"Desinformação com fins hostis"
Jornalista Hélio Fernandes
Seu belo artigo sobre o aniversário do Colégio Militar, além de esclarecedor é emocionante, soberbo, pela clareza e fidedignidade. Há que convir: existem JORNALISTAS e "jornalistas".
Não resisto a um comentário adicional. Pergunto-me o motivo de brotarem tantas "notinhas" burras em "colunas jornalísticas", as mais variadas. Ignorância, obtusidade ou má fé mesmo?
Temo ser leviana e creditar à última hipótese tanta imbecilidade. Se se preocupassem em bem informar, certos "luminares" buscariam conhecer o Regulamento Disciplinar, a Bíblia que rege as Forças Armadas e não se exporiam ao ridículo de publicar um amontoado de bobagens. As solenidades de aniversário do Colégio Militar decorrem sempre exatamente como o senhor as descreve. É um encontro emocionante e muitíssimo alegre, sem "protestos", "palanques" ou "comícios".
Outrossim, leio, pasma, o colunista de um jornal local despejar sandices sobre a "mudança das famílias", em face da anunciada transferência de algumas unidades do Estado do Rio de Janeiro para outros rincões do país e destacar: "aumenta a possibilidade de a transferência ser aceita"...
Ora, militares decidiram suas vidas ingressando na carreira por escolha. Sabem a que estão sujeitos, e TODOS estão subordinados ao Regulamento Disciplinar. Por isso a carreira militar é especificada como Carreira de Estado, exigindo dedicação integral.
Apenas o Serviço Militar Inicial - definido na Constituição - é obrigatório. E, como sabemos nós, as pessoas esclarecidas, nas Forças Armadas entra-se através de normas muito severas, independente de "jeitinhos".
Os postos são galgados mediante critérios rígidos, bem claros e as oportunidades são iguais, sem distinção de status social, etnia ou credo. As transferências ou remoções são inerentes às atividades da profissão, em todos os níveis, fazem parte da "opção de trabalho".
Problemas existem, naturalmente, principalmente o da instrução dos filhos de militares, mas isto também sempre foi contornado.
Mediante licitação são escolhidas as firmas que efetuam as mudanças dos pertences pessoais de cada um. Eventuais danos são cobertos pelo seguro etc.
A quem não interessar o cumprimento da disciplina obrigatória e de obediência às transferências é facultada a desistência da carreira sem complicações. Há um ditado muito conhecido que afirma: "A vida é feita de escolhas"... E não existe bônus sem ônus. O resto é FEBEAPÁ de mal intencionados, interessados talvez em semear desinformação para colher frutos deletérios que nada acrescentam ao bem-estar geral. Saúdo-o pela lucidez e beleza da matéria
Magdala Domingues Costa - Rio de Janeiro (RJ)
RESPOSTA DE HELIO FERNANDES - Apenas uma palavra de agradecimento, Magdala, principalmente pela tua volta. Ainda guardo a lembrança de outras cartas tuas, uma delas memorável, que transformei em artigo para não cortar uma linha que fosse. Você já disse tudo, com mágica beleza.
Ovelhas negras
Sobre o episódio de torcidas eu fico pasmo com a não cobertura de fatos acontecidos fora do Maraca, fatos omitidos, pricipalmente, por O Globo e outros jornais, lendo ontem, a comunidade do Botafogo no Orkut, eu vi vários fatos narrados dentro e fora do estádio, mas um me chamou a atenção. Durante a comemoração do 3º gol do Fla um PM, que deveria estar em serviço, levantou os braços e ficou pulando, comemorando o gol nas cadeiras amarelas da torcida do Bota. Eu duvido muito que ele se comportaria dessa maneira na torcida oposta ou entre as grandes torcidas de SP.
Luiz Neto - Joinvile (SC)
Maconha
O senhor Tico Santa Cruz externou, através de jornais, seu veemente repúdio ao Ministério Público e à Justiça por causa da proibição da marcha da maconha. Ele classificou a decisão proibitiva, em nove cidades, como um retrocesso, por significar uma forma de censura. Esse cidadão parece que esqueceu que o guitarrista do conjunto Detonautas, Rodrigo Netto, foi assassinado por criminosos ligados ao narcotráfico. E mais, de forma absolutamente infantil, ele crê que a legalização da maconha gerará arrecadação de impostos e servirá como uma forma desarmada de combate às drogas.
Os países que promoveram a liberação da maconha, em especial a Holanda, tiveram aumento da criminalidade e não reduziram o tráfico. Assim, todos quantos são favoráveis à liberação da maconha, e talvez de outras drogas estupefacientes, defendem o direito ao uso de drogas como, no caso, a maconha, e não têm o direito de se queixar da violência urbana.
Vimos recentemente o governador Sérgio Cabral e a juíza Flávia Viveiros de Castro declararem-se publicamente favoráveis, sem contar outras "personalidades" como Gilberto Gil, Gabeira, Chico Buarque e tantos outros. Vivemos num Estado em que os traficantes dominam as favelas e constituem um poder paralelo, deixando as autoridades públicas "de joelhos". Enquanto houver consumidores de drogas e, em especial, quem as defenda, através da mídia, a violência não terá solução. Leví Inimá de Miranda - Rio de Janeiro (RJ)
Maconha 1
Não consigo entender que em uma cidade como o Rio de Janeiro onde a violência impera, ainda existam pessoas que compactuam com o que causa o maior índice de mortandade neste país, que são as drogas. É isso mesmo, não é só o usuário o prejudicado, nós que repudiamos o uso de entorpecentes, acabamos vitimados por criminosos drogados que assaltam e matam sem titubear. E não venham me convencer de que a maconha é uma droga leve e que não causa nenhum malefício a quem consome, porque é mentira. O bandido também começa manuseando um revólver de baixo calibre até chegar ao fuzil, ou estou mentido?
A proibição desta vergonhosa Marcha da Maconha veio no momento certo. Sugiro aos organizadores que, revoltados com a acertada decisão estão exigindo o direito da liberdade de expressão, promovam a Marcha da Vergonha, que com certeza terá um número de adeptos muito maior e a repercussão para os que gostam de aparecer será muito mais produtiva.
Deborah Farah - Rio de Janeiro (RJ)
As cartas estão no endereço eletrônico:
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