um almoço no Itamaraty.
Na semana passada, Marina atribuiu a produtores rurais parte da responsabilidade do avanço do desmate – 3.233km² devastados nos últimos cinco meses de 2007. Ontem, Lula comparou a divulgação dos dados a um procedimento médico que, “sem fazer a biópsia, encara um sinal na pele como se fosse câncer”.Já Marina, em viagem a Sinop após sobrevoar áreas desmatadas, defendeu o sistema Deter (que detecta desmatamentos em tempo real). “Até agora, as informações têm sido acertadas”. Segundo ela, “o Deter sinaliza indícios de desmatamento para que seja possível agir preventivamente”.
Lula disse ter pedido à ministra que convide os governadores para reunião em Brasília, mas ainda sem data definida. Marina esteve ontem com o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), aliado do governo federal. (AE)

Giuliani abandona corrida republicana e apóia McCain


Redação com agências internacionais

O ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani anunciou oficialmente, nesta quarta-feira, que se retira da corrida pela candidatura presidencial republicana e que dará seu apoio ao senador John McCain, que venceu a primária de terça-feira na Flórida.



ORDEM PARA APRESENTAÇÃO DOS BLOCOS DA LIDA


Em reunião realizada no início da semana com o Conselho de Representantes da Liba – Liga Independente dos Blocos do Amapá, que tem a frente o presidente Manoel Pereira da Silva Filho, o Pereirinha, foi definido o calendário de eventos da entidade para o Carnaval de 2008.
* No próximo dia 26, sábado, a entidade realiza o Festival de Samba de Empolgação da Liba, a partir das 19:30h, na Av. Fab, em frente ao Bar do Abreu. As 12 agremiações afiliadas na Liba participam do evento.
* O desfile oficial dos blocos da Liba no Sambódromo, acontece no dia 03 de fevereiro, domingo, com início previsto para às 18:30h, com a passagem do Bloco da Camisinha (PMM) e Bloco da Dengue (GEA).


A apresentação dos blocos da Liba ficou na seguinte ordem:


19:30h – BLOCO SACI PERERÊ20:15h – BLOCO BAFO DA ONÇA21:00h – BLOCO PICA PAU BOLEIRO21:45h – BLOCO FILHOS DA FRUTA22:30h – BLOCO UNIDOS DO PAU GRANDE23:15h – BLOCO BLOCANAL00:00h – BLOCO MANCHA NEGRA00:45h – BLOCO KUBALANÇA01:30h – BLOCO METIDOS NA XEXÊNIA02:15h – BLOCO UNIDOS DO CABRALZINHO03:00h – BLOCO FILHOS DA MÃE LUZIA03;45h – BLOCO ROLARÁ
Tica Lemos
CURA TUDO...QUANDO SE ACREDITA...QUANDO QUER...
ÊTA FORÇA DE VONTADE ARRETADA!!!...

EXPLODIR AS MURALHAS DO APARTHEID!


As muralhas do apartheid impostas pela sanguinária entidade sionista ao povo palestino começaram a ser explodidas em Gaza! Com árduos trabalhos, utilizando ferramentas de oxi-acetileno para o corte do aço, na mais rigorosa clandestinidade, dia 23 militantes do Hamas conseguiram destruir parcialmente a muralha de betão armado que isola 1.500.000 de pessoas do resto do mundo. O genocídio perpetrado pela entidade sionista contra o povo de Gaza agravou-se nas últimas semanas com o corte do fornecimento de electricidade e alimentos. Com esta acção recebe agora resposta dos seus combatentes. Solidariedade com o povo palestino, não ao silenciamento da opressão, não ao apartheid. Ver também:

O dólar e a hegemonia dos EUA: suspensos no ar


Por Ingo Schmidt [*]


