sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Reforma da Previdência de Lula foi canalhice...


Mário Couto cobra do governo medidas em favor dos aposentados

Em discurso nesta sexta-feira (6) da tribuna do Plenário, o senador Mário Couto (PSDB-PA) cobrou do governo ações concretas para assegurar a aprovação de projetos que beneficiam os aposentados. Ele destacou matérias já acolhidas pelo Senado e que ainda aguardam deliberação pela Câmara dos Deputados, como o PLS 296/03, que acaba com o fator previdenciário para quem recebe até R$ 3 mil.
Ao lembrar vigílias realizadas no ano passado pelos senadores, visando agilizar a tramitação da matéria, o parlamentar também defendeu o reajuste das aposentadorias conforme o índice aplicado ao salário mínimo.
- O governo diz não ter recurso para os aposentados, mas gastou um bilhão e quatrocentos milhões de reais com diárias, só em 2008. É uma humilhação! Não estamos pedindo aumento para os aposentados, estamos apenas pedindo o cumprimento dos direitos desses brasileiros - frisou.
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Meu comentário:

Quanto ao assunto "Previdência Social", no primeiro mandato do Lula, a tal reforma que ele enviou ao Congresso, assim como a Tributária, só serviu para ferrar ainda mais com os velhinhos. Colocou os inativos, inconstitucionalmente, para contribuir novamente e continuou desviando recursos da Previdência Social para outros fins que não o previdenciário e o assistencial. Aliás, houve o desvio de R$ 56 bilhões da Previdência Social, entre os anos de 1999 e 2005, para manter o famigerado “superávit primário” e outras “finalidades” que não beneficiaram os trabalhadores – como mandam a desrespeitada Constituição e a Lei de Seguridade Social. É isso.
Não deixem de ver os esclarecedores vídeos a seguir:






O mito do déficit da Previdência
ANFIP

O discurso mais utilizado pela imprensa e por “especialistas” em previdência para justificar a implementação de reformas previdenciárias é o da explosão do déficit no sistema. Por isso, esse também é um dos principais argumentos que a ANFIP rebate insistentemente, sempre por meio de estudos detalhados das contas da Seguridade Social. O último estudo realizado está publicado na “Análise da Seguridade Social em 2006”, produzido juntamente com a Fundação ANFIP.

A Seguridade Social é composta de políticas integradas de previdência, assistência social e saúde, conforme a Constituição Federal. Essas áreas não podem ser avaliadas isoladamente. Como o governo não obedece aos preceitos constitucionais, a forma de construção do déficit começa na escolha do que será considerado receita e despesa. Somente em 2006, o conjunto de receitas da Seguridade Social superou o das despesas em quase R$ 48 bilhões. O mito do déficit surgiu justamente por considerar para a pasta da Previdência Social apenas as receitas das contribuições de trabalhadores e empresas sobre salários e as substitutivas (simples, contribuição rural), ignorando as demais fontes de receitas legalmente constituídas. Somente agora foi assumido pelo governo que uma parcela da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) é constitucionalmente destinada ao financiamento do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Os especialistas previdenciários, quando constroem suas teorias, esquecem de citar alguns fatores que penalizam o sistema previdenciário, como a extinção da política de reajustes salariais, terceirização do trabalho, precarização do emprego, renúncias e isenções fiscais, sonegação, fraude, falta de crescimento econômico e desemprego. Esquecem-se de dizer que não há recursos do Orçamento Fiscal para financiar benefícios previdenciários, embora essa seja uma previsão constitucional. A ANFIP e a Fundação ANFIP alertam que são falsos os argumentos que associam a falta de investimentos em infraestrutura urbana, estradas, geração de energia e educação, aos pagamentos da Previdência Social. Também são falsas as notícias que falam do esforço do Tesouro Nacional para bancar a Previdência. Há ainda o desvio de finalidade, que é promover superávit fiscal com recursos da Seguridade Social e, pior que isso, é negar o direito à saúde e à assistência social para aumentar ainda mais esse superávit.

Esse falso déficit da previdência seria transformado em capacidade de reservas se a política econômica em curso permitisse ao país crescer mais e por um período prolongado. Esse chamado déficit vem sendo artificialmente aumentado, e é escondido da sociedade o fato de que ele advém do não-crescimento, resultado de uma política econômica que privilegia o setor financeiro, que hipervaloriza os ganhos de juros frente aos da produção, que deteriora as condições de trabalho, penaliza o emprego, os salários e o lucro das empresas produtivas.

Se todas essas questões pudessem ser analisadas pela sociedade, provavelmente o discurso reformista fosse percebido como uma estratégia para ampliar exigências e limitar a capacidade do Estado em ofertar proteção social como um bem público.
Lula prometeu resgatar dignidade de aposentados e pensionistas em campanha presidencial de 1989. Veja a seguir cara de pau...

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