Sete anos de carisma. Muito carisma. Desde a “Carta aos brasileiros” e o Lulinha “Paz e Amor”, vem colecionando admiradores. Eu sou um deles. Muita firula, muito passeio, muito discurso, muita esmola. Mas, muita simpatia. Muito jogo de cena, mas, há que se reconhecer, soube cativar a classe média. Cativou o povão, cativou os grotões, cativou os banqueiros, cativou a FIESP, cativou todo mundo. Lula é isto: um “relações públicas” de primeira. O mais vitorioso que já se teve “nesse país” (sic). Tem simpatia. Tem a alma boa. Índice recorde de aprovação. Merece. De acordo com a última pesquisa CNT/Sensus, divulgada na terça, chegou a “84%” de avaliação positiva”. É um cabra simples e bem intencionado. Acredita honestamente que está presidindo o País. Acredita. Mas... cá entre nós, não preside. Definitivamente, coitado, não preside nada. Pois, vivemos num sistema presidencialista. Etimologicamente, “Presidente” vem de duas palavrinhas latinas: “prae”, que quer dizer algo como “à frente”, pioneiro, vanguarda; e “sedens”, sentado. Fácil, não? Traduzindo: é “aquele que está sentado à frente” das decisões. Aquele que decide (ou que deveria), aquele que rege, aquele que manda, aquele que governa. E o simpático Lula sabe – mas parece que nem todos nós sabemos (84%, no mínimo)-, que não está à frente de absolutamente nada. Infelizmente. Infelizmente, porque bem poderia ter condições de realizar o que acredita que seja bom para o Brasil: a “justiça social”. Mas, sejamos realistas, o homem não passa de uma cinderela, uma rainha da Inglaterra, uma lady Di. Já repararam? Tem uma agenda política que não difere muito de damas da sociedade que, se sentido culpadas, fazem filantropia, altruísmo, para ficarem bem na foto. É isso. Mas....quem está, então, à frente do governo da República Federativa do Brasil?
A economia...nem tanto....
Quem preside, na acepção correta e na profundidade da palavra, é quem controla o que em qualquer país sério controla a política econômica. E quem, no Brasil, controla a política econômica, quem determina a taxa de câmbio ou não, quem estabelece o nível do juro, quem preserva a moeda, quem direciona a produção, quem dá garantia ao dinheiro, quem estabelece se haverá prioridades ao capital ou ao trabalho – ou a ambos – é, hoje, a plutocracia financeira internacional, encastelada no “nosso’ Banco Central. É a autoridade monetária, hoje, que nos impõe políticas econômicas, logico!, monetaristas. Lula, neste cenário, não é nada. Não sabe, não viu, não quer saber. Por isso tem altos índices de popularidade, pois não se queima, não tem que tomar atitudes substanciais para a economia, não tem que decidir, não tem, portanto, que governar. Se não tem que governar, não perde a popularidade junto à massa (que é burra), deixa pro abstrato do tal “mercado” esta tarefa. Ou seja, para o povão, as besteiras que faz e as asneiras que fala, não produzem efeitos. Está preservado pelo reconhecimento popular, pela certeza que se tem, de que é um...NADA. O povo sabe – ou foi doutrinado para “saber” – que é o Mercado que manda e desmanda no canalha apátrida do Meirelles. Portanto, quem deveria arcar com as responsabilidades, não está no Planalto, nem no da Alvorada. Fica, fisicamente, no início do “Eixo L Sul”. Lá está o senhor Henrique Meirelles. Em termos menos abstratos, está em Washington, em Paris, em Singapura, na casa do ... Bem! É por isso que Lula tem 84%. Não é por outro motivo, minha gente!
Acordo entre BC e FED: solidariedade na desgraça...
