sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Cristo e o "apagão" do WWF

Nilder Costa

(
Alerta em Rede) – Diz a sabedoria popular que não se deve falar de corda em casa de enforcado. Pois foi o que o WWF ignorou solenemente ao lançar, no Brasil, a sua campanha mundial de “conscientização” contra o aquecimento global que consiste em criar um “apagão” voluntário de uma hora (no dia 28 de março) para uma população que, há poucos anos, sentiu na carne e na economia as agruras de um severo racionamento energético. Segundo a propaganda da ONG, o ato de apagar as luzes foi escolhido como símbolo do movimento global porque a produção de energia elétrica gera grande quantidade de gases de efeito estufa, hipotéticos causadores de mudanças climáticas.Só que o WWF também desprezou o fato de o Brasil possuir uma das matrizes de geração elétricas mais “limpas” do planeta mas, ao mesmo tempo, ainda exibe um índice de consumo de eletricidade per capita tão baixo (inferior à média mundial) que chega mesmo a ser suplantado por alguns países africanos. Tal insensibilidade para com o Brasil e sua população, fruto da arrogância oligárquica inata no WWF, ONG predileta da nobreza européia, aparece estampada a cores no cartaz da campanha que circula na imprensa e que destaca logo uma vela acesa, símbolo do “apagão” de 2001:
Ao mesmo tempo, o cartaz embute, subrepticiamente, uma das teses basilares do ambientalismo: que, se a humanidade não retornar à era da pré-eletricidade, não haverá “salvação” para o planeta. É sob esse prisma que deve ser analisada a proposta feita pelo WWF, em 2006, para cortar nada menos que 40% na geração de eletricidade então planejada pelo governo brasileiro até 2020 por meio de um utópico modelo “sustentável”. A “economia” energética seria alcançada, segundo a ONG, por melhoramentos na eficiência de geração e transmissão da eletricidade, racionalidade no consumo e a utilização maciça de fontes não convencionais de geração, como a eólica e solar, as preferidas do ambientalismo. Felizmente, essa autêntica “trampa energética” proposta pelo WWF sequer foi cogitada pelos órgãos governamentais de planejamento energético do país.
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