Mais uma vez, abunda a especulação acerca de um crash do dólar. Os papéis hegemónicos da divisa e da economia estado-unidense têm sido postas em causa repetidamente desde a década de 1970. Os cépticos vêm cada grande declínio económico e cada depreciação do dólar como o começo do fim da hegemonia dos EUA. Em desafio ao declínio muitas vezes previsto, os EUA ainda são o Nº 1 dentro do sistema capitalista mundial, e o cartel da dominação imperialista mundial liderada pelos EUA ainda está intacto. Eis porque temos de perguntar se a actual fraqueza do dólar e a crise económica desencadeada pelos EUA são apenas um outro fenómeno cíclico que no essencial reproduzirá a hegemonia americana ou indicações de grandes mudanças de poder entre estados capitalistas e classes sociais. Paul Krugman forjou a frase para o debate sobre o futuro do dólar e da economia estado-unidense: o "Momento Wile E. Coyote" [1] , comparando o dólar com Wile E. Coyote que fugia de um penhasco e pairava no ar antes de despenhar-se. De acordo com esta analogia, a crise hipotecária é o último penhasco para o dólar antes do seu mergulho final. Ainda está para se ver se a sombria previsão de Krugman será tornada verdadeira. Digno de atenção é que, ao mesmo tempo que o dólar declinava, o défice externo dos EUA atingia alturas récord, contrariando a lógica do mercado que prevê um défice em conta corrente mais pequeno em caso de depreciação da divisa. Isto é um novo desenvolvimento. No passado, depreciações e reduções de défices de transacções correntes iam par a par. O que implica o actual desligamento das taxa do dólar e da posição dos EUA nas transacções correntes?


Para ver o artigo na íntegra, acesse:



Coisa de CARNAVAL?


Requião amordaçado. Por que será?

