Coluna do Helio Fernandes

As moedas que ENOBRECEM os ricos

O "dólar" que enriqueceu os americanos, o dízimo que enriqueceu o "bispo" Macedo

Henrique Meirelles depondo no Senado: "A situação do Brasil é boa a MÉDIO e LONGO PRAZO, principalmente a LONGO PRAZO". É conhecida a resposta de Lord Keynes (John Maynard Keynes, economista da Inglaterra): "A LONGO PRAZO estaremos todos mortos". Lord Keynes serviu aos Estados Unidos em 1944 em Bretton Woods, destruindo a economia do mundo e enriquecendo os americanos. A moeda de troca internacional era o ouro, que economistas servos, submissos e subservientes queriam trocar, só chamavam de "relíquia bárbara". Lord Keynes já tinha até o nome da nova moeda, que se chamaria bancor. Mas ainda não aprovada pelos dirigentes dos Estados Unidos. Estes levaram uma semana conversando com Lord Keynes e convencendo-o que esse Bancor não se ajustaria, o mundo não aceitaria. O interesse dos Estados Unidos, confessado ao próprio Keynes, era de colocar o dólar como moeda de troca universal. Lord Keynes ficou assombrado e estarrecido. Competente mas recrutável, explicou que nunca vira a moeda de um país servir de troca para todos os países. Conversaram mais profundamente, Lord Keynes cedeu, isso valeria para depois do fim da guerra, o que ocorreria logo. E os EUA puderam criar o Plano Marshall, que 50 anos depois, sem um tiro, destruiria a BIPOLARIDADE, deixando os americanos absolutos. Inesperadamente, Lord Keynes começou a jogar na bolsa (fato inédito na sua vida), ganhou fortunas colossais. Mas 4 ou 5 anos depois, morreria de um câncer fulminante. O mesmo aconteceu com o gênio cientista Phillip Openheimer, que construiu as bombas jogadas em Hiroshima e Nagasaki. Não esperava aquele resultado, se arrependeu. Em 1951 não quis participar do Projeto da Bomba de Hidrogênio. Exatamente como Keynes, mocíssimo, morreu de câncer. Deus não perdoa.

"Bispo" Macedo

E como estamos falando em enriquecimento ilícito, nada melhor do que citar o "bispo" Macedo. Ainda por cima com aplausos a Daniel de Castro, crítico competente e responsável pela análise de televisão da "Folha". Como o "bispo" se diz dono da Record, nada melhor do que aceitar os dados fornecidos graciosamente pelo senhor Alexandre Raposo, que se intitula "presidente da Rede Record". Não vamos desmentir esse Raposo nem no título nem nas revelações.
1 - "Em 2007 a Record teve lucro (líquido e ao mesmo tempo sólido) de 106 milhões".

2 - É verdade que 1 ano antes da Record anunciou, publicamente, lucro de 200 milões, bem maior.

3 - Explicação: a Record está investindo pesado em equipamentos e instalações, convencida de que vai mesmo ultrapassar a TV Globo. Ha! Ha! Ha!

O lucro foi maior em 2006 por causa de outro fato que sempre escondem do cidadão: foi ano eleitoral e as rádios e televisões "ganham fortunas com o horário eleitoral", chamado de gratuito mas pago e muito bem pago pelos governos. Antigamente esse horário era mesmo gratuito. Mas FHC mudou a regra e a legislação. Lógico, Lula manteve com as televisões essa prodigalidade, que palavra. O tempo destinado aos partidos agora é contabilizado como "espaço publicitário". Nem a Record, a Globo e as outras recebem a compensação em dinheiro, mas muito melhor, descontam no Imposto de Renda. Antigamente reclamavam, agora dão ordens aos apresentadores para fazerem cara e voz de luto quando anunciam os horários. Confiram: pela lei, as televisões só podem usar em publicidade 15 minutos por hora. Os horários eleitorais somam 90 minutos por dia e são faturados fora de qualquer tabela, é uma das oito maravilhas do mundo. E o Imposto de Renda é deduzido totalmente, sem qualquer restrição, constatação ou fiscalização.

PS - Não quero ir muito longe, o "bispo" Macedo nunca será um Lord Keynes ou um Openheimer, embora não negue que gostaria de ser presidente da República.

PS 2 - A Record está crescendo comercial e financeiramente. E o "bispo" Macedo recebe triplamente. Dos fiéis, da própria Record e do Imposto de Renda. Que República.

Claudio Lembo
Profissional da vice, pode conseguir mais uma: para prefeito. Pela vice foi "governador" de SP. Depois de 40 anos como vice no Itaú. Perdão, de Olavo Setubal.