O presidente do Brasil - ou melhor, o vice-Rei do Banco de Boston na sucursal Brasil -, o senhor Henrique Meirelles, não quer que o Brasil fique de fora do que ocorre no mundo. Descidiu consolidar o processo de integração/submissão ao mundo global. Quer dizer... para Meirelles, o Brasil não pode ficar sem sofrer também com a crise mundial. Isto seria humilhante. Tem que sofrer pelos pecados dos outros. Por isso, decidiu fazer o acordo de swap recíproco entre o Banco Central (BC) e o Federal Reserve (Fed), de US$ 30 bilhões. Isto é que é solidariedade. Se alguém tem que afundar, que sejamos todos nós, afirmou o presidente estipenriário do Brasil. O ato de solidariedade aos irmão do Norte foi uma decisão altruísta e terá que ser feito até 30 de outubro de 2009. A Medida, que vigora desde 30 de outubro, originalmente era válida por seis meses, até dia 30 de abril deste ano. A operação consiste na troca do montante em dólares americanos pelo equivalente em reais e é usada para aumentar a capacidade do BC de prover liquidez ao mercado cambial. "Mercado cambial' quer dizer "especulação" pura e simples. Entenda-se: grana para os especuladores de sempre. É isso mesmo. O DÓLAR. Lembram? Aquela moedinha que é garantida em todo o Universo e que "jamais" poderá sofrer nenhum problema, como os últimos acontecimentos vêm demostrando. Segundo Meirelles, "moeda forte, com lastro suficiente" e coisa e tal, com confiabilidade, que representa um país que não tem déficit público, que não tem especulação financeira, que tem as contas em dia, que tem controle da inflação, que não tem empresas superfaturadas, que não tem... Basta!!! Mas, o canalha garante, mesmo com tudo que estamos vendo na mídia sobre o afundamento dos EUA: “A medida reforça a posição do Brasil entre os países com políticas econômicas saudáveis e importância sistêmica segundo critérios do Fed”, disse o presidente do BC (Brasil?), Henrique Meirelles.
"SWAP": o negócio é jogatina, meu irmão!!!
A armação sobre a qual poucos entendidos falam - poucas "miriam leitoas" - vem há algum tempo ferrando com o Brasil. Para esclarecer: o Banco Central realiza, desde 2002, (época da gestão do famigerado Armínio Fraga, que hoje tem emprego em NY), operação mafiosa que tem um nome bonito: swap cambial, que, segundo o EXCELENTE economista César Benjamin, vem trazendo grandes prejuízos ao país. Segundo ele, “economistas e jornalistas, implacáveis com qualquer aumento nos gastos públicos, ignoram a suspeitíssima sangria”. Numa versão simplificada, a operação de swap é uma aposta irresponsável nas variações das taxas de câmbio e de juros com dinheiro público, onde quem acerta o comportamento futuro dessas duas variáveis ganha e quem erra perde. Lembre-se:, quem determina tais vaiáveis são justamente os jogadores, os mesmos pilantras que fuderam com os EUA. Quando foi lançado, em pleno período eleitoral e frente à previsão de valorização do dólar frente ao Real, se houvesse valorização da moeda , o BC ganharia e os especuladores perderiam, e vice-versa. A previsão de aumento do dólar se confirmou e o BC acumulou em 2002 prejuízos de R$ 10,9 bilhões, que foram repassados ao Tesouro Nacional. Cláro! Quer dizer, pura aposta, pura jogatina, repito, às custas do dinheiro público. Trata-se do mesmo tipo de aposta que fizeram com todo o sistema econômico dos EUA e, por extensão, do mundo. Mas, com a desvalorização do papel pintado (dólar0) nos últimos anos, os especuladores passaram a perder com a jogatina. César Benjamin vem denunciando há muito que o presidente do Banco Central (do Brasil), Henrique Meirelles, alterou "espertalhonamente" as condições dos contratos, oferecendo o chamado swap reverso. Ele, como também é funcionário de um banco estrangeiro poderoso, precisava ter garantias. Afinal, é um homem "correto" que sabe defender seus patrões. E seus patrões não são os cidadãos brasileiros que, teoricamente, acreditam na instituição "Banco Central". “O BC e os especuladores trocaram de posição, e o BC recomeçou a perder. Estamos diante do único caso, no mundo, em que um banco central aposta contra a sua própria moeda.”, alerta Benjamin, um dos últimos moicanos no nacionalismo brasileiro, que teimam em criticar a situação absurda que Lula desconhece solenimente. Esses “seres chatos e arcaicos, que não compreendem o que acontece com o inexorável processo de globalização”, diria Meirelles, estão alertas. Segundo um desses chatos, o senhor Benjamin, os especuladores ganharam R$14,3 bilhões com estas operações em 2006 e 2007 (e até maio de 2008). Com o aumento das taxas de juros e valorização do Real, já haviam recebidos mais de R$ 4 bilhões. O economista observa que “se diretores de bancos centrais dos Estados Unidos ou da Europa, formalmente independentes, agissem assim, sairiam algemados dos seus escritórios, no mínimo, por gestão temerária”. Aqui...aqui, não. Afinal, temos o “Bolsa Família’ e o pateta Lula com seus 84% de popularidade. Não vai se queimar por nada... No máximo, poderá acompanhar os “cumpanheiros” da CUT e da CGT numa manifestação raivosa e indignada contra o COPOM e o Presidente Meirelhes, lá na Asa Sul. No mais...é falar do "Timão".
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