Confira a sinopse da Beija-Flor para o Carnaval 2008


JUSTIFICATIVA: Viagem e sonho, realidade e fantasia; porções que juntam na receita de um carnaval. Viajar na história real, misturando ilusão e magia, é traçar a linha imaginária que tece o enredo, recheando de arte e poesia, para enfeitar a festa do povo.A brasilidade, é o tempero que atrai, como aroma de algo familiar e a pitada do desconhecido nos desperta a fome do saber.Por isso, a Beija-Flor de Nilópolis tem o orgulho de apresentar: “Macapaba – Equinócio Solar – Viagens Fantásticas ao Meio do Mundo”. Um tema brasileiro, que mistura mito e realidade, acendendo a luz do conhecimento ao levantar o manto que encobre uma terra fascinante e que, ao fazê-lo, revela uma redescoberta do Brasil.“Macapaba”, que na língua indígena quer dizer concentração de “bacabas” ou “bacabeiras”, uma palmeira nativa da Amazônia, de onde deriva o nome Macapá, a capital do Estado do Amapá (nome de outra planta), cenário onde se desenrola a nossa história.A região é também conhecida como ‘meio do mundo’, por ser cortada pela Linha do Equador, o Marco Zero divisor dos hemisférios Norte e Sul.Macapá é o palco onde ocorre o fenômeno do equinócio, quando, em dois períodos do ano - no Outono e na Primavera - o Sol se posiciona à 90 º dessa linha divisória, iluminando por igual os dois hemisférios, fazendo com que os dias e as noites tenham a mesma duração de 12 horas.Fantástica é a obra do destino, que nos levou à esta cidade que completa 250 anos no dia 4 de fevereiro, dia de carnaval. E os raios do Sol nos guiaram para essa região mágica, de muita beleza, riqueza e de história, muita história pra contar.Desde a formação de nosso povo, há muitos milênios atrás, à visitação de povos antigos, navegantes e desbravadores, em busca de mitológicos ‘Eldorados’ e a saga pela expansão e demarcação do nosso território.Terra por muitas terras cobiçada, porta de entrada para a exuberância, encanto e riqueza da Amazônia; é um paraíso preservado, que abriga em suas matas, uma grande diversidade ecológica. Em sua rica fauna, espécies incomuns e, dentre elas, uma pequena jóia rara, mais uma feliz coincidência: um delicado pássaro chamado de ‘Brilho de Fogo’, um beija-flor.Por essa e por outras razões, que a nossa Escola percorre essa terra encantada. É esse brilho que nos encanta; é esse fogo que nos impulsiona e nos ilumina a imaginação, e faz com que um outro Beija-Flor, de Nilópolis, faça essa viagem fantástica ao ‘meio do mundo’, para revelar Macapá e o Amapá, o extremo ponto onde começa o Brasil, no mapa e em sua história real.E assim, na fantasia que nos envolve e que enfeita essa trajetória, o samba vai contar, em poesia, a contramão de nossa história; viajando nessa linha imaginária que nos une, numa aventura surreal por mares e rios, muito antes navegados. Hoje a Beija-Flor, desbravadora, descobre mais um carnaval.És a terra dos encantos, de uma viagem fantástica, iluminada de sol, que te faz “meio do mundo”, o coração do Amapá; que emerge como Marco Zero da linha que enlaça e nos leva ao redor do planeta, numa ciranda, feito uma dança que gira, que mexe até onde a imaginação alcança.E nesse caleidoscópio mágico, o carnaval traz a história contra a história, onde o real e a fantasia se misturam. E nessa mescla, em forma de festa, canta “parabéns à você” nessa passarela, que hoje é o seu rio onde desfila Nilópolis, a sua floresta, que semeou e fez crescer; duas plantas que se fundiram: “Macapaba” e “Amapá”, criando uma raiz de amor que ao som do batuque “Marabaixo”, como ladrão rouba um verso e faz brotar seu universo, num poema escrito em samba, no coração da Beija-Flor. SINOPSE : Resplandece a noite da folia, como quem clareia, trazendo a luz que ilumina a alegria, a “Deusa” e seu manto azul do dia, radiante como o Sol que brilha, ‘Brilho de Fogo’, que nos aquece e incendeia, faiscante de esplendor.Lança seu vôo, pássaro encantado! Nos conduz em suas asas; reluz seu sonho, Beija-Flor! Segue a trilha do horizonte, tece a imaginação, faz a sua viagem fantástica; leva o nosso coração, entrelaça a poesia na Linha do Equador; faz do canto, o contar dessa história, e do seu samba uma canção de amor.Abra o ‘Portal da Amazônia’, rasga o céu, a ‘tenda da chuva’, que alimenta a infinda luta, das águas titãs a se enfrentar: Do mar que quer sempre ser rio, do rio que insiste em ser mar. Revela essa terra encantada, ‘Macapaba’ enraizada por seu nome de palmeira; bacaba, bacabeira; verde selva, “verde” aos olhos desconhecidos, “madura”, agora ao se mostrar por inteira.Vem contar que és a face primeira, que os andarilhos do Oriente beijaram de amor ardente, na aurora da ‘Tribo Brasileira’, que por Ti se fez raiar. Modela em barro a sua história, por ‘Cunanís’, ‘Maracás’, ‘Aristés’ e ‘Aruãs’; resplandece do ocaso a civilização perdida, escava da terra o passado e dê vida, como ceramista que dá forma ao pó.Traz à luz os seus segredos lendários, dos relatos de épocas distantes, que foste a terra do sol à pino, brilhante, que a Fenícia visitou, guardiã de tesouros escondidos, traços pela mata engolidos, mistério que o tempo apagou.Faz lembrar que foste Brasil, no anteontem de Vera Cruz, a “terra à vista” por Vespúcio, a fúria de um rio que enfrentou Pinzón, a “Nova Andaluzia” de Orellana, presente que não herdou. Que vistes os ‘grandes olhos de cobiça’ de além, a ser tentada por tantos, portanto, ao tempo foste terra de ninguém.Mostre assim, que a sua força está no chão, no ar, nas águas, na natureza; que és a grandiosa nação “Waíãpi”, que um dia viu na pele branca portuguesa, a reencarnação de “Ianejar” e que se permitiu erguer a fortaleza, em forma de “Mairi”, uma estrela, descida do céu de Tupã. E como mito que recria a vida, dela assim se fez crescer a vila de São José de Macapá.Vem refletir a face escura, que um dia a selva conheceu, da caravana vinda de longe, das terras de areias brancas, que como semente ao vento, se lançou no ventre verde da sua mata e que em suas entranhas cresceu. Faz ressuscitar o que jaz na mente, a herança marroquina, presente, mourisca lembrança de Mazagão, que entre a cruz e a espada, o sangue da “Guerra Santa” fez respingar em seu chão.Por tudo isso, és a terra mais morena, de toda a amazônica paisagem, és cabocla, és mistura, és miragem; africana no batuque do “Quilombo do Curiaú”; no tempero, és brasileira, terra de múltiplas cores, de cheiros, de sons, de sabores; acima de tudo és verde, és fértil, és promissora.