Complexo do Rio Madeira

Foi ontem o segundo leilão do Complexo do Rio Madeira. Surpresa total, ou melhor, duas surpresas.
1 - A derrota do consórcio Furnas-Odebrecht-Andrade Gutierres.
2 - A enorme diferença entre os preços. Eduardo Cunha recebeu a notícia em Brasília exatamente às 2 e meia da tarde. Telefonou imediatamente para Luiz Paulo Conde, presidente de Furnas, que não sabia de coisa alguma. A segunda disputa pela usina de Jirau foi ganha pelo consórcio Suez-Camargo Corrêa-Chesf-Eletrosul. Esta perdera a concorrência pela de Santo Antonio, primeira do complexo. Foi à forra.

Carlos Minc

O que o Carlos Minc está colocando para o Lula como condição para assumir o Meio Ambiente, "Exército vigiando as reservas da Amazônia", é exatamente a posição defendida pelo general Augusto Heleno na palestra que causou enorme repercussão nacional. Lula não gostou, mas todos os oficiais generais apoiaram. O projeto de Minc cria uma contradição para o presidente da República. Se aceitar, está indiretamente dando razão a Augusto Heleno. O que não fez quando deveria ter feito.

Elições nos EUA

Nem Dona Hillary nem Obama chegarão aos 2025 votos indispensáveis para a indicação pelo Partido Democrata. Ela não pode ultrapassá-lo, ele não pode ganhar sem os superdelegados. O candidato do Partido Republicano, que não tinha a menor chance de vencer (principalmente depois de apoiado por Bush), agora começa a aparecer com possibilidades de vitória. Se Dona Hillary e Obama formarem chapa única (não importa quem for o "cabeça"), McCain ficará fortalecido. Um negro e uma mulher, juntos, é muito para os americanos.

China

Ontem, às 12,30, a Globonews dizia: "A China que tem mais de 1 bilhão de habitantes começou ontem o primeiro dia do luto nacional". Mais de 1 bilhão? A própria China confessa 1 bilhão e 200 milhões. A ONU diz que não tem menos de 1 bilhão e 300 milhões.

Mangabeira Unger

O presidente Lula considerou "altamente justificável" a criação do Ministério da Amazônia. Mas como a idéia não foi dele, não aceitou a sugestão. E criou o PAS (Plano Amazônia Sustentável). Jogou a responsabilidade num ministro, Mangabeira Unger, para que não dissessem que estava criando outro ministério. Que República.

Meio Ambiente

Carlos Minc, antes mesmo de conversar com Lula, desembarcando no Galeão: "Vou manter toda a equipe da ministra Marina Silva". Não é solidariedade a ela e sim falta total de personagens para uma substituição geral. Minc já terá problema e dificuldade para encontrar alguém para colocar no Ibama o único titular que saiu com a ministra. A propósito: de todas as versões publicadas a respeito da recusa de Jorge Viana em ser ministro, não revelaram a verdadeira: ele perdeu a confiança no presidente Lula. Não podendo se candidatar a senador para não deixar o irmão (Tião Viana, em fim de mandato no Senado) desempregado, Lula lhe disse pessoalmente: "Assim que deixar o governo do Acre, você será ministro". Não disse qual o ministério, o ex-governador não se importou. Demorou, foi convidado para ocupar alto cargo numa poderosa empresa, aceitou. Agora só volta para a vida pública bem no alto. Afirmação que pode ser feita com mil por cento de certeza: Dona Marina vai "apanhar" diariamente, e não aparecerá ninguém para defendê-la. É a frase imortal: "Os honestos atrapalham os negócios".

Edson Lobão
Ontem em Foz do Iguaçu, num congresso sobre energia com mais de mil personalidades nacionais e internacionais, Edson Lobão falou 1 hora de improviso. Aplaudidíssimo. Todos queriam saber onde aprendera tanto sobre o assunto.

Agripino Maia

Já que o senador Agripino Maia, tentando confundir e desestabilizar Dona Dilma, afirmou "também combati a ditadura", vejamos uns dados.

1 - Seu pai, Tarcisio Maia, foi "governador" de 1975 a 1979, em plena ditadura.
2 - Em 1979 passou o cargo ao sobrinho Lavoisier Maia, também sem votos e sem campanha, continuavámos na ditadura.
3 - Em 1982 o atual senador foi governador sem aspas na primeira eleição depois da ditadura.
4 - Ainda ditatorialmente, o primo José Agripino foi "prefeito" de Natal. Continuaram os Maias.
5 - Depois do governo, Agripino Maia se elegeu senador.
6 - Já que Agripino citou a entrevista que Luiz Maklouf (grande repórter) fez com Dona Dilma, Agripino poderia ler "Mulheres que foram à luta armada".
7 - Mas por que perder tempo com leituras?
8 - Quem quiser saber mais sobre Agripino, pode ver a reportagem de Leo Arcoverde e Raquel Souza, publicada na "Caros Amigos".
9 - Há também o "dossiê" Agripino na mesma "Caros Amigos".
10 - É um pouco sangüínea a sangrenta, mas sem dúvida compensa