Alexandre Louzada – Fran-Sérgio –Laíla & Ubiratan SilvaComissão de Carnaval 2008

Nas asas de um beija-flor, decola Amapá...




Da coluna do respeitável e atento colunista tucujú, Cléber Barbosa...

Faltam agora cinco dias para que o aniversário da cidade de Macapá ganhe dimensões gigantescas, pelo sinal que a Rede Globo jogará para todo o planeta no desfile da Escola de Samba Beija-Flor, no Rio de Janeiro. Domingo, no Fantástico, foi mostrado o último ensaio técnico da agremiação sempre favorita ao título do Carnaval carioca, ocasião em que a jornalista Renata Ceribelli explicou que no dia do desfile da Beija-Flor, a cidade de Macapá, tema do seu enredo, estará completando 250 anos de fundação. Quem viu ficou emocionado.Aliás, todas as vezes que a gente ouve a voz rouca e potente do Neguinho da Beija-Flor entoando o samba de enredo deste ano dá um frio na espinha ou, como ouvi uma senhora dizendo ontem, "arrepia todos os cabelos do corpo". Aí alguém pode achar piegas esse tipo de raciocínio ao que respondo dizendo que por muito tempo o Amapá só era notícia em rede nacional de forma negativa, com algum escândalo de corrupção, um crime bárbaro, tragédias fluviais, índices de pobreza, enfim, uma série de episódios que nos deixavam com a auto-estima lá embaixo, coisa de entristecer mesmo.Vamos todos vibrar com certeza com a retratação que a Beija-Flor vai fazer no enredo, nas alegorias, nas fantasias, na evolução, enfim, do Amapá bonito que a gente tem e que será revelado ao mundo através do desfile no Rio. Mas que a partir dessa experiência única, a gente possa fazer uma revolução em nosso Estado, pois teremos a responsabilidade de fazer dele um Estado muito me-lhor, para que venham nos conhecer.

Lobão Filho toma posse com críticas ao DEM


Mas fala em "desfiliação amigável"

LÍSIA GUSMÃOColaboração para a Folha Online, em Brasília


O senador Lobão Filho (DEM-MA) assumiu nesta quarta-feira a vaga deixada pelo pai, o ministro Edison Lobão (Minas e Energia), disparando críticas à cúpula do DEM e sem apresentar os documentos de defesa para as denúncias de suposto uso de laranja para ocultar participação em uma distribuidora de bebidas. Ele disse que sofreu um massacre durante 15 dias e negou envolvimento com o suposto esquema de sonegação de impostos.
Após a posse, no gabinete do presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), Lobão Filho repetiu que transferiu as ações da Bemar --distribuidora de bebidas no Maranhão-- para uma pessoa indicada por seus ex-sócios.
"Eu sabia que estava passando [as ações] para os representantes indicados por meus ex-sócios. Se a empregada doméstica fosse minha, seria complicado. Mas a empregada é deles [ex-sócios]", disse o senador, explicando que levará sua defesa ao DEM para só então apresentá-la à Mesa Diretora do Senado.
Descortesia
Lobão Filho acusou o DEM de "descortesia" e sinalizou que sofreu hostilidade e perseguição dentro do partido. Em seguida, porém, afirmou que sua desfiliação será "amigável". O senador disse ainda que definirá com seus advogados a estratégia de desligamento do partido para não ser punido pela lei eleitoral.
"Fui julgado politicamente pelo meu partido. Por presunção, o DEM achou que eu teria uma postura contrária a do partido por meu pai ser ministro. A lei eleitoral diz que posso pedir desligamento em caso de hostilidade e perseguição. Mas a desfiliação deve ser amigável", afirmou.
O senador disse que recebeu convite para entrar no PMDB, PR e PTB. Mas ele pretende conversar primeiro com seu grupo político antes de assinar a ficha de filiação em outro partido. "Tenho uma dívida moral com o PMDB", afirmou Lobão Filho, acrescentando que recebeu do senador José Sarney (PMDB-AP) o convite para ingressar no partido.
Fim dos suplentes
Lobão Filho confirmou que pretende apresentar um PL (projeto de lei) para acabar com a figura do suplente e negou constrangimento por ser mais um senador sem voto.
"Com a autoridade de suplente, vou apresentar um projeto para acabar com a figura do suplente", disse o senador.


Leia mais

JOBIM ESTUDA ÓRGÃO UNIFICADO DE COMPRAS DE EQUIPAMENTOS MILITARES


da Folha Online

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, estuda o modelo francês e pretende criar um órgão unificado de compras de equipamentos militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, o que pode gerar resistências das Forças Armadas, informa nesta terça-feira reportagem de Eliane Cantanhêde, enviada especial da Folha a Paris (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Hoje, cada uma tem seu sistema de definição de projetos e de encomendas. Segundo a reportagem, ontem, Jobim ouviu a exposição de representantes da DGA (Delegação Geral de Armamento), órgão vinculado ao Ministério da Defesa e responsável pela definição das compras na área de defesa da França.
A Folha informa que o ministro pediu textos escritos detalhando o funcionamento do órgão, que gere orçamento anual de cerca de 10 bilhões de euros e 18 milhões de empregados em setores governamentais e privados.

Agenda do Presidente


Presidência da República

Quinta-feira
31 de janeiro de 2008

09:00 - Maria da Conceição Tavares

09:30 - Despacho Interno

10:00 - Alfredo Pereira do Nascimento
Ministro dos Transportes

12:00 - Apresentação de credenciais

15:30 - John G. Rice
Vice-presidente mundial e presidente da GE Infra-estrutura

16:30 - Gisela Mac Laren
Presidente do Grupo Empresarial Mac Laren Oil

17:30 - Dilma Rousseff
Ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República

18:30 - Despacho Interno

http://www.imprensa.planalto.gov.br/

Liberação de emendas tem critério político, diz CNM



Agência Estado

Levantamento divulgado hoje pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que o governo federal privilegia a liberação de emendas orçamentárias atreladas politicamente a projetos do Executivo. Segundo o estudo, de 2003 a 2007 o governo liberou 39,56%, ou R$ 24,9 bilhões do total de R$ 63 bilhões em emendas aprovadas no período. Segundo a CNM, 76,67% das verbas liberadas foram para emendas apresentadas a projetos tocados pelo governo federal.
Conforme o estudo da CNM, a bancada de São Paulo é a maior beneficiada com a liberação das chamadas "emendas não exclusivas" (que se destinam a projetos do Executivo federal): 56,87% dessas emendas foram pagas entre 2003 e 2007. O menor desempenho, por este critério, fica com o Amapá, com 19,91% dos desembolsos. A situação se inverte, no entanto, quando a análise recai sobre as "emendas exclusivas", aqueles em que o parlamentar destina recursos para projetos que não são prioritários para o Planalto, mas que dependem do poder de barganha dos parlamentares da bancada do estado. Aí, estados como o Acre e o Amapá se dão bem. Acre sai na frente: 44,4% das emendas dos três senadores e oito deputados acreanos foram liberadas. Pelo Amapá, as coisas só estão melhores por causa do poder pessoal do senador José Sarney em Brasília. Já em São Paulo, o governo pagou apenas 23,49% das "emendas exclusivas" apresentadas pelos 70 deputados e três senadores.
"Há um interferência política na liberação de verbas", afirmou o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. "A gente vê claramente um mapeamento partidário na liberação de verbas para os municípios." Segundo ele, o governo dá prioridade à liberação de emendas atreladas a projetos do Executivo para negociar caso a caso o pagamento das emendas exclusivas. Tanto é que a maioria dessas emendas é paga a parlamentares da base aliada. Pelo estudo da CNM, os parlamentares do PT tiveram 32% de suas emendas liberadas, enquanto os tucanos tiveram 20% e os democratas, 18%. "Mas isso também acontecia no governo de Fernando Henrique Cardoso. Só que era ao contrário: o PSDB e o PFL (atual DEM) tinham as maiores liberações, enquanto o PT ficava com os índices menores", observou Ziulkoski.
O apoio que o senador José Sarney dá ao governo federal, por exemplo, é sintomático da importância da força política do senador para que estados menos poderosos que, por teoria, estariam abandonados, possam ser beneficiados. O ex-presidente da República, José Sarney (PMDB), no final do ano passado, foi apontado pela revista “IstoÉ” como “uma das 100 personalidades mais influentes do país”. É a terceira vez, em menos de um ano, que Sarney é destacado desta forma. No ano passado, a revista “Época” também colocou o ex-presidente como “personalidade brasileira capaz de influenciar os destinos do país”. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) constatou, também em 2007, que Sarney ficou entre os “dez mais” influentes políticos entre os “100 ´cabeças` do Congresso Nacional”.
Todas as publicações destacaram a capacidade de articulação, o prestígio político e a experiência do senador pelo Amapá como fatores que o tornam um dos líderes do Congresso Nacional e da política brasileira. A revista lembrou que “há mais de três décadas, desde que chegou a Brasília, eleito deputado pelo Maranhão, a trajetória de José Sarney tem sido bastante linear: ele esteve entre os mais influentes políticos de sucessivos governos, sempre como eficiente articulador”. Destacou que, em dois principais momentos Sarney foi “alvo de holofotes”: primeiro, quando foi presidente da República, entre 1985 e 1990; e agora no governo Lula, quando se tornou um dos principais conselheiros políticos do presidente. Disse, ainda, que, “de seis meses para cá, Sarney tem usufruído de rara popularidade. Entre seus pares, era o nome mais cotado para assumir a Presidência do Senado e pôr fim à crise de imagem na instituição”.

Reconhecimento em vida

Para “IstoÉ”, “Sarney está conseguindo algo raro em um vulto histórico: descobrir ainda em vida que a história lhe deu razão”. Segundo a reportagem, seu grande momento ocorreu em outubro de 2007, quando a Vale do Rio Doce arrematou, por R$ 1,48 bilhão, a concessão para exploração de um trecho da Ferrovia Norte-Sul, “obra que em breve deverá se transformar num dos principais corredores de exportação do País”. O projeto da ferrovia foi lançado por Sarney, em 1986. Na época, ele não foi compreendido por quase todos, que o acusavam de “querer ligar o nada a coisa alguma”. No ano passado, no norte do Tocantins, diante do próprio Sarney, Lula ressaltou a importância da obra e fez rasgados elogios ao ex-presidente e atual senador do PMDB (AP). Lula, fazendo mea culpa por ter, no passado, discordado da obra, disse que “aquela que seria a obra mais relevante e audaciosa acabou não se configurando devido à inexorabilidade do tempo, ao bombardeio da mídia paulista e a omissão dos presidentes posteriores: a Ferrovia Norte-Sul. Mas ficou a semente e a idéia, que é hoje um bandeira de luta para o desenvolvimento de uma vasta região, de Goiás ao Pará”. “IstoÉ”, com a reportagem, reconhece os méritos de Sarney, quando diz que “chegou sua hora da revanche. Sarney está usufruindo de algo raro: descobrir em vida que a história lhe deu razão.”

Bom para o Amapá

No final de 2007, dois grandes jornais do Sudeste, “O Globo” e “O Estado de S.Paulo”, também destacaram a importância política do Ex-presidente para a liberação de verbas federais para o Amapá. Os jornais mostraram que, no mês de novembro, o Governo Federal havia empenhado R$ 644.814.286,37 das emendas de parlamentares ao Orçamento da União daquele ano. O Estado do Amapá havia ficado em terceiro lugar no recebimento de verbas federais, atrás apenas de Minas Gerais e Pará. Segundo o “Estadão”, o Amapá foi privilegiado em decorrência “da força política e do prestígio” do senador José Sarney junto ao governo Lula. Segundo ainda o jornal paulista “os recursos são para obras na rodovia que liga Macapá ao Oiapoque e várias outras rubricas, num total liberado de R$ 41 milhões, só em novembro”. Pelo “O Globo”, tal quantia é “bem acima do que recebeu o Acre, estado do presidente interino do Senado, o petista Tião Viana, que ficou com R$ 29.566.360,16”. São Paulo, que tem 70 deputados e uma economia poderosa, conseguiu no mesmo mês apenas R$ 15.681.381,25.
Segundo especialistas em Orçamento, para um estado como o Amapá, ainda jovem e com uma bancada pequena (apenas oito deputados), ter o senador Sarney como representante é fundamental. O jornal “O Estado de São Paulo”, em 2006, já havia feito levantamento, com base nos relatórios da Comissão Mista de Orçamento do Congresso, dos parlamentares que mais conseguem recursos para seus estados. Não deu outra: Sarney apareceu como o que teve mais sucesso nos seus pleitos. Entre 2003 e 2006 cada parlamentar apresentou R$ 13 milhões em emendas individuais ao Orçamento. Nesse período Sarney apresentou 43 emendas e conseguiu liberar R$ 10,49 milhões, numa demonstração da sua vitalidade política. Todas as emendas foram destinadas ao Estado do Amapá, conforme constatação também apresentada pela reportagem do jornal paulista. Segundo dados apurados pelo “Estadão”, de 1995 a 2006, entre emendas individuais, emendas de bancada e recursos do Orçamento da União, o peso político do senador Sarney fez com que fossem liberados e pagos R$ 305.498.212 ao Estado do Amapá, um dos melhores desempenhos da Região Norte.

A BOLHA FINANCEIRA MUNDIAL (FINAL)


Adriano Benayon*


A inadimplência de devedores hipotecários detonou o colapso financeiro, mas este alcança empréstimos de empresas, cartões de crédito e muito mais. O sistema financeiro abusou da conversão de dívidas em títulos (securitização) e classificou débitos sub-prime como AAA.
A implosão tornou-se evidente desde o 1º semestre de 2007, quando grandes corretoras como Merrill Lynch e Lehman Brothers suspenderam a venda de colaterais, só conseguindo ofertas de 20 centavos por dólar de valor nominal. Em julho de 2007, bancos europeus registraram prejuízos com contratos baseados em hipotecas sub-prime. O IKB, da Alemanha, foi salvo com um empréstimo de emergência de US$ 11 bilhões, e houve corrida bancária ao britânico Northen Rock.
O colapso acarreta modificação estrutural no fluxo internacional de capitais. Até agosto de 2007, investidores fora dos EUA comprovam mais do que vendiam títulos norte-americanos. Naquele mês o fluxo tornou-se negativo. Apesar de terem voltado as compras líquidas, a média de agosto a novembro (US$ 52,1 bilhões) foi menos que metade da média de janeiro a julho (US$ 113,1 bilhões). Os estrangeiros buscam livrar-se dos títulos de longo prazo.
A partir de outubro, parte substancial dos ingressos de divisas nos EUA provém do socorro por fundos soberanos da Ásia e do Oriente Médio, que adquirem títulos conversíveis em ações de bancos dos EUA. Em novembro, ações ordinárias do Citigroup foram compradas pelo fundo soberano de Abu Dhabi por US$ 7,5 bilhões.
O Citigroup, maior bancos dos EUA, teve de vender, em 15.01.2008, ações preferenciais por US$ 14,5 bilhões ao Temasek, fundo nacional de Cingapura. Captou também da Autoridade de Investimentos do Kuwait. São US$ 26 bilhões desde o início do colapso. Merrill Lynch recebeu, em janeiro de 2008, US$ 6,6 bilhões da Companhia de Investimentos da Coréia, da Autoridade de Investimentos do Kuwait e de outros, além de US$ 6,2 bilhões em dezembro.
O suíço UBS deu baixa, no 3º trimestre de 2007, em 3,4 bilhões de dólares de títulos ligados aos mercados sub-prime dos EUA. No 4º trimestre, mais US$ 10 bilhões. Então levantou US$ 17,6 bilhões: participação de 9% do governo de Cingapura no capital do banco e mais recursos de investidor não divulgado do Oriente Médio.
Chegam a US$ 100 bilhões as recentes injeções em bancos estadunidenses e europeus, por fundos nacionais e investidores de Abu Dhabi, Kuwait, Dubai, Arábia Saudida, China, Cingapura e Coréia. Também ganham vulto as operações de resgate por parte dos bancos centrais para evitar que os bancos ponham à venda ativos podres, o que aceleraria a débâcle. O FED tem soltado centenas de bilhões de dólares.
Em 18.12.2007 o Banco Central Europeu, o FED e o Banco da Inglaterra desmontaram os controles instituídos nos anos 30 em face dos terríveis males econômicos e sociais gerados pela bolha de 1929. Formaram outra a partir dos anos 80. Grana é o combustível da ideologia (neo)liberal e da globalização. Não há ninguém limitando suas decisões: essa é a origem do presente colapso financeiro mundial. Nos últimos vinte anos, os ativos financeiros cresceram exponencialmente, em gritante desproporção com a inflação moderada dos ativos monetários.
Os títulos de crédito, inclusive derivativos, ultrapassam 500 trilhões de dólares. Grande parte são junk bonds (títulos podres). A existência de tanto dinheiro seria impossível mesmo no plano simbólico do papel-moeda, dos certificados de títulos e dos lançamentos em livros. As transações financeiras e cambiais diárias, de trilhões de dólares, realizam-se através de supercomputadores. Inclusive para lavar dinheiro dos tráficos ilícitos: quanto mais operações, mais difícil retraçar a origem dos fundos.
Sem contar os derivativos, que atingiram somas inconcebíveis, acima de US$ 500 trilhões, os ativos financeiros chegaram a US$ 167 trilhões: 14 vezes a cifra de 1980. Em contraste com essa megainflação a economia real estagnou, por causa do baixo investimento da infra-estrutura e nas estruturas produtivas. Financiaram-se, antes, fusões e aquisições.
Daí ter declinado o emprego e os rendimentos da classe média, e surgido dificuldades para o pagamento de débitos em cima dos quais se criou a montanha dos derivados. O consumo foi estimulado pelo crédito, apesar de a maioria ter perdido renda real com a transferência em favor do segmento de 1% que, sozinho, detém 40% dela.


*Adriano Benayon é escritor e doutor em